Vinicius Pimenta escreveu:De fato o argumento é muito bom. Só que a gente tem que combinar com outros países também, já que há inúmeros sistemas estrangeiros, como a propulsão, nas Corvetas. Então o trecho "a Engepron garante sua total independência na operação e manutenção dos sistemas, fornecendo treinamento adequado, o que lhes dará maior autonomia em relação aos tradicionais forncedores vinculados aos países centrais." não é beeeem assim não.
Sem dúvida que isso depende de alguns acertos com fornecedores externos, mas aí ninguém escapa disso (acho que nem os EUA - os canhões de 76 mm da US NAvy não são produzidos sob licença da Oto Breda Italiana??). Por ex. a Embraer não deixa de oferecer os seus produtos no mercado externo em função da dependência de aquisição desse ou daquele item. Também sempre existe a possibilidade de adaptação de um outro fornecedor (como já foi dito aqui), tal como a possibilidade de desenvolvimento de sistemas no âmbito local. É o caso dos misseis anti-navio, daqui a alguns anos (5, 10 , 15 ou 20) a MB poderá contar com um sistema nacional, se houver encomendas externas em função da venda de navios como a Barroso esse processo pode ser acelerado, o mesmo ocorre com outros sistemas, no campo dos radares já temos o SABER60 e embreve teremos o SABER200, no passado já produzimos canhões de 20 mm para os AMX, portanto nossa indústria poderia produzir algo em outro calibre 30 mm ou 40 mm sob licença (o que falta é motivação!$!$!$!), também existe um programa para misseis anti-aéreos da baixa altura, então poderia ser desenvolvido uma versão navalizada tipo SADRAL para equipar as nossas corvetas. Por isso penso que a idéia da exportação de navios militares como a Barroso é totalmente viável, apesar de invariavelmente podermos sofrer alguns contratempos, mais aí isso não seria privilégio nosso, basta ver o caso da venda de aviões espanhóis para a Venezuela.
Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)