Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
Governo cria comissão para estudar regras de exploração do pré-sal
da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quinta-feira uma portaria criando a comissão interministerial que vai estudar as regras para a exploração das reservas de petróleo da camada pré-sal, na Bacia de Santos.
O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, depois de reunião com o presidente no Palácio do Planalto.
A comissão terá 60 dias para apresentar as propostas ao presidente, e a primeira reunião do grupo deve ocorrer já na próxima semana.
O ministro não detalhou como será o cronograma de trabalho e nem quando será implementada a nova legislação, que poderá ser feita por meio de decreto presidencial, por mudanças na lei ou com a proposição de uma nova lei, ainda neste ano.
Lobão não falou em prazo, mas destacou que o presidente Lula tem pressa em criar um marco para o pré-sal.
"Há pressa da nova regulamentação dessa matéria. Se concluirmos realmente em 60 dias, é possível que o presidente possa ainda neste ano, se depender, assinar até um decreto, e resolver o problema. Se depender de lei, ainda este ano ele envia ao Congresso Nacional a nova legislação", disse.
De acordo com o ministro, o grupo avaliará como será a cobrança de impostos e até mesmo se é necessária a criação de uma nova estatal para fiscalizar o pré-sal, proposta defendida por Lobão.
"Essa comissão vai indicar se é necessária uma estatal 100% com capital da União ou se há outras alternativas melhores, que serão examinadas. Esta comissão não parte de nenhum ponto inamovível. A criação da estatal foi uma sugestão dada por mim, mas nem eu tenho idéia fixa no sentido de fazer que ela prevaleça", explicou, acrescentando que serão analisadas ainda as legislações de outros países produtores de petróleo.
A comissão será coordenada pelo ministro Edison Lobão e composta pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Paulo Bernardo (Planejamento), Guido Mantega (Fazenda) e os presidentes da Petrobras, José Sergio Gabrielli; do BNDES, Luciano Coutinho, e da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Haroldo Lima.
da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quinta-feira uma portaria criando a comissão interministerial que vai estudar as regras para a exploração das reservas de petróleo da camada pré-sal, na Bacia de Santos.
O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, depois de reunião com o presidente no Palácio do Planalto.
A comissão terá 60 dias para apresentar as propostas ao presidente, e a primeira reunião do grupo deve ocorrer já na próxima semana.
O ministro não detalhou como será o cronograma de trabalho e nem quando será implementada a nova legislação, que poderá ser feita por meio de decreto presidencial, por mudanças na lei ou com a proposição de uma nova lei, ainda neste ano.
Lobão não falou em prazo, mas destacou que o presidente Lula tem pressa em criar um marco para o pré-sal.
"Há pressa da nova regulamentação dessa matéria. Se concluirmos realmente em 60 dias, é possível que o presidente possa ainda neste ano, se depender, assinar até um decreto, e resolver o problema. Se depender de lei, ainda este ano ele envia ao Congresso Nacional a nova legislação", disse.
De acordo com o ministro, o grupo avaliará como será a cobrança de impostos e até mesmo se é necessária a criação de uma nova estatal para fiscalizar o pré-sal, proposta defendida por Lobão.
"Essa comissão vai indicar se é necessária uma estatal 100% com capital da União ou se há outras alternativas melhores, que serão examinadas. Esta comissão não parte de nenhum ponto inamovível. A criação da estatal foi uma sugestão dada por mim, mas nem eu tenho idéia fixa no sentido de fazer que ela prevaleça", explicou, acrescentando que serão analisadas ainda as legislações de outros países produtores de petróleo.
A comissão será coordenada pelo ministro Edison Lobão e composta pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Paulo Bernardo (Planejamento), Guido Mantega (Fazenda) e os presidentes da Petrobras, José Sergio Gabrielli; do BNDES, Luciano Coutinho, e da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Haroldo Lima.
unanimidade só existe no cemitério
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
A quem interessar possa:
Uma visão argentina do nosso poção.
http://www.clarin.com/diario/2008/07/10 ... rasil.html
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
cvn73 escreveu:A quem interessar possa:
Uma visão argentina do nosso poção.
http://www.clarin.com/diario/2008/07/10 ... rasil.html
Gostei da reportagem. É até bastante otimista para o Brasil, visto da Argentina.
saudações
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
Excelente!!!cvn73 escreveu:A quem interessar possa:
Uma visão argentina do nosso poção.
http://www.clarin.com/diario/2008/07/10 ... rasil.html
Muito engraçado vêr o quanto os Argentinos se interessam pelas novas descobertas de jazidas de petróleo no Brasil!
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
Matéria excepcional. Obrigado por compartilhar conosco. Máteria de alta qualidade.
Percebo na psique argentina um saudosismo, uma alma trágica, de um país que realmente foi desenvolvido. Educação universal, um ditado francês que dizia "rico como um argentino", um país com extensíssima malha ferroviária, um país com desenvolvimento social admirável.
Ele têm um IDH ainda o maior da América Latina (mais do que o CHile), mas acho que eles estão desanimando. O pau está cantando feio lá, e a Cristina tem cada vez menos apoio popular.
Fico realmente triste. É um povo que admiro e prezo, abstraindo as querelas futebolísticas.
alexandre.
Percebo na psique argentina um saudosismo, uma alma trágica, de um país que realmente foi desenvolvido. Educação universal, um ditado francês que dizia "rico como um argentino", um país com extensíssima malha ferroviária, um país com desenvolvimento social admirável.
Ele têm um IDH ainda o maior da América Latina (mais do que o CHile), mas acho que eles estão desanimando. O pau está cantando feio lá, e a Cristina tem cada vez menos apoio popular.
Fico realmente triste. É um povo que admiro e prezo, abstraindo as querelas futebolísticas.
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"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
Deus nos livre de semelhante destino...
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
De maneira geral, eles sempre tiveram uma diplomacia autônoma, quando não contrária aos americanos (Perón).Paisano escreveu:É o que dá ter "relações carnais" com os EUA.
Essas relações carnais são uma das maiores heranças do Menem. Na época, El Turco orgulhosamente brandia seu status de aliado "extra-otan", mandando inclusive as Mekos para a Tempestade do Deserto. Hoje, percebemos que essas iniciativas todas tiveram um resultado comum.
Pobre Argentina ...
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
alexandre lemos escreveu:Matéria excepcional. Obrigado por compartilhar conosco. Máteria de alta qualidade.
Percebo na psique argentina um saudosismo, uma alma trágica, de um país que realmente foi desenvolvido. Educação universal, um ditado francês que dizia "rico como um argentino", um país com extensíssima malha ferroviária, um país com desenvolvimento social admirável.
Ele têm um IDH ainda o maior da América Latina (mais do que o CHile), mas acho que eles estão desanimando. O pau está cantando feio lá, e a Cristina tem cada vez menos apoio popular.
Fico realmente triste. É um povo que admiro e prezo, abstraindo as querelas futebolísticas.
alexandre.
Pois é, Alexandre o meu interesse pela Argentina vem deste fato;
eles não conseguem enxergar o futuro, pois o mesmo é sempre menor que o passado.
Uma pena.
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
São os portugueses da América Latina ...
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
Epopéia da caça ao petróleo
Como trabalha o time de especialistas da Petrobras encarregado de descobrir novas reservas e explorar petróleo em profundidades de até 5 000 metros no oceano
Samantha Lima EXAME
A Petrobras se tornou líder global na exploração de petróleo em águas profundas nas últimas décadas utilizando um grande arsenal de equipamentos. Na relação de aparelhos essenciais para suas operações figuram itens como robôs-mergulhadores preparados para operar na escuridão das fossas oceânicas, brocas capazes de varar camadas de 3 000 metros de terreno e softwares de última geração que mostram em tempo real os principais detalhes das atividades realizadas debaixo do mar. Todo o aparato tecnológico, porém, só entra em ação depois que um grupo de especialistas conclui uma série de cálculos e análises geológicas, cujo objetivo principal é identificar as áreas mais prováveis de encontro da riqueza nas bacias sedimentares. Em seu trabalho — quase sempre realizado longe de qualquer holofote —, esses caçadores de petróleo têm a função de farejar o combustível no fundo do mar. Podem levar até seis anos na análise de uma região até chegar a um veredicto.
Seu trabalho é estratégico para a companhia. Se os caçadores de petróleo recolhem indícios fortes da existência de uma reserva, é dado o sinal verde para colocar em campo o caro maquinário de exploração, decisão que envolve milhões de dólares em investimentos. A taxa de acerto compensa o tempo de espera e minimiza os riscos. Graças aos especialistas, a Petrobras atualmente encontra ouro negro em quatro dos cinco poços que perfura no mar. É um dos melhores índices no mundo nessa categoria de prospecção. Ao longo das últimas décadas, essa equipe foi diretamente responsável pela evolução das reservas de óleo e gás da companhia, que passaram de 955 milhões de barris em 1974 para os atuais 14 bilhões, crescimento de 1 400% no período . Cerca de 80% da produção é retirada hoje do fundo do mar. “Cada comprovação representa uma emoção forte, pois é uma nova fronteira de energia sendo desbravada”, afirma o geólogo Mário Carminatti, de 53 anos, gerente executivo de exploração da Petrobras.
Atualmente, a equipe de caçadores de petróleo da companhia é composta de 1 800 técnicos, entre geólogos, engenheiros e analistas de sistemas. Carminatti é um dos membros mais experientes da trupe. Ele ingressou na estatal em 1978, quando boa parte das análises técnicas era feita em folhas de papel sulfite. Hoje, em sua espaçosa sala no 18o andar da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, um computador lhe fornece informações em tempo real das perfurações dos poços. Quando se faz necessário aprofundar uma análise sobre uma área que está sendo objeto de estudo, Carminatti e equipe utilizam uma sala onde são projetadas imagens em três dimensões das camadas do subsolo do mar. “Acumulamos 40 anos de conhecimento sobre o litoral brasileiro”, diz ele.
Brinde com vinho
Uma das maiores conquistas do grupo foi a recente descoberta do campo de Tupi, debaixo de uma camada de 2 000 metros de sal, na bacia de Santos. Apesar de ter sido anunciada somente em janeiro de 2007, a área já estava na mira de geólogos e engenheiros da Petrobras há muito tempo. A comprovação da viabilidade da exploração no local foi brindada com vinho pelos caçadores de petróleo no final de uma tarde de dezembro de 2006. As comemorações começaram quando chegaram aos técnicos as primeiras informações comprovando que a delicada estrutura que esconde e protege o petróleo no reservatório resistiria à atividade de exploração e produção. Sim, vencer o sal e trazer petróleo de uma profundidade total de 5 000 metros era, em tese, viável — bastaria, a partir dali, desenvolver as tecnologias necessárias. Nunca na história do país havia sido encontrada uma reserva desse porte. A notícia descortinava um novo futuro possível no horizonte da Petrobras — e também do país — como produtor no cenário mundial. Sozinho, o campo de Tupi pode aumentar para até 20 bilhões as reservas brasileiras de petróleo.
Para fazer as descobertas, os caçadores de petróleo são treinados durante três anos e começam a carreira com um salário médio de 4 000 reais (os mais experientes têm um rendimento em torno de 25 000 reais). No período de formação, os novatos realizam viagens pelo Brasil para conhecer os vários tipos de rochas sedimentares. Depois disso, muitos embarcam para o exterior para completar os estudos. Os roteiros podem incluir o deserto de Omã, no Oriente Médio, a cadeia oceânica Dorsal Atlântica, na Islândia, ou o Grand Canyon, nos Estados Unidos, entre outros. Embora pareçam inusitados, os destinos permitem aos técnicos conhecer diferentes formações geológicas. Terminado o período de especialização, o caçador de petróleo é capaz de enxergar óleo e gás em dados sísmicos onde olhos leigos vêem apenas linhas irregulares. “A formação técnica na Petrobras é intensa e contínua”, afirma Ricardo Sapdini, de 57 anos, consultor sênior da empresa na área de exploração. Em 2006, por exemplo, ele esteve na África a trabalho, coletando dados das cordilheiras que formam o vale do Rift, na parte oriental do continente.
O trabalho de caça ao petróleo é realizado em equipe. Cabe a um grupo de geólogos a tarefa de reunir as informações das bacias sedimentares coletadas por diversas áreas e apresentar um estudo conclusivo sobre o caso. Quando um deles determina que as chances de encontrar óleo em uma área são grandes, o projeto de exploração é submetido a um grupo de profissionais mais experiente e aos executivos da área de exploração. Se passar pelo crivo dessa turma, o trabalho chega à última instância de aprovação, que envolve a assinatura de gente como o diretor de exploração da Petrobras, Guilherme Estrella. A geóloga Manuela Caldas, de 29 anos, foi submetida à prova de fogo pela primeira vez há três meses, quando defendeu a perfuração de um novo poço na bacia de Santos. Saiu-se bem na tarefa e a operação acabou sendo autorizada. Desse estágio do trabalho até a comprovação efetiva da reserva, Manuela sabe que há ainda um longo caminho. Mas se permite sonhar com uma descoberta relevante. “Quem sabe não é um novo Tupi?”, afirma ela, que está na Petrobras desde 2006.
Dessa fase da pesquisa até a perfuração do primeiro poço pode se levar de um a dois anos. Na etapa de trabalhos de campo, os caçadores de petróleo saem de cena, dando lugar aos técnicos de exploração e todo o seu aparato. Além dos equipamentos envolvidos nas operações no fundo do mar, a Petrobras lança mão de serviços especializados, como os de mergulhadores que fazem a manutenção de tubos e sondas encarregados de levar o combustível até a superfície. Não raro, eles trabalham em profundidades acima de 200 metros, em que qualquer erro humano ou falha de equipamento é fatal. Por isso, a atividade é considerada pela ONU uma das mais perigosas do mundo.
Perigo no mar
A marcha rumo ao oceano foi fundamental para a evolução da Petrobras, maior empresa brasileira nos 35 anos de existência deste anuário. Até o início da década de 50, a estatal extraía petróleo apenas de terra firme. A epopéia das operações no mar só começou no final dos anos 70. Apesar dos riscos e dos custos envolvidos nessa opção, já que na época havia pouca tecnologia disponível para trabalhos do tipo, a decisão revelouse uma das mais acertadas na história dos negócios no Brasil. Desde então, a Petrobras vem mantendo uma política forte de investimentos em inovações — exemplo disso é a aposta recente que vem sendo feita pela empresa na área de biodiesel. Mas nada disso pode ser comparado ao sucesso da tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas. Sem ela, seria impossível ter atingido em 2006 o patamar de auto-suficiência em combustível. No ano passado, segundo os dados de MELHORES E MAIORES, a Petrobras chegou a um faturamento de 101 bilhões de dólares, um recorde na história da empresa. O nível de produção de petróleo e gás aumentou no período e a empresa se beneficiou da alta do combustível, cujo barril estava cotado em 143 dólares no final de junho.
Um dos efeitos colaterais dessa fase excepcional é o assédio que as concorrentes privadas vêm fazendo nos últimos anos sobre os técnicos da Petrobras. Várias delas conseguiram tirar funcionários da estatal nos últimos tempos com ofertas de remuneração mais vantajosas. “Tivemos algumas perdas, é verdade, mas os jovens querem vir para a Petrobras porque temos um treinamento fortíssimo e um trabalho desafiador”, afirma Carminatti, gerente executivo de exploração. O problema é que, em empresa recheada de profissionais com uma bagagem de mais de três décadas de conhecimento raro no mercado, nem sempre isso é suficiente. Nos últimos dois anos, pelo menos três graduados funcionários ligados à exploração — Nilo Azambuja, Paulo Mendonça e Luis Reis — foram para a iniciativa privada, sendo os dois últimos para a OGX, do empresário Eike Batista. São exemplos de como o sucesso da companhia está transformando os caçadores de petróleo em caça.
Como trabalha o time de especialistas da Petrobras encarregado de descobrir novas reservas e explorar petróleo em profundidades de até 5 000 metros no oceano
Samantha Lima EXAME
A Petrobras se tornou líder global na exploração de petróleo em águas profundas nas últimas décadas utilizando um grande arsenal de equipamentos. Na relação de aparelhos essenciais para suas operações figuram itens como robôs-mergulhadores preparados para operar na escuridão das fossas oceânicas, brocas capazes de varar camadas de 3 000 metros de terreno e softwares de última geração que mostram em tempo real os principais detalhes das atividades realizadas debaixo do mar. Todo o aparato tecnológico, porém, só entra em ação depois que um grupo de especialistas conclui uma série de cálculos e análises geológicas, cujo objetivo principal é identificar as áreas mais prováveis de encontro da riqueza nas bacias sedimentares. Em seu trabalho — quase sempre realizado longe de qualquer holofote —, esses caçadores de petróleo têm a função de farejar o combustível no fundo do mar. Podem levar até seis anos na análise de uma região até chegar a um veredicto.
Seu trabalho é estratégico para a companhia. Se os caçadores de petróleo recolhem indícios fortes da existência de uma reserva, é dado o sinal verde para colocar em campo o caro maquinário de exploração, decisão que envolve milhões de dólares em investimentos. A taxa de acerto compensa o tempo de espera e minimiza os riscos. Graças aos especialistas, a Petrobras atualmente encontra ouro negro em quatro dos cinco poços que perfura no mar. É um dos melhores índices no mundo nessa categoria de prospecção. Ao longo das últimas décadas, essa equipe foi diretamente responsável pela evolução das reservas de óleo e gás da companhia, que passaram de 955 milhões de barris em 1974 para os atuais 14 bilhões, crescimento de 1 400% no período . Cerca de 80% da produção é retirada hoje do fundo do mar. “Cada comprovação representa uma emoção forte, pois é uma nova fronteira de energia sendo desbravada”, afirma o geólogo Mário Carminatti, de 53 anos, gerente executivo de exploração da Petrobras.
Atualmente, a equipe de caçadores de petróleo da companhia é composta de 1 800 técnicos, entre geólogos, engenheiros e analistas de sistemas. Carminatti é um dos membros mais experientes da trupe. Ele ingressou na estatal em 1978, quando boa parte das análises técnicas era feita em folhas de papel sulfite. Hoje, em sua espaçosa sala no 18o andar da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, um computador lhe fornece informações em tempo real das perfurações dos poços. Quando se faz necessário aprofundar uma análise sobre uma área que está sendo objeto de estudo, Carminatti e equipe utilizam uma sala onde são projetadas imagens em três dimensões das camadas do subsolo do mar. “Acumulamos 40 anos de conhecimento sobre o litoral brasileiro”, diz ele.
Brinde com vinho
Uma das maiores conquistas do grupo foi a recente descoberta do campo de Tupi, debaixo de uma camada de 2 000 metros de sal, na bacia de Santos. Apesar de ter sido anunciada somente em janeiro de 2007, a área já estava na mira de geólogos e engenheiros da Petrobras há muito tempo. A comprovação da viabilidade da exploração no local foi brindada com vinho pelos caçadores de petróleo no final de uma tarde de dezembro de 2006. As comemorações começaram quando chegaram aos técnicos as primeiras informações comprovando que a delicada estrutura que esconde e protege o petróleo no reservatório resistiria à atividade de exploração e produção. Sim, vencer o sal e trazer petróleo de uma profundidade total de 5 000 metros era, em tese, viável — bastaria, a partir dali, desenvolver as tecnologias necessárias. Nunca na história do país havia sido encontrada uma reserva desse porte. A notícia descortinava um novo futuro possível no horizonte da Petrobras — e também do país — como produtor no cenário mundial. Sozinho, o campo de Tupi pode aumentar para até 20 bilhões as reservas brasileiras de petróleo.
Para fazer as descobertas, os caçadores de petróleo são treinados durante três anos e começam a carreira com um salário médio de 4 000 reais (os mais experientes têm um rendimento em torno de 25 000 reais). No período de formação, os novatos realizam viagens pelo Brasil para conhecer os vários tipos de rochas sedimentares. Depois disso, muitos embarcam para o exterior para completar os estudos. Os roteiros podem incluir o deserto de Omã, no Oriente Médio, a cadeia oceânica Dorsal Atlântica, na Islândia, ou o Grand Canyon, nos Estados Unidos, entre outros. Embora pareçam inusitados, os destinos permitem aos técnicos conhecer diferentes formações geológicas. Terminado o período de especialização, o caçador de petróleo é capaz de enxergar óleo e gás em dados sísmicos onde olhos leigos vêem apenas linhas irregulares. “A formação técnica na Petrobras é intensa e contínua”, afirma Ricardo Sapdini, de 57 anos, consultor sênior da empresa na área de exploração. Em 2006, por exemplo, ele esteve na África a trabalho, coletando dados das cordilheiras que formam o vale do Rift, na parte oriental do continente.
O trabalho de caça ao petróleo é realizado em equipe. Cabe a um grupo de geólogos a tarefa de reunir as informações das bacias sedimentares coletadas por diversas áreas e apresentar um estudo conclusivo sobre o caso. Quando um deles determina que as chances de encontrar óleo em uma área são grandes, o projeto de exploração é submetido a um grupo de profissionais mais experiente e aos executivos da área de exploração. Se passar pelo crivo dessa turma, o trabalho chega à última instância de aprovação, que envolve a assinatura de gente como o diretor de exploração da Petrobras, Guilherme Estrella. A geóloga Manuela Caldas, de 29 anos, foi submetida à prova de fogo pela primeira vez há três meses, quando defendeu a perfuração de um novo poço na bacia de Santos. Saiu-se bem na tarefa e a operação acabou sendo autorizada. Desse estágio do trabalho até a comprovação efetiva da reserva, Manuela sabe que há ainda um longo caminho. Mas se permite sonhar com uma descoberta relevante. “Quem sabe não é um novo Tupi?”, afirma ela, que está na Petrobras desde 2006.
Dessa fase da pesquisa até a perfuração do primeiro poço pode se levar de um a dois anos. Na etapa de trabalhos de campo, os caçadores de petróleo saem de cena, dando lugar aos técnicos de exploração e todo o seu aparato. Além dos equipamentos envolvidos nas operações no fundo do mar, a Petrobras lança mão de serviços especializados, como os de mergulhadores que fazem a manutenção de tubos e sondas encarregados de levar o combustível até a superfície. Não raro, eles trabalham em profundidades acima de 200 metros, em que qualquer erro humano ou falha de equipamento é fatal. Por isso, a atividade é considerada pela ONU uma das mais perigosas do mundo.
Perigo no mar
A marcha rumo ao oceano foi fundamental para a evolução da Petrobras, maior empresa brasileira nos 35 anos de existência deste anuário. Até o início da década de 50, a estatal extraía petróleo apenas de terra firme. A epopéia das operações no mar só começou no final dos anos 70. Apesar dos riscos e dos custos envolvidos nessa opção, já que na época havia pouca tecnologia disponível para trabalhos do tipo, a decisão revelouse uma das mais acertadas na história dos negócios no Brasil. Desde então, a Petrobras vem mantendo uma política forte de investimentos em inovações — exemplo disso é a aposta recente que vem sendo feita pela empresa na área de biodiesel. Mas nada disso pode ser comparado ao sucesso da tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas. Sem ela, seria impossível ter atingido em 2006 o patamar de auto-suficiência em combustível. No ano passado, segundo os dados de MELHORES E MAIORES, a Petrobras chegou a um faturamento de 101 bilhões de dólares, um recorde na história da empresa. O nível de produção de petróleo e gás aumentou no período e a empresa se beneficiou da alta do combustível, cujo barril estava cotado em 143 dólares no final de junho.
Um dos efeitos colaterais dessa fase excepcional é o assédio que as concorrentes privadas vêm fazendo nos últimos anos sobre os técnicos da Petrobras. Várias delas conseguiram tirar funcionários da estatal nos últimos tempos com ofertas de remuneração mais vantajosas. “Tivemos algumas perdas, é verdade, mas os jovens querem vir para a Petrobras porque temos um treinamento fortíssimo e um trabalho desafiador”, afirma Carminatti, gerente executivo de exploração. O problema é que, em empresa recheada de profissionais com uma bagagem de mais de três décadas de conhecimento raro no mercado, nem sempre isso é suficiente. Nos últimos dois anos, pelo menos três graduados funcionários ligados à exploração — Nilo Azambuja, Paulo Mendonça e Luis Reis — foram para a iniciativa privada, sendo os dois últimos para a OGX, do empresário Eike Batista. São exemplos de como o sucesso da companhia está transformando os caçadores de petróleo em caça.
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
Petrobras faz nova descoberta no Espírito Santo | 22.07.2008 | 14h50
Segundo a ANP, ainda não se sabe o potencial da reserva e seu impacto econômico
A Petrobras informou nesta terça-feira à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP) que encontrou vestígios de petróleo offshore (no mar) em um poço da Bacia do Espírito Santo.
Além disso, a estatal comunicou que descobriu indícios de óleo em um poço em terra localizado no bloco ES-T-364, na Bacia do Espírito Santo. Segundo informações do site da ANP, a notificação foi feita ontem pela estatal, que ainda não informou o potencial da reserva e seu impacto econômico.
Na semana passada (14/07), a Petrobrás anunciou a descoberta de óleo de boa qualidade na mesma Bacia do Espírito Santo, localizada na área do campo de Golfinho, a 60 quilômetros de Vitória. A descoberta abriu novas perspectivas exploratórias para a área, já que conta com a vantagem de estar próximo da infra-estrutura já instalada. Com isso, os volumes descobertos serão incorporados às reservas da companhia.
Às 14h30, as ações da companhia mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) as preferenciais PETR4 estavam cotadas a 37,50 reais, com queda de 3,25%. As ordinárias PETR3 estavam cotadas 45,23 reais, com queda de 3,82%.
Segundo a ANP, ainda não se sabe o potencial da reserva e seu impacto econômico
A Petrobras informou nesta terça-feira à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP) que encontrou vestígios de petróleo offshore (no mar) em um poço da Bacia do Espírito Santo.
Além disso, a estatal comunicou que descobriu indícios de óleo em um poço em terra localizado no bloco ES-T-364, na Bacia do Espírito Santo. Segundo informações do site da ANP, a notificação foi feita ontem pela estatal, que ainda não informou o potencial da reserva e seu impacto econômico.
Na semana passada (14/07), a Petrobrás anunciou a descoberta de óleo de boa qualidade na mesma Bacia do Espírito Santo, localizada na área do campo de Golfinho, a 60 quilômetros de Vitória. A descoberta abriu novas perspectivas exploratórias para a área, já que conta com a vantagem de estar próximo da infra-estrutura já instalada. Com isso, os volumes descobertos serão incorporados às reservas da companhia.
Às 14h30, as ações da companhia mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) as preferenciais PETR4 estavam cotadas a 37,50 reais, com queda de 3,25%. As ordinárias PETR3 estavam cotadas 45,23 reais, com queda de 3,82%.
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
Para de achar petroleo por favor...
Todo dia isso, fala logo que tem mais petroleo que Brasileiro logo, po!
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Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- rodrigo
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
Apresentação multimedia do jornal argentino clarin, sobre o petróleo brasileiro:
http://www.clarin.com/diario/2008/07/10 ... rasil.html
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
Petrobras terá unidades produtivas de 2 em 2 anos no pré-sal
Publicada em 24/07/2008 às 15h28m
Reuters/Brasil Online
Por Denise Luna
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras pretende instalar de dois em dois anos, a partir de 2010, uma unidade de produção definitiva em cada um dos campos da camada pré-sal na bacia de Santos. Apenas em um dos campos, o de Tupi, serão instaladas 11 plataformas com capacidade para produzir 100 mil barris diários de petróleo cada uma.
De acordo com o engenheiro e assistente da diretoria de Exploração e Produção da estatal Álvaro Costa, a estimativa é de uma produção de 1 milhão de barris diários em Tupi.
- Vamos ter onze navios produzindo em Tupi no futuro, mais ou menos um milhão de barris só com Tupi - afirmou o engenheiro.
Além do petróleo, Tupi também terá gás associado, na proporção de 220 metros cúbicos para cada metro cúbico de petróleo extraído, informou, o que daria cerca de 1 milhão de metros cúbicos diários de gás natural na primeira fase. Escolhido como primeiro campo a ser desenvolvido, Tupi terá um Teste de Longa Duração (TLD) em março de 2009 produzindo com 30 mil barris diários.
Em 2010 será instalado um plano piloto para preparar a instalação da primeira plataforma definitiva, que provavelmente será batizada de São Vicente, marcando com o nome da primeira cidade brasileira o início de uma nova região produtiva na história do país.
Atualmente, a bacia de Campos é responsável por 80% da produção nacional de cerca de 1,8 milhão de barris diários de petróleo.
Tupi por enquanto é o único campo da região pré-sal com reservas conhecidas, entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalentes (petróleo e gás natural) , quase metade das reservas atualmente provadas no Brasil, de cerca de 14 bilhões de barris.
Costa não soube informar qual campo será desenvolvido depois de Tupi, mas garantiu que a Petrobras já comprovou a viabilidade da exploração na região porque o volume a ser retirado irá compensar os custos da produção.
Custo menor
Segundo Costa, a evolução tecnológica e o aprendizado que garantiram à Petrobras posição de liderança na exploração abaixo da camada de sal têm resultado em avanços como a redução do tempo de uso das sondas de perfuração nesses locais, garantindo menor custo para a empresa.
- O caro no poço é o tempo da sonda, tivemos uma redução de seis para dois meses, isso é uma redução de 3 vezes o custo de perfuração de poço exploratório - explicou.
O aluguel de algumas dessas sondas chega a atingir US$ 600 mil dólares .
- O pré-sal é altamente economicamente viável, se não a Petrobras não faria. O volume de óleo é muito grande - complementou.
A camada pré-sal se estende por 800 quilômetros do Espírito Santo à Santa Catarina e pode conter um volume de petróleo capaz de colocar o Brasil entre as grande potências petrolíferas mundiais.
Ainda não há estimativa oficial sobre toda a região, mas segundo declarações do presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, fontes oficiosas da Petrobras falam em 33 bilhões de barris apenas na bacia de Santos.
Costa disse não ter condições de confirmar qualquer estimativa, considerando ser muito cedo para essa avaliação. Para o executivo, o maior desafio do pré-sal está sendo alavancar as indústrias relacionadas para poder atender a Petrobras com equipamentos e serviços. Ele explicou que pela dimensão da nova fronteira descoberta em 2007, Macaé, até então única base produtiva da estatal, deixará esse posto assim que os campos forem desenvolvidos.
- Com certeza Macaé não vai ser mais o único pólo de desenvolvimento e apoio às operações da Petrobras, não sei se será Santos ou Rio de Janeiro, vai depender da logística - explicou.
Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 394922.asp
Publicada em 24/07/2008 às 15h28m
Reuters/Brasil Online
Por Denise Luna
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras pretende instalar de dois em dois anos, a partir de 2010, uma unidade de produção definitiva em cada um dos campos da camada pré-sal na bacia de Santos. Apenas em um dos campos, o de Tupi, serão instaladas 11 plataformas com capacidade para produzir 100 mil barris diários de petróleo cada uma.
De acordo com o engenheiro e assistente da diretoria de Exploração e Produção da estatal Álvaro Costa, a estimativa é de uma produção de 1 milhão de barris diários em Tupi.
- Vamos ter onze navios produzindo em Tupi no futuro, mais ou menos um milhão de barris só com Tupi - afirmou o engenheiro.
Além do petróleo, Tupi também terá gás associado, na proporção de 220 metros cúbicos para cada metro cúbico de petróleo extraído, informou, o que daria cerca de 1 milhão de metros cúbicos diários de gás natural na primeira fase. Escolhido como primeiro campo a ser desenvolvido, Tupi terá um Teste de Longa Duração (TLD) em março de 2009 produzindo com 30 mil barris diários.
Em 2010 será instalado um plano piloto para preparar a instalação da primeira plataforma definitiva, que provavelmente será batizada de São Vicente, marcando com o nome da primeira cidade brasileira o início de uma nova região produtiva na história do país.
Atualmente, a bacia de Campos é responsável por 80% da produção nacional de cerca de 1,8 milhão de barris diários de petróleo.
Tupi por enquanto é o único campo da região pré-sal com reservas conhecidas, entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalentes (petróleo e gás natural) , quase metade das reservas atualmente provadas no Brasil, de cerca de 14 bilhões de barris.
Costa não soube informar qual campo será desenvolvido depois de Tupi, mas garantiu que a Petrobras já comprovou a viabilidade da exploração na região porque o volume a ser retirado irá compensar os custos da produção.
Custo menor
Segundo Costa, a evolução tecnológica e o aprendizado que garantiram à Petrobras posição de liderança na exploração abaixo da camada de sal têm resultado em avanços como a redução do tempo de uso das sondas de perfuração nesses locais, garantindo menor custo para a empresa.
- O caro no poço é o tempo da sonda, tivemos uma redução de seis para dois meses, isso é uma redução de 3 vezes o custo de perfuração de poço exploratório - explicou.
O aluguel de algumas dessas sondas chega a atingir US$ 600 mil dólares .
- O pré-sal é altamente economicamente viável, se não a Petrobras não faria. O volume de óleo é muito grande - complementou.
A camada pré-sal se estende por 800 quilômetros do Espírito Santo à Santa Catarina e pode conter um volume de petróleo capaz de colocar o Brasil entre as grande potências petrolíferas mundiais.
Ainda não há estimativa oficial sobre toda a região, mas segundo declarações do presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, fontes oficiosas da Petrobras falam em 33 bilhões de barris apenas na bacia de Santos.
Costa disse não ter condições de confirmar qualquer estimativa, considerando ser muito cedo para essa avaliação. Para o executivo, o maior desafio do pré-sal está sendo alavancar as indústrias relacionadas para poder atender a Petrobras com equipamentos e serviços. Ele explicou que pela dimensão da nova fronteira descoberta em 2007, Macaé, até então única base produtiva da estatal, deixará esse posto assim que os campos forem desenvolvidos.
- Com certeza Macaé não vai ser mais o único pólo de desenvolvimento e apoio às operações da Petrobras, não sei se será Santos ou Rio de Janeiro, vai depender da logística - explicou.
Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 394922.asp