Marino escreveu:O que ocorre hoje em dia é o mesmo que no passado.
No passado, a Inglaterra controlava as principais passagens marítimas.
Hoje, os EUA possuem forças militares próximas dos principais produtores, ou dos meios de transporte de petróleo.
Vejam a expansão de bases para os países da antiga URSS, terminados em "istão", que controlam os gasodutos/oleodutos russos para o mar Negro ou Cáucaso.
Por aqui, petróleo no pré-sal, na Venezuela, notícias de gás e petróleo no Uruguai, em frente a Punta del Leste, no mar de Cuba, nas Malvinas (prenúncio de conflito), na Antártica, na Nigéria, em Angola, no Golfo da Guiné.
Hoje, como ontem. Simplesmente a ação geopolítica de uma potência naval.
Ação diplomática, 90.000 ton de diplomacia.
Os políticos, só discursando.
Ação, efetiva, nenhuma.
Prezado Marino,
Sou totalmente a favor de FAs modernas e preparadas para a defesa do pais. Posto isso, nao tenho duvida que os americanos estao loucos para depender cada vez menos energeticamente do Orient Medio. E vejo isto como uma grande oportunidade para o Brasil e AL obter grandes receitas e realizar investimentos que poderao mudar a face da regiao. Digo poderao pq ha muitos exemplos de que o petroleo pode trazer corrupcao, populismo e miseria.
O Brasil esta entre as 10 maiores economias do globo, possui uma industria diversificada, eh um dos maiores receptores de investimentos estrangeiros, possui empresas globais que cada vez mais investem no exterior, ou seja eh uma economia cada bastante integrada ao mundo. Os EUA neste aspecto sao importantes parceiros economicos: maiores parceiros comerciais, pais com o qual o Brasil possui o maior maior superavit comercial, maiores compradores de bens industrializados made in Brazil, maiores investidores no Brasil e maior destino dos investimentos brasileiros no exterior. Nao temos nada a ver com o Vietnan, Cuba, o Iraque de Saddan, Ira ou a Venezuela de Chavez. Paises que por diversas razoes estao/estiveram na mira dos EUA.
Creio que ha uma relacao salutar entre ambos nao so do ponto de vista economico, mas tb no tocante a defesa. Isto me parece claro pelos diversos exercicios que as FAs brasileiras tem efetuado regularmente com suas contrapartes norte-americanas: UNITAS, Red Flag, submarinos nos EUA, etc. e as recentes aquisicoes de sistemas de armas por parte das FAs brasileiras (torpedos, modernizacoes dos SSK, Sea Hawk, etc).
Me parece paises com este nivel de relacao devam se consultar para tratar de certas questoes.
[]s
A ativação da 4ª Frota Americana
http://www.alide.com.br/artigos/unitas49/index2.htm
No dia 1º de julho deste ano foi anunciada a decisão de reativação da 4ª Frota, uma unidade que existira previamente entre 1942 e 1946, inclusive com a incorporação de navios e marinheiros brasileiros no Nordeste do Brasil, na guerra contra os submarinos alemães que operavam no Atlântico Sul durante a Segunda Grande Guerra. Caberá ao Comandante do US South Command, Almirante James Stavridis, acumular o comando da 4ª Frota, pelo menos no seu início. Segundo o Commodore Rudy Laco, comandante do Desron 40: “A US Navy está implementado o conceito de Global Maritime Partnership (Parceria Marítima Global) conforme declarado inúmeras vezes pelo nosso Chief of Naval Operations anterior, o Almirante Mike Mullen. Isso não é muito diferente do que a Marinha do Brasil tem feito recentemente com várias das marinhas na África. O principio básico de ser capaz de montar grandes Forças Tarefas internacionais, de acordo com a necessidade do momento, é bem representada pelo lema ‘Let's work Together' (‘Vamos trabalhar juntos')”
Laco continuou suaobservação dizendo: “O exercício Unitas, assim como os demais que compõem o Partnership of the Americas, é uma parte central deste conceito na América Latina. Através deles, nós damos forma concreta à idéia da “Marinha de 1000 Navios” postulada pelo Almirante Mullen. Esta seria uma grande armada multinacional operando de forma quase que transparente, com o objetivo de derrotar o terrorismo, o contrabando a pirataria além de outros ilícitos internacionais em prol do benefício de todos os povos. Um belo exemplo disso foi a recente viagem da Kauffman à África, visitando Angola, Gabão, São Tomé e Príncipe entre outros países, no primeiro trimestre do ano passado”
E ele continuou, entusiasmado: “No ano que vem teremos a UNITAS 50, o que é, obviamente, um grande marco nas nossas relações militares regionais. Para marcar esta data tomamos a decisão de suspender a fase Atlântica e a Fase do Pacífico e as substituir por um único e grande evento a ser realizado na costa dos EUA. Nesta ocasião todos os tradicionais participantes estarão presentes além de inúmeras marinhas convidadas, vindo da região do Caribe, da América Central e da Europa. Ao realizarmos o evento nas águas americanas queremos aproveitar para incluir também a participação de muitas unidades aeronavais e navios da US Navy, realizando operações grandes de SAR, desembarques anfíbios, e, quem sabe, sendo possível, até mesmo bombardeios com munição real. Certamente podermos adicionar um número muito maior de aeronaves táticas mais do que um Carrier Strike Group (caso estejam disponíveis na época e na localidade) e também submarinos americanos.”
A Estratégia Marítima americana é abrangente e complexa, envolvendo não apenas a participação da US Navy mas também a dos Marines e da Guarda Costeira Americana (USCG). A presença da Northland neste evento aqui no Brasil apenas salienta este visão multifacetada, à Guarda Costeira cabe principalmente a função de “law enforcement”, o emprego do ‘poder de polícia', que a USNavy não tem por restrições legais.