ESTRATÉGIA NAVAL

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Immortal Horgh
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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#181 Mensagem por Immortal Horgh » Dom Jun 29, 2008 12:48 pm

alcmartin escreveu:
Battleaxe escreveu:É uma boa pedida para quem quer ter uma visão, mesmo que um tanto superficial
Immortal Horgh escreveu:Eu vou comprar, minhas férias da faculdade começam semana que vem, então nada melhor que uma boa leitura 8-] 8-]
[009]
Com certeza, Padilha e Immortal...apesar do que eu falei, torço (e ajudo quando posso) qualquer iniciativa de midia especializada em defesa no nosso país. Voces tambem devem lembrar quantas publicações vieream e foram... :(

Outra dica, a venda nas lojas americanas, sobre a marinha nazista. muito bom!

Abs a ambos!
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Bom, eu não lembro de tantas assim, porque a idade ainda não permite isso :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: As revistas antigas eu conheço, porque comprei em Sebos.



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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#182 Mensagem por Corsário01 » Dom Jun 29, 2008 10:02 pm

Não achei o livro na LA do Barrashopping. :evil:




Abraços,

Padilha
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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#183 Mensagem por alcmartin » Seg Jun 30, 2008 6:58 pm

:oops: :oops:
Opa! desculpe... esse ultimo era DVD...

Abs!!




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#184 Mensagem por Corsário01 » Seg Jun 30, 2008 7:14 pm

:twisted: :twisted: :twisted:




Abraços,

Padilha
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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#185 Mensagem por Luís Henrique » Seg Jun 30, 2008 8:36 pm

Tem uma notícia falando que Israel esta pressionando os EUA a atacarem o Irã.

Na nota diz que Israel o fará se os EUA demorarem. Um especialista no assunto diz que Israel não tem capacidade de bombardear o programa nuclear iraniano porque os israelenses não possuem um bombardeiro de longo alcance.

Lembrei deste tópico porque creio que o melhor caminho para o Brasil é investir pesado em Navios Aeródromos e com uma aeronave de longo alcance, estilo Su-3X ou SH.

Nada melhor que ter alguns Naes e caças de longo alcance disponíveis nas horas mais difíceis. :twisted:




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#186 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Jul 03, 2008 10:34 am

Na minha opinião, e acho que já o escrevi antes noutro tópico, é exactamente na capacidade de projecção de forças e a sua sustentação em teatros longínquos que o Brasil poderia e deveria apostar (até como forma de ter maior projecção intrenacional, e ser visto como uma verdadeira potência regional), com recurso a plataformas mais novas que os Ceará, o Mattoso Maia, o A-12 etc.

E naturalmente com pelo menos 4 escoltas para AAW.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#187 Mensagem por Immortal Horgh » Qui Jul 03, 2008 1:03 pm

Luís Henrique escreveu:Tem uma notícia falando que Israel esta pressionando os EUA a atacarem o Irã.

Na nota diz que Israel o fará se os EUA demorarem. Um especialista no assunto diz que Israel não tem capacidade de bombardear o programa nuclear iraniano porque os israelenses não possuem um bombardeiro de longo alcance.

Lembrei deste tópico porque creio que o melhor caminho para o Brasil é investir pesado em Navios Aeródromos e com uma aeronave de longo alcance, estilo Su-3X ou SH.

Nada melhor que ter alguns Naes e caças de longo alcance disponíveis nas horas mais difíceis. :twisted:

Para o potencial que andamos a descobrir, deveríamos ter pelo menos 3 grupos de batalha com 2 porta-aviões cada.



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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#188 Mensagem por brisa » Qui Jul 03, 2008 1:51 pm

O Imortal

Dream is over :mrgreen:




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#189 Mensagem por Immortal Horgh » Qui Jul 03, 2008 1:56 pm

brisa escreveu:O Imortal

Dream is over :mrgreen:


Não era sonhar, mas sim dimensionar nossa necessidade, agora conseguir é que já fica no campo das idéias.


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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#190 Mensagem por Tigershark » Qui Jul 03, 2008 4:04 pm

Total acordo,Immortal.Dois porta-aviões no mínimo,mas eu me restringiria a 2 grupos de batalha,pelos evidentes parcos recursos que temos,e isso até no campo das idéias.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#191 Mensagem por Barao Vermelho » Sex Jul 04, 2008 2:18 pm

Saudações aos amigos,
concordo com vcs, dois grupos de batalha seria o ideal, mas a curto prazo por questões de custo, acho que o Brasil deveria sim, ter no minimo dois esquadrões de bombardeiros de longo alcance, pelo menos para intimidar, mostrar que um ataque ao nosso solo sagrado nao ficara sem resposta. abraços.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#192 Mensagem por RenaN » Sáb Jul 05, 2008 12:15 am

Brigadeiro, se puder me mandar o material também, eu agradeço. Será uma boa diversão para as férias. :twisted:

Sds. :wink:




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#193 Mensagem por Brigadeiro » Ter Jul 08, 2008 4:23 pm

Opa, pode deixar que eu mando sim! Mande uma MP pra mim com o seu e-mail que eu te enviarei.

Até mais!




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#194 Mensagem por RenaN » Ter Jul 08, 2008 7:50 pm

Valeu. :D




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#195 Mensagem por Marino » Dom Nov 16, 2008 12:16 pm

Este não é um texto de "estratégia" naval, mas é um ensaio muito bem feito por um Oficial terminando o Curso de Estado-Maior da EGN, publicado no site "Tempo Presente" do Prof. Francisco Carlos.
Vale a pena ler.
A IMPORTÂNCIA DO MAR E DAS ÁGUAS INTERIORES PARA A MARINHA DO BRASIL NO NOVO CONTEXTO MUNDIAL

por: Alexandre Tito dos Santos Xavier*

1 INTRODUÇÃO

Com o fim da Guerra Fria, que foi materializado pela dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1991, as ameaças à segurança e à paz internacionais ficaram difusas, pois naquela época elas eram bem definidas, o que facilitavam a preparação e o planejamento militar de então. Tal mudança na ordem mundial, aliada ao fenômeno da globalização, segundo alguns estudiosos geopolíticos, possibilitou uma alteração daquela ordem de bipolar para unipolar ou, de acordo com outros teóricos, que a mesma passou para multipolar, fazendo com que surgissem novas ameaças a estabilidade mundial, que podem ser elencadas como: terrorismo internacional, organizações criminosas, proliferação de armas de destruição em massa, dentre outras. Essa nova configuração, no entanto, não eliminou o risco de um possível conflito entre Estados. Após os episódios de 11 de setembro de 2001, o mundo ficou marcado pelas ações terroristas ocorridas nos Estados Unidos da América (EUA). Fato que priorizou na agenda mundial o interesse pela temática em questão.


Sendo assim, em face do novo cenário internacional que ora se apresenta, e como o Brasil é parte integrante do mesmo, faz-se mister analisar como as suas forças armadas devem se estruturar para serem empregadas nos dias de hoje. E dentro deste contexto, será escopo desse ensaio verificar, de forma sucinta, se a Marinha do Brasil (MB), no ambiente onde atua, vem se preparando, nesse século que se inicia, para se contrapor às novas ameaças que atualmente se apresentam. Para tal, será abordada a importância do mar e das águas interiores, no contexto supracitado, para o Brasil e a atual situação da MB.

2 A IMPORTÂNCIA DO MAR E DAS ÁGUAS INTERIORES NO NOVO CONTEXTO MUNDIAL

Atualmente, com a formação de blocos econômicos regionais (MERCOSUL, União Européia, NAFTA e outras), aliada à globalização, principalmente na área econômica, e com o desenvolvimento de novas tecnologias de produção, o comércio internacional tem sido incrementado. E neste cenário, o mar tem sido o principal meio para concretização desse intercâmbio, através do transporte marítimo. A automatização cada vez maior dos portos, a melhoria dos containeres, e a construção de navios com grande capacidade de transporte e de velocidade mais elevada, fizeram com que o comércio marítimo se tornasse muito mais dinâmico. Ademais, as riquezas que o mar possui, constituídas pelos produtos minerais e fósseis, bem como a vida marinha, fizeram com que os Estados pleiteassem aumentos em suas áreas marítimas de jurisdição nacional, materializadas pela Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e pelos direitos de suas respectivas Plataformas Continentais. Neste sentido, pode-se observar que o mar tornou-se também importante para algumas dessas novas ameaças, pois possibilita a consecução de alguns de seus objetivos, como contrabando de armas para grupos terroristas e facções criminosas, entre outros. O Almirante Ruy (2006, p.34) demonstra isso claramente, quando assevera:

A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) aumentou as áreas marítimas sob jurisdição nacional dos estados costeiros, com a criação da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e dos direitos sobre a Plataforma Continental. Da mesma forma, a globalização tem aumentado acentuadamente o fluxo do comércio mundial através dos mares, cuja segurança é fundamental para a economia mundial. Dados de 2003 mostram que 99,7% do comércio intercontinental é realizado pelo mar, utilizando mais de 46.000 navios que servem cerca de 4000 portos distribuídos pelas regiões do mundo. Estudos concluídos no final dos anos 90, conjuntamente entre a Guarda-Costeira e a Marinha norte-americana, concluíram que o comércio marítimo deve triplicar até 2020, com um crescimento vertiginoso no transporte de containeres. Em paralelo, espera-se um incremento na poluição marinha e no uso dos mares pelo crime organizado e por organizações terroristas.


O comércio marítimo é responsável, atualmente, por 95 % de todo comércio internacional do Brasil, e as grandes reservas de petróleo do país encontram-se em sua plenitude no mar. Isso faz com que o mar possua um valor inestimável para a estabilidade econômica do país. Da mesma maneira, as vias interiores têm grande importância, porque têm permitido, também, incrementar o comércio com os Estados vizinhos, além do grande valor estratégico das fronteiras, onde um adequado patrulhamento poderá evitar a instalação e utilização do território nacional por parte dessas ameaças. Na América do Sul há o risco das Forças Amadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) operarem próximas às nossas fronteiras. Ressalta-se, também, que existem focos de tensão entre alguns países do entorno estratégico do Brasil que poderão afetar a segurança nacional.

3 A SITUAÇÃO ATUAL DA MB

Até o final da Guerra Fria, a MB estava basicamente estruturada para atuar na guerra clássica 1. Com o fim da bipolarização, e o crescente destaque das novas ameaças na agenda mundial, a sua atenção e preocupação foram divididas, já que ainda existe o perigo de ocorrer um conflito interestatal, com a necessidade de uma maior atuação contra essas ameaças em coordenação com as diversas agências federais que tenham atribuições nessa área, visando incrementar a segurança das águas jurisdicionais brasileiras.
A situação atual de material da Marinha não está adequada para contrapor-se as ameaças tradicionais e as que ora se descortinam. Tal fato pode ser verificado, através da atual situação de aprestamento dos seus meios e da obsolescência dos mesmos.
A MB, apesar dos recursos escassos com que vem sendo aquinhoada, está tentando se adaptar a essa nova realidade. Apesar disso, desenvolve o programa de construção nacional de submarino nuclear, e possui em atividade um programa de reaparelhamento (Programa de Reaparelhamento da Marinha - PRM) dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais, onde são contempladas a esquadra de combate (meios pertencentes ao Comando-em-Chefe-da Esquadra – através da modernização das Fragatas Classe Niterói, do NAe São Paulo e dos Submarinos Classe Tupi e Tikuna, aquisição de navios para operações anfíbias na Inglaterra, futuras aquisições de aeronaves de asa rotativa -, e ao Comando do Corpo de fuzileiros Navais – através de aquisição de material moderno) e a esquadra de controle (meios pertencentes aos Distritos Navais, onde se inserem os meios das Capitanias, Delegacias e Agências – através de construção de Navios-Patrulha e de aquisição de lanchas de inspeção variadas). Com isso, faz-se mister que o PRM continue sendo implementado, pois permitirá a MB adequar-se a esse novo cenário mundial.

4 CONCLUSÃO

Conforme o apresentado no decorrer deste ensaio, vimos que o fim da Guerra Fria alterou o cenário internacional, pois as ameaças que eram bem definidas, e com isso orientavam o preparo e a atuação da MB para a guerra clássica, passaram a ser difusas e denominadas como novas ameaças. E que algumas dessas novas ameaças poderão vir a fazer o uso do mar e das águas interiores sob a jurisdição do Brasil, que atualmente tiveram as suas importâncias aumentadas devido ao comércio, às riquezas lá existentes e as fronteiras, para alcançarem os seus objetivos, tornando-se assim em alvo de atenção e de preocupação para a MB no início do século XXI.
Conclui-se, assim, que a MB vislumbrando a grande importância do mar e de suas águas interiores nos dias atuais, vem se preparando adequadamente através do programa de reaparelhamento dos seus meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais e do programa de construção do seu submarino nuclear, visando a fazer frente aos principais desafios para a MB no novo contexto mundial, que ora se apresentam: estar pronta para um eventual conflito interestatal, bem como estar apta a evitar que algumas das chamadas novas ameaças possam fazer o uso do mar e das águas interiores sob jurisdição brasileira.

REFERÊNCIAS

SILVA, Antonio Ruy de Almeida. As novas ameaças e a Marinha do Brasil. Revista da Escola de Guerra Naval. Rio de Janeiro, n.7, p. 32-42, jun. 2006. Disponível em: < http://www.egn.mar.mil.br/revistaEgn/ju ... meacas.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2008.

VIDIGAL, Armando Amorim Ferreira. A missão das Forças Armadas para o século XXI. Revista Marítima Brasileira. Rio de Janeiro, v. 124, n. 10/12, p. 101-115, out/dez. 2004.


NOTAS:

1. De acordo com o Almirante Vidigal (2004, p. 114), a guerra clássica é um conceito que envolve o choque entre as forças armadas rivais, e continua sendo o mais importante elemento definidor da estratégia de segurança nacional.

* Alexandre Tito dos Santos Xavier é Capitão-de-Corveta da Marinha do Brasil, atual concluinte do curso de Estado-Maior para oficiais superiores da Escola de Guerra Naval (MB).

XAVIER, Alexandre Tito dos Santos. A importância do Mar e das Águas Interiores para a Marinha do Brasil no novo contexto mundial. Rio de Janeiro: Revista Eletrônica Boletim do TEMPO, Ano 3, Nº29, Rio, 2008 [ISSN 1981-3384]




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