Incidente luso-espanhol nas Ilhas Selvagens

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Rui Elias Maltez
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#31 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Jun 23, 2005 1:10 pm

Pois, já nem me lembrava dessa do helicóptero espanhol.

Foi uma série de provocações... :?




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#32 Mensagem por ferrol » Qui Jun 23, 2005 1:20 pm

JLRC escreveu:Agora não tenho tempo, mas assim que tiver, vou pôr a minha posição sobre o assunto, a qual irá certamente desagradar ao amigo Ferrol, mas paciência, não se pode agradar a gregos e a troianos.
¡Ah! Pero por eso non se preocupe, que para eso estamos no foro, para expoñe-los nosos puntos de vista. Se sempre estivesemos dacordo, pois que aburrido sería esto.

Así que nada, adiante, agardo con interese o seu punto de vista para poder comparalo co meu e co dos demáis, claro. :o

Un saúdo.




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#33 Mensagem por P44 » Sex Jun 24, 2005 7:57 am

Ainda tão á bulha? :? :shock:




Triste sina ter nascido português 👎
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#34 Mensagem por ferrol » Sex Jun 24, 2005 3:31 pm

Tomado do foro de la armada, do forista eyeglass, referido a unha nova dun diario lanzaroteño:

"Otro atunero de Lanzarote es apresado por pescar en aguas cercanas a Madeira

Hace ocho días la Armada portuguesa detenía al atunero lanzaroteño
Monte Arballu cerca de las Islas Salvajes (90 millas al norte
de Tenerife). En la noche del miércoles al jueves se repitieron
los hechos, aunque cambió el nombre del protagonista. En esta
ocasión el detenido es el Izar Alde, también de la flota lanzaroteña.
Los militares lusos tomaron contacto en alta mar con cuatro atuneros
en la tarde del miércoles: el Monte Arballu, el Siempre Gure
Lorea, el Izar Alde y el Nuevo Juan Santana, éste último con
base en Tenerife. La Armada comprobó las capturas que los barcos
habían realizado en el diario de pesca y decidió retener al Izar
Alde y escoltarlo hasta el puerto de Funchal, en Madeira. Asimismo,
determinó la expulsión de los otros tres atuneros de la zona
que considera de jurisdicción portuguesa. Esos atuneros continúan
faenando en alta mar, mientras que el Izar Alde llegó al puerto
de Funchal a última hora de la tarde de ayer y seguramente recaiga
sobre él una sanción económica, tal y como le ocurriera al Monte
Arballu, que tuvo que pagar 2.000 euros por pescar en aguas
portuguesas.

ISLAS SALVAJES. Los barcos faenaban a unas 30 millas de las Islas
Salvajes, que pertenecen a Portugal. Esas aguas nunca se han
considerado de titularidad portuguesa, según señala el armador
del Izar Alde y presidente de la Organización de productores
de túnidos, Andrés Cedrés, ya que la separación entre los dos
países, España y Portugal, siempre se ha considerado en la mitad
de la distancia que existe entre Canarias y Madeira y no entre
Canarias y las Islas Salvajes. Sin embargo, las autoridades portuguesas
han considerado que, tanto el Monte Arballu, la pasada semana,
como el Izar Alde el miércoles, habían pescado en aguas portuguesas.
La decisión de conducir el barco hasta Funchal se tomó pasada
la medianoche, tras seis horas de comprobaciones en las cuatro
embarcaciones. Las maniobras para capturar el pescado por parte
del Izar Alde se habían iniciado a 28 millas de las Islas Salvajes,
y según la medición portuguesa, este país tendría el dominio
de las aguas hasta las 45 millas de distancia.
El armador del atunero lanzaroteño señala que el Izar Alde no
llevaba pescado ni en la bodega ni en la cubierta" en el momento
de su detención. La técnica que utilizan los atuneros consiste
en encontrar una mancha de atunes (que son peces llamados de
aire, ya que no forman bancos estables sino que se desplazan
en grupo de manera ininterrumpida) y navegar sobre ella varios
días hasta que por fin se capturan para llenar las bodegas y
descargar en puerto. Cuando eso ocurre, la mancha se traspasa
a otra embarcación para que continúe la pesca. La semana pasada,
la Armada portuguesa hizo que el Monte Arballu perdiera la mancha
mientras que en esta ocasión permitió que otro barco la recuperara.

Con estas detenciones, las pérdidas económicas para los armadores
están siendo cuantiosas. Desde el mes de marzo tan sólo han capturado
en Lanzarote sesenta toneladas, cuando en un viaje un atunero
puede llegar a coger más de veinte toneladas. "Con las manchas
haces el año", dice Cedrés, que reconoce que esta semana y la
pasada se habían convertido en los mejores momentos desde que
se inició la temporada. El Monte Arballu tenía 4.000 kilos en
su bodega cuando fue detenido y se le requisó la pesca. El Izar
Alde no tenía pesca pero esperaba llenar las bodegas.
Cedrés calcula que las pérdidas por estos incidentes, sumadas
a las de toda la temporada pueden estar, sólo en Lanzarote, cercanas
a los 120.000 euros. Los gastos de un atunero se cifran en torno
a los 36.000 euros al mes. Cada embarcación tiene una tripulación
que oscila entre las diez y las doce personas.
La postura de las autoridades portuguesas podría estar motivada
como respuesta a una sanción impuesta hace unas semanas a un
barco portugués en aguas canarias por parte del servicio de inspección
pesquera española"

-----------------------------

Xa temos a versión española do asunto. As medidas das distancias portuguesas non son correctas e actúan só como vinganza por un acto administrativo da inspección española. Vai haber que poñerse serio se esto continúa así. Ou se negocia uns límites fixos ou teremos que enviar funcionarios para aclarar puntos de vista cos portugueses.




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#35 Mensagem por pt » Sex Jun 24, 2005 5:01 pm

Ou seja, como a posição estratégica das ilhas selvagens "não dá jeito" deixa de se considerar como válida.

Há ali território português, mas faz de conta que não está ali.

Vamos mudar o nome de Ilhas Selvagens para Ilhas Invisiveis ou então Ilhas inexistentes

Já agora, porque não se considera a linha média de separação entre as ilhas Canárias e as ilhas dos Açores? assim já não havia problema.

Bom, não havia problema enquanto o sagrado gobierno de su majestad de Castilla, não se lembrar de mais um disparate para poder roubar os portugueses.

Como dizemos em Portugal, quanto mais a gente se abaixa, mais a fralda aparece. Esses pescadores ladrões, só entendem uma linguagem: A do chumbo!!!

Se a pouca vergonha pagasse imposto, os espanhóis não tinham dinheiro para comer.

Explicação sobre o contencioso:


A Espanha, inicialmente não reconhecia sequer que as ilhas eram portuguesas. O governo espanhol, mentiu de forma despudorada até que Portugal demonstrou por meio de documentos, que as ilhas eram portuguesas, e que havia documentos antigos de séculos em que se pagava imposto ao Rei de Portugal pela sua posse.

Sem argumentação, a Espanha mudou de táctica. Agora afirma que afinal as ilhas são portuguesas, mas que afinal, agora já não são ilhas, são rochedos.

O que se passa é que pela lei internacional, rochedos não têm Zona Económica Exclusiva. Portanto, a Espanha, enquanto dizia que as ilhas eram suas, dizia que eram ilhas. Depois, quando se provou que eram portuguesas, os espanhóis passaram a considera-las como rochedos (que conveniente).

O problema, é que as selvagens têm mais de 5Km de diâmetro e já foram mesmo habitadas por várias familias portuguesas. Ocorreu no entanto, no fim do século XIX um desastre ecológico, por causa da introducção de cabras nas ilhas (e da sua reprodução descontrolada) . As cabras comeram toda a vegetação e as ilhas, que tinham uma vegetação luxuriante, passaram a parecer um deserto, e por isso têm a aparência de rochedos. No entanto, são e foram, claramente ilhas. Ou melhor, a Selvagem grande foi, a outra ilha, essa é rochedo. Sustentou vida autónoma durante muitissimos anos, e hoje está transformada em Parque Natural.

Quando os aviões e helicópteros espanhóis vão às selvagens, vão de proposito. Quando os pescadores espanhóis lá vão, vão porque conhecem o diferendo, e porque as autoridades espanholas continuam a afirmar que os pescadores espanhois podem ir pescar á vontade.

No fim, sobra o tradicional: Ou seja, a velha arrogância dos espanhóis. Eu só conheço um remédio para a arrogância dos espanhóis.

Cada um que tire as conclusões que quiser.

Cumprimentos




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#36 Mensagem por pt » Sex Jun 24, 2005 5:11 pm

Só mais um detalhe:

Se houvesse represália por parte de Portugal, podería, isso sim, ter a ver com a tentativa de assassino que criminosos castelhanos vindos das Canárias efectuaram, ao tentarem matar os dois guardas florestais das ilhas ao abalroarem o bote de borracha dos guardas, com embarcações de alta potência.

Em entrevista à TV portuguesa, os guardas afirmaram que os espanhóis os tentaram matar por duas vezes, e que depois da primeira, refugiaram-se com o bote, nas rochas, onde os barcos dos espanhóis não podiam chegar. Mas antes de conseguirem chegar á protecção das rochas, os espanhóis, com barcos para pesca desportiva, muito mais potentes, conseguiram atingir os guardas.

Não basta os criminosos da Cova da Moura, agora também temos que tratar dos criminosos espanhóis que vêm das Canárias.

Cumprimentos




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#37 Mensagem por Dinivan » Sex Jun 24, 2005 5:53 pm

Vaya, entonces el peñón de Perejil, que hoy en día tiene unas cuantas cabras pasturando, debe ser también una isla ¿no? :lol: :lol: :lol:




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#38 Mensagem por JNSA » Sex Jun 24, 2005 6:11 pm

Dinivan escreveu:Vaya, entonces el peñón de Perejil, que hoy en día tiene unas cuantas cabras pasturando, debe ser también una isla ¿no? :lol: :lol: :lol:


Dinivan, quando é a soberania do meu país que está em causa, gracejar não é uma das minhas prioridades... :roll:

Já agora, convém não confundir ainda mais a questão com "desinformação" - Perejil tem 13,5 hectares, enquanto a Selvagem Grande tem 245 hectares. Só como ponto de comparação, a Cidade do Vaticano tem 44 hectares e o Mónaco 195 hectares...




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#39 Mensagem por Dinivan » Sex Jun 24, 2005 7:03 pm

Já agora, convém não confundir ainda mais a questão com "desinformação" - Perejil tem 13,5 hectares, enquanto a Selvagem Grande tem 245 hectares. Só como ponto de comparação, a Cidade do Vaticano tem 44 hectares e o Mónaco 195 hectares...


El tamaño no importa :wink:

Me remito a lo dicho por PT:
O problema, é que as selvagens têm mais de 5Km de diâmetro e já foram mesmo habitadas por várias familias portuguesas. Ocorreu no entanto, no fim do século XIX um desastre ecológico, por causa da introducção de cabras nas ilhas (e da sua reprodução descontrolada) . As cabras comeram toda a vegetação e as ilhas, que tinham uma vegetação luxuriante, passaram a parecer um deserto, e por isso têm a aparência de rochedos


Pues bien, según las Naciones Unidas:

1. Una isla es una extensión natural de tierra, rodeada de agua, que
se encuentra sobre el nivel de ésta en pleamar.
2. Salvo lo dispuesto en el párrafo 3, el mar territorial, la zona
contigua, la zona económica exclusiva y la plataforma continental de una
isla serán determinados de conformidad con las disposiciones de esta
Convención aplicables a otras extensiones terrestres.
3. Las rocas no aptas para mantener habitación humana o vida
económica propia no tendrán zona económica exclusiva ni plataforma
continental.


http://www.un.org/Depts/los/convention_agreements/texts/unclos/convemar_es.pdf

Si esas rocas no pueden ni mantener en vida a un ramado de cabras, no son islas. Tampoco lo serían si se instalase una base de investigación que dependiera del exterior para su sustentación.




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#40 Mensagem por Slip Junior » Sex Jun 24, 2005 7:18 pm

Realmente isso me lembra a Guerra da Lagosta que foi citada anteriormente. Só para relembrar e informar:

"A chamada "Guerra das Lagostas" travada entre Brasil e França em águas nordestinas, na década de 60, resultou da presença constante de navios franceses em águas próximas do mar territorial brasileiro, que era de três milhas. Barcos pesqueiros franceses realizavam a captura de lagosta na plataforma continental brasileira, apesar do governo brasileiro ter estabelecido que apenas barcos previamente autorizados poderiam fazê-lo. Como alguns barcos teimavam em descumprir essa determinação, foram deslocados para a região próxima de Natal (RN) alguns navios de guerra brasileiros para, se necessário, fazer cumprir a deliberação tomada.

As águas eram de alto mar e portanto a pesca era livre. O Brasil sustentou que o crustáceo, como espécie predominantemente rasteira e não nadadora, possuía seu habitat na plataforma continental brasileira. A França insistia que capturava a lagosta quando ela pulava na água, longe da zona costeira. A decisão favorável ao Brasil foi fator preponderante para que este pleiteasse, e obtivesse de outros países, o reconhecimento do direito de exercer sua soberania sobre as águas compreendidas entre o litoral e as 200 milhas marítimas. "


Fonte: http://www.comciencia.br/reportagens/li ... it03.shtml

"Um exemplo excelente da importância da Patrulha pode ser visto na conhecida “Guerra da Lagosta” entre Brasil e França. Não foi bem uma guerra, e sim uma disputa entre os 2 países pela pesca de lagosta em águas brasileiras, no Nordeste (na época, o CNUDM ainda não havia sido assinado). Na época, pesqueiros franceses, escoltados por navios da Marinha daquele país, estavam retirando lagostas ilegalmente do mar territorial.

Após o apresamento de pesqueiros franceses que estavam pescando lagostas de maneira ilegal, a França enviou para a região um número considerável de navios. Entre eles, o Porta-Aviões Clemenceau (que ficou na Guiana Francesa), a fragata Paul Guffany, entre outros. O que não esperava era uma reação por parte do Brasil, que mobilizou as forças armadas, enviando para a região uma Força Tarefa capitaneada pelo navio “Tamandaré”, e colocou de alerta todas as bases aéreas da Região. A aviação de Patrulha manteve vôos diários, vigiando qualquer tentativa francesa de hostilidade.

O evento, felizmente, terminou de maneira pacífica, com a ONU dando ganho de causa ao Brasil."


Fonte: http://defesabrasil.com/artigos/patrulh ... /index.htm

Bom, sobre essa história das Ilhas Selvagens merecerem ou não ter ZEE, eu acho que sim pois até onde eu saiba os Arquipélagos de São Pedro e São Paulo assim como a Ilha de Trindade e Martins Vaz me parecerem ser algo semelhante ao encontrado nas ilhas portuguesas e são consideradas na ZEE brasileira.

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Abraços




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#41 Mensagem por pt » Sex Jun 24, 2005 8:09 pm

3. Las rocas no aptas para mantener habitación humana o vida
económica propia no tendrán zona económica exclusiva ni plataforma
continental.

As ilhas selvagens, tiveram vida auto-sustentada durante mais de um século. Eu não sei se o Dinivan tem dificuldade em entender português, mas enfim...

O facto de ocorrer um desastre ecológico nas ilhas, não lhes retira o estatuto de ilhas. Amanhã se Portugal enviar pessoas para viver ali e criar, por exemplo uma zona turistica, as ilhas terão uma economia perfeitamente auto-sustentada. :roll:

Como disse o JNSA, as ilhas são maiores que pelo menos dois estados soberanos.

O excesso de cabras ou coelhos, provocou problemas de desertificação até no continente australiano, e ocorreu mais ou menos na mesma altura, quando os ingleses introduziram coelhos na Austrália. como é que não os causaría numa ilha como a Selvagem grande???

Embora mais pequena que Fernando de Noronha, a Selvagem Grande, tinha uma vegetação parecida. Um destes dias ainda vamos ver os espanhóis a garantir que a Australia é um rochedo ... :D :D :D :D

O fato de ter ocorrido um desastre ecológico, em que o crescimento descontrolado da população de animais, levou à destruição do ecosistema (os animais acabaram morrendo de fome) não dá o direito à Espanha, nem a ninguém, de despromover a ilha a rochedo.

O que vemos, infelizmente como sempre é uma incrível tendência para a desinformação por parte dos Espanhóis.

A ilha, enquanto os espanhóis ainda achavam que tinham direitos, nunca foi referida como "rochedo" o argumento do "rochedo" só apareceu posteriormente.

Realmente, com Hermanos destes, é melhor ser filho único.

Cumprimentos




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#42 Mensagem por Dinivan » Sex Jun 24, 2005 8:27 pm

Perdone mi ignorancia señor PT, pero no logro encontrar en los documentos de las naciones unidas referencias sobre al hecho del mantenimiento del estatus de isla sobre un peñón que ha sufrido una catástrofe natural anterior a la firma de los acuerdos y ha dejado de ser habitable. Por que ya no se autosustenta, y sí, se podría construir un complejo hotelero, igual que se podria construir una plataforma artificial sobre el mar, construir varios hoteles, y reclamar su ZEE ¿no?
Por otra parte la comparación con Australia me parece absurda y exagerada, una cosa es sufrir problemas de desertificación, como los sufre España por ejemplo, y otra cosa es tener una roca desolada.




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#43 Mensagem por Slip Junior » Sex Jun 24, 2005 8:43 pm

Depois de reler o debate com mais tempo e cuidado, eu sou obrigado a concordar com os portugueses quanto à sua reclamação sobre o fato da Ilha Selvagem ser passível de ter um Zona Econômica Exclusiva.

Vejam bem, o que está escrito no texto postado pelo colega Dinivan:

3. Las rocas no aptas para mantener habitación humana o vida
económica propia no tendrán zona económica exclusiva ni plataforma
continental.

O texto não faz qualquer menção ao fato de haver habitação humana na área, mas que as mesmas devem ser aptas para manter habitação humana! Dessa forma, o argumento dos portugueses de que a ilha foi habitada por mais um século a caracteriza (no meu ponto de vista) como sendo habilitada à possuir uma ZEE e plataforma continental.

E, finalizando, peço encarecidamente, como moderador desse fórum, à tanto portugueses quanto espanhóis que controlem seus ânimos e mantenham essa discussão a mais cordial possível sem apelarem para insultos e/ou ofenças que em nada contribuem, ok? :wink:

Abraços




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#44 Mensagem por Nautilus » Sex Jun 24, 2005 8:53 pm

Dinivan
Pues bien, según las Naciones Unidas:


Realmente senhor Dinivan fico contente de o senhor gostar de ler as directivas das Nações Unidas so fico triste de ver que e só para um lado e não pela justiça (vide o caso de Olivença).




ET PLURIBUS UNUN

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#45 Mensagem por JLRC » Sex Jun 24, 2005 8:58 pm

Tinha prometido que ía dar a minha opinião sobre as relações luso-espanholas e como hoje estou com paciência, vou fazê-lo.

Em primeiro lugar devo dizer que não considero que haja qualquer tipo de perigo de invasão de Portugal por parte de Espanha, considero sim, que certas atitudes de Espanha, para com Portugal, consubstanciam atitudes que no mínimo podem ser apodadas de não amistosas. Sempre houve muita desconfiança de Portugal em relação a Espanha, desconfiança essa que a própria Espanha alimenta com atitudes não condizentes com um país amigo. "De Espanha nem bom vento, nem bom casamento" diz um ditado português (e o povo tem sempre razão) e eu acrescento outro "À mulher de César não basta parecer séria, tem de sê-lo". Não se pode apregoar amizada, fraternidade, união de esforços dentro da UE, boa vizinhança e depois fazer o contrário e eu considero que Espanha diz uma coisa e faz outra. Espanha tem tomado para com Portugal, atitudes de desprezo, próprias de quem tem um complexo de superioridade, agindo com sobranceria e desrespeitando muitas vezes, a soberania de Portugal.

1º - Vamos começar com o problema mais antigo, Olivença.
Portugal, quando por tratado cedeu Olivença a Espanha, fê-lo na condição de que se Espanha violasse o tratado, este ficava sem efeito. Ao violar o tratado, invadindo Portugal, o mesmo ficou sem efeito e portanto a cedência de Olivença foi anulada. Não há outra interpretação e portanto, pelo menos para mim e muitos portugueses, Olivença é território português ocupado ilegalmente por Espanha. O mesmo não se passa com Gibraltar, que é de facto, território britânico e só será devolvido a Espanha se a GB tiver muito boa vontade, que não tem. Nem os gibraltinos querem ser integrados em Espanha. Não me vou largar mais pois este tema já foi muito descutido.

2ª As ilhas Selvagens

Imagem

Mapa de Portugal Continental, Açores, Madeira e Canárias.

Ao contrário do que alguns foristas brasileiros escreveram, os problemas nas Selvagens não são um mero problema de pescadores ilegais, mas resultam sim, da reinvidicação por parte de Espanha, da ZEE adjacente às Ilhas Selvagens. Para quem não sabe, o Arquipélago da Madeira, além das Ilhas da Madeira e Porto Santo, inclui também as Ilhas Desertas e as Ilhas Selvagens e Portugal considera, na minha opinião bem, que a ZEE da Madeira é formada pelo somatório resultante da ZEE de todas estas ilhas.As Desertas, situadas a SE da ilha da Madeira no prolongamento para Sul da Ponta de São Lourenço, distam desta 11 milhas marítimas e do Funchal 22 milhas. A sua latitude é limitada pelos paralelos 32º e 24´05´´N e 32º 35´20´´N, e a longitude pelos meridianos 16º 27´45´´W e 16º32´50´´W.
Se em relação às Desertas, formadas pelas Deserta Grande, Ilhéu Chão e Bugio, não há problema devido à sua situação geográfica, já em relação às Selvagens existe um contencioso entre Portugal e a Espanha.

Imagem

Ilhas Desertas

Imagem

Ilhas Desertas

As Ilhas Selvagens são compostas por dois pequenos grupos, de onde se destacam a Selvagem Grande, a Selvagem Pequena e o Ilhéu de Fora.

http://www.pnm.pt/reservas/reserv_selvag.htm

Imagem

Ilhas Selvagens

Imagem

Ilhas Selvagens

Imagem

Baía das Cagarras-Selvagem Grande

Estão situadas a cerca de 163 milhas a Sul da Ilha da Madeira e representam o extremo Sul do território nacional, bem dentro da ZEE das Canárias e mais perto destas ilhas, de que distam 90 milhas (daí a linha ce separa as duas ZEE, estar a 45 milhas das Selvagens), que da Madeira. É um lança espetada em plena ZEE das Canárias e a Espanha nunca aceitou tal facto, tendo tentado por ptodos os meios, retirar o controlo dessa área marítima, a Portugal. As Selvagens são consideradas um santuário ao nível da flora e da fauna e como área protegida estão sob a tutela do serviço do Parque Natural da Madeira. No ano passado, foram candidatas a património natural mundial da UNESCO.

Imagem

ZEE de Portugal podendo ver-se a projecção para Sul da ZEE da Madeira/Selvagens

Por outro lado, essas águas são ricas em pescado e já li algures (não me peçam enlaces) que no subsolo da ZEE poderá existirem hidrocarbonetos (petróleo e gás natural), além de outras riquezas minerais de que presentemente Portugal tem o direito de exploração mas, se a ZEE lhe fosse retirada, seria a Espanha a explorar. A Espanha, tem feito todos os possíveis para que as ilhas sejam classificadas como meros rochedos, para perderem o direito a terem ZEE, revertendo então esta para as Ilhas Canárias. É neste contexto que têm que se entenderem os sobrevoos de aviões espanhóis na ZEE e a invasão do espaço aéreo português, dentro das 12 milhas, e não só na ZEE reclamada por Espanha. É também neste contexto, que se dão as frequentes incursões de pescadores espanhóis. O amigo Ferrol, no post que pôs, mostrou bem qual a posição de Espanha:

ferrol escreveu:Tomado do foro de la armada, do forista eyeglass, referido a unha nova dun diario lanzaroteño:

"Otro atunero de Lanzarote es apresado por pescar en aguas cercanas a Madeira

Hace ocho días la Armada portuguesa detenía al atunero lanzaroteño
Monte Arballu cerca de las Islas Salvajes (90 millas al norte
de Tenerife). En la noche del miércoles al jueves se repitieron
los hechos, aunque cambió el nombre del protagonista. En esta
ocasión el detenido es el Izar Alde, también de la flota lanzaroteña.
Los militares lusos tomaron contacto en alta mar con cuatro atuneros
en la tarde del miércoles: el Monte Arballu, el Siempre Gure
Lorea, el Izar Alde y el Nuevo Juan Santana, éste último con
base en Tenerife. La Armada comprobó las capturas que los barcos
habían realizado en el diario de pesca y decidió retener al Izar
Alde y escoltarlo hasta el puerto de Funchal, en Madeira. Asimismo,
determinó la expulsión de los otros tres atuneros de la zona
que considera de jurisdicción portuguesa. Esos atuneros continúan
faenando en alta mar, mientras que el Izar Alde llegó al puerto
de Funchal a última hora de la tarde de ayer y seguramente recaiga
sobre él una sanción económica, tal y como le ocurriera al Monte
Arballu, que tuvo que pagar 2.000 euros por pescar en aguas
portuguesas.

ISLAS SALVAJES. Los barcos faenaban a unas 30 millas de las Islas
Salvajes, que pertenecen a Portugal. Esas aguas nunca se han
considerado de titularidad portuguesa, según señala el armador
del Izar Alde y presidente de la Organización de productores
de túnidos, Andrés Cedrés, ya que la separación entre los dos
países, España y Portugal, siempre se ha considerado en la mitad
de la distancia que existe entre Canarias y Madeira y no entre
Canarias y las Islas Salvajes
. Sin embargo, las autoridades portuguesas
han considerado que, tanto el Monte Arballu, la pasada semana,
como el Izar Alde el miércoles, habían pescado en aguas portuguesas.
La decisión de conducir el barco hasta Funchal se tomó pasada
la medianoche, tras seis horas de comprobaciones en las cuatro
embarcaciones. Las maniobras para capturar el pescado por parte
del Izar Alde se habían iniciado a 28 millas de las Islas Salvajes,
y según la medición portuguesa, este país tendría el dominio
de las aguas hasta las 45 millas de distancia.
...........................................................................................................
Con estas detenciones, las pérdidas económicas para los armadores
están siendo cuantiosas....Cedrés calcula que las pérdidas por estos incidentes, sumadas a las de toda la temporada pueden estar, sólo en Lanzarote, cercanas a los 120.000 euros. Los gastos de un atunero se cifran en torno a los 36.000 euros al mes.

Xa temos a versión española do asunto. As medidas das distancias portuguesas non son correctas e actúan só como vinganza por un acto administrativo da inspección española. Vai haber que poñerse serio se esto continúa así. Ou se negocia uns límites fixos ou teremos que enviar funcionarios para aclarar puntos de vista cos portugueses.


Será que a tentativa de roubar parte da ZEE da Madeira é uma atitude de país amigo? Tirem as vossas conclusões.

3º Açores - Também em relação aos Açores existem problemas. Nos Açores situam-se alguns dos mais ricos pesqueiros da UE. Até agora, Portugal tem conseguido evitar a invasão das águas dos Açores pela frota pesqueira espanhola, mas Espanha tudo tem feito para poder pescar naquelas águas riquíssimas, propondo inclusivamente, a diminuição da ZEE dos Açores, argumentando que dado pertencerem os 2 países à UE, as águas pertencem à UE e não a Portugal, embora seja Portugal a administrá-las. Dada a pesca intensiva praticada por Espanha, se a invasão se concretizar, em poucos anos os pesqueiros ficarão exauridos, lançando para a miséria os pescadores açoreanos. Será esta uma atitude de país amigo? Mais uma vez deixo ao vosso critério.

4º Opção nuclear espanhola junto à fronteira com Portugal

Será que a opção nuclear espanhola não foi sempre junto à fronteira com Portugal e mais propriamente em regiões onde o poder reivindicativo é menor, como é o caso da vizinha Castilla-Leon ?

Se assim não é, como justificar a central nuclear de Almaraz, Aldeadavilla de la Ribera, Saelices el Chico , etc. etc. etc. de onde se pode concluir que vivemos junto a um verdadeiro paiol de pólvora.

Central Nuclear de Almaraz

Construída na margem do rio Tejo, a 100 km da fronteira, poderá, em caso de acidente, poluir radioactivamente a água que abastece grande parte de Portugal e em especial Lisboa.

Central Nuclear de Sayago (Em projecto)

A ser construída, será mais uma central nuclear nas margens do rio Tejo, perto da fronteira, contribuindo para o perigo de contaminação das águas que depois virão para Portugal

Lixeira nuclear de Aldeadavilla de la Ribera (Em projecto)

Lixeira de resíduos nucleares, projectada para as margens do rio Douro, junto à fronteira, perto da aldeia de Aldeadavilla de la Ribera. Graças à oposição concertada dos dois lados da fronteira, a sua construção está suspensa. Caso seja construída, poderá levar à destruição da cultura da vinha da região demarcada do Douro, com cujas uvas se faz o Vinho do Porto, por provocar um aumento da temperatura média da água do rio Douro, em cerca de 2º C.

Fabrica de tratamento de concentrados de urânio «Quercus» da ENUSA, em Saelices el Chico

Esta fábrica, localizada nas margens do rio Águeda, perto de Salamanca e a poucos quilómetros da fronteira e do distrito da Guarda, elimina os resíduos radioactivos para o rio Águeda que vem desaguar ao rio Douro junto a Barca de Alva pondo em causa todo o ecossistema existente no chamado Douro Internacional.

Será esta política nuclear própria de um país amigo? Tirem as vossas conclusões

5º O caso Prestige

A 13 de Novembro de 2002, o petroleiro "Prestige-Nassau" reportou problemas quando se encontrava ao largo da costa da Galiza (costa NW de Espanha). As autoridades espanholas ordenaram que o navio se dirigisse para as águas portuguesas, numa tentativa de desviar a provável maré negra para as águas portuguesas, o que foi impedido pela Armada portuguesa. Nos dias que se seguiram o petroleiro evoluiu ao largo da costa NW de Espanha derramando, ao longo deste período, cerca de 10000 Tm de fuel. O extenso derrame ocorrido durante esta fase do acidente era bem visível na imagem obtida, a 17 de Novembro de 2002 com o "Synthetic Aperture Radar- SAR", a qual foi disponibilizada pela European Space Agency (ESA). 19 de Novembro de 2002, enquanto se dirigia para Sul, o "Prestige" afunda-se sobre o flanco sudoeste do Banco da Galiza (profundidade de 3500m), a cerca de 270 km ao largo da costa da Galiza. As observações realizadas por meios aéreos espanhóis e portugueses revelaram o aparecimento de duas grandes manchas de fuel na zona de afundamento.
Se o Prestige, logo quando foi dado o alarme, tivesse sido conduzido para o porto galego mais perto, não se teria afundado e a maré negra teria sido facilmente contida, não tendo a extensão que veio a ter nem causando os prejuízos que veio a causar. A atitude das autoridades espanholas, ao quererem atirar com o Prestige para as águas portuguesas foi no mínimo criminosa. Foi uma atitude de país amigo? Tirem as vossas conclusões.

Factos, são factos e estes são alguns dos factos que fazem com que, cada vez mais, os portugueses olhem com desconfiança para Espanha. Será complexo de superioridade por parte de Espanha, será complexo de inferioridade por parte de Portugal, será que estamos exagerando os factos? Tirem as vossas conclusões.

Com isto tudo, falta-me tempo para responder ao Rui acerca dos 2 contentores da classe Tourville (que já foram 3). Isto de dar porrada nos castelhanos cansa :lol: . Que o digam a Brites, o João, o Nuno e os namorados :lol: .




Editado pela última vez por JLRC em Sex Jun 24, 2005 9:17 pm, em um total de 1 vez.
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