Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

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Bender

Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#421 Mensagem por Bender » Sex Mai 30, 2008 10:59 am

10/05/2001

Na Bacia de Santos foram perfurados em águas mais rasas, predominantemente
inferiores a 400 metros, mais de 100 poços exploratórios entre 1971 e meados da
década de 90,
por companhias internacionais que atuaram através dos Contratos com
Cláusulas de Risco e pela própria Petrobras, havendo sido descoberto em 1984 pela
Shell/Pecten o Campo de gás de Merluza, com volume recuperável de 71 milhões de
barris de óleo equivalente, dos quais 28 milhões já produzidos. No mesmo período a
Petrobras descobriu em águas rasas do sul da Bacia , quatro (04) acumulações com
reservas totais de 110 milhões de barris de óleo equivalente.

Esse PDF é antigo mas dá uma idéia da longa maturação de projetos na área do petróleo. :?

http://www2.petrobras.com.br/ri/spic/bc ... 100501.pdf




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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#422 Mensagem por Tigershark » Sex Mai 30, 2008 9:13 pm

30/05/2008 - 17h39 - Atualizado em 30/05/2008 - 17h52

Petrobras ainda deve anunciar outras descobertas, avaliam analistas
Desde novembro, estatal já anunciou seis novas descobertas de petróleo.
Para especialistas, Bacia de Santos tem mais reservas que as anunciadas.
Laura Naime

Do G1, em São Paulo
Os sucessivos anúncios de novas descobertas de petróleo pela Petrobras devem continuar por mais algum tempo, segundo especialistas ouvidos pelo G1.


A expectativa é que novos depósitos sejam encontrados na Bacia de Santos, o que pode levar o país a subir algumas posições no ranking dos detentores das maiores reservas. A Petrobras diz ter quarta maior reserva provada de petróleo do mundo



Nesta quinta (29), a estatal anunciou uma nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos. Foi o sexto anúncio de descoberta na mesma área desde novembro do ano passado, quando foi divulgada a existência de uma reserva de até 8 bilhões de barris na reserva de Tupi.



"Certamente mais poços devem ser anunciados no prazo de um ano. É só ver o tamanho das bacias sedimentárias brasileiras, ainda há muito que encontrar", diz Bruno Rezende, analista do setor de petróleo da Tendências Consultoria.





G1
Localização da última reserva anunciada pela Petrobras na Bacia de Santos. (Editoria de Arte/G1)



Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), as reservas provadas brasileiras são hoje de 11,4 bilhões de barris. Contabilizadas as novas descobertas, esse volume subiria para 24 bilhões.

Também na área da bacia da Santos, a Petrobras informou ter encontrado, em janeiro deste ano, uma "grande jazida" de gás natural e condensado. O poço, chamado de Júpiter, está 37 quilômetros a leste da área de Tupi.



Descobertas anunciadas desde novembro
08/11/2007 - Tupi

20/12/2007 - Bloco BM-S-21

21/01/2008 - Júpiter (gás)

29/03/2008 - Bloco BM-S-8

14/04/2008 - Carioca

21/05/2008 - Bem-Te-Vi

29/05/2008 - Bloco BM-S-40



Entre os grandes
No mês passado, em uma declaração que provocou agitação no mercado, o diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Haroldo Lima afirmou ter recebido informações de que o volume do campo de Tupi, na Bacia de Santos, poderia atingir 33 bilhões de barris de óleo equivalente – o que faria do bloco o terceiro maior do mundo.

Segundo Rezende, a afirmação de Lima leva a crer que a Petrobras tem indícios de que há mais reservas além das anunciadas. "Isso é um indicativo de que eles têm idéia de quanto é o total, mas estão anunciando conforme vão saindo os resultados", diz.

"Também existe uma especulação de que as novas reservas do Brasil possam chegar a 90 bilhões de barris, contando com o que já foi anunciado até agora na camada pré-sal. Se isso for confirmado, o Brasil passará a ter a quarta maior reserva de petróleo do mundo, atrás apenas de Arábia Saudita, Irã e Iraque", ressalta Rezende.



Série de anúncios
Para os especialistas, a 'enxurrada' de novas descobertas anunciadas é uma conseqüência natural do avanço das pesquisas da estatal.

O pesquisador do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ, Giuseppe Bacoccoli, acredita que os anúncios de novas reservas estejam sendo feitos à medida que a Petrobras tem informações concretas sobre os depósitos. "Isso é normal. A Petrobras está fazendo perfurações em vários locais. Então as descobertas acontecem aos poucos", disse.

O fato de a exploração na Bacia de Santos ter sido iniciada com atraso em relação às outras áreas, diz Bacoccoli, explica a concentração de descobertas na mesma área. "Em Campos e no Espírito Santo, a exploração começou mais cedo. Essas áreas já estão desenvolvidas", aponta.

Para o analista da Tendências, o atraso é resultado da maior dificuldade em alcançar as reservas do local, que estão em sua maioria em águas ultra-profundas. "Foi uma questão de tecnologia. O país tem hoje uma melhor capacidade de prospectar em águas profundas", diz ele.

Embora a exploração em Santos esteja atrasada com relação às outras bacias, é onde as perspectivas são melhores, de acordo com os especialistas. "Sem a menor dúvida, ainda tem mais descobertas pela frente. Ainda vão encontrar muita coisa em Santos", afirma Bacoccoli.




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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#423 Mensagem por Tigershark » Seg Jun 02, 2008 9:23 am

Folha de São Paulo

Assunto: Dinheiro
Título: Tupi já produz em março, diz presidente
Data: 02/06/2008
Crédito: Clóvis Rossi

Do enviado especial a Roma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva arriscou-se ontem, em Roma, a dar um palpite "de leigo", mas que leva o peso do cargo que ocupa: anunciou que, já em março do próximo ano, começa "uma pequena exploração comercial" no poço de Tupi, um dos megapoços de descoberta relativamente recente pela Petrobras e cuja operação era esperada só por volta de 2013.
"É bem possível que a gente comece, no primeiro momento, a extrair 20 mil barris de petróleo e ir crescendo até extrair o máximo", disse o presidente.
Quanto ao preço do petróleo, que ele próprio considera "insuportável", nada a fazer. "É um preço internacional, feito pelo mercado", justifica-se.
Lula contou ontem um episódio que demonstra que nem o socialismo do século 21 do presidente venezuelano Hugo Chávez se intromete no mundo dos preços do petróleo.
"Lembro que um dia desses, a presidente [Michelle] Bachelet [do Chile] perguntou ao presidente Chávez porque a PDVSA [estatal venezuelana do petróleo] não diminui o preço do petróleo. O Chávez falou: não é um problema meu, é um problema do mercado."
O preço do petróleo serve como argumento adicional para Lula defender a adoção dos combustíveis alternativos, com a inestimável colaboração de sua mulher, Marisa Letícia, que entrou na sala da entrevista levando a reprodução do que o presidente chama sempre de "meu carro verde".
Trata-se do protótipo em tamanho pequeno do "primeiro carro verde do mundo", no qual todo o plástico é feito não de derivados do petróleo, como ocorre hoje, mas de derivados de cana-de-açúcar, numa parceria Braskem/Toyota. Brinca Lula: "Com esse carro, ninguém precisa beber álcool, é só cheirar o carro".

"O chato do etanol"
Lula está tão obcecado com a disseminação do etanol que ele próprio admite que, daqui a pouco, os outros governantes "vão me ver como aquele chato do etanol".
Lula ameaça até levar carros flex-fuel a cada viagem sua. "Se eu pudesse, em cada aeroporto desceria com o flex-fuel e faria toda a minha peregrinação com um medidor para medir a emissão de gases. Colocaria outro medidor no motor [dos carros] dos presidentes para ver quem está contribuindo mais para despoluir o planeta", afirmou.
O presidente já sabe do resultado porque, na semana passada, recebeu estudo do Inmetro que revela que, entre dois carros com a mesma potência de motor e correndo à mesma velocidade, o carro a gasolina emitiu 8,5 vezes mais gases do que o carro a álcool. (Clóvis Rossi)




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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#424 Mensagem por joao fernando » Seg Jun 02, 2008 1:13 pm

Se furar, dá petroleo.




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#425 Mensagem por Luiz Bastos » Seg Jun 02, 2008 3:14 pm

Eta presidente de sorte..... :mrgreen:




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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#426 Mensagem por joao fernando » Seg Jun 02, 2008 3:20 pm

Vamos voltar em 1974: já imaginaram o Geisel e o Medici nadando nesse petroleo todo??? Coitados, devem tar dando voltas na tumba.




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#427 Mensagem por Brigadeiro » Seg Jun 02, 2008 3:28 pm

Luiz Bastos escreveu:Eta presidente de sorte..... :mrgreen:
Como nunca na história deste país... :roll: :roll:

Até mais!




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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#428 Mensagem por Tigershark » Seg Jun 09, 2008 8:26 am

09/06/2008 - 07h36 - Atualizado em 09/06/2008 - 07h40

Petróleo vai render R$ 30 bi por ano ao País
Da Agência Estado

Estimativas preliminares realizadas por técnicos especializados do setor de petróleo indicam que as receitas de royalties e participações especiais deverão atingir no mínimo R$ 30 bilhões anuais até 2010, com a produção dos campos do chamado pré-sal apenas na fase inicial de produção. Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a produção de óleo e LGN (Líquido de Gás Natural) deve subir dos atuais 1,95 milhão de barris por dia para 2,81 milhões em 2015. Essa conta, porém, não inclui a produção do megacampo de Tupi, prevista para ser iniciada em 2010.



O potencial total de produção dos novos campos descobertos na Bacia de Santos é desconhecido, mas especula-se que possa representar pelo menos três vezes mais do que o volume atual das reservas brasileiras, estimadas em 14 bilhões de barris. “O teste de longa duração em Tupi vai começar em março de 2009 e só aí vamos poder analisar o reservatório”, disse Gabrielli, durante audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara.



Se as especulações sobre o potencial de Tupi se confirmarem e o preço internacional do petróleo continuar acima de US$ 100 (na sexta-feira bateu em US$ 138), o governo brasileiro estará diante de uma mina de ouro, avaliam técnicos do setor. Por isso, cresce nos bastidores do governo a pressão para que o Palácio do Planalto articule mudanças nos critérios de cobrança e repartição dos royalties. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#429 Mensagem por Tigershark » Seg Jun 09, 2008 8:49 am

09/06/2008 - 08h33 - Atualizado em 09/06/2008 - 08h40

Mantega: fundo pode atingir US$ 300 bi com petróleo
Da Agência Estado

O fundo soberano brasileiro pode atingir entre US$ 200 bilhões e US$ 300 bilhões nos próximos anos, a partir do uso de receitas provenientes das descobertas de petróleo no Brasil, afirma o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista publicada hoje pelo Financial Times.



Segundo ele, os novos campos encontrados no País representariam reservas de 40 bilhões a 50 bilhões de barris de óleo - hoje as reservas somam 14,4 bilhões de barris. Se esse potencial for confirmado, o Brasil passará de um produtor auto-suficiente para uma das maiores potências de petróleo do mundo.



Inicialmente, o fundo soberano brasileiro será formado com uma economia fiscal de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 14 bilhões. O objetivo é que funcione como uma poupança "anticíclica".



O fundo ajudará no combate à inflação, que conforme o ministro deve atingir 5,5% no final do ano, ou 1 ponto porcentual acima da meta do governo, relata o jornal inglês. Ao reservar receitas, o instrumento tende a reduzir o impacto inflacionário dos gastos públicos. A meta de superávit primário subirá de 3,8% para 4,3% do PIB.



Conforme Mantega, no entanto, o fundo ganhará novo papel quando as receitas decorrentes das reservas de petróleo comecem a fluir. "O fundo vai começar pequeno, mas, uma vez que o óleo comece a entrar, crescerá rapidamente, para US$ 200 bilhões ou US$ 300 bilhões em três a cinco anos", afirmou ao FT.



Segundo ele, a partir daí, o instrumento terá várias funções. "Vai contribuir para reduzir o gasto do governo, mas também ajudará a taxa de câmbio." O ministro afirma que o fundo contribuirá para enfraquecer o real por meio da compra de moeda estrangeira, com a manutenção de uma conta fora do País, que seria usada para financiar os exportadores nacionais. Ele comparou o instrumento com o fundo de estabilização do Chile.



O FT diz que os planos para o fundo soberano brasileiro já mudaram diversas vezes e causaram controvérsia dentro do governo. O Banco Central só apoiou a medida recentemente, depois de que seu papel foi limitado à estabilidade fiscal.



O jornal inglês também afirma que há preocupação da indústria de petróleo sobre como o governo vai administrar os contratos nos novos campos. Pelas regras atuais, as companhias operam as reservas, pagando royalties ao governo. Mas, o sistema pode mudar de forma que o governo mantenha a propriedade sobre os campos e as empresas entrem como prestadoras de serviços.



"Estamos trabalhando num novo modelo para que a maior parte das reservas fique sob o controle do País", diz o ministro.




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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#430 Mensagem por Immortal Horgh » Seg Jun 09, 2008 12:10 pm

Pombas, cadê aquele inútil do Born pra explicar qual a finalidade de um fundo soberano 8-] 8-] 8-]



[ ]s




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Znamya sovetskoye, znamya narodnoye
Pust' ot pobedy k pobede vedyot!
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#431 Mensagem por Tigershark » Seg Jun 09, 2008 12:45 pm

A finalidade é financiar empresas brasileiras no exterior,vide explicação do Presidente do Banco Central,Henrique Meirelles:

" O conceito de fundo soberano é usado por diversos países com finalidades diferentes e distingue-se de uma maneira bastante clara das reservas internacionais do país. As reservas internacionais do país têm por finalidade a garantia de liquidez. Ou seja, são ativos líquidos e de risco de crédito menor possível. Muitas vezes, títulos de governo, de países de economia mais sólida. Portanto, a finalidade das reservas é fazer com que o risco percebido do país diminua e, em conseqüência, o custo de captação das empresas brasileiras e do governo brasileiro cai. Isso tem acontecido e o investment grade [grau de investimento, classificação que sinaliza para os investidores estrangeiros que o país oferece segurança para investimentos] concedido ao Brasil recentemente mostra claramente o acerto da política de acumulação de reservas internacionais. É mais uma demonstração desse acerto. O desempenho do Brasil durante a crise dos mercados mundiais que foi gerado pela crise do subprime [operações financeiras no mercado imobiliário] americano é, de novo, outra evidência importante do acerto [da política de acúmulo] das reservas internacionais. Evidentemente que vem junto com toda a melhora dos fundamentos da economia brasileira: a melhora fiscal, a continuada queda da relação dívida pública líquida total sobre o produto, trajetória de inflação consistente com as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
"O Fundo Soberano tem outras finalidades que não a de assegurar liquidez, assegurar uma reserva líquida do país. Cada nação tem uma diferente configuração para o Fundo Soberano. A configuração do Fundo Soberano brasileiro ainda não está definida. O ministro [da Fazenda], Guido Mantega, deverá anunciar brevemente as características fundamentais da constituição do Fundo Soberano do Brasil e só aí nós vamos discutir quais são os detalhes da política de aplicação do fundo, de governança etc. No caso do Brasil, uma visão inicial é de que recursos viriam do que poderia ser usados para despesas correntes. Portanto, o país estará ao mesmo tempo tirando partido do excedente de dólares do balanço de pagamentos do Brasil [e fazendo um esforço fiscal maior]. Em resumo, vamos aguardar qual será o detalhamento do Fundo Soberano: critério de compras, fontes de financiamento, para, a partir daí, podermos comentar com maior tranqüilidade.




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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#432 Mensagem por pafuncio » Seg Jun 09, 2008 3:38 pm

Um Eximbank tropical. Também vai ajudar a segurar a cotação do real, evitando sua supervalorização. Talvez possa reverter parte dos seus rendimentos para Pesquisa Científica e Preservação Ambiental, áreas que são subfinanciadas (como o fundo norueguês).

Mas não sejamos ingênuos. Há um lobby tremendo quanto ao FSB. Primeiro, pelo sistema financeiro, para que não fosse criado. Falhou. Agora, quanto à destinação dos seus recursos, vultosos, aliás.

salu2, alexandre.




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#433 Mensagem por Bourne » Seg Jun 09, 2008 4:13 pm

Vou Explico que negócio é esse do fundo, de forma genérica e de como interpreto que venha a ser esse fundo. Mas não há nada de revolucionário na idéia do fundo, os objetivos são explicitos: (i) elevar a taxa de poupança e investimento da economia brasileira e (ii) virar um grande credor e player do cenário internacional.

O Fundo soberano tem o objetivo de elevar a poupança nacional, por meio da elevação da poupança pública. Ao memso tempo combater a baixa taxa de poupança da economia braileira. Dessa forma, aumentando os recursos disponível para financiar investimentos, que irão garantir a endogenização (ou internalizar) as condições de crescimento de longo prazo.

Por outro lado, se o fundo reter ativos em dólares (possívelmente deve ter boa parte dos ativos baseados em dólares), significa que o Brasil vai se transformar num grande credor internacional.

Traduzindo, o Brasil com o Fundo Soberano, pode se tornar um grande player do sistema monetário internacional e parte da sua periferia, tal como os países emergentes da Ásia (especialmente China) e outros emergentes fazem, e que a Europa e o Japão fizeram para se recontruir no Pós-Segunda Guerra Mundial. A palavra "periférico" não é degradante, mas quer dizer apenas que o Brasil irá ajudar a manter os EUA como centro do sistema monetário internacional e financiar suas extravagâncias. Os EUA, desde da Segunda Guerra Mundial, são a maior economia do mundo e o dólar é a base do sistema monetário internacional, o transformando no país mais seguro para se investir/emprestar, não é ato-a que são os maiores devedores do mundo e se sustentam como tal. Essa configuração dos EUA como centro do sistema monetário internacional está mudando, mas com efeitos de longo prazo e de transição calma, um dos resultados possíveis é a transformação dos periféricos de hoje, nos futuros grandes centros de poder econômico-financeiros.

Os países periféricos, não financiam os EUA e outros países desenvolvidos por bondade, mas por que se beneficiam. Principalmente, em relação a se tornar um país confiável e sólido aos olhos dos investidores, menos propenso a crises financeiras/instabilidades financeiras e com maior facilidade em se financiar no exterior. Em resumo, o páis tem facilidade em impulsionar o crescimento/desenvolvimento econômico. Além de ter um ganho de poder e influência no cenário internacional.

Essa última parte, sobre o sistema monetário internacional, é minha área de pesquisa: finaças internacionais, história monetária e economia política. Não escrevi nada novo, só sistematizei e contextualizei as idéias referentes ao fundo, segundo o cenário internacional e que outros países fizerem e fazem, dentro de uma perspectiva aprofundada e coerente, de acordo com as conclusões dos grandes autores acadêmicos sobre o tema.




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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#434 Mensagem por Tigershark » Ter Jun 10, 2008 10:03 am

10/06/2008 - 09h36 - Atualizado em 10/06/2008 - 09h40

Ceará deve ter nova refinaria da Petrobras no Nordeste
Da Agência Estado

As duas refinarias que a Petrobras pretende construir simultaneamente, destinadas à exportação de derivados, ficarão no Nordeste. Além da unidade do Maranhão, que já havia tido anúncio antecipado pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, haverá outra no Ceará. As unidades, que devem começar a operar entre 2013 e 2014, consumirão cerca de US$ 20 bilhões de investimentos.



A estatal não confirma ainda oficialmente a localização das refinarias, mas, segundo fontes da empresa, a decisão foi tomada na última reunião de diretoria, na quinta-feira da semana passada. A estratégia é deixar que os governos do Maranhão e do Ceará anunciem os empreendimentos. Indagado sobre o assunto, o diretor de Abastecimento e Refino da estatal, Paulo Roberto Costa, confirmou apenas a existência do projeto para a segunda refinaria, mas não informou a localização.



Com as duas unidades, a companhia vai elevar em quase 1 milhão de barris de petróleo sua capacidade de exportação diária, atualmente em torno de 500 mil barris, incluindo petróleo bruto e derivados. A vantagem dessas duas unidades também será agregar maior valor ao produto. Hoje, a estatal exporta o petróleo muito pesado produzido no País e que tem preço subvalorizado no mercado internacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos

#435 Mensagem por Tigershark » Ter Jun 10, 2008 3:38 pm

10/06/2008 - 15h22 - Atualizado em 10/06/2008 - 15h30

Petrobras: risco do pré-sal é praticamente nulo
Da Agência Estado

O risco de exploração de petróleo da camada pré-sal é praticamente nulo, disse o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, em Nova York. E, por isso, concordou o executivo com a ponderação de um jornalista, o governo deveria ter uma parcela maior no controle da riqueza potencial. "Não é um problema ideológico, (trata-se de) quem toma o risco e de quem vai ser recompensado", afirmou.



"A situação atual em grande parte do globo tem PSA (Acordo de Compartilhamento de Produção), apenas poucos países têm concessão, e o Brasil é o único entre os 15 maiores que tem tipos tão livres de contratos orientados para investimentos. Ninguém tem coisas como o Brasil tem, nem mesmo os EUA", disse em entrevista após palestra organizada pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.



Gabrielli pontuou que há perspectiva muito grande para riqueza no futuro. "Acredito que o governo brasileiro deveria ter o direito da decisão sobre o que fazer, mantendo as condições atuais. As companhias que aí já estão tomaram o risco quando tiveram de tomar", argumentou. Para ele, a questão não se trata particularmente de investidores estrangeiros. "O problema é quem vai tomar o risco exploratório", reiterou.



O pré-sal é uma camada ultraprofunda de reservatórios que se encontram no subsolo do litoral do Espírito Santo a Santa Catarina. Lá estão reservas de grande potencial, como a de Tupi.



PIB



De acordo com Gabrielli, a participação da indústria de petróleo no PIB brasileiro tem aumentado significativamente. "Acredito que hoje devemos ter saído de algo em torno de 6% para uma contribuição em torno de 10%", completou. As estimativas oficiais apontam a participação em torno de 2% a 4%, citou ele, ao ressalvar que são baseadas em números antigos e há indícios de que a participação é muito maior do que os indicadores estão captando.



Refinarias



Gabrielli informou que as duas refinarias premium da companhia estão em "fase final de estudos", uma com produção diária estimada em 600 mil barris e outra com 300 mil barris. "Vão ser construídas em fases; é a única coisa que posso confirmar. As outras coisas seguem processo de decisão interno", informou em entrevista após palestra organizada pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.




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