carlos mathias escreveu:Que vantagem é essa afinal? Se a índia quiser um caça grande no PA, tem o SU-33, muito mais afinado com os Su-30MKI e naturalmente operados nesse PA, sem adaptações e nem estudos.
Só uns detalhes.
Os porta-aviões da classe KIEV, de que deriva o Admiral Gorshkov, transformado em Vikramaditya,
nunca jamáis foram pensados para operar aeronaves como o Su-27 e essa possibilidade nunca foi vista como viável.
Onde é que você ouviu dizer que não seriam precisas adaptações nem estudos para operar uma aeronave como o Su-27?
O Su-27 mesmo na sua versão naval é demasiado grande para o Vikramaditya e demasiado pesado.
O Su-27 sem armas e sem combustível é praticamente tão pesado quanto um F/A-18 carregado com todas as suas armas.
Por alguma razão, os indianos optaram inicialmente pelo MiG-29, ou será que os russos e os indianos são todos estúpidos e não perceberam que estava ali o Su-27 que podia fazer a mesma coisa ?
Cada um dos Su-27 tem uma envergadura de asa de 14.7m contra 11.4m do F/A-18.
Cada um dos Su-27 tem um comprimento de cerca de 22 metros contra 17 metros do F/A-18.
Se considerarmos um quadrilatero com essas dimensões por base, temos que o Su-27, ocupa para operações de aterragem e descolagem, uma área 66% maior que o F/A-18.
Para piorar as coisas há o problema da colocação das aeronaves do convés de voo, de forma a permitir operações de descolagem e aterragem.
Para os entusiastas dos Flanker isto pode ser um pormenor mínimo. Mas no convés de voo de um porta-aviões, para os responsáveis que têm que tomar decisões a sério, quase três metros e meio de largura a mais e um comprimento 5 (CINCO) metros maior, é absolutamente determinante num porta-aviões.
Por isso, uma marinha como a da Índia, que tem uma doutrina específica para a utilização de porta-aviões, sabendo que para ter utilidade como navio de controlo oceânico ele tem que operar um mínimo de aeronaves, não poderia pensar na utilização de um monstro como o Su-27.
O numero de aeronaves Su-27 que poderiam ser utilizados a bordo do antigo Admiral Gorshkov teria que ser reduzido e o numero de pousos e descolagens também sofreria com isso.
Até o porta-aviões São Paulo pode utilizar o Su-27 (segundo disseram os russos, acrescentando-lhe uma rampa), mas não poderia operar mais que quatro ou cinco, tornando-o num navio de pouca utilidade militar, ainda mais no caso de haver uma força aérea bem equipada nas proximidades.