orestespf escreveu:Acho muito divertido as expressões de alguns aqui sobre o que a FAB quer ou não, principalmente sobre equipamentos russos. Chega a ser risível tal comportamento, mas provavelmente é fruto de opinião de alguns fabianos descontentes que dizem tal coisa e que são reproduzidas no DB como verdades absolutas.
Estive reunido ontem com os que decidem, estarei reunido mais uma vez na próxima terça-feira (rapidamente) lá em BSB, quando estarei partindo em uma viagem "externa" a serviço do MD. Afirmo: certas coisas que leio aqui soam mal, muito mal, me parece que tem a intenção de tumultuar o fórum. Nada disso que dizem alguns poucos aqui é verdade.
Olá Orestes,
Parabéns por estar no meio do pessoal da FAB que está/estará decidindo o FX !
Porém, sobre certas coisas aqui no fórum DB soar mal, muito mal, do ponto de vista da FAB, boa parte da culpa é dela :
- de não ter transparência sobre planos de curto, médio e longo prazos : veja os EUA, Inglaterra, França, etc, eles publicam todo ano ou a cada tantos anos centenas de páginas de documentos (disponíveis em PDF gratuitamente na Internet) para todo mundo acompanhar quase tudo que será comprado no ano seguinte, N próximos anos, etc, com análises críticas de aumento de preços e atrasos nos cronogramas, etc. Tem país que até divulga um balanço de taxa de disponibilidade das aeronaves em cada esquadrão (ou tipo de aeronave) !
- veja o FX, desde 1998 eu discuto sobre isso na Internet ! Eu e vários aqui e de outros fóruns... enquanto isso um monte de "paisecos" (muito menores que nós em tamanho, PIB, população, etc) já compraram e receberam o equivalente a mais de um FX-1 original nosso...
- veja que recentemente foi divulgada no DOU gasto de US$ 43 mi (2008 e 2010) em Legacy para a FAB. Enquanto isso nem temos mísseis em qualidade e quantidade para a FAB operar em
períodos de paz, i.e., pilotos realmente dispararem mísseis ar-ar, etc, em exercícios contra alvos drones, etc. Enquanto o GTE e outros esquadrões se empanturram com novos aviões, tem caçador da FAB se aposentando sem ter disparado um único míssil na vida... Para mim e a torcida do Flamengo, isso é revoltante.
orestespf escreveu:
O problema do caça de 4ªG não está no modelo em si, mas na quantidade que será comprada. Provavelmente a compra deste será de prateleira mesmo, mas existem "vendedores" putos com isso. Outro ponto que está pegando, a questão da integração dos nossos armamentos, se forem poucas unidades adquiridas, a integração será por nossa conta e coisa está ficando cara, sem falar que ainda não se sabe em quanto tempo ficará pronta (todas as aquisições).
A FAB está caindo na real. Integração de armamentos e sensores é caríssima. Vide F-14 da US Navy que não tinham AMRAAM (a integração seria muito cara... isso para a US Navy que tem um orçamento sem comparação com o nosso), dezenas de US$ mi para tipicamente integrar mísseis ar-ar, ar-superfície a caças, etc. Se for míssil ar-ar BVR, às vezes não tem como compatibilizar com o radar (devido às frequências utilizadas) e o míssil BVR é subutilizado (AMRAAM em certos caças com MLU).
Como curiosidade : há mísseis ar-ar que só em desenvolvimento, testes e homologação foram disparados mais de 100 ! Se a FAB fizesse isso, gastaria toda a encomenda só testando e não sobraria um para uso operacional...
[]s, Roberto