Bolívia

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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#196 Mensagem por delmar » Qua Dez 26, 2007 7:25 pm

"
O projeto foi apoiado por mais de dois terços da Assembléia Constituinte, órgão eleito pelos Bolivianos através de referendo e em conformidade com todas as normas democráticas."


Esta é uma premissa falsa. Na realidade o projeto foi aprovado por dois terços dos presentes na seção. A seção foi realizada num local de díficil acesso aos deputados da oposição. As chamadas "forças populares" impediram que os deputados contrários chegassem ao local de votação. Assim não foram cumpridas as normas regimentais da constituinte.O artigo é faccioso.

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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#197 Mensagem por Tigershark » Sáb Abr 26, 2008 3:49 pm

26/04/2008 - 14h11 - Atualizado em 26/04/2008 - 14h15

Bolívia adverte na OEA para possível enfrentamento em Santa Cruz
Da France Presse
entre em contato

WASHINGTON, 26 Abr 2008 (AFP) - A Bolívia advertiu neste sábado no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para o risco de enfrentamentos na região de Santa Cruz, caso seja realizado um referendo de autonomia previsto para 4 de maio, segundo o chanceler David Choquehuanca.



O ministro das Relações Exteriores disse ainda que existe uma "conspiração" contra o governo do presidente Evo Morales.



Choquehuanca pediu que a OEA volte a solicitar que se respeite "a institucionalidade e as leis" na Bolívia.



"Caso aconteça a consulta autonômica em Santa Cruz, em 4 de maio, se corre um verdadeiro risco de enfrentamentos entre bolivianos, entre irmãos", disse.



"O que está acontecendo na Bolívia é uma verdadeira conspiração contra um poder democraticamente e legitimamente estabelecido", denunciou o chanceler boliviano.



Choquehuanca disse que aqueles que pretendem "bloquear a negociação" devem "assumir as conseqüências de um possível cenário de enfrentamentos".



Por sua vez, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, se mostrou descontente com a resposta enviada pelos prefeitos opositores bolivianos sobre o pedido do organismo para se criar uma instância de diálogo com o governo de Evo Morales, para prevenir os distúrbios.



Após ler a resposta ao pedido, enviada pelo prefeito de Santa Cruz, Ruben Armando Costas, o secretário de Assuntos Políticos da OEA, Dante Caputo, Insulza disse que o que esperava era uma proposta concreta e não uma contestação geral.



Insulza indicou que a resposta esperada deveria ter assinalado "a data, a hora e o lugar" para um encontro que busque uma saída da crise gerada pela decisão de região de Santa Cruz de convocar um referendo sobre sua autonomia.



A OEA advertiu na quarta-feira que caso não sejam realizadas negociações entre o governo de Evo Morales e os prefeitos opositores, antes do referendo, poderá haver derramamento de sangue no país andino.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#198 Mensagem por Tigershark » Ter Abr 29, 2008 8:54 am

/2008 - 22h58 - Atualizado em 28/04/2008 - 23h05

Governo boliviano diz que reforçará segurança em dia de referendo
Da EFE


La Paz, 28 abr (EFE).- O Governo da Bolívia anunciou hoje que, no domingo, quando o departamento (estado) de Santa Cruz realizará um referendo sobre sua autonomia, vai reforçar o policiamento para evitar episódios de violência.



Em entrevista coletiva em La Paz, o vice-ministro de Interior, Rubén Gamarra, afirmou que a Polícia tem pronto um plano para reforçar a segurança em Santa Cruz com o objetivo de "evitar qualquer tipo de confronto".



No entanto, Gamarra não esclareceu quantos agentes serão mobilizados, limitando-se a dizer que os policiais não farão guarda nos centros de votação.



O vice-ministro também frisou que a consulta marcado para o próximo domingo é "ilegal", já que não tem o aval do Congresso nem da Corte Nacional Eleitoral.



No entanto, segundo uma pesquisa publicada hoje em meios de comunicação locais, 73% dos habitantes de Santa Cruz apóiam o status de região autônoma reivindicado pelos políticos locais, o que pode indicar uma grande participação na votação de domingo. EFE




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#199 Mensagem por delmar » Qua Abr 30, 2008 9:04 am

Cosa de loco tchê! Mas não se assutemo antes do tempo.

O que tá ruim sempre pode ficar pior. Vejam esta notícia.
En internet:
http://www.noticias24.com/actualidad/?p=13824


fuente: http://hoybolivia.com/Noticia.php?IdSec ... ticia=1341

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Abr 27
El Informe Otálvora
Edgar C. Otalvora/El Nuevo País

Venezuela podría movilizar tropas a Bolivia para enfrentar una posible crisis interna. Un acuerdo del año 2006 facilita la cooperación militar entre ambos gobiernos. Fuerza armada juvenil trinacional (Cuba-Venezuela-Bolivia) podría entrar en operaciones para frenar movimiento autonómico boliviano Hugo Chávez podría enviar tropas militares a Bolivia en caso de que el gobierno de ese país considere que el movimiento autonomista se ha convertido en un problema de orden público. La decisión estaría basada en el acuerdo suscrito entre Chávez y Evo Morales en mayo del 2006, apenas cuatro meses después de la toma de posesión del boliviano.



--------------------------------------------------------------------------------

El llamado Acuerdo Complementario al Convenio Básico de Cooperación Técnica entre la República de Bolivia y la República Bolivariana de Venezuela en materia de defensa, está escrito en términos vagos en cuanto a sus alcances. Contempla cooperación militar para asuntos como “gestión de crisis” y prevé el envío de personal militar en caso de “acontecimientos nacionales oportunos”. La aplicación del acuerdo queda a la interpretación de los gobiernos. Chávez ha reiterado en diversas ocasiones en el último año, su disposición de salir en defensa del gobierno de Morales, creando un “Vietnam” en tierras bolivianas. Con ello ha dejado en claro el contenido militar que Caracas estaría dispuesta a desarrollar para garantizar la continuidad del gobierno de su satélite boliviano.


--------------------------------------------------------------------------------
Cuba, Venezuela y el gobierno de Evo Morales crearon en junio de 2006 una brigada juvenil trinacional para la defensa de sus gobiernos. En acto encabezado por el vicepresidente boliviano Alvaro García Linera, el 26 de junio de ese año, un grupo de jóvenes de los tres países juraron defender con las armas las revoluciones de los tres países. Pocos días después, Chávez anunció que el llamado Frente Francisco de Miranda recibiría una dotación de fusiles Kalashnikov. En su momento, los analistas consideraron que se trataba de una fuerza paramilitar trinacional que operaría como fuerza de rápido desplazamiento en caso de tensiones internas en los países del Eje Caracas-La Habana. Ahora surge la interrogante acerca de si esta fuerza ya está operativa y si será desplegada en Bolivia en los próximos días.
E agora? Se realmente acontecer, o que pessoalmente eu não acredito, de virem "voluntários" da Venezuela auxiliarem o Morales o que fará o Brasil? Teriamos uma reedição da guerra Cívil Espanhola, com forças de vários países participando?
Em princípio é só uma questão para um debate acadêmico. Algo, no entanto, posso apostar desde o início. Com o rumo atual da política cubana, sob Raul Castro, não virá nenhum voluntário cubano.

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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#200 Mensagem por Tigershark » Qua Abr 30, 2008 10:26 am

Pois é,Delmar,também temos que nos preocupar com os Movimentos Bolivarianos já instalados no Brasil.Espero que o tratamento dado a eles seja bem diferente do dispensado ao MST...




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#201 Mensagem por Tigershark » Qua Abr 30, 2008 9:30 pm

30/04/2008 - 21h06 - Atualizado em 30/04/2008 - 21h10

Grupo do Rio pede "saída democrática e constitucional" na Bolívia
Da EFE



México, 30 abr (EFE) - O Grupo do Rio, cuja Presidência rotativa é ocupada atualmente pelo México, expressou hoje seu desejo de "uma saída democrática e constitucional" na Bolívia que "preserve a paz e a convivência", com a aproximação dos referendos autonomista previstos em várias regiões do país.



Em declaração de "respaldo ao processo democrático boliviano" emitida pela Secretaria de Relações Exteriores (SRE) do México, as nações que fazem parte do grupo "reiteram sua solidariedade para com o povo e o Governo da Bolívia".



Os países-membros ratificaram também seu "pleno e decidido apoio à democracia e às autoridades soberanamente eleitas pelo povo boliviano".



Da mesma forma, os 21 Estados integrantes deste mecanismo de discussão política mostram sua rejeição a "toda tentativa de interrupção do processo democrático" e manifestam sua confiança em que a Bolívia superará a situação que atravessa "através do diálogo e da negociação".



O Grupo do Rio, além disso, pediu que as ações dos próximos dias "se emoldurem dentro do mais absoluto respeito às normas constitucionais vigentes no país, da garantia de integridade e unidade do Estado", assim como das regras do sistema interamericano.



A organização também se pronunciou a favor de "iniciativas impulsionadas pelas diversas instâncias internacionais, que promovam, com rígido apego ao princípio da não-intervenção, o diálogo e a solução das diferenças pela via pacífica".



O Grupo do Rio também "referenda sua mais plena disposição para contribuir com a Bolívia para ampliar a situação política interna".



O conflito político na Bolívia alcançará no próximo domingo um de seus momentos mais decisivos com o plebiscito em Santa Cruz, no leste do país, um desafio para o Governo de Evo Morales, que enfrenta a "rebelião autonomista" das regiões opositoras.



Apesar das tentativas da Igreja Católica, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e de países como Brasil, Argentina, ou Colômbia, parece improvável que Governo e oposição dialoguem antes do dia 4 sobre o que divide o país: o projeto de Constituição de Morales e o movimento autonomista liderado por Santa Cruz.



O Governo da Bolívia considera ilegais as consultas tanto de Santa Cruz como as previstas nos departamentos de Beni, Pando e Tarija, porque se organizaram à margem do Congresso e da Corte Eleitoral e porque, em sua opinião, rompem a união nacional.



Criado em 1986, o Grupo do Rio é um organismo integrado pelos países latino-americanos e caribenhos que procura o diálogo, a integração e a discussão política.



Pertencem atualmente ao organismo Brasil, Argentina, Belize, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. EFE




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#202 Mensagem por PRick » Qui Mai 01, 2008 3:03 pm

Pelo que li do relato dos Senadores Brasileiros que estavam nas negociações, todas elas fracassaram, a Bolívia caminha para um processo de separação ou uma guerra civil.

E os nosso jornais ficam falando de Paraguai, vamos ficar com um grande abacaxi nas mãos, qualquer conflito na Bolívia pode significar uma onda de refugiados e um problemão no abastecimento de gás para nós. :(

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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#203 Mensagem por Tigershark » Sex Mai 02, 2008 9:04 am

02/05/2008 - 08h00 - Atualizado em 02/05/2008 - 08h22

Governo apela por abstenção contra referendo na Bolívia
População de Santa Cruz vai às urnas no domingo para decidir sobre autonomia.
Da BBC

A dois dias do referendo no Departamento (Estado) de Santa Cruz de La Sierra, a região mais rica da Bolívia, o governo do presidente Evo Morales e os líderes da campanha pelo "sim" à autonomia intensificaram seus discursos contra e a favor da votação.



A ministra de Desenvolvimento Rural, Susana Rivero, pediu a abstenção dos bolivianos nas urnas, durante discurso na localidade de El Torno, em Santa Cruz.



"Este processo de autonomia pretende beneficiar pequenos grupos. Essa idéia de autonomia pretende dividir o país", disse ela. "Não votem".



Ao mesmo tempo, líderes do movimento pelo "sim" à autonomia realizaram caravanas e buzinaços em diferentes bairros de Santa Cruz.



"Vamos pelo sim, vamos pela autonomia", cantavam.



Vários pontos deste departamento exibem faixas verde e branca - as cores da bandeira de Santa Cruz - e a palavra "Sí" pintada nos muros e nas vitrines das lojas.



"Compareçam às urnas, votem pelo sim porque o sim vai significar mais empregos, mais prosperidade para todos", disse Branko Marinkovic, presidente do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, que lidera a campanha pela autonomia.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#204 Mensagem por Tigershark » Sex Mai 02, 2008 9:17 am

02/05/2008 - 08h59 - Atualizado em 02/05/2008 - 09h05

Bolívia amplia nacionalização da economia
Da Reuters
entre em contato
Por Carlos Quiroga



LA PAZ (Reuters) - Às vésperas do referendo sobre a autonomia do Departamento de Santa Cruz, o presidente da Bolívia, Evo Morales, aprofundou na quinta-feira o processo de nacionalização da economia lançado por ele há exatos dois anos.



Morales anunciou que o governo assumiu o controle acionário da italiana Entel, maior empresa de telefonia do país, e de quatro empresas ligadas ao setor de gás e petróleo.



Em cenas que lembraram a nacionalização do gás, em 1o. de maio de 2006, policiais ocuparam a sede da Entel em La Paz.



"Confirmamos que não há volta em nossas mudanças, e a unidade nacional é mais importante do que qualquer agenda regional ou setorial", disse Morales, muito aplaudido, num comício de sindicatos.



Há mais de um ano o governo tentava assumir o controle dessa subsidiária da Telecom Italia . As autoridades acusam a Entel de descumprir o plano de expansão da rede telefônica.



Morales também anunciou a compra, por 6,3 milhões de dólares, do controle acionário da Andina, subsidiária da espanhola Repsol, que mesmo assim manterá uma participação acionária e da administração da empresa.



Além disso, o governo pagará outros 37 milhões de dólares pelo controle acionário de três empresas do setor energético, estatizadas por decreto, segundo o ministro de Energia.



As empresas são:



-- Chaco, produtora de gás natural, propriedade da britânica BP ;



-- Transredes, que administra o trecho boliviano do gasoduto Santa Cruz-São Paulo e outros gasodutos domésticos, e pertencia à Ashmore Energy International, das ilhas Cayman;



-- CLHB (Companhia de Logística dos Hidrocarbonetos da Bolívia), uma sociedade entre grupos de Alemanha e Peru.



OPOSIÇÃO



"Hoje, 1o de maio de 2008, estamos consolidando a nacionalização da energia. O Estado boliviano tem 50 por cento mais uma ação das companhias capitalistas, ou ditas capitalistas", afirmou Morales.



Em 1o. de maio de 2007, Morales anunciou a implementação de novos contratos que transformaram as empresas estrangeiras em prestadoras de serviços para a estatal boliviana de gás e petróleo YPFB.



A Bolívia é o país mais pobre da América do Sul, mas tem a segunda maior reserva regional de gás, que exporta para Brasil e Argentina.



Morales conseguiu convencer a Argentina a pagar mais pelo gás boliviano, enquanto o Brasil se mostrou mais duro. A Petrobras é o maior investidor nos campos bolivianos de gás natural.



A nacionalização dos recursos energéticos é uma medida amplamente apoiada pela população boliviana, especialmente no Altiplano, mas as medidas do governo esquerdista de Morales desagradam à oposição conservadora de Santa Cruz e de outras regiões da planície fronteiriça com o Brasil.



No domingo, a oposição cruzenha realiza um referendo de autonomia, em protesto contra a preparação de uma nova Constituição, que deve estabelecer uma profunda reforma agrária. O governo e a Justiça consideram o referendo ilegal.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#205 Mensagem por Centurião » Sex Mai 02, 2008 10:11 am

PRick escreveu:Pelo que li do relato dos Senadores Brasileiros que estavam nas negociações, todas elas fracassaram, a Bolívia caminha para um processo de separação ou uma guerra civil.

E os nosso jornais ficam falando de Paraguai, vamos ficar com um grande abacaxi nas mãos, qualquer conflito na Bolívia pode significar uma onda de refugiados e um problemão no abastecimento de gás para nós. :(

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Se nos afeta tanto, você acha que não iremos intervir? Eu não estou afirmando, somente perguntando.


Isso me lembra o caso dos M-2000 que foram deslocados para o Acre durante uma crise recente na Bolívia.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#206 Mensagem por Tigershark » Sex Mai 02, 2008 1:23 pm

02/05/2008 - 13h06 - Atualizado em 02/05/2008 - 13h16

Bolívia garante fornecimento de gás a Brasil e Argentina após nacionalização
Ministro afirmou que abastecimento aos vizinhos está garantido.
Governo boliviano tomou o controle de quatro petrolíferas estrangeiras.
Da France Presse

O governo boliviano garantiu nesta sexta-feira (2) o fornecimento de gás a seus principais mercados de exportação, Brasil e Argentina, e o abastecimento do mercado interno, após a decisão do presidente Evo Morales de nacionalizar quatro companhias de petróleo estrangeiras que operam no país.



"Garantimos o abastecimento porque a decisão de tomar o controle das companhias de petróleo é uma decisão planejada. Garantimos o abastecimento externo e interno", afirmou o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, a uma TV local.



O ministro afirmou que não haverá "interrupção alguma" porque disse que a decisão faz parte de "políticas globais que correspondem à política estratégica em matéria de hidrocarbonetos".



Nacionalização
O presidente socialista anunciou na quinta-feira (1) que o Estado boliviano recuperava por decreto a maioria acionária de três empresas de petróleo capitalizadas há uma década: Chaco (British Petroleum), Transredes (Ashmore) e CLHB, de capitais alemães e peruanos, além da compra de ações da empresa Andina, filial da hispano-argentina Repsol-YPF, tomando assim o seu controle.


Villegas afirmou que estas medidas encerram o primeiro ciclo da nacionalização dos hidrocarbonetos, iniciado em maio de 2006, que tinha como objetivo não apenas recuperar os recursos naturais, e sim as empresas.



Após a nacionalização, as companhias de petróleo não se pronunciaram de maneira oficial e, segundo a imprensa local, estariam avaliando as medidas.





Sociedade
Após sua chegada ao poder, Morales anunciou que pretendia recuperar as ações das companhias de petróleo privadas por meio da obtenção de concessões feitas pelo Estado durante o mandato do presidente liberal Gonzalo Sanchez de Lozada (1993-97), responsável pela privatização do setor de hidrocarbonetos e de outras importantes atividades econômicas.



Em um discurso, ontem, Morales disse que a operação se inclui na lógica de que "a Bolívia quer sócios e não donos" de seus recursos naturais.



"O processo de compra foi concluído com sucesso", declarou o ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, durante a cerimônia na qual o representante da Repsol-YPF, Thomas Garcia, assinou o contrato de venda.



"Com esse contrato, a Bolívia vai recuperar a maioria das ações de 18 campos petrolíferos e a YPFB (companhia de petróleo nacional boliviana) será representada tanto na direção quanto na assembléia de acionistas e na administração", explicou o ministro.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#207 Mensagem por Tigershark » Sex Mai 02, 2008 3:58 pm

02/05/2008 - 15h35 - Atualizado em 02/05/2008 - 15h40

OEA convoca conselho extraordinário para receber relatório sobre Bolívia
Da EFE


Washington, 2 mai (EFE).- O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou uma reunião extraordinária para hoje a fim de conhecer o último relatório sobre a situação na Bolívia, país que se encontra imerso em um conflito gerado pelo referendo autônomo que será realizado no próximo domingo no departamento de Santa Cruz.



O referendo em questão, considerado ilegal pelo Governo do presidente Evo Morales, criou grandes tensões na Bolívia e teme-se inclusive um surto de violência durante o ato no domingo.



Por este motivo, o secretário de Assuntos Políticos da OEA, o ex-chanceler argentino Dante Caputo, viajou no dia 28 de abril, pela segunda vez, à Bolívia para receber das autoridades desse país uma proposta de diálogo com a oposição.



Segundo informou o organismo hemisférico, na sessão de hoje, Caputo apresentará um novo relatório ao Conselho Permanente.



Caputo havia viajado anteriormente à Bolívia para fazer gestões de aproximação entre o Governo e a oposição.



A viagem de Caputo dessa semana aconteceu após a visita que o chanceler boliviano, David Choquehuanca, realizou no final de semana passado a Washington onde se dirigiu ao Conselho da OEA.



Na reunião extraordinária do Conselho realizada no sábado passado, Choquehuanca disse que o Governo Morales "sempre estará disposto a dialogar" para solucionar o enfrentamento entre o Executivo e líderes regionais da oposição.



O Governo boliviano, "por mandato de seu povo e contra o atual conflito (...), estará sempre disposto ao diálogo, hoje mesmo, antes de 4 de maio, no próprio 4 de maio e depois de 4 de maio", declarou o chanceler boliviano.



A data citada por Choquehuanca diz respeito ao dia em que será realizado o referendo autônomo convocado pela região de Santa Cruz e, pelo o que está previsto, será seguido por outros nos departamentos de Beni, Pando e Tarija em junho.



Santa Cruz é a região mais rica e desenvolvida da Bolívia e nela se encontram as estratégicas reservas de gás e petróleo do país.



A intenção de Santa Cruz de realizar o referendo de autonomia é considerada um desafio ao Governo Morales já que pode levar seu projeto indigenista ao fracasso.



Santa Cruz reivindica autonomia para, entre outras coisas, tramitar seus recursos econômicos e negociar de forma independente com La Paz a participação econômica desta região no resto do país. EFE




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#208 Mensagem por rodrigo » Sex Mai 02, 2008 4:20 pm

Bolívia garante fornecimento de gás a Brasil e Argentina após nacionalização
Ministro afirmou que abastecimento aos vizinhos está garantido.
Governo boliviano tomou o controle de quatro petrolíferas estrangeiras.
Como é que eles garantem alguma coisa à beira da guerra civil? Falando nisso, estou com um irresponsável, mesquinho e egoísta desejo de vingança em relação ao episódio da tomada das refinarias. Em decorrência disso, quero que a Bolívia se f...




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#209 Mensagem por rodrigo » Sex Mai 02, 2008 6:26 pm

Morales pede unidade de militares antes de referendo separatista

CARLOS ALBERTO QUIROGA - REUTERS

LA PAZ - O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu nesta sexta-feira que os militares do país permaneçam unidos diante do referendo de autonomia a ser realizado no domingo no Departamento de Santa Cruz, no maior desafio até agora ao governo esquerdista do país.

Um dia depois de ter nacionalizado quatro empresas de energia e a maior companhia de telecomunicações da Bolívia, Morales disse que alguns ex-comandantes militares, que ele não identificou, estariam a serviço de um suposto objetivo separatista do referendo.

"Ex-comandantes me ensinaram a defender a pátria, e sinto que esse serviço continua, mas não é porque somos ex-soldados ou ex-comandantes que podemos ser influídos com algumas versões de independência de algum departamento, de uma nova república", disse Morales numa cerimônia militar.

"Todos, como instituições do Estado, temos a obrigação de cumprir com nosso dever, com a Constituição vigente, e sobretudo servir à unidade da pátria", acrescentou.

Morales fez muitos elogios à cúpula militar, com a qual desenvolveu relações bastante cordiais. Segundo ele, quem pretende dividir as Forças Armadas "acha que está nas ditaduras, mas isso já terminou."

"Não é possível que alguns ex-comandantes tratem de falar mal das Forças Armadas dizendo que estariam submetidas ao presidente... por isso peço às autoridades que orientem muito bem o povo boliviano e deixem de falar de independência (de Santa Cruz) ou nova república", insistiu.

Na semana passada, o governador de Santa Cruz, Rubén Costas, disse que uma "nova república" seria criada a partir do referendo de 4 de maio, cuja validade não é reconhecida pelo governo nem pela Justiça.

Com a autonomia, a oposição conservadora de Santa Cruz espera colocar a região à margem da "revolução agrária" prometida por Morales, entre outras reformas a serem adotadas na Constituição que está em preparação.

Também na sexta-feira, ministros e outros funcionários disseram que o governo garante a normalidade nas empresas de energia e telecomunicações que foram nacionalizadas na véspera. Várias das empresas passaram por decreto às mãos do Estado.

http://www.estadao.com.br/internacional ... 6502,0.htm




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#210 Mensagem por PRick » Sex Mai 02, 2008 7:55 pm

Centurião escreveu:
PRick escreveu:Pelo que li do relato dos Senadores Brasileiros que estavam nas negociações, todas elas fracassaram, a Bolívia caminha para um processo de separação ou uma guerra civil.

E os nosso jornais ficam falando de Paraguai, vamos ficar com um grande abacaxi nas mãos, qualquer conflito na Bolívia pode significar uma onda de refugiados e um problemão no abastecimento de gás para nós. :(

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Se nos afeta tanto, você acha que não iremos intervir? Eu não estou afirmando, somente perguntando.


Isso me lembra o caso dos M-2000 que foram deslocados para o Acre durante uma crise recente na Bolívia.
Podemos até intervir, mas para fazer o quê? Só garantir o fornecimento de gás? Num país em fragmentação ou insolvência, é como dar ordem ao caos. :?

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