A Questão Indigena
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- Edu Lopes
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Re: A Questão Indigena
OH MY GOD
José Inácio Werneck
Bristol (EUA) – A Igreja Protestante perto de minha casa tem duas famílias de missionários morando entre os índios yanomami, no estado de Roraima. Como ela, há milhares de outras nos Estados Unidos, com missionários espalhados por toda a Amazônia.
Vão levar aos índios a “palavra de Deus”. Em inglês, é claro. Deus fala inglês, como o recém falecido Charlton Heston nos filmes de Cecil B. de Mille. Ao mesmo tempo, diversos movimentos internacionais apóiam a tese de que os Estados Unidos e a União Européia deveriam subvencionar os “povos da floresta” no Brasil, como parte de um plano para combater o aquecimento global.
A floresta amazônica deve ser preservada para combater o aquecimento global. É elementar, meu caro Watson. Mas se o governo brasileiro deixar que as negociações ocorram diretamente entre americanos e europeus com os indígenas da Amazônia estará dando um passo gigantesco para perder sua soberania sobre a região.
Com todo o respeito que os índios merecem, o governo brasileiro deve olhar com muito cuidado este reconhecimento da “nação yanomami” (especialmente uma que desconhece a existência de uma fronteira entre Brasil e Venezuela), “nação sateré mawé”, “nação kariri-xocó” e outras que tais. Se não o fizer, no futuro terá que enfrentar movimentos separatistas como a China agora é obrigada a combater no Tibete, cortesia do Dalai Lama e do canastrão hollywoodiano Richard Gere.
A única maneira sensata de lidar com a Amazônia é preservar sua floresta através de um desenvolvimento econômico sustentável. Lembro-me de que, no governo de José Sarney, o governo americano bloqueou a construção de uma estrada do Brasil para o Pacífico, alegando que ela desmataria a Amazônia, ao mesmo tempo que continuava a exportar madeira para o Japão, graças às suas estradas para… para o Pacífico.
Vamos preservar a cultura indígena e a as línguas indígenas dentro de um contexto em que ela integrem um país cujas fronteiras estão definidas e consolidadas há muito tempo e no qual o idioma oficial, um verdadeiro elo de união das montanhas Pacaraima ao Chuí, é o português.
Deus não deveria precisar de intérpretes americanos.
Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br/Artig ... fault.aspx
José Inácio Werneck
Bristol (EUA) – A Igreja Protestante perto de minha casa tem duas famílias de missionários morando entre os índios yanomami, no estado de Roraima. Como ela, há milhares de outras nos Estados Unidos, com missionários espalhados por toda a Amazônia.
Vão levar aos índios a “palavra de Deus”. Em inglês, é claro. Deus fala inglês, como o recém falecido Charlton Heston nos filmes de Cecil B. de Mille. Ao mesmo tempo, diversos movimentos internacionais apóiam a tese de que os Estados Unidos e a União Européia deveriam subvencionar os “povos da floresta” no Brasil, como parte de um plano para combater o aquecimento global.
A floresta amazônica deve ser preservada para combater o aquecimento global. É elementar, meu caro Watson. Mas se o governo brasileiro deixar que as negociações ocorram diretamente entre americanos e europeus com os indígenas da Amazônia estará dando um passo gigantesco para perder sua soberania sobre a região.
Com todo o respeito que os índios merecem, o governo brasileiro deve olhar com muito cuidado este reconhecimento da “nação yanomami” (especialmente uma que desconhece a existência de uma fronteira entre Brasil e Venezuela), “nação sateré mawé”, “nação kariri-xocó” e outras que tais. Se não o fizer, no futuro terá que enfrentar movimentos separatistas como a China agora é obrigada a combater no Tibete, cortesia do Dalai Lama e do canastrão hollywoodiano Richard Gere.
A única maneira sensata de lidar com a Amazônia é preservar sua floresta através de um desenvolvimento econômico sustentável. Lembro-me de que, no governo de José Sarney, o governo americano bloqueou a construção de uma estrada do Brasil para o Pacífico, alegando que ela desmataria a Amazônia, ao mesmo tempo que continuava a exportar madeira para o Japão, graças às suas estradas para… para o Pacífico.
Vamos preservar a cultura indígena e a as línguas indígenas dentro de um contexto em que ela integrem um país cujas fronteiras estão definidas e consolidadas há muito tempo e no qual o idioma oficial, um verdadeiro elo de união das montanhas Pacaraima ao Chuí, é o português.
Deus não deveria precisar de intérpretes americanos.
Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br/Artig ... fault.aspx
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Re: A Questão Indigena
General diz que política indigenista do governo é um caos e alerta para risco à soberania
RIO - O general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, voltou a classificar nesta quarta-feira a transformação da faixa da fronteira norte do país em terras indígenas como ameaça à soberania nacional. Em palestra sobre a defesa da Amazônia no Clube Militar, no Rio, o general não se mostrou preocupado em contrariar a posição do governo, que defende a homologação de terras indígenas mesmo em regiões de fronteira, e disse que o Exército "serve ao Estado brasileiro e não ao governo", e chamou a política indigenista do governo de "caótica".
- A política indigenista brasileira está completamente dissociada do processo histórico de colonização do nosso país. Precisa ser revista com urgência. Não estou contra os órgãos que cuidam disso, quero me associar para que a gente posssa rever uma política que não deu certo até hoje, é só ir lá para ver que é lamentável, para não dizer caótica - disse o general, acolhido com aplausos autoridades militares, como o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira Filho.
Outras vozes militares se levantam contra homologação de reserva
Até então única voz pública das Forças Armadas contra a homologação da reserva Raposa Serra do Sol, Augusto Heleno recebeu nesta quarta o apoio de ex-ministros, como Zenildo Lucena (Exército) e Bernardo Cabral (Justiça), de generais do alto comando e do líder indígena Jonas Marcolino, convidado para o debate no Clube Militar. O general Luiz Cesário da Silveira Filho, na primeira fila do auditório, afirmou que o problema em Roraima é de soberania. Segundo o militar, a discussão passa pelo cumprimento do artigo 142 da Constituição, que trata da atuação das Forças Armadas na defesa da pátria:
- Nossa preocupação é constitucional, com a soberania brasileira.
O chefe do Estado Maior do Comando Militar do Leste, general Mário Matheus Madureira, disse que está preocupado com a homologação em faixa contínua da reserva:
- O risco da soberania é com áreas que podem ser separadas do território brasileiro. ONGs internacionais e grupos indígenas podem solicitar essa divisão política. Pode ser a mesma situação que ocorreu no Kosovo. É uma preocupação de todos.
Em entrevista, depois da palestra, o general Heleno afirmou que, ao fazer as críticas, pensa apenas "no interesse nacional":
- Eu já visitei como comandante militar da Amazônia algumas comunidades indígenas, inclusive onde não há organização militar. O que constatei até agora é que a a grande maioria, para não dizer a totalidade das comunidades que visitei, são extremamente carentes. Do ponto de vista de saúde, de perspectiva de vida, de alimentação. Tenho contato com comunidades indígenas onde há um alto nível de alcoolismo. Em Tabatinga houve acusação de indígenas envolvidos com o tráfico de drogas - disse.
O general reiterou ainda sua posição contrária à demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, homologada pelo governo, em decreto, em 1,6 milhão de hectares. Na semana passada, uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a operação da Polícia Federal (PF) que desalojaria os fazendeiros de arroz que se recusam a deixar a área. A decisão foi questionada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro . Segundo ele, o tribunal foi induzido ao erro. Ministros do Supremo saíram, por sua vez, em defesa da decisão da corte .
- Sou totalmente a favor do índio - frisou o general.
E completou:
- Não sou da esquerda escocesa, que atrás de um copo de uísque resolve os problemas brasileiros. Eu estou lá na Amazônia vendo o que acontece com o índio brasileiro.
O general garante que suas críticas são construtivas:
- É constatável por qualquer um que vá na Amazônia, sem nada pré-concebido, que há um problema na condução dessa política indígena. Os resultados não são os que queremos que aconteça. Quando critico isso, não tenho nenhum interesse político ou econômico. Eu só penso nos interesses nacionais. E estou disposto a trabalhar com todo o meu pessoal para que o resultado seja diferente. Não é uma crítica destrutiva. É uma crítica construtiva - frisou o general.
Durante a palestra, o general lembrou o compromisso brasileiro com declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o direito dos povos indígenas, que destaca a desmilitarização das terras indígenas como contribuição para a paz e o desenvolvimento econômico e social.
- Quer dizer que o problema somos nós? - perguntou o general, sob aplausos entusiasmados da platéia de militares.
Segundo o general, o índio também é brasileiro e não deve ser excluído da convivência com outros brasileiros.
- Quer dizer que na Liberdade vai ter japonês e não japonês - comentou o general utilizando como exemplo o bairro paulista de forte presença japonesa.
- Como um brasileiro não pode entrar numa terra só porque não é indígena - questionou.
Além da questão indígena, o general Heleno apresentou como ameaças à Amazônia os conflitos fundiários, as organizações não-governamentais e os diversos ilícitos.
Em sua opinião, o desenvolvimento da Amazônia vai acontecer independentemente da nossa vontade.
- É impossível preservar a Amazônia como lenda, floresta verde. O que depende de nós é fazer com que (o desenvolvimento) aconteça de forma sustentável - defendeu.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/0 ... 883967.asp
RIO - O general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, voltou a classificar nesta quarta-feira a transformação da faixa da fronteira norte do país em terras indígenas como ameaça à soberania nacional. Em palestra sobre a defesa da Amazônia no Clube Militar, no Rio, o general não se mostrou preocupado em contrariar a posição do governo, que defende a homologação de terras indígenas mesmo em regiões de fronteira, e disse que o Exército "serve ao Estado brasileiro e não ao governo", e chamou a política indigenista do governo de "caótica".
- A política indigenista brasileira está completamente dissociada do processo histórico de colonização do nosso país. Precisa ser revista com urgência. Não estou contra os órgãos que cuidam disso, quero me associar para que a gente posssa rever uma política que não deu certo até hoje, é só ir lá para ver que é lamentável, para não dizer caótica - disse o general, acolhido com aplausos autoridades militares, como o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira Filho.
Outras vozes militares se levantam contra homologação de reserva
Até então única voz pública das Forças Armadas contra a homologação da reserva Raposa Serra do Sol, Augusto Heleno recebeu nesta quarta o apoio de ex-ministros, como Zenildo Lucena (Exército) e Bernardo Cabral (Justiça), de generais do alto comando e do líder indígena Jonas Marcolino, convidado para o debate no Clube Militar. O general Luiz Cesário da Silveira Filho, na primeira fila do auditório, afirmou que o problema em Roraima é de soberania. Segundo o militar, a discussão passa pelo cumprimento do artigo 142 da Constituição, que trata da atuação das Forças Armadas na defesa da pátria:
- Nossa preocupação é constitucional, com a soberania brasileira.
O chefe do Estado Maior do Comando Militar do Leste, general Mário Matheus Madureira, disse que está preocupado com a homologação em faixa contínua da reserva:
- O risco da soberania é com áreas que podem ser separadas do território brasileiro. ONGs internacionais e grupos indígenas podem solicitar essa divisão política. Pode ser a mesma situação que ocorreu no Kosovo. É uma preocupação de todos.
Em entrevista, depois da palestra, o general Heleno afirmou que, ao fazer as críticas, pensa apenas "no interesse nacional":
- Eu já visitei como comandante militar da Amazônia algumas comunidades indígenas, inclusive onde não há organização militar. O que constatei até agora é que a a grande maioria, para não dizer a totalidade das comunidades que visitei, são extremamente carentes. Do ponto de vista de saúde, de perspectiva de vida, de alimentação. Tenho contato com comunidades indígenas onde há um alto nível de alcoolismo. Em Tabatinga houve acusação de indígenas envolvidos com o tráfico de drogas - disse.
O general reiterou ainda sua posição contrária à demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, homologada pelo governo, em decreto, em 1,6 milhão de hectares. Na semana passada, uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a operação da Polícia Federal (PF) que desalojaria os fazendeiros de arroz que se recusam a deixar a área. A decisão foi questionada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro . Segundo ele, o tribunal foi induzido ao erro. Ministros do Supremo saíram, por sua vez, em defesa da decisão da corte .
- Sou totalmente a favor do índio - frisou o general.
E completou:
- Não sou da esquerda escocesa, que atrás de um copo de uísque resolve os problemas brasileiros. Eu estou lá na Amazônia vendo o que acontece com o índio brasileiro.
O general garante que suas críticas são construtivas:
- É constatável por qualquer um que vá na Amazônia, sem nada pré-concebido, que há um problema na condução dessa política indígena. Os resultados não são os que queremos que aconteça. Quando critico isso, não tenho nenhum interesse político ou econômico. Eu só penso nos interesses nacionais. E estou disposto a trabalhar com todo o meu pessoal para que o resultado seja diferente. Não é uma crítica destrutiva. É uma crítica construtiva - frisou o general.
Durante a palestra, o general lembrou o compromisso brasileiro com declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o direito dos povos indígenas, que destaca a desmilitarização das terras indígenas como contribuição para a paz e o desenvolvimento econômico e social.
- Quer dizer que o problema somos nós? - perguntou o general, sob aplausos entusiasmados da platéia de militares.
Segundo o general, o índio também é brasileiro e não deve ser excluído da convivência com outros brasileiros.
- Quer dizer que na Liberdade vai ter japonês e não japonês - comentou o general utilizando como exemplo o bairro paulista de forte presença japonesa.
- Como um brasileiro não pode entrar numa terra só porque não é indígena - questionou.
Além da questão indígena, o general Heleno apresentou como ameaças à Amazônia os conflitos fundiários, as organizações não-governamentais e os diversos ilícitos.
Em sua opinião, o desenvolvimento da Amazônia vai acontecer independentemente da nossa vontade.
- É impossível preservar a Amazônia como lenda, floresta verde. O que depende de nós é fazer com que (o desenvolvimento) aconteça de forma sustentável - defendeu.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/0 ... 883967.asp
- angelomr
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Re: A Questão Indigena
Vai me desculpar o palavriado... mas Sr ministro... vá tomar no meio do **... ministro de merda... os sem-terras fazem o que querem e esse FDP não fala nada... aquele bando de desgraçados armados, bando de vagabundos. Liga de Camponeses pobres de ** é ****. Vontade de matar esse monte de bosta que se encontra no governo... ainda vem a esquerda querer falar bonito... vai pra **** que o pariu tb...Radicalização contra arrozeiros
Ministro da Justiça anuncia que fazendeiros serão processados com base na Lei de Segurança Nacional
Edson Luiz
Da equipe do Correio
A Polícia Federal vai usar a Lei de Segurança Nacional contra os plantadores de arroz que lideraram as últimas manifestações em Roraima contra a exigência de que deixem a área indígena Raposa Serra do Sol. A PF abriu cinco inquéritos para apurar os fatos, classificados pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, como terrorismo. Na manhã de ontem, quando empossou o delegado Disney Rossetti na superintendência da PF no Distrito Federal, o ministro falou que a imprensa influenciou na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em suspender a Operação Upatakon, que iria fazer a desocupação.
“Foi feito um conceito de que a Polícia Federal estava lá (na área indígena) para desalojar arrozeiros produtivos. Fizeram (em referência à cobertura da imprensa) transitar um conceito com uma falsa visão. O que ocorreu foi que a Polícia Federal e a Força Nacional estavam lá para acabar com uma resistência que beirava o terrorismo”, disse Tarso, afirmando que a decisão do STF será respeitada. “Mas temos o direito de dizer à população que a PF estava lá cumprindo a lei”, acrescentou o ministro. Tarso será convocado para falar sobre a área indígena na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara.
Na segunda-feira, mesmo impedida de retirar os plantadores de arroz da Raposa Serra do Sol, a Polícia Federal ocupou a reserva, instalando duas bases — uma delas na terra indígena São Marcos, na divisa com a área em conflito, e outra em Boa Vista. Outras cinco pequenas bases foram instaladas em Surumu, no porto onde atracam balsas dos agricultores, em Pacaraima e em São Marcos, que são locais de acesso à reserva. Além disso, mantém patrulhas volantes, que vigiam a reserva durante 24 horas para impedir confrontos entre os índios e plantadores de arroz. No local, são mantidos 200 homens da Polícia Federal e 100 da Força Nacional.
Segundo o coordenador-geral de Defesa Institucional da PF, delegado Fernando Segóvia, foram abertos cinco inquéritos para apurar vários crimes. Entre eles, o de sabotagem, que está na Lei de Segurança Nacional, utilizada principalmente durante o regime militar. Além disso, a investigação da PF deverá enquadrar as principais lideranças da região em formação de quadrilha. A área de inteligência do governo está apurando, ainda, que o movimento pode ter tido a ajuda de um oficial aposentado da Venezuela, que estaria ensinando as técnicas de guerrilha para o grupo.
Tensão com o STF
O ministro da Justiça também sustentou ontem que o STF teria sido influenciado pela difusão pública de um conceito equivocado sobre a situação na reserva. Ministros do STF imediatamente defenderam a decisão tomada na semana passada — de suspender a operação da PF. “A União e o estado litigam, por isso o conflito veio parar no Supremo. A questão não é meramente patrimonial entre arrozeiros e a União”, afirmou o relator do processo, ministro Carlos Ayres Britto.
Para o ministro Celso de Mello, o julgamento do assunto exige a máxima cautela. “A decisão do STF foi um claro exercício de prudência e de responsabilidade. É uma decisão provisória, que não tem caráter definitivo. O STF ainda vai julgar a causa principal, que envolve uma questão gravíssima: a integridade da soberania nacional versus o princípio federativo”, sustentou. O ministro Eros Grau foi mais enfático ao demonstrar o desapreço pelas declarações de Tarso: “A prudência não recomenda um comentário desse tipo”, afirmou.
Angelo Ribeiro
Selva! BRASIL acima de tudo!
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Re: A Questão Indigena
Roraima é aqui
Demétrio Magnoli
"Morrer se preciso for; matar, nunca" - esse era o lema de Cândido Mariano Rondon e dos pioneiros do Serviço de Proteção ao Índio, antes da degeneração da agência numa ponta-de-lança da espoliação dos índios. Rondon personificou o espírito de um tempo moldado pelo projeto de consolidação da unidade nacional. As suas idéias e ações adquirem significado sobre um pano de fundo formado por eventos como a Guerra do Paraguai, a incorporação do Acre, a delimitação final das fronteiras amazônicas e a elaboração dos planos ferroviários de integração nacional. Na visão rondoniana, a proteção estatal dos índios representava uma etapa na trajetória que conduziria até a sua integração à nação única. Quando se discute o impasse sobre a reserva Raposa Serra do Sol, o que está em jogo é o legado de Rondon.
Os indigenistas da tradição inaugurada por Rondon não indagavam se os índios seriam integrados à sociedade nacional, mas apenas como esse processo ocorreria - e dedicaram sua vida à tentativa de evitar que se integrassem como peões semi-escravizados nas fazendas ou miseráveis relegados às fímbrias da economia urbana. Nenhum deles imaginava que, no outono do século 20, emergisse, triunfante, uma doutrina empenhada na produção política de um país multinacional. Mas é disso que se trata quando se discute Roraima.
No debate sobre as terras indígenas de Roraima se contrapuseram as propostas de delimitação fragmentária e contínua das reservas. A primeira, inscrita no projeto da nação única, admitia a interação de índios e não-índios que habitam a região e tinha como horizonte a idéia de integração. A segunda, que acabou por se impor, deriva da lógica multiculturalista da separação e tem como horizonte a criação de nações indígenas autônomas nas faixas limítrofes do Estado brasileiro. Hoje, ela demanda a expulsão dos não-índios estabelecidos na região e desenha os contornos da primeira guerra étnica no Brasil do século 21.
Por vias inesperadas, transversas, os índios se incorporam a uma "sociedade mundial" antes de se integrarem à sociedade nacional. As notícias que chegam de Roraima dão conta da divisão dos indígenas em "índios católicos", defensores da expulsão, e "índios evangélicos", defensores da permanência dos colonos. No cipoal de organizações globalizadas e missões religiosas que atuam em Roraima, existem entidades e figuras abnegadas que contribuíram para amenizar a tragédia sanitária a que, em razão da ausência do Estado, se encontravam entregues os índios ianomâmis nos anos 80 e 90. Mas, sobretudo, se destacam os arautos da criação de nações indígenas separadas, que enxergam os índios como objetos da engenharia internacional das etnias e como pretextos na conquista de fontes de financiamento para as ONGs multiculturalistas.
Quando se discute a questão indígena, o tema verdadeiro é a viabilidade do conceito de nação. Roraima não começa nem acaba em Roraima. Na Bolívia de Evo Morales o governo escreveu uma Constituição multiculturalista que nega a existência legítima da nação e demarca uma estrada jurídica para a emergência de diversas "nações ancestrais". Como fruto desse passo, os mineiros do estanho se preparam para abdicar de sua dupla identidade histórica de bolivianos e trabalhadores, substituindo-a pela identidade "original" de indígenas. Os líderes da operação identitária já reivindicam a transferência da propriedade dos recursos do subsolo às novas nações "ancestrais", o que lhes permitiria vender as minas a empresas de mineração. O saque das riquezas nacionais está na dobra da esquina da renúncia à nação.
A proposta de um "arquipélago" de terras indígenas exprimia uma concepção sobre a fronteira entre os índios e a sociedade nacional. Aquele traço de limite deveria ser relativamente poroso, de modo a propiciar um intercâmbio vigiado pelo Estado. A delimitação contínua do "continente" indígena, por seu turno, pretendeu implantar um território circundado por sólidas muralhas. Do lado de fora ficariam os não-índios e o Estado; do lado de dentro, os índios, as ONGs e os missionários. Esse tipo de fronteira só poderá ser traçado pelo recurso à violência.
Há "nações indígenas" distintas da nação brasileira? A pergunta carece de sentido, pois ações não existem na natureza, como rios e montanhas, mas são inventadas na esfera da política. Os índios "originais" não podem ser restaurados, mas sempre é possível inventar, debaixo dos escombros da idéia da nação única, "nações indígenas" pós-modernas, financiadas por instituições multilaterais e lideradas por coalizões de ativistas bem conectados e índios globalizados.
Há, no Brasil, uma "nação africana na diáspora", constituída pelos "afrodescendentes"? Eis outra pergunta que não tem resposta objetiva, pois, nas palavras de Ernest Renan, "a nação é um plebiscito cotidiano". Um projeto multiculturalista em curso almeja fabricar essa nação, por meio de leis raciais, da revisão radical de nossa História e do cancelamento do imaginário nacional da mestiçagem. Nações indígenas autônomas poderiam existir ao lado do Brasil. Já a "nação afrodescendente" só pode nascer pela substituição da nação brasileira por uma coleção de nações étnicas fundadas sobre a glorificação de supostas ancestralidades de sangue. Brasil, nessa hipótese, seria apenas um espaço geográfico confederal e um tênue pacto de convivência entre povos ciosos de suas diferenças.
Rondon, o marechal mestiço com ancestrais bororos e terenas, morreu há 50 anos. Homem de seu tempo, nacionalista e positivista, ele trocou o paradigma da catequese dos índios "por um vago e eventual culto cívico à bandeira" (George Zarur, A Utopia Brasileira, Abaré/Flacso, 2003). Os índios não precisam desse culto, mas precisam menos ainda das bandeiras inventadas pelos novos fundamentalistas da etnicidade.
Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia
Humana pela USP. E-mail: demetrio.magnoli@terra.com.br
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8243,0.php
Demétrio Magnoli
"Morrer se preciso for; matar, nunca" - esse era o lema de Cândido Mariano Rondon e dos pioneiros do Serviço de Proteção ao Índio, antes da degeneração da agência numa ponta-de-lança da espoliação dos índios. Rondon personificou o espírito de um tempo moldado pelo projeto de consolidação da unidade nacional. As suas idéias e ações adquirem significado sobre um pano de fundo formado por eventos como a Guerra do Paraguai, a incorporação do Acre, a delimitação final das fronteiras amazônicas e a elaboração dos planos ferroviários de integração nacional. Na visão rondoniana, a proteção estatal dos índios representava uma etapa na trajetória que conduziria até a sua integração à nação única. Quando se discute o impasse sobre a reserva Raposa Serra do Sol, o que está em jogo é o legado de Rondon.
Os indigenistas da tradição inaugurada por Rondon não indagavam se os índios seriam integrados à sociedade nacional, mas apenas como esse processo ocorreria - e dedicaram sua vida à tentativa de evitar que se integrassem como peões semi-escravizados nas fazendas ou miseráveis relegados às fímbrias da economia urbana. Nenhum deles imaginava que, no outono do século 20, emergisse, triunfante, uma doutrina empenhada na produção política de um país multinacional. Mas é disso que se trata quando se discute Roraima.
No debate sobre as terras indígenas de Roraima se contrapuseram as propostas de delimitação fragmentária e contínua das reservas. A primeira, inscrita no projeto da nação única, admitia a interação de índios e não-índios que habitam a região e tinha como horizonte a idéia de integração. A segunda, que acabou por se impor, deriva da lógica multiculturalista da separação e tem como horizonte a criação de nações indígenas autônomas nas faixas limítrofes do Estado brasileiro. Hoje, ela demanda a expulsão dos não-índios estabelecidos na região e desenha os contornos da primeira guerra étnica no Brasil do século 21.
Por vias inesperadas, transversas, os índios se incorporam a uma "sociedade mundial" antes de se integrarem à sociedade nacional. As notícias que chegam de Roraima dão conta da divisão dos indígenas em "índios católicos", defensores da expulsão, e "índios evangélicos", defensores da permanência dos colonos. No cipoal de organizações globalizadas e missões religiosas que atuam em Roraima, existem entidades e figuras abnegadas que contribuíram para amenizar a tragédia sanitária a que, em razão da ausência do Estado, se encontravam entregues os índios ianomâmis nos anos 80 e 90. Mas, sobretudo, se destacam os arautos da criação de nações indígenas separadas, que enxergam os índios como objetos da engenharia internacional das etnias e como pretextos na conquista de fontes de financiamento para as ONGs multiculturalistas.
Quando se discute a questão indígena, o tema verdadeiro é a viabilidade do conceito de nação. Roraima não começa nem acaba em Roraima. Na Bolívia de Evo Morales o governo escreveu uma Constituição multiculturalista que nega a existência legítima da nação e demarca uma estrada jurídica para a emergência de diversas "nações ancestrais". Como fruto desse passo, os mineiros do estanho se preparam para abdicar de sua dupla identidade histórica de bolivianos e trabalhadores, substituindo-a pela identidade "original" de indígenas. Os líderes da operação identitária já reivindicam a transferência da propriedade dos recursos do subsolo às novas nações "ancestrais", o que lhes permitiria vender as minas a empresas de mineração. O saque das riquezas nacionais está na dobra da esquina da renúncia à nação.
A proposta de um "arquipélago" de terras indígenas exprimia uma concepção sobre a fronteira entre os índios e a sociedade nacional. Aquele traço de limite deveria ser relativamente poroso, de modo a propiciar um intercâmbio vigiado pelo Estado. A delimitação contínua do "continente" indígena, por seu turno, pretendeu implantar um território circundado por sólidas muralhas. Do lado de fora ficariam os não-índios e o Estado; do lado de dentro, os índios, as ONGs e os missionários. Esse tipo de fronteira só poderá ser traçado pelo recurso à violência.
Há "nações indígenas" distintas da nação brasileira? A pergunta carece de sentido, pois ações não existem na natureza, como rios e montanhas, mas são inventadas na esfera da política. Os índios "originais" não podem ser restaurados, mas sempre é possível inventar, debaixo dos escombros da idéia da nação única, "nações indígenas" pós-modernas, financiadas por instituições multilaterais e lideradas por coalizões de ativistas bem conectados e índios globalizados.
Há, no Brasil, uma "nação africana na diáspora", constituída pelos "afrodescendentes"? Eis outra pergunta que não tem resposta objetiva, pois, nas palavras de Ernest Renan, "a nação é um plebiscito cotidiano". Um projeto multiculturalista em curso almeja fabricar essa nação, por meio de leis raciais, da revisão radical de nossa História e do cancelamento do imaginário nacional da mestiçagem. Nações indígenas autônomas poderiam existir ao lado do Brasil. Já a "nação afrodescendente" só pode nascer pela substituição da nação brasileira por uma coleção de nações étnicas fundadas sobre a glorificação de supostas ancestralidades de sangue. Brasil, nessa hipótese, seria apenas um espaço geográfico confederal e um tênue pacto de convivência entre povos ciosos de suas diferenças.
Rondon, o marechal mestiço com ancestrais bororos e terenas, morreu há 50 anos. Homem de seu tempo, nacionalista e positivista, ele trocou o paradigma da catequese dos índios "por um vago e eventual culto cívico à bandeira" (George Zarur, A Utopia Brasileira, Abaré/Flacso, 2003). Os índios não precisam desse culto, mas precisam menos ainda das bandeiras inventadas pelos novos fundamentalistas da etnicidade.
Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia
Humana pela USP. E-mail: demetrio.magnoli@terra.com.br
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8243,0.php
- Edu Lopes
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Re: A Questão Indigena
Marco Aurélio Garcia defende estruturação das Forças Armadas com ênfase na Amazônia
Publicada em 17/04/2008 às 14h57m
Eliane Oliveira - O Globo; O Globo Online
BRASÍLIA - O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, defendeu nesta quinta-feira, na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, a valorização e a estruturação das Forças Armadas brasileiras. Segundo ele, os esforços devem se concentrar na região amazônica.
- União Européia e Brasil estão na rabeira. Tiveram suas forças armadas praticamente sucateadas - criticou.
Garcia elogiou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que de acordo com ele estaria fazendo um esforço na Amazônia. O assessor de Lula afirmou que os países mais armados na América do Sul atualmente são Chile, Peru e Colômbia. Ele descartou a hipótese de uma guerra da Venezuela com países vizinhos, mesmo com a Guiana, com a qual o país de Hugo Chávez tem pendengas territoriais.
- Se não resolveu por vias diplomáticas, não vai resolver numa guerra - afirmou Garcia, acrescentando que não há como haver uma guerra unilateral no continente, o que seria duramente questionado pelos outros países.
O assessor contou também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai lançar, em reunião com presidentes sul-americanos em Brasília, a idéia de um Conselho de Segurança Latino-Americano.
General alerta para risco à soberania
Na quarta-feira, o general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, voltou a classificar a transformação da faixa da fronteira norte do país em terras indígenas como ameaça à soberania nacional . Em palestra sobre a defesa da Amazônia no Clube Militar, no Rio, o general não se mostrou preocupado em contrariar a posição do governo, que defende a homologação de terras indígenas mesmo em regiões de fronteira, e disse que o Exército "serve ao Estado brasileiro e não ao governo", e chamou a política indigenista do governo de "caótica".
- A política indigenista brasileira está completamente dissociada do processo histórico de colonização do nosso país. Precisa ser revista com urgência. Não estou contra os órgãos que cuidam disso, quero me associar para que a gente posssa rever uma política que não deu certo até hoje, é só ir lá para ver que é lamentável, para não dizer caótica - disse o general, acolhido com aplausos autoridades militares, como o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira Filho.
O general reiterou ainda sua posição contrária à demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, homologada pelo governo, em decreto, em 1,6 milhão de hectares. Na semana passada, uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a operação da Polícia Federal (PF) que desalojaria os fazendeiros de arroz que se recusam a deixar a área. A decisão foi questionada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Segundo ele, o tribunal foi induzido ao erro. Ministros do Supremo saíram, por sua vez, em defesa da decisão da corte.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/0 ... 924324.asp
Publicada em 17/04/2008 às 14h57m
Eliane Oliveira - O Globo; O Globo Online
BRASÍLIA - O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, defendeu nesta quinta-feira, na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, a valorização e a estruturação das Forças Armadas brasileiras. Segundo ele, os esforços devem se concentrar na região amazônica.
- União Européia e Brasil estão na rabeira. Tiveram suas forças armadas praticamente sucateadas - criticou.
Garcia elogiou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que de acordo com ele estaria fazendo um esforço na Amazônia. O assessor de Lula afirmou que os países mais armados na América do Sul atualmente são Chile, Peru e Colômbia. Ele descartou a hipótese de uma guerra da Venezuela com países vizinhos, mesmo com a Guiana, com a qual o país de Hugo Chávez tem pendengas territoriais.
- Se não resolveu por vias diplomáticas, não vai resolver numa guerra - afirmou Garcia, acrescentando que não há como haver uma guerra unilateral no continente, o que seria duramente questionado pelos outros países.
O assessor contou também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai lançar, em reunião com presidentes sul-americanos em Brasília, a idéia de um Conselho de Segurança Latino-Americano.
General alerta para risco à soberania
Na quarta-feira, o general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, voltou a classificar a transformação da faixa da fronteira norte do país em terras indígenas como ameaça à soberania nacional . Em palestra sobre a defesa da Amazônia no Clube Militar, no Rio, o general não se mostrou preocupado em contrariar a posição do governo, que defende a homologação de terras indígenas mesmo em regiões de fronteira, e disse que o Exército "serve ao Estado brasileiro e não ao governo", e chamou a política indigenista do governo de "caótica".
- A política indigenista brasileira está completamente dissociada do processo histórico de colonização do nosso país. Precisa ser revista com urgência. Não estou contra os órgãos que cuidam disso, quero me associar para que a gente posssa rever uma política que não deu certo até hoje, é só ir lá para ver que é lamentável, para não dizer caótica - disse o general, acolhido com aplausos autoridades militares, como o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira Filho.
O general reiterou ainda sua posição contrária à demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, homologada pelo governo, em decreto, em 1,6 milhão de hectares. Na semana passada, uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a operação da Polícia Federal (PF) que desalojaria os fazendeiros de arroz que se recusam a deixar a área. A decisão foi questionada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Segundo ele, o tribunal foi induzido ao erro. Ministros do Supremo saíram, por sua vez, em defesa da decisão da corte.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/0 ... 924324.asp
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Re: A Questão Indigena
Rá! O Magnoli passa aqui na USP de vez em quando. Já o vi!Edu Lopes escreveu:Roraima é aqui
Demétrio Magnoli
"Morrer se preciso for; matar, nunca" - esse era o lema de Cândido Mariano Rondon e dos pioneiros do Serviço de Proteção ao Índio, antes da degeneração da agência numa ponta-de-lança da espoliação dos índios. Rondon personificou o espírito de um tempo moldado pelo projeto de consolidação da unidade nacional. As suas idéias e ações adquirem significado sobre um pano de fundo formado por eventos como a Guerra do Paraguai, a incorporação do Acre, a delimitação final das fronteiras amazônicas e a elaboração dos planos ferroviários de integração nacional. Na visão rondoniana, a proteção estatal dos índios representava uma etapa na trajetória que conduziria até a sua integração à nação única. Quando se discute o impasse sobre a reserva Raposa Serra do Sol, o que está em jogo é o legado de Rondon.
Os indigenistas da tradição inaugurada por Rondon não indagavam se os índios seriam integrados à sociedade nacional, mas apenas como esse processo ocorreria - e dedicaram sua vida à tentativa de evitar que se integrassem como peões semi-escravizados nas fazendas ou miseráveis relegados às fímbrias da economia urbana. Nenhum deles imaginava que, no outono do século 20, emergisse, triunfante, uma doutrina empenhada na produção política de um país multinacional. Mas é disso que se trata quando se discute Roraima.
No debate sobre as terras indígenas de Roraima se contrapuseram as propostas de delimitação fragmentária e contínua das reservas. A primeira, inscrita no projeto da nação única, admitia a interação de índios e não-índios que habitam a região e tinha como horizonte a idéia de integração. A segunda, que acabou por se impor, deriva da lógica multiculturalista da separação e tem como horizonte a criação de nações indígenas autônomas nas faixas limítrofes do Estado brasileiro. Hoje, ela demanda a expulsão dos não-índios estabelecidos na região e desenha os contornos da primeira guerra étnica no Brasil do século 21.
Por vias inesperadas, transversas, os índios se incorporam a uma "sociedade mundial" antes de se integrarem à sociedade nacional. As notícias que chegam de Roraima dão conta da divisão dos indígenas em "índios católicos", defensores da expulsão, e "índios evangélicos", defensores da permanência dos colonos. No cipoal de organizações globalizadas e missões religiosas que atuam em Roraima, existem entidades e figuras abnegadas que contribuíram para amenizar a tragédia sanitária a que, em razão da ausência do Estado, se encontravam entregues os índios ianomâmis nos anos 80 e 90. Mas, sobretudo, se destacam os arautos da criação de nações indígenas separadas, que enxergam os índios como objetos da engenharia internacional das etnias e como pretextos na conquista de fontes de financiamento para as ONGs multiculturalistas.
Quando se discute a questão indígena, o tema verdadeiro é a viabilidade do conceito de nação. Roraima não começa nem acaba em Roraima. Na Bolívia de Evo Morales o governo escreveu uma Constituição multiculturalista que nega a existência legítima da nação e demarca uma estrada jurídica para a emergência de diversas "nações ancestrais". Como fruto desse passo, os mineiros do estanho se preparam para abdicar de sua dupla identidade histórica de bolivianos e trabalhadores, substituindo-a pela identidade "original" de indígenas. Os líderes da operação identitária já reivindicam a transferência da propriedade dos recursos do subsolo às novas nações "ancestrais", o que lhes permitiria vender as minas a empresas de mineração. O saque das riquezas nacionais está na dobra da esquina da renúncia à nação.
A proposta de um "arquipélago" de terras indígenas exprimia uma concepção sobre a fronteira entre os índios e a sociedade nacional. Aquele traço de limite deveria ser relativamente poroso, de modo a propiciar um intercâmbio vigiado pelo Estado. A delimitação contínua do "continente" indígena, por seu turno, pretendeu implantar um território circundado por sólidas muralhas. Do lado de fora ficariam os não-índios e o Estado; do lado de dentro, os índios, as ONGs e os missionários. Esse tipo de fronteira só poderá ser traçado pelo recurso à violência.
Há "nações indígenas" distintas da nação brasileira? A pergunta carece de sentido, pois ações não existem na natureza, como rios e montanhas, mas são inventadas na esfera da política. Os índios "originais" não podem ser restaurados, mas sempre é possível inventar, debaixo dos escombros da idéia da nação única, "nações indígenas" pós-modernas, financiadas por instituições multilaterais e lideradas por coalizões de ativistas bem conectados e índios globalizados.
Há, no Brasil, uma "nação africana na diáspora", constituída pelos "afrodescendentes"? Eis outra pergunta que não tem resposta objetiva, pois, nas palavras de Ernest Renan, "a nação é um plebiscito cotidiano". Um projeto multiculturalista em curso almeja fabricar essa nação, por meio de leis raciais, da revisão radical de nossa História e do cancelamento do imaginário nacional da mestiçagem. Nações indígenas autônomas poderiam existir ao lado do Brasil. Já a "nação afrodescendente" só pode nascer pela substituição da nação brasileira por uma coleção de nações étnicas fundadas sobre a glorificação de supostas ancestralidades de sangue. Brasil, nessa hipótese, seria apenas um espaço geográfico confederal e um tênue pacto de convivência entre povos ciosos de suas diferenças.
Rondon, o marechal mestiço com ancestrais bororos e terenas, morreu há 50 anos. Homem de seu tempo, nacionalista e positivista, ele trocou o paradigma da catequese dos índios "por um vago e eventual culto cívico à bandeira" (George Zarur, A Utopia Brasileira, Abaré/Flacso, 2003). Os índios não precisam desse culto, mas precisam menos ainda das bandeiras inventadas pelos novos fundamentalistas da etnicidade.
Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia
Humana pela USP. E-mail: demetrio.magnoli@terra.com.br
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8243,0.php
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Re: A Questão Indigena
Lula cobra general por crítica a reserva
Presidente pediu ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que convoque comandante militar para dar explicações
Tânia Monteiro, Rui Nogueira e Lisandra Paraguassú, BRASÍLIA
Embora incomodados com as críticas à demarcação em área contínua da Reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiram ontem que o governo foi surpreendido com as declarações do general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, e avaliaram que a “estocada” foi dada “com conhecimento de causa”. No Planalto, ninguém quis se manifestar “para não passar recibo”.
A única decisão prática, “para manutenção da autoridade”, partiu do próprio presidente, que mandou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante do Exército, Enzo Peri, convocarem Heleno para dar explicações sobre as críticas. O Estado apurou que o ministro Jobim cancelou ontem, pela terceira vez, a viagem que faria ao Rio Grande do Sul, onde visitaria uma indústria bélica, “para fazer as últimas contas sobre aumento de soldo dos militares e conversar, muito provavelmente, com o general Heleno”. Jobim repassará depois as explicações ao presidente.
Na quarta-feira, ao participar do seminário Brasil, Ameaças à sua Soberania, no Clube Militar, no Rio, o general Heleno chamou de “caótica” e “lamentável” a política indígena brasileira, considerou uma ameaça à soberania nacional a reserva contínua de 1,7 milhão de hectares na região de fronteira e ainda disparou sobre as cerca de 600 pessoas da platéia uma frase de efeito: “Não sou da esquerda escocesa, que, atrás de um copo de uísque 12 anos, sentada na Avenida Atlântica, resolve os problemas do Brasil inteiro. Já visitei mais de 15 comunidades indígenas, estou vendo o problema do índio.”
A crítica calou fundo no governo por três motivos: 1) porque foi feita por um dos militares mais respeitados do Exército, um “triplíce coroado”, isto é, primeiro colocado nos cursos da Academia Militar das Agulhas Negras, da Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais e da Escola de Comando e Estado-Maior, hoje considerado um “líder de tropa” inquestionável; 2) porque o general é considerado “ousado”, mas jamais comete as audácias em detrimento da disciplina; 3) e porque Heleno acompanhou de perto o processo político de decisão para demarcar a reserva ianomami, em novembro de 1991, no governo do presidente Collor (1990-1992), e sempre avisou que aquele seria o primeiro passo para outras demarcações contínuas que comprometeriam o controle de fronteira, inclusive na faixa dos 150 qulômetros determinados pela Constituição, que são de controle estrito do Estado.
Foi como assessor da Casa Militar que o general Heleno contribuiu para o parecer dos militares contrários à demarcação da reserva ianomami. À época, o então ministro da Justiça, Jarbas Passarinho, coronel da reserva do Exército, se definiu a favor da demarcação, mas cunhou no bastidor uma frase que ficou célebre: “Acho que a demarcação não representa perigo para a soberania do País, mas, se eu estiver errado, o meu Exército me corrigirá”.
O que mais preocupou o Planalto foi saber que “100% do Alto Comando” concorda com as críticas do general Heleno, feitas a partir do ponto de vista da “missão militar constitucional”, relatou ontem ao Estado um general. Segundo esse militar, não foi uma crítica política.
Presidente pediu ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que convoque comandante militar para dar explicações
Tânia Monteiro, Rui Nogueira e Lisandra Paraguassú, BRASÍLIA
Embora incomodados com as críticas à demarcação em área contínua da Reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiram ontem que o governo foi surpreendido com as declarações do general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, e avaliaram que a “estocada” foi dada “com conhecimento de causa”. No Planalto, ninguém quis se manifestar “para não passar recibo”.
A única decisão prática, “para manutenção da autoridade”, partiu do próprio presidente, que mandou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante do Exército, Enzo Peri, convocarem Heleno para dar explicações sobre as críticas. O Estado apurou que o ministro Jobim cancelou ontem, pela terceira vez, a viagem que faria ao Rio Grande do Sul, onde visitaria uma indústria bélica, “para fazer as últimas contas sobre aumento de soldo dos militares e conversar, muito provavelmente, com o general Heleno”. Jobim repassará depois as explicações ao presidente.
Na quarta-feira, ao participar do seminário Brasil, Ameaças à sua Soberania, no Clube Militar, no Rio, o general Heleno chamou de “caótica” e “lamentável” a política indígena brasileira, considerou uma ameaça à soberania nacional a reserva contínua de 1,7 milhão de hectares na região de fronteira e ainda disparou sobre as cerca de 600 pessoas da platéia uma frase de efeito: “Não sou da esquerda escocesa, que, atrás de um copo de uísque 12 anos, sentada na Avenida Atlântica, resolve os problemas do Brasil inteiro. Já visitei mais de 15 comunidades indígenas, estou vendo o problema do índio.”
A crítica calou fundo no governo por três motivos: 1) porque foi feita por um dos militares mais respeitados do Exército, um “triplíce coroado”, isto é, primeiro colocado nos cursos da Academia Militar das Agulhas Negras, da Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais e da Escola de Comando e Estado-Maior, hoje considerado um “líder de tropa” inquestionável; 2) porque o general é considerado “ousado”, mas jamais comete as audácias em detrimento da disciplina; 3) e porque Heleno acompanhou de perto o processo político de decisão para demarcar a reserva ianomami, em novembro de 1991, no governo do presidente Collor (1990-1992), e sempre avisou que aquele seria o primeiro passo para outras demarcações contínuas que comprometeriam o controle de fronteira, inclusive na faixa dos 150 qulômetros determinados pela Constituição, que são de controle estrito do Estado.
Foi como assessor da Casa Militar que o general Heleno contribuiu para o parecer dos militares contrários à demarcação da reserva ianomami. À época, o então ministro da Justiça, Jarbas Passarinho, coronel da reserva do Exército, se definiu a favor da demarcação, mas cunhou no bastidor uma frase que ficou célebre: “Acho que a demarcação não representa perigo para a soberania do País, mas, se eu estiver errado, o meu Exército me corrigirá”.
O que mais preocupou o Planalto foi saber que “100% do Alto Comando” concorda com as críticas do general Heleno, feitas a partir do ponto de vista da “missão militar constitucional”, relatou ontem ao Estado um general. Segundo esse militar, não foi uma crítica política.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
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Re: A Questão Indigena
A Amazônia e o Brasil mergulhados no caos
A "semente" de um novo Kosovo, que não deixaremos desenvolver
Dois assuntos que felizmente não conseguem tirar do noticiário, e que por terem muita coisa em comum juntei aqui.
1 - A audácia de propor na ONU a criação de "241 países" na Amazônia.
2 - O número elevadíssimo de ONGs, mais de 300 mil, sendo que 100 mil só na Amazônia.
O general Lessa (que comandou a Amazônia com competência extraordinária e uma quase obsessão) foi o primeiro a fazer uma série de televisão, mostrando ao mesmo tempo as duas coisas, ONG-Amazônia.
O almirante Gama e Silva (que tem longo trabalho de pesquisa e livros sobre o assunto) revelou para o repórter: "Helio, essas terras que querem entregar a meia dúzia de índios são maiores do que a Índia e o Paquistão". Disse que não podia ser, Gama e Silva acrescentou: "E isso sem contar com o que chamam de Amazônia legal, pura ficção".
Finalmente, o general Augusto Heleno, que comanda a Amazônia e conhece profundamente a sua desprezada realidade, deixou os seminários (ontem esteve participando de um no Clube Militar) e foi para a televisão, assombrando a todos pelo conhecimento pessoal e o desconhecimento de muitas autoridades. Todos ressalvam e deixam bem claro o que seria desnecessário: "Não estamos contra os índios, mas não podemos permitir a divisão do Brasil EM VÁRIAS NAÇÕES".
Na semana seguinte, o "Canal Livre" (louvo o interesse pelas questões importantíssimas) entrevistou o ministro da Justiça. Sobre a mesma Amazônia e o desinteresse do Itamaraty e, lógico, do próprio governo pelo que a ONU está discutindo. E que naturalmente votará: o que chamam sofismando de "DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS". Assim mesmo, longo e tenebroso, pois precisam complicar bastante o problema, para que ninguém entenda.
O ministro Tarso Genro "honrou" a ONU, mostrou que não conhece nada sobre o assunto. É uma audácia ir à televisão expor seu desconhecimento de tudo. Devia pelo menos ter lido alguma coisa. O ministro parece que confiou bastante no Itamaraty, e disse consigo mesmo: "Se eles aprovaram, não pode ser contra o Brasil, por que vou perder tempo estudando um assunto tão complicado?".
No programa, o ministro criticou só o Supremo. Defendeu a Raposa/Serra do Sol, não percebeu que pode dividir o Brasil até com guerra civil. E não ligou nem para o que disse o seu chefe, Lula, presidente da República: "A favor dos índios, todos somos, mas N-A-Ç-Ã-O aqui, só existe uma, o Brasil".
No seminário de anteontem, pela primeira vez acertaram no alvo, com espantosa precisão: "Aprovado o projeto da ONU, o exemplo de Kosovo se repetirá no Brasil". É rigorosamente verdadeiro. Só que não deixaremos que a ONU vote nada que ameace o Brasil e sua unidade, mantida no Império e resguardada na República.
Há dezenas de anos personagens do mundo inteiro procuram fórmula de "invadir, se apossar e dominar" oficialmente a Amazônia. Tentam iludir a todos, dizendo "a Amazônia é o pulmão do mundo, não pode ser propriedade do Brasil". Isso não tem nada a ver. Eles sabem que cientistas de alto respeito já concluíram: "As maiores riquezas do mundo ainda não foram transformadas em realidade. Estão no fundo do mar, na Antártida, nas montanhas e na Amazônia". Portanto três desses "territórios" riquíssimos estão no Brasil. Alguma dúvida sobre a intenção desses grupos de ESPECULADORES MULTINACIONAIS ou GLOBALIZANTES?
O general Augusto Heleno novamente colocou as coisas nos termos devidos e usando as palavras irrefutáveis. E teve a simplicidade e a coragem de chamar a atenção para a hierarquia não apenas militar. Textual: "Meu único objetivo é a defesa do Brasil".
PS - Só esse assunto já seria suficiente para dominar a atenção da opinião pública. Voltaremos a tratar muito do assunto, nossa preocupação. E a convicção deste repórter foi sempre esta: ANTIIMPERIALISTA E ANTIGUERRA. Principalmente a civil.
PS 2 - E há ainda o problema G-R-A-V-Í-S-S-I-M-O das ONGs. Só na Amazônia existem 100 mil. Isso mesmo: só na Amazônia 100 mil ONGs, 300 mil no Brasil todo. Por que essa profusão de ONGs, que ninguém sabe como agem e por que recebem FORTUNAS dos governos?
Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/col ... luna=helio
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Re: A Questão Indigena
Peço desculpas antecipadas, mas...
QUE PORCARIA DE LÓGICA INVERTIDA SE INSTALOU NO GOVERNO FEDERAL? ELES ESTÃO TRABALHANDO CONTRA O PAÍS! CONTRA!
Isso vem desde o governo Collor. Todos os outros governos apoiaram essas demarcações ridículas. Isso é maior do que o PT.
QUE PORCARIA DE LÓGICA INVERTIDA SE INSTALOU NO GOVERNO FEDERAL? ELES ESTÃO TRABALHANDO CONTRA O PAÍS! CONTRA!
Isso vem desde o governo Collor. Todos os outros governos apoiaram essas demarcações ridículas. Isso é maior do que o PT.
Re: A Questão Indigena
a quele que não sabia de nada continua sem saber das coisa
ele não sabe o que ta fazendo, não sabe o que ta dizendo
ou sabe ate demais!!!!
pior para nós pobres mortais.
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ou sabe ate demais!!!!
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Re: A Questão Indigena
rodman escreveu:Jabour fala sobre Gen. Heleno:
Obrigado pelo vídeo, amigo rodman. O Arnaldo entregou tudo mastigadinho. Está ali para quem quiser e souber pensar por si mesmo.
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Re: A Questão Indigena
Vlw Centurião, agora alguém tem que mostrar para o Lula, quem sabe ele consegue entender.Centurião escreveu:rodman escreveu:Jabour fala sobre Gen. Heleno:
Obrigado pelo vídeo, amigo rodman. O Arnaldo entregou tudo mastigadinho. Está ali para quem quiser e souber pensar por si mesmo.
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Re: A Questão Indigena
Vamos contabilizar quem está a favor da revisão das demarcações e da política indigenista:
- Militares (100% deles)
- STF
- Imprensa (Estadão, Globo) <- quem souber mais, por favor acrescente na lista
- Cientistas sociais e políticos
Contra (Entreguistas):
- Presidente Lula
- Ministro da (in)Justiça Tarso Genro
- Ministro de Defesa Nelson Jobim
- ONGs estrangeiras picaretas
- Igreja Católica
- MST e FARCS
- PT
Indecisa:
- Sociedade
Quem será que ganha a disputa?
- Militares (100% deles)
- STF
- Imprensa (Estadão, Globo) <- quem souber mais, por favor acrescente na lista
- Cientistas sociais e políticos
Contra (Entreguistas):
- Presidente Lula
- Ministro da (in)Justiça Tarso Genro
- Ministro de Defesa Nelson Jobim
- ONGs estrangeiras picaretas
- Igreja Católica
- MST e FARCS
- PT
Indecisa:
- Sociedade
Quem será que ganha a disputa?
Re: A Questão Indigena
Gostaria aqui de parabenizar a atitude do Gen. Heleno de falar a verdade sobre oque acontece nas reservas indígenas e na Amazônia
Finalmente um "homem' da caserna com suas palavras peitou a corja de comunistas que governam o país.
Finalmente um "homem' da caserna com suas palavras peitou a corja de comunistas que governam o país.