Carros de Combate - Formação

[cabeça de martelo]

Venho através deste tópico tentar perceber qual é a formação dada nos vários países aqui representados no fórum.

Em Portugal estamos a assistir a uma pequena revolução com a entrada ao serviço dos "novos" Leopard II A-6. Vai haver muitas alterações na formação de pessoal, pela simples razão de ser um equipamento tecnológicamente falando muito mais avançado do que os velhinhos M-60 A-3 TTS.

Sei que o Brasil está para receber os Leopard I A-5, mas haverá alguma alteração de fundo na formação dos militares dos Carros de Combate?

Deixo aqui o link de um artigo feito pelo TCor de Cav Henrique Mateus (Comandante do GCC/MC):

http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... ros_19.pdf

A partir da pág. 38

[Clermont]

Que organização deve ser adoptada? Dotar um GCC com 37 CC, possibilitando a sua organização em comando e dois esquadrões, ficando o terceiro esquadrão com o remanescente e, à semelhança do que aconteceu no passado, apoiar toda a formação? Reorganizar os pelotões a 3 CC e atribuir CC ao ERec? Que mais valias?

Sei lá. O que Portugal pretente? Efetuar uma Blitzkrieg rumo a Pequim? Ou espera ser a primeira tropa aliada dos americanos a entrar em Teerã?

Talvez, tomar Olivença, na marra?

Ou Portugal espera, tão somente, ter de ir impedir alguns aborígenes africanos de se trucidarem uns aos outros; ou lutar pelo direito de voto às mulheres no Afeganistão e coisas assim?

Nesse último caso, talvez não precise emassar tanques ao velho estilo alemão, mas sim, fazer como os israelenses parecem fazer. Eu vi uma foto que mostra dois tanques israelenses, atuando em conjunto com duas viaturas de combate de fuzileiros, numa operação anti-insurgência na Palestina.

Provavelmente, a arma blindada israelense não se organiza, assim, em tempo de paz. Mas sim, dentro da velha norma de separação por armas, ou seja, tropas de infantaria blindada e tropas de cavalaria blindada (tanques). Mas, se ficar comprovado que, nas atuais hipóteses mais prováveis de emprego de formações blindadas, está descartada a tática Blitzkrieg (ainda não chegou a hora de tomar, nem Moscou e nem Pequim), talvez fosse interessante, desde o tempo de paz, criar ao nível de companhia (ou esquadrão) destacamentos mistos de tanques e fuzileiros blindados.

Por exemplo, como a tal imagem israelense sugere: um pelotão com dois tanques e duas VC de Fuzileiros? Ou um esquadrão (companhia), com dois pelotões de tanques e dois pelotões de fuzileiros blindados?

Alguns militares não dizem que a chave da vitória é combater da forma como se treina? Então, se o possível combate prevê, primordialmente, esses dois tipos de viaturas blindadas atuando combinadas, por quê não alterar os regulamentos (e tradições militares) e criar organizações combinadas, ao nível subunidade e, até mesmo, fração?

[cabeça de martelo]

Bem o plano do Exército Português é criar Battle Groups, básicamente é fazer uma espécie de mini-brigadas ou batalhões reforçados com todo o tipo de sub-unidades (Infantaria Mecanizada, CC, Engenharia, Artilharia, etc).

Estas unidades serviram para tudo, desde missões de manutenção/imposição de paz, até mesmo guerra convencional.

[jauro]

Sei que o Brasil está para receber os Leopard I A-5, mas haverá alguma alteração de fundo na formação dos militares dos Carros de Combate?

No Brasil quem vai cuidar disso é o Centro de Instrução de Blindados (CIBld) em Sta Maria no RS.
Não deverá haver diferença na formação tática e na forma de emprego.

Que organização deve ser adoptada? Dotar um GCC com 37 CC, possibilitando a sua organização em comando e dois esquadrões, ficando o terceiro esquadrão com o remanescente e, à semelhança do que aconteceu no passado, apoiar toda a formação? Reorganizar os pelotões a 3 CC e atribuir CC ao ERec? Que mais valias?

Com 37 CC o Gpo ficaria assim? 4CCx3Pel=12CCx3Esqd=36+1ccCmt=37CC ?

Aqui quando a formação era ternária os Rgts tinham 1CC a mais para os Cmt de Esqd e mais 1 CC para o S/Cmt do Rgto, ficando assim:37CC+3CC=1CC=41CC.

[helio]

Eu acho que cada esquadrao possui 3 pelotoes de 4 carros + 1 carro para o comte do esuqdrao+ um para o subcomte= 14 carros
3 esquadroes de um RCC= (3 x14)42 carros + 2 para o Esq de comando( comte e sub do RCC) = 44 carros

Helio

[cabeça de martelo]

Sei que o Brasil está para receber os Leopard I A-5, mas haverá alguma alteração de fundo na formação dos militares dos Carros de Combate?

No Brasil quem vai cuidar disso é o Centro de Instrução de Blindados (CIBld) em Sta Maria no RS.
Não deverá haver diferença na formação tática e na forma de emprego.

Que organização deve ser adoptada? Dotar um GCC com 37 CC, possibilitando a sua organização em comando e dois esquadrões, ficando o terceiro esquadrão com o remanescente e, à semelhança do que aconteceu no passado, apoiar toda a formação? Reorganizar os pelotões a 3 CC e atribuir CC ao ERec? Que mais valias?

Com 37 CC o Gpo ficaria assim? 4CCx3Pel=12CCx3Esqd=36+1ccCmt=37CC ?

Aqui quando a formação era ternária os Rgts tinham 1CC a mais para os Cmt de Esqd e mais 1 CC para o S/Cmt do Rgto, ficando assim:37CC+3CC=1CC=41CC.

Uma coisa que o TCor de Cav Henrique Mateus referiu foi a necessidade de simuladores na formação dos tripulantes dos CC. No Brasil já há simuladores? Outra coisa foi o aumento muito substâncial de semanas necessárias para formar os tripulantes, esse aumento também ocorreu no Brasil?

[Moccelin]

Lembrar que vocês Tugas mudaram de M-60A3TTS pra Leo 2 A6... Aqui no Brasil a "mudança" será de M-60A3TTS e Leo 1A1 pra Leo 1A5, e isso não deve implicar em muitas mudanças, são equipamentos similares, contemporâneos, e no caso dos Leos então, não são uma evolução que motive muitas mudanças...

Quando mudamos de M-41C pra Leos 1A1 e M-60s aí sim, deve ter havido um arranca rabo danado pra adaptar a cavalaria...

[cabeça de martelo]

Quando eu criei este tópico, não foi com o intuito de bater no peito e dizer que nós somos muito bons e vocês são isto ou aquilo. Fiz com intuito de debater sobre algo que eu sei muito pouco, ou seja, a Cavalaria.

Como neto de um antigo Sargento de Cavalaria sempre tive uma certa queda para essa arma, mas os Páras tiveram mais projecção sobre mim e eu acabei por escolher essa especialidade.

Pergunta, simuladores, há ou não?

[jauro]

Sim há simuladores em todos os níveis, desde Pel até Divisão.
E para guarnições de Carros também.

[cabeça de martelo]

Porreiro, olhem pelos vistos já têm uma coisa que nós em Portugal, por incrivel que pareça não temos...

Quanto é que apostam que vamos ver militares Portugueses a irem parar a Espanha para poderem treinar nos simuladores?

Algo semelhante passa-se hoje em dia com os Prec's. O curso SOGA é super completo e com enorme reputação internacional, mas falta os simuladores e o túnel de vento que eles têm na Escola de Pára-quedismo.

[Al Zarqawi]

Cabeça,

Em parte o texto que você indicou responde ao seu questionamento.Realmente a área de formação deverá ser repensada e para isso estão técnicos do exército português fazendo cursos de formação nessa área,na Holanda com os canadianos.Esperemos os seus relatórios técnico-operacionais.Uma conceito de custos me parece intrinseco,a adopção de torres simuladoras,uma vez que os custos em tempo real se tornarão incomportáveis,outro aspecto muito importante diria até mais neste momento será a parte da manutenção que é muito mais exigente que a dos M60.
Esse texto também fala de parcerias,tudo está muito no ar,teremos de aguardar,desculpe estar sendo muito evasivo mas neste momento tudo o que se disser será sempre muito especulativo.
Certamente se encontrará uma proposta equilibrada,nunca operamos esse carro de combate.O artigo é muito bom.

Abraços,