O problema não foi parar no tempo, foi o investimento muito alto para um avião como o AMX, projeto ultrapassado para a época. A Suécia estava envolvida e quando viu que era uma barca furada, saltou fora e foi desenvolver o Gripen enquanto nós e a Itália...ambos foram tão incompetentes, que tiveram de pedir ajuda à Northrop para redesenhar as asas do A-1.
Desculpe Immortal,
Não foi minha intenção lhe ofender, mas é porque considerei seu post acima extremamente parecido com os discursos do PP. Depois que você citou ele como fonte então, suspeitei mais ainda. Mesmo assim lhe fiz uma pergunta e não afirmei (veja no início do meu post anterior).
Muita coisa que eu poderia dizer para questionar as afirmações acima já foram citadas pelos outros colegas. Realmente o assunto do Projeto AMX (falo projeto, pois é muito mais amplo que a plataforma em si) é polêmico até dentro da força.
O projeto inicial previa mudanças na cultura de manutenção dos aviões na FAB, previa uma escala aceitável para a nacionalização e produção de componentes que justificava uma demanda e sobrevivência de indústrias nacionais, esperava-se com isso um grande aumento da operacionalidade, dentre várias revoluções para uma força área latino-americana no final dos anos 70. Mas, aconteceu o efeito dominó, sem verbas para tocar o projeto o mesmo ficou parado no tempo, com isso houve uma obsolescência natural de alguns equipamentos (a rapidez da evolução tecnológica não perdoa, diga-se FX), os interesses de outros países para que o projeto afundasse dificultando o máximo possível, perda de mão de obra qualificada, Embraer afundada em dívidas, FAB com boa parte da sua frota no chão, prateleiras vazias, pilotos voando 150 horas/ano (isso só de tenente até major e nas unidades operacionais, patentes acima e outras unidades nem voavam), depois da aeronave lançada os pedidos sendo realizados de forma homeopática e reduzida (adeus escala, adeus indústrias), sem prateleira e sem verba o caminho é canibalizar ou não voar, o que você escolhe? Pronto, lá se vão alguns A-1 novinhos que dificilmente serão recuperados, dado o estágio de canibalização, e aí vai.
Quem foi incompetente ou fracassado? O AMX? A FAB? A Embraer? O Governo?
Ou seja, como o Vinícius falou, o contexto é muito importante ser analisado. O AMX (plataforma) sofreu com o azar de nascer num Ambiente Interno (Brasil) e Externo (Mundo) totalmente desfavorável, o que desvirtuou totalmente o projeto inicial.
Não quero dizer que a FAB não errou, ela errou e muito. Natural para um projeto como este.
Mas não se preocupe, pois os erros aprendidos pela FAB/Embraer nesta empreitada não estão sendo e nem vão ser repetidos. Com certeza sim, alguns erros novos.
Grande Abraço,
Mascarenhas