Projetos Recentes Marinha do Brasil

[Brigadeiro]

Algumas coisas interessantes:

1 - Os NAPA de 500ton estão indo de vento em popa, a MB está sempre publicando algo para completar os navios... E por falar neles, a incorporação está prevista para quando?

2 - Legal gastar R$ 985.700,00 para reformar o Bauru. Acho muito importante a preservação de um patrimônio histórico como esse.

3 - Prestação de serviços técnicos profissionais especializados na área de engenharia nuclear...
Esse é para o Sub?

Até mais!

[LeandroGCard]

[quote="Brigadeiro"]
Legal gastar R$ 985.700,00 para reformar o Bauru. Acho muito importante a preservação de um patrimônio histórico como esse.
[quote]

Também considero legal preservar o patrimônio histórico, mas acho que neste caso a MB deveria ter procurado um acordo com alguma empresa privada para levantar verba suficiente para botar o navio para navegar (ou pelo menos em condições de ser rebocado), e que depois poderia ser re-embolsada através de uma campanha de visitas à cidades costeiras do país com cobrança de ingresso para visitação.

E o quase 1 milhão a serem gastos no navio poderiam ser melhor empregados em parcerias com centros de pesquisa e universidades para o desenvolvimento de tecnologias e equipamentos de interesse da força. Por exemplo, na UnB o pessoal do depto. de engenharia mecânica está desenvolvendo trabalhos com propulsores-foguete híbridos, que poderiam propulsionar mísseis de cruzeiro ou combinados com pequenas turbinas poderiam ser tornar um sistema alternativo de propulsão para torpedos (em substituição aos sistemas que utilizam peróxido de hidrogênio ou hidrazina). Com uma verba destas daria para construir um pequeno protótipo e avaliar a exequibilildade deste tipo de propulsão. Se for feita uma procura garanto que podem ser encontrados muitos outros projetos deste tipo, de sensores à VANT`s.

Leandro G. Card

[rcolistete]

E o quase 1 milhão a serem gastos no navio poderiam ser melhor empregados em parcerias com centros de pesquisa e universidades para o desenvolvimento de tecnologias e equipamentos de interesse da força. Por exemplo, na UnB o pessoal do depto. de engenharia mecânica está desenvolvendo trabalhos com propulsores-foguete híbridos, que poderiam propulsionar mísseis de cruzeiro ou combinados com pequenas turbinas poderiam ser tornar um sistema alternativo de propulsão para torpedos (em substituição aos sistemas que utilizam peróxido de hidrogênio ou hidrazina). Com uma verba destas daria para construir um pequeno protótipo e avaliar a exequibilildade deste tipo de propulsão. Se for feita uma procura garanto que podem ser encontrados muitos outros projetos deste tipo, de sensores à VANT`s.

Leandro G. Card

Caro Leandro,

R$1 milhão não é nada em termos de verba para pesquisa para um projeto aplicado, experimental. Conheço universidades médias que têm verba para somente 1 projeto da ordem de R$10-20 milhões, provenientes de fundos setoriais (petróleo, etc).

Ou seja, não é por causa de quase R$ 1 milhão da reforma do CT Bauru que a MB ou algum grupo de pesquisa faria ou deixaria de fazer um projeto de pesquisa de médio/grande.

[]s, Roberto

[luis F. Silva]

Creio que a história da MB merece o dispêndio dessas verbas. Talvez houvesse alguns institutos estatais que pudessem ajudar na conservação de um navio que serviu a MB durante a 2º G. M. e que por isso tem o seu lugar na história.

[Corsário01]

Se não gasta, criticas, se gasta, criticas!
Caramba, eu não entendo!

[Vinicius Pimenta]

Padilha, qualquer ação humana sempre terá quem concorde e quem discorde. Apenas para não sair da MB, se ela resolver não ter um sub nuclear, haverá quem concorde e discorde. Se resolver modernizar os A-4, também. Se resolver aposentar o São Paulo, também. Se resolver comprar mais Piranha IIIC, também... E assim sucessivamente. Isso é normal, as opiniões nunca serão unânimes. Nem Deus é.

[WalterGaudério]

Se não gasta, criticas, se gasta, criticas!
Caramba, eu não entendo!

Para mim a PETROBRAS deveria se engajar mais nessa área de preservação da história naval. Só para se terem idéia são mais de 19 milhões de reais só de "patrocínio Cultural" para peças de artistas esquerdistas. Ou seja desde a 100% comuna Lucélia Santos até sei lá quem. Ou seja os atores "politicamente engajados" ou os atores governistas...

[Corsário01]

É duro, é duro de aturar este tipo de coisa.

Vinicius, eu concordo que nem Deus agradou a todos, mas neste caso, basta uma breve olhada e ver que este valor é infimo para se manter um meio - navio - e assim preservar a memória da Mb.

Ou seja, podem até criticar, mas mesmo as criticas precisam ser bem feitas, senão caem no vazio.

Foi isso que eu quiz dizer.

[Tupi]

Se não gasta, criticas, se gasta, criticas!
Caramba, eu não entendo!

... desde a 100% comuna Lucélia Santos até sei lá quem. Ou seja os atores "politicamente engajados" ou os atores governistas...

Infelizmente o revanchismo não é apenas uma retorica é uma pratica muito efetiva e covarde.
Só exemplificando, em um trabalho de pós. Em metodologia de ensino superior, depois de enfrentar um debate acalourado, que lembrou aquele do aspira no filme do bope. Tive a seguinte conjectura da professora.
- Isso se deve a teoria da vara. Depois do regime militar puxar muito pro seu lado. A esquerda agora vai puxar ao máximo pro seu e se possível até tocar no chão.
E daí a vara oscilará ao longo do tempo até alcançar o equlíbrio.
O problema é que a esquerda só começou a puxar a vara. Se não for feito nada, ainda vai ser muito pior.

[luis F. Silva]

Uma pergunta a alguém do Rio.
Quando o Bauru está exposto ao público, são cobrados ingressos?

[Corsário01]

Uma pergunta a alguém do Rio.
Quando o Bauru está exposto ao público, são cobrados ingressos?

Não, nunca foi cobrado.
Só o passeio do Laurindo que é cobrado algo em torne de 7 ou 8 reais e a metade para estudantes.

[luis F. Silva]

Não, nunca foi cobrado.

Não seria uma boa ideia cobrar uma entrada pouco mais que simbólica, para angariar fundos para as reparações que o navio necessita de vez em quando?
Em Portugal cobrava-se pela entrada na fragata D. Fernando II e Glória. Só que na minha opinião, muita gente não a visitava porque a entrada era de 2,5 Euros. Se for uma familia com dois ou três adultos ,mais as crianças que pagam menos, dá uma dinheirama gasta na cultura, e o português ainda não é lá muito de visitar museus. Se tivessem cobrado metade, muito mais gente lá iria.

[LeandroGCard]

E o quase 1 milhão a serem gastos no navio poderiam ser melhor empregados em parcerias com centros de pesquisa e universidades para o desenvolvimento de tecnologias e equipamentos de interesse da força. Por exemplo, na UnB o pessoal do depto. de engenharia mecânica está desenvolvendo trabalhos com propulsores-foguete híbridos, que poderiam propulsionar mísseis de cruzeiro ou combinados com pequenas turbinas poderiam ser tornar um sistema alternativo de propulsão para torpedos (em substituição aos sistemas que utilizam peróxido de hidrogênio ou hidrazina). Com uma verba destas daria para construir um pequeno protótipo e avaliar a exequibilildade deste tipo de propulsão. Se for feita uma procura garanto que podem ser encontrados muitos outros projetos deste tipo, de sensores à VANT`s.

Leandro G. Card

Caro Leandro,

R$1 milhão não é nada em termos de verba para pesquisa para um projeto aplicado, experimental. Conheço universidades médias que têm verba para somente 1 projeto da ordem de R$10-20 milhões, provenientes de fundos setoriais (petróleo, etc).

Ou seja, não é por causa de quase R$ 1 milhão da reforma do CT Bauru que a MB ou algum grupo de pesquisa faria ou deixaria de fazer um projeto de pesquisa de médio/grande.

[]s, Roberto

Olá Roberto,

Pois eu citei este caso específico do desenvolvimento do motor-foguete híbrido justamente devido ao fato de que ele ficou parado por um bom tempo porque uma verba de menos de 50 mil reais não foi liberada pela CAPES quando solicitada. Assim, 1 milhão faria bastante diferença sim.

Também soube do caso de uma microturbina que estava em desenvolvimento por um grupo de entusiastas e cujo protótipo, construído com verbas próprias (particulares), chegou a voar, mas que foi abandonada por falta de alguns poucos milhares de reais. Projetos de Vant`s também estão em vias de ser abandonados por falta de verbas menores do que esta de 1 milhão. Não é apenas através de grandes projetos que avança a tecnologia.

A qualquer momento existem sempre alguns projetos em pesquisa aplicada sendo iniciados em escolas, universidades e grupos civis e que não requerem altos valores para a comprovação pelo menos da sua viabilidade, mas por falta de apoio quase todos eles morrem no nascedouro. Em países desenvolvidos existem canais oficiais de financiamento que absorvem estas iniciativas, e dependendo dos resultados acabam gerando programas de grande vulto. Talvez o exemplo histórico mais clássico tenha sido o programa de foguetes alemães da segunda guerra mundial, que começou como brincadeira de entusiastas no Verein für Raumschiffahrt, foi absorvido pelo exército alemão, depois transferido para os EUA e em última análise colocou o homem na lua.

Criar o hábito de procurar por tais iniciativas e separar verbas (mesmo relativamente "pequenas" como 1 milhão) para apoiá-las seria uma forma das FA`s brasileiras investirem no seu próprio futuro e no do país, e acho isto até mais importante que investir na preservação do passado (sem desmerecer esta última iniciativa, que também é importante).


Um grande abraço,


Leandro G. Card

[Alcantara]

O Doidolo 'Bagueti' vai gostar muito do seu post, Leandro.

[Brigadeiro]

Concordo com a importância de investirmos em P&D, mas o investimento em cultura também é muito importante. Se a MB tá gastando um milhão na reforma do Bauru é porque outras entidades não se dispuseram a bancar a reforma. Além do mais o navio faz parte de seu inventário e por isso, sob sua responsabilidade.
Eu acredito que nossa história deve ser preservada e independentemente do quanto se gaste nisso, eu acho necessário e viável. Além do mais, os EUA devem gastar milhões para manter o USS Missouri para visitação no Hawai e os ingleses o HMS Victory e nenhum contribuinte americano ou inglês reclamaram disso.
Além do mais, o que é um milhão frente ao valor histórico e memorial da embarcação e dos homens que honraram nossos interesses durante um conflito que mobilizou praticamente todo o planeta?

Até mais!