Meus prezados:
Gaudenzi decide deixar o posto
Seis meses depois de assumir o cargo como uma das soluções para a crise aérea, o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, decidiu deixar o posto, depois de ter se desgastado com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e com seu chefe imediato, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que o convidou para dirigir a estatal responsável pelos aeroportos. Gaudenzi já comunicou a decisão de sair do governo a deputados da bancada federal do PSB, partido do qual é dirigente nacional. Ele está negociando com Jobim e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a data da sua exoneração.
Para tentar evitar o agravamento da crise política com a segunda mudança na empresa em poucos meses, a intenção de Gaudenzi era pedir demissão no final de março, véspera do prazo legal para a desincompatibilização de autoridades dos seus cargos para que possam concorrer a postos eletivos na campanha municipal de outubro. Mas os boatos das últimas semanas sobre a sua saída anteciparam essa data e o dia da exoneração deve ser definido nos próximos dias. "Ele não foi indicado formalmente pelo partido. Mas com o seu currículo não pode ser tratado dessa forma. Não há razão nenhuma do governo para fritá-lo", disse ontem a deputada Lídice da Mata (PSB-BA). Gaudenzi chegou a negociar internamente no PSB a sua candidatura a vice-prefeito de Salvador em uma chapa de coligação com PT e PMDB. Mas esse acordo político ainda não foi fechado.
O desgaste de Gaudenzi no governo começou logo nas primeiras semanas da sua gestão na Infraero. Ele foi contra a privatização do terceiro aeroporto de São Paulo, ainda a ser construído. A idéia era defendida por Dilma. Segundo fontes do governo, a ministra não gostou da indicação de Gaudenzi por Jobim e defendia a nomeação do ex-senador Fernando Bezerra para o cargo. Gaudenzi também foi contra a privatização do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, proposta defendida pelo governador Sérgio Cabral, do PMDB.
Gaudenzi se queixou a amigos que, desde os primeiros dias no cargo, tem sido muito maltratado e atropelado nas suas decisões pela ministra Dilma. Ela o trata com antipatia e demonstra irritação com o estilo pouco enérgico de Gaudenzi ao tratar os problemas dos aeroportos. Mesmo com a redução das confusões no embarque de passageiros, a ministra da Casa Civil comentou internamente que gostaria de trocar toda a direção da estatal e não só apenas o presidente.
Abertura de capital
A proposta feita por Gaudenzi ao governo para a nova Infraero era abrir o capital da estatal para que as ações fossem negociadas nas bolsas de valores, mas com a manutenção do controle por parte do governo. A inspiração era o modelo de gestão da Petrobras. Outra alternativa sugerida por ele foi a transformação da Infraero em uma holding que controlaria cinco ou seis pequenas estatais regionais. As duas propostas estão engavetadas na Casa Civil e no ministério da Defesa.
A decisão de deixar o cargo foi tomada por Gaudenzi antes do carnaval. Mas ele não conseguiu acertar sua saída com Jobim, que estava no exterior. Na mesma noite em que o ministro retornou ao Brasil, Gaudenzi o procurou no gabinete para saber se a boataria sobre a sua demissão era verdadeira, mas Jobim negou. Ontem o presidente da Infraero passou todo o dia reunido com Jobim e com outros ministros no Palácio do Planalto. Além da sua exoneração, também tratou das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previstas para os aeroportos. O ministro Nelson Jobim não se manifestou sobre a saída de Gaudenzi e informou que desconhece o assunto.
Análise da notícia - Entre o mar e o rochedo
Como marisco, o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, ficou entre o mar e o rochedo. Foi imprensado pelos interesses do PMDB – que pressiona o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a indicar representantes do seu partido na estatal responsável pela construção de novos aeroportos e a ampliação dos antigos – e os anseios da ministra da Casa Civil, a petista Dilma Roussef. Ela e o PT estão de olho nos cargos da diretoria da Infraero e nas superintendências da estatal espalhadas pelo país, para compensar a perda de espaço com a chegada de políticos do PMDB no ministério de Minas e Energia, antiga pasta dirigida por Dilma.
Desde que perdeu espaço na Infraero com a saída do deputado Carlos Wilson (PT-PE), o PT está vendo seus filiados em várias áreas do governo serem substituídos por peemedebistas. Gaudenzi foi escolhido para o cargo não por ser do PSB, mas pela experiência como ex-dirigente da Agência Espacial Brasileira (AEB) e por ter sido colega de Jobim na Câmara dos deputados. A fritura de Gaudenzi e a sua provável saída da estatal vão provocar outra crise na base parlamentar de apoio a Lula: o PSB começa a questionar a sua participação no governo e já mandou recados ao Planalto sobre isso. O partido tem oito deputados e dois senadores que podem decidir o futuro de projetos de interesse do governo.
fonte: Defesanet
Um abraço e até mais...
Gaudenzi "pediu pra sair"
Moderador: Conselho de Moderação
-
- Sênior
- Mensagens: 13539
- Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
- Agradeceu: 56 vezes
- Agradeceram: 201 vezes
Re: Gaudenzi "pediu pra sair"
Não seu em nada. O sujeito vai ficar, porque é ruim com ele, e bem pior sem ele...(e tb porque ninguém em sã consciência quer ver a coisa preta)jambockrs escreveu:Meus prezados:
Gaudenzi decide deixar o posto
Seis meses depois de assumir o cargo como uma das soluções para a crise aérea, o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, decidiu deixar o posto, depois de ter se desgastado com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e com seu chefe imediato, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que o convidou para dirigir a estatal responsável pelos aeroportos. Gaudenzi já comunicou a decisão de sair do governo a deputados da bancada federal do PSB, partido do qual é dirigente nacional. Ele está negociando com Jobim e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a data da sua exoneração.
Para tentar evitar o agravamento da crise política com a segunda mudança na empresa em poucos meses, a intenção de Gaudenzi era pedir demissão no final de março, véspera do prazo legal para a desincompatibilização de autoridades dos seus cargos para que possam concorrer a postos eletivos na campanha municipal de outubro. Mas os boatos das últimas semanas sobre a sua saída anteciparam essa data e o dia da exoneração deve ser definido nos próximos dias. "Ele não foi indicado formalmente pelo partido. Mas com o seu currículo não pode ser tratado dessa forma. Não há razão nenhuma do governo para fritá-lo", disse ontem a deputada Lídice da Mata (PSB-BA). Gaudenzi chegou a negociar internamente no PSB a sua candidatura a vice-prefeito de Salvador em uma chapa de coligação com PT e PMDB. Mas esse acordo político ainda não foi fechado.
O desgaste de Gaudenzi no governo começou logo nas primeiras semanas da sua gestão na Infraero. Ele foi contra a privatização do terceiro aeroporto de São Paulo, ainda a ser construído. A idéia era defendida por Dilma. Segundo fontes do governo, a ministra não gostou da indicação de Gaudenzi por Jobim e defendia a nomeação do ex-senador Fernando Bezerra para o cargo. Gaudenzi também foi contra a privatização do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, proposta defendida pelo governador Sérgio Cabral, do PMDB.
Gaudenzi se queixou a amigos que, desde os primeiros dias no cargo, tem sido muito maltratado e atropelado nas suas decisões pela ministra Dilma. Ela o trata com antipatia e demonstra irritação com o estilo pouco enérgico de Gaudenzi ao tratar os problemas dos aeroportos. Mesmo com a redução das confusões no embarque de passageiros, a ministra da Casa Civil comentou internamente que gostaria de trocar toda a direção da estatal e não só apenas o presidente.
Abertura de capital
A proposta feita por Gaudenzi ao governo para a nova Infraero era abrir o capital da estatal para que as ações fossem negociadas nas bolsas de valores, mas com a manutenção do controle por parte do governo. A inspiração era o modelo de gestão da Petrobras. Outra alternativa sugerida por ele foi a transformação da Infraero em uma holding que controlaria cinco ou seis pequenas estatais regionais. As duas propostas estão engavetadas na Casa Civil e no ministério da Defesa.
A decisão de deixar o cargo foi tomada por Gaudenzi antes do carnaval. Mas ele não conseguiu acertar sua saída com Jobim, que estava no exterior. Na mesma noite em que o ministro retornou ao Brasil, Gaudenzi o procurou no gabinete para saber se a boataria sobre a sua demissão era verdadeira, mas Jobim negou. Ontem o presidente da Infraero passou todo o dia reunido com Jobim e com outros ministros no Palácio do Planalto. Além da sua exoneração, também tratou das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previstas para os aeroportos. O ministro Nelson Jobim não se manifestou sobre a saída de Gaudenzi e informou que desconhece o assunto.
Análise da notícia - Entre o mar e o rochedo
Como marisco, o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, ficou entre o mar e o rochedo. Foi imprensado pelos interesses do PMDB – que pressiona o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a indicar representantes do seu partido na estatal responsável pela construção de novos aeroportos e a ampliação dos antigos – e os anseios da ministra da Casa Civil, a petista Dilma Roussef. Ela e o PT estão de olho nos cargos da diretoria da Infraero e nas superintendências da estatal espalhadas pelo país, para compensar a perda de espaço com a chegada de políticos do PMDB no ministério de Minas e Energia, antiga pasta dirigida por Dilma.
Desde que perdeu espaço na Infraero com a saída do deputado Carlos Wilson (PT-PE), o PT está vendo seus filiados em várias áreas do governo serem substituídos por peemedebistas. Gaudenzi foi escolhido para o cargo não por ser do PSB, mas pela experiência como ex-dirigente da Agência Espacial Brasileira (AEB) e por ter sido colega de Jobim na Câmara dos deputados. A fritura de Gaudenzi e a sua provável saída da estatal vão provocar outra crise na base parlamentar de apoio a Lula: o PSB começa a questionar a sua participação no governo e já mandou recados ao Planalto sobre isso. O partido tem oito deputados e dois senadores que podem decidir o futuro de projetos de interesse do governo.
fonte: Defesanet
Um abraço e até mais...
Ele é o melhor do que sobrou...
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...