knight7 escreveu:orestespf escreveu:knight7 escreveu:orestespf escreveu:Alcantara escreveu:orestespf escreveu:Alcantara escreveu:Parece que o 'japa' é mesmo duro na queda.
Sem dúvida, Alcântara, sem dúvida. Muitos aqui dizem que a opinião do Saito não conta, pura ingenuidade.(...)
(...) O NJ pode falar o que quiser, mas é importante dizer que quem dá a canetada final é o Presidente Lula. No mínimo tem que haver consenso entre o Jobim e o Saito, sem isso, nada de canetada pra comprar caças.
E é sempre bom lembrar que, até bem pouco tempo atrás, os Comandantes Militares despachavam (saravá meu Pai! Rsrsrsrs...
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) diretamente o Presidente da República.
Abraços!!!
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Pois é, Alcântara, mas o Jobim está seguindo rigidamente a hierarquia defendida pelos militares. Ele está dizendo que está um cargo acima dos Comandantes das Forças, logo eles devem despachar diretamente com ele e não com o Presidente, com o Presidente despacha ele. Isto está dando pano pra manga.
Mas está rolando um boato forte em BSB, dizem que o acordo com os franceses não é bem assim como se fala, que o Jobim está apenas fazendo jogo para atrair atenção de outros países, em particular... Os EUA!!!
O tipo de acordo anunciado com os franceses, principalmente o SOFA, era tudo que os americanos queriam, logo este acordo é um pisão no pé dos yankees.
Se os boatos que ouvi se concretizarem de alguma forma, poderemos dizer que as conseqüências farão algumas pessoas pessoas do DB muito feliz, muito especialmente o Beraldi.
Estou me referindo aos caças, os subs já estão nas mãos dos franceses mesmo.
Aguardemos...
Grande abraço,
Orestes
Caro Orestes,
Tenho minhas dúvidas quanto a isso.
Defesa e compras conjuntas
BUENOS AIRES. No início de março, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, vai se reunir com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Caracas, para trabalhar na criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, iniciativa do governo Lula incluindo todos os países do continente. Segundo Jobim, o conselho vai formular a defesa do continente, com uma mesma palavra em fóruns internacionais, e tentar criar uma indústria sul-americana:
- Precisamos modernizar nossas Forças Armadas por meio de um avanço tecnológico, com capacitação nacional. O próprio continente deve ter insumos necessários.
Um projeto em estudo é o submarino de propulsão nuclear, e o ministro não descartou a construção conjunta de armas. Avançam ainda as negociações com a Embraer: Jobim disse que a empresa aceitaria assumir o controle de uma fábrica na Argentina, e o país compraria aviões em contrapartida. (E.O. e J.F.)
fonte: O Globo, 24/02/08
Mas diga-se depassagem, que eu sou favorável a uma escolha no FX-2 que nos leve a um caça (ou a um projeto de caça) de 5ª geração.
Att
Knight7
Olá Knight7,
não entendi quando disse "tenho minhas dúvidas quanto a isso". Em relação a quê?
Abraços,
Orestes
Quanto ao suposto jogo que o Jobim esta fazendo para angariar apoio dos Norte-americanos.
Coloquei aquela reportagem do O Globo, sobre as gestões do Jobim em criar um concelho de defesa Sul Americano, algo também desejado por Chaves, e que vai de encontro ao interesse de hegemonia Estadunidense na região
Ele (Jobim) está pisando num dos "calos" dos Iankees.
O Jobim apresenta um discurso de vertente bem regional, e também fortemente nacionalista.
Mas volto a ressaltar que eu gostaria que a aquisição do caça no FX também procurasse se pautar pela perspectiva futura de um caça de 5ª geração.
Att
Knight7
Olá Knight7,
agora sim, consegui compreender o que havia dito anteriormente.
Eu não disse angariar apoio dos americanos, mas sim chamar a atenção deles. Essa movimentação do Jobim para o conselho de defesa sul-americanos é pisar nos calos yankees, mas tem uma intenção maior, aumentar a liderança na região, consolidando a mesma, com a intenção de conseguir o assento permanente no CS.
Acredito que existam muito boas chances do Brasil conseguir o assento no CS, mas não acredito em um conselho de segurança sul-americano, o que mais existe aqui são disputas e tal conselho só no papel não vale nada. Porém é uma forma de pressão importante, é um gesto mais político do que prático.
Suponha que existam chances disto efetivamente ocorrer, então forma-se um bloco importante no contexto mundial. Passa o Brasil a liderar o grupo e a fornecer equipamentos militares, mesmo que haja participação de outros países (Argentina Chile?) na construção.
Até aí, tudo bem, mas fica a pergunta: qual a procedência dos equipamentos que o Brasil busca para fabricação local?
Hoje a resposta seria França, mas este é o ponto mais delicado, pois os EUA perderiam de vez toda a sua influência na região, podendo inclusive ampliar para a AC.
Lógico que os americanos não vão deixar isso barato, haverão muitas pressões da parte deles, a começar pela presença em março da Condoleezza Rice aqui no Brasil. Tenha certeza que ela não virá para nos oferecer seus equipamentos bélicos, virá para discutir a política da coisa, virá com recados claros.
Não imagino que ela se oponha a tal "acordo" regional, pode reclamar, ameaçar e até xingar, mas isso não depende da vontade dela ou de quem quer que seja.
Supondo que ela não consiga reverter o quadro, pergunto: o que eles aceitariam em troca? Ou, o que podemos fazer para deixá-los "parcialmente felizes"? rsrs
Primeiro, comprar algum equipamento deles para que possa ser o "padrão" na região. Este equipamento deve ser um caça, mas o "padrão" é que me preocupa. Não gostaria de ver outros países da AS com equipamentos superiores ao F-16, que até deixariam fabricá-los aqui (não tenho dúvidas).
Segundo, não deixar em hipótese alguma que a Argentina participe do nosso projeto do sub nuclear. Isto está relacionado com a questão Inglaterra-Argentina.
Terceiro, não repassar certos equipamentos sensíveis para determinados países, a começar pela Venezuela e Peru.
Com equipamentos franceses e russos isso fica impossível, os americanos não têm como impor nada. Logo eles estão amarrados, precisam ceder e muito em seus velhos hábitos.
E o quanto eles poderiam ceder? Oferecer praticamente tudo o que queremos, mas desde que não levemos a idéia do conselho de defesa sul-americano adiante, e principalmente a idéia de vender armas na região.
Pra mim isso é praticamente impossível, visto que as indústrias militares só teriam como sobreviver se exportarem, e muito.
E qual a forma de "contornar" isso, ou seja, as exportações? Comprando diretamente da gente!!!
Podemos fabricar equipamentos (em conjunto?) com eles e os dois países (EUA e Brasil) se comprometerem a comprar. É uma forma deles cederem e de manter controle sobre a situação.
E quais equipamentos seriam esses? Deixemos o povo especular... rsrsrs
Grande abraço,
Orestes