Bolívia ameaça cortar gás do Brasil e reacende tensão!
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- Edu Lopes
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Morales pede que Brasil e Argentina não sejam 'egoístas' em energia
BUENOS AIRES - O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta sexta-feira ao Brasil e à Argentina que não se pode ser "egoísta" em matéria de energia e convidou-os a decidir em grupo como conseguir um "equilíbrio" entre o volume de gás natural disponível no país andino e a crescente demanda nas duas nações vizinhas.
Morales se reuniu em Buenos Aires com a presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, a quem convidou para uma reunião com Luiz Inácio Lula da Silva, previamente chamado para o mesmo encontro.
O governante boliviano disse que Cristina e Lula ainda não deram uma resposta ao convite, mas ressaltou que a espera "respeitosamente" e que serão eles os que dirão quando a reunião acontecerá.
- No tema da energia, deveríamos atuar com certo equilíbrio, não prejudicar ninguém, não nos prejudicarmos, mas atender à demanda. Pode haver uma emergência durante o inverno e estamos buscando uma reunião trinacional para, desde agora, nos prepararmos para o inverno - disse Morales em entrevista coletiva.
A produção boliviana de gás, que atualmente beira os 40 milhões de metros cúbicos, subirá este ano para 42 milhões. Mas, ainda assim, ficará abaixo da demanda total - interna e externa - de aproximadamente 46 milhões de metros cúbicos.
O presidente boliviano acrescentou que, para o alcance de um acordo entre os três países, "é preciso elaborar relatórios técnicos" sobre a capacidade de produção e as necessidades de abastecimento de cada nação para, assim, "chegar a um equilíbrio".
- As demandas por gás no Brasil, na Argentina e também na Bolívia vão continuar crescendo - ressaltou Morales, enfatizando a necessidade de o tema ser abordado de forma imediata e conjunta.
Atualmente, a Bolívia envia 30 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil. Além disso, tem um acordo para fornecer outros 7,7 milhões metros cúbicos ao dia para a Argentina, embora só distribua 2,7 milhões.
Ainda em relação à Argentina, em 2006 foi assinado com a Bolívia um acordo a partir do qual, de 2011 em diante, o país andino enviará 27,7 milhões de metros cúbicos diários de gás à nação vizinha, 20 milhões dos quais chegarão pelo futuro gasoduto do Nordeste.
Nesta sexta-feira, Morales e Fernández participaram da entrega de propostas da argentina Siat e da mexicana Tubacero para o fornecimento dos dutos de aço que serão usados na construção da tubulação.
- Também podemos dizer com orgulho que a Argentina paga o melhor preço por seu gás à Bolívia - acrescentou o governante, em aparente referência ao menor preço pago pelo Brasil.
Morales disse ainda que "os volumes de produção aumentam com investimentos", os quais seu governo "pede respeitosamente que sejam acelerados e ampliados".
O chefe de Estado também destacou que, este ano, o investimento público e privado no setor de hidrocarbonetos da Bolívia chegará à soma recorde de US$ 1,3 bilhão, mais que o dobro dos US$ 600 milhões recordes aplicados em 1998.
No ano passado, a Bolívia descumpriu várias vezes seus contratos com o Brasil e a Argentina devido à estagnação dos investimentos, atribuída pelas empresas às mudanças nas regras após a nacionalização do setor, decretada em maio de 2006.
Em 2007, os investimentos em hidrocarbonetos na Bolívia totalizaram US$ 200 milhões. Mas este ano, segundo Morales, esse valor pode chegar a US$ 1,5 bilhão, caso o Governo feche novos acordos, como o que está sendo negociado entre o Irã e a estatal venezuelana PDVSA.
Ainda nesta sexta-feira, Morales viajará para Caracas, onde participará da cúpula dos países da Alternativa Bolivariana das Américas (Alba), promovida pelo presidente da Venezuelano, Hugo Chávez.
Fonte: http://jbonline.terra.com.br/extra/2008 ... 15444.html
BUENOS AIRES - O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta sexta-feira ao Brasil e à Argentina que não se pode ser "egoísta" em matéria de energia e convidou-os a decidir em grupo como conseguir um "equilíbrio" entre o volume de gás natural disponível no país andino e a crescente demanda nas duas nações vizinhas.
Morales se reuniu em Buenos Aires com a presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, a quem convidou para uma reunião com Luiz Inácio Lula da Silva, previamente chamado para o mesmo encontro.
O governante boliviano disse que Cristina e Lula ainda não deram uma resposta ao convite, mas ressaltou que a espera "respeitosamente" e que serão eles os que dirão quando a reunião acontecerá.
- No tema da energia, deveríamos atuar com certo equilíbrio, não prejudicar ninguém, não nos prejudicarmos, mas atender à demanda. Pode haver uma emergência durante o inverno e estamos buscando uma reunião trinacional para, desde agora, nos prepararmos para o inverno - disse Morales em entrevista coletiva.
A produção boliviana de gás, que atualmente beira os 40 milhões de metros cúbicos, subirá este ano para 42 milhões. Mas, ainda assim, ficará abaixo da demanda total - interna e externa - de aproximadamente 46 milhões de metros cúbicos.
O presidente boliviano acrescentou que, para o alcance de um acordo entre os três países, "é preciso elaborar relatórios técnicos" sobre a capacidade de produção e as necessidades de abastecimento de cada nação para, assim, "chegar a um equilíbrio".
- As demandas por gás no Brasil, na Argentina e também na Bolívia vão continuar crescendo - ressaltou Morales, enfatizando a necessidade de o tema ser abordado de forma imediata e conjunta.
Atualmente, a Bolívia envia 30 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil. Além disso, tem um acordo para fornecer outros 7,7 milhões metros cúbicos ao dia para a Argentina, embora só distribua 2,7 milhões.
Ainda em relação à Argentina, em 2006 foi assinado com a Bolívia um acordo a partir do qual, de 2011 em diante, o país andino enviará 27,7 milhões de metros cúbicos diários de gás à nação vizinha, 20 milhões dos quais chegarão pelo futuro gasoduto do Nordeste.
Nesta sexta-feira, Morales e Fernández participaram da entrega de propostas da argentina Siat e da mexicana Tubacero para o fornecimento dos dutos de aço que serão usados na construção da tubulação.
- Também podemos dizer com orgulho que a Argentina paga o melhor preço por seu gás à Bolívia - acrescentou o governante, em aparente referência ao menor preço pago pelo Brasil.
Morales disse ainda que "os volumes de produção aumentam com investimentos", os quais seu governo "pede respeitosamente que sejam acelerados e ampliados".
O chefe de Estado também destacou que, este ano, o investimento público e privado no setor de hidrocarbonetos da Bolívia chegará à soma recorde de US$ 1,3 bilhão, mais que o dobro dos US$ 600 milhões recordes aplicados em 1998.
No ano passado, a Bolívia descumpriu várias vezes seus contratos com o Brasil e a Argentina devido à estagnação dos investimentos, atribuída pelas empresas às mudanças nas regras após a nacionalização do setor, decretada em maio de 2006.
Em 2007, os investimentos em hidrocarbonetos na Bolívia totalizaram US$ 200 milhões. Mas este ano, segundo Morales, esse valor pode chegar a US$ 1,5 bilhão, caso o Governo feche novos acordos, como o que está sendo negociado entre o Irã e a estatal venezuelana PDVSA.
Ainda nesta sexta-feira, Morales viajará para Caracas, onde participará da cúpula dos países da Alternativa Bolivariana das Américas (Alba), promovida pelo presidente da Venezuelano, Hugo Chávez.
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O (inexistente) gás boliviano
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Evo Morales e Cristina Kirchner reúnem-se neste sábado na residência oficial de Olivos, em Buenos Aires, para discutir maneiras de superar a crise de energia que afeta Brasil, Bolívia e Argentina. Se depender dos governos da Bolívia e da Argentina, o problema tem solução fácil: basta o Brasil abrir mão de parte do suprimento de gás natural que recebe da estatal boliviana. Isso já foi feito antes. No ano passado, por exemplo, em nome da solidariedade entre os países do Mercosul e para não deixar em má situação o companheiro Evo Morales, o presidente Lula determinou à Petrobrás que aceitasse uma redução da quantidade do gás fornecido pela Bolívia, para que a Argentina fosse atendida. Além disso, o Brasil aumentou o fornecimento de energia elétrica para Buenos Aires.
Mas agora a situação é outra. Aumentou o consumo industrial e doméstico de gás e, apesar das chuvas, os reservatórios das hidrelétricas não estão em seus níveis ideais. O Operador Nacional do Sistema estima que, para que haja um mínimo de segurança energética, será preciso manter em operação as usinas térmicas durante todo o ano - na melhor das hipóteses, até outubro. Por isso, afirma o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, "não podemos abrir mão de uma molécula de gás para o mercado interno, que está no limite". Também o porta-voz da Presidência da República ressaltou que será exigido o cumprimento do contrato de fornecimento, pois "nossas necessidades internas vêm em primeiro lugar".
Na semana passada, o vice-presidente da Bolívia, Álvaro Garcia Linera, visitou o presidente Lula, em Brasília, e sugeriu que o governo brasileiro autorizasse a Petrobrás a fazer uma redução voluntária da demanda de gás importado durante o inverno. Com isso, se a Bolívia decidir aumentar o fornecimento à Argentina, estaria livre do pagamento de multas por descumprimento de contrato. E é claro que a Bolívia prefere vender para a Argentina, a US$ 7 por milhão de BTU, do que para a Petrobrás, a US$ 5,60. A reivindicação boliviana não foi atendida.
Critica-se o governo brasileiro por não ter feito a tempo os investimentos que evitariam uma crise energética. Os governos populistas de Evo Morales e Néstor Kirchner fizeram coisa pior.
Na Argentina, uma política de congelamento dos preços e tarifas de insumos energéticos levou a uma escassez sem precedentes. Sem novos investimentos, o país, que era exportador de petróleo e gás, hoje passa por um apagão crônico, por falta de combustível para suas usinas térmicas. O presidente Kirchner imaginou sair da crise assinando grandes contratos de fornecimento de gás com a Bolívia e de petróleo com a Venezuela. Mas o gás boliviano não existe. E os argentinos agora se dão conta de que o coronel Hugo Chávez fez um negócio da China. A Argentina tem pago uma conta de cerca de US$ 1 bilhão por ano, há dois anos, à Venezuela. Mas em 2006 só entrou no país o equivalente a US$ 25 milhões em petróleo venezuelano e, até outubro de 2007, US$ 19 milhões. Isso significa que a PDVSA ganhou gordas comissões, intermediando petróleo produzido na Rússia, Letônia, Geórgia e Brasil.
A Bolívia, por sua vez, vendeu o que não tem. Tem contratos firmes de fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos de gás para a Petrobrás, 2,2 milhões para a usina térmica de Cuiabá, 7,7 milhões para a Argentina e ainda precisa atender ao mercado interno, que consome pelo menos 6 milhões de metros cúbicos. Como produz apenas 42 milhões de m³ diários, a conta não fecha. É por isso que vem fornecendo apenas 1,1 milhão de m³ para Cuiabá e de 2,5 milhões a 3 milhões de m³ para a Argentina. Em 2010, terá de fornecer à Argentina 27,7 milhões de m³ diários - e desde o ano passado se sabe que os investimentos que estão sendo feitos não serão suficientes para uma produção que lhe permita honrar os contratos de venda.
O Brasil está desenvolvendo um tardio programa de redução da dependência daquele país. A Petrobrás aumentou substancialmente os investimentos em produção própria e, ainda este ano, começará a importar gás liquefeito de países mais confiáveis que a Bolívia. Mas não pode prescindir, como disse seu presidente, "de uma molécula" do gás boliviano, que responde por cerca de metade do consumo nacional.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8654,0.php
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Evo Morales e Cristina Kirchner reúnem-se neste sábado na residência oficial de Olivos, em Buenos Aires, para discutir maneiras de superar a crise de energia que afeta Brasil, Bolívia e Argentina. Se depender dos governos da Bolívia e da Argentina, o problema tem solução fácil: basta o Brasil abrir mão de parte do suprimento de gás natural que recebe da estatal boliviana. Isso já foi feito antes. No ano passado, por exemplo, em nome da solidariedade entre os países do Mercosul e para não deixar em má situação o companheiro Evo Morales, o presidente Lula determinou à Petrobrás que aceitasse uma redução da quantidade do gás fornecido pela Bolívia, para que a Argentina fosse atendida. Além disso, o Brasil aumentou o fornecimento de energia elétrica para Buenos Aires.
Mas agora a situação é outra. Aumentou o consumo industrial e doméstico de gás e, apesar das chuvas, os reservatórios das hidrelétricas não estão em seus níveis ideais. O Operador Nacional do Sistema estima que, para que haja um mínimo de segurança energética, será preciso manter em operação as usinas térmicas durante todo o ano - na melhor das hipóteses, até outubro. Por isso, afirma o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, "não podemos abrir mão de uma molécula de gás para o mercado interno, que está no limite". Também o porta-voz da Presidência da República ressaltou que será exigido o cumprimento do contrato de fornecimento, pois "nossas necessidades internas vêm em primeiro lugar".
Na semana passada, o vice-presidente da Bolívia, Álvaro Garcia Linera, visitou o presidente Lula, em Brasília, e sugeriu que o governo brasileiro autorizasse a Petrobrás a fazer uma redução voluntária da demanda de gás importado durante o inverno. Com isso, se a Bolívia decidir aumentar o fornecimento à Argentina, estaria livre do pagamento de multas por descumprimento de contrato. E é claro que a Bolívia prefere vender para a Argentina, a US$ 7 por milhão de BTU, do que para a Petrobrás, a US$ 5,60. A reivindicação boliviana não foi atendida.
Critica-se o governo brasileiro por não ter feito a tempo os investimentos que evitariam uma crise energética. Os governos populistas de Evo Morales e Néstor Kirchner fizeram coisa pior.
Na Argentina, uma política de congelamento dos preços e tarifas de insumos energéticos levou a uma escassez sem precedentes. Sem novos investimentos, o país, que era exportador de petróleo e gás, hoje passa por um apagão crônico, por falta de combustível para suas usinas térmicas. O presidente Kirchner imaginou sair da crise assinando grandes contratos de fornecimento de gás com a Bolívia e de petróleo com a Venezuela. Mas o gás boliviano não existe. E os argentinos agora se dão conta de que o coronel Hugo Chávez fez um negócio da China. A Argentina tem pago uma conta de cerca de US$ 1 bilhão por ano, há dois anos, à Venezuela. Mas em 2006 só entrou no país o equivalente a US$ 25 milhões em petróleo venezuelano e, até outubro de 2007, US$ 19 milhões. Isso significa que a PDVSA ganhou gordas comissões, intermediando petróleo produzido na Rússia, Letônia, Geórgia e Brasil.
A Bolívia, por sua vez, vendeu o que não tem. Tem contratos firmes de fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos de gás para a Petrobrás, 2,2 milhões para a usina térmica de Cuiabá, 7,7 milhões para a Argentina e ainda precisa atender ao mercado interno, que consome pelo menos 6 milhões de metros cúbicos. Como produz apenas 42 milhões de m³ diários, a conta não fecha. É por isso que vem fornecendo apenas 1,1 milhão de m³ para Cuiabá e de 2,5 milhões a 3 milhões de m³ para a Argentina. Em 2010, terá de fornecer à Argentina 27,7 milhões de m³ diários - e desde o ano passado se sabe que os investimentos que estão sendo feitos não serão suficientes para uma produção que lhe permita honrar os contratos de venda.
O Brasil está desenvolvendo um tardio programa de redução da dependência daquele país. A Petrobrás aumentou substancialmente os investimentos em produção própria e, ainda este ano, começará a importar gás liquefeito de países mais confiáveis que a Bolívia. Mas não pode prescindir, como disse seu presidente, "de uma molécula" do gás boliviano, que responde por cerca de metade do consumo nacional.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8654,0.php
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Bolívia vai propor redistribuição de cotas de gás
BUENOS AIRES (Reuters) - O presidente boliviano, Evo Morales, vai propor neste sábado uma redistribuição de suas exportações de gás para Argentina e Brasil para poder atender a crescente demanda energética dos países.
Em uma entrevista publicada no sábado pelo jornal argentino Clarín, o presidente boliviano afirmou que a nova redistribuição será proposta uma vez que seu país não pode garantir envios acordados da commodity nas épocas de maior consumo.
"Temos afirmado que os presidentes e nossos governos deveriam trabalhar no tema energético para atendermos as demandas que têm nossos povos", disse Morales, segundo o jornal.
"Todos temos necessidades e cada ano é necessário mais energia e há épocas críticas de acordo com cada país. Por isso temos que nos unir, observar essa situação para resolvermos de maneira conjunta a falta de energia nesta conjuntura", acrescentou.
O presidente da Bolívia se reúne neste sábado, em Buenos Aires, com a presidente argentina, Cristina Fernández, e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é buscar uma solução para a questão energética das duas principais economias da região.
A Argentina compra diariamente da Bolívia 7,7 milhões de metros cúbicos de gás e pretende quadruplicar essa cifra a partir de 2010, enquanto o Brasil importa 30 milhões de metros cúbicos.
"Terei uma discussão com a presidente Cristina e com o presidente Morales, uma discussão que temos que fazer com toda a América do Sul. A questão energética passa a ser uma questão mundial muito delicada", disse Lula na sexta-feira, em Buenos Aires.
O governo argentino quer que o Brasil ceda parte de seu consumo para redirecionar parte do gás à Argentina e evitar que o país sofra no próximo inverno os sérios problemas energéticos pelos quais passa desde 2004.
Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/ ... 824115.asp
BUENOS AIRES (Reuters) - O presidente boliviano, Evo Morales, vai propor neste sábado uma redistribuição de suas exportações de gás para Argentina e Brasil para poder atender a crescente demanda energética dos países.
Em uma entrevista publicada no sábado pelo jornal argentino Clarín, o presidente boliviano afirmou que a nova redistribuição será proposta uma vez que seu país não pode garantir envios acordados da commodity nas épocas de maior consumo.
"Temos afirmado que os presidentes e nossos governos deveriam trabalhar no tema energético para atendermos as demandas que têm nossos povos", disse Morales, segundo o jornal.
"Todos temos necessidades e cada ano é necessário mais energia e há épocas críticas de acordo com cada país. Por isso temos que nos unir, observar essa situação para resolvermos de maneira conjunta a falta de energia nesta conjuntura", acrescentou.
O presidente da Bolívia se reúne neste sábado, em Buenos Aires, com a presidente argentina, Cristina Fernández, e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é buscar uma solução para a questão energética das duas principais economias da região.
A Argentina compra diariamente da Bolívia 7,7 milhões de metros cúbicos de gás e pretende quadruplicar essa cifra a partir de 2010, enquanto o Brasil importa 30 milhões de metros cúbicos.
"Terei uma discussão com a presidente Cristina e com o presidente Morales, uma discussão que temos que fazer com toda a América do Sul. A questão energética passa a ser uma questão mundial muito delicada", disse Lula na sexta-feira, em Buenos Aires.
O governo argentino quer que o Brasil ceda parte de seu consumo para redirecionar parte do gás à Argentina e evitar que o país sofra no próximo inverno os sérios problemas energéticos pelos quais passa desde 2004.
Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/ ... 824115.asp
Agora, chegou a nossa vez, a frase é "Nem mais uma molécula".
Lula deixa Argentina sem aceitar redistribuição de gás
23/02 - 14:38 - Agência Estado
BUENOS AIRES - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou hoje à tarde em Buenos Aires de volta a Brasília depois de se reunir com os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e da Bolívia, Evo Morales, para discutir a carência de gás. O Brasil reiterou que não tem condições de ceder à Argentina parte do gás comprado da Bolívia.
Lula propõe repasse de energia elétrica para a Argentina
Morales propõe redistribuição das cotas de gás entre Brasil e Argentina
'Questão energética é mundial e muito delicada', diz Lula na Argentina
Em troca, ofereceu a Cristina Kirchner a transferência de energia elétrica. "Precisamos ter consciência que energia não é produzida apenas de gás", disse.
O presidente defendeu uma política de solidariedade entre os países que "estão crescendo e precisam de energia". Um grupo de trabalho com representantes dos três países foi formado parar estudar as dificuldades de médio e de longo prazo na distribuição de gás. Dentro de dez dias, haverá uma reunião de ministros brasileiros, bolivianos e argentinos.
Lula disse que a Bolívia tem condições de atender as demandas de Brasil e Argentina no médio prazo, pois o país está fazendo investimentos em exploração e produção que não eram feitos há muitos anos. A previsão é de que o presidente Lula desembarque em Brasília pouco depois das 17 horas.
Podemos vender energia para eles, mas gás, eles é que façam investimentos, nós não, nada como esperar a hora certa para dar o troco na demagogia.
[ ]´s
Lula deixa Argentina sem aceitar redistribuição de gás
23/02 - 14:38 - Agência Estado
BUENOS AIRES - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou hoje à tarde em Buenos Aires de volta a Brasília depois de se reunir com os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e da Bolívia, Evo Morales, para discutir a carência de gás. O Brasil reiterou que não tem condições de ceder à Argentina parte do gás comprado da Bolívia.
Lula propõe repasse de energia elétrica para a Argentina
Morales propõe redistribuição das cotas de gás entre Brasil e Argentina
'Questão energética é mundial e muito delicada', diz Lula na Argentina
Em troca, ofereceu a Cristina Kirchner a transferência de energia elétrica. "Precisamos ter consciência que energia não é produzida apenas de gás", disse.
O presidente defendeu uma política de solidariedade entre os países que "estão crescendo e precisam de energia". Um grupo de trabalho com representantes dos três países foi formado parar estudar as dificuldades de médio e de longo prazo na distribuição de gás. Dentro de dez dias, haverá uma reunião de ministros brasileiros, bolivianos e argentinos.
Lula disse que a Bolívia tem condições de atender as demandas de Brasil e Argentina no médio prazo, pois o país está fazendo investimentos em exploração e produção que não eram feitos há muitos anos. A previsão é de que o presidente Lula desembarque em Brasília pouco depois das 17 horas.
Podemos vender energia para eles, mas gás, eles é que façam investimentos, nós não, nada como esperar a hora certa para dar o troco na demagogia.
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- rodrigo
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Tem coisa mal explicada nesse estória, agora tem gás pra todo mundo:
El vice de Bolivia ahora dice que el envío de gas a la Argentina "está garantizado"
19:38
Alvaro García Linera aseguró en un comunicado que las inversiones energéticas previstas para 2008 en su país "garantizan el cumplimiento de los acuerdos" firmados entre ambos países. Ayer, había afirmado que La Paz no estaba en condiciones de efectuar los despachos previstos.
http://www.clarin.com/
El vice de Bolivia ahora dice que el envío de gas a la Argentina "está garantizado"
19:38
Alvaro García Linera aseguró en un comunicado que las inversiones energéticas previstas para 2008 en su país "garantizan el cumplimiento de los acuerdos" firmados entre ambos países. Ayer, había afirmado que La Paz no estaba en condiciones de efectuar los despachos previstos.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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Gás até que tem, para agora...
E quando a Argentina der uma pequena aquecida fazendo aumentar a demanda? A Bolívia terá gás para atender aos argies e nosotros?
O Lula pode ser o que for, mas não veio de um Hospital Psiquiátrico... Viu que a coisa tá apertando por lá e não fechou o acordo...
E a mensagem foi dada: "Farinha pouca, meu pirão primeiro!"
Até mais!
E quando a Argentina der uma pequena aquecida fazendo aumentar a demanda? A Bolívia terá gás para atender aos argies e nosotros?
O Lula pode ser o que for, mas não veio de um Hospital Psiquiátrico... Viu que a coisa tá apertando por lá e não fechou o acordo...
E a mensagem foi dada: "Farinha pouca, meu pirão primeiro!"
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Thiago
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"O respeito e a educação são garantia de uma boa discussão. Só depende de você!"
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Li ontem, em algum lugar (site em espanhol), que a Petrobras está perfurando um novo poço de gaz na Bolivia, em um campo que já foi antes de outra empresa. Com este poço vai garantir o cumprimento dos contratos.rodrigo escreveu:Tem coisa mal explicada nesse estória, agora tem gás pra todo mundo:
El vice de Bolivia ahora dice que el envío de gas a la Argentina "está garantizado"
19:38
Alvaro García Linera aseguró en un comunicado que las inversiones energéticas previstas para 2008 en su país "garantizan el cumplimiento de los acuerdos" firmados entre ambos países. Ayer, había afirmado que La Paz no estaba en condiciones de efectuar los despachos previstos.
http://www.clarin.com/
Aos poucos tudo volta ao que era antes. Os venezuelanos, que viriam para ajudar a Bolivia, ficaram só na conversa e largaram o Evo Morales no mato sem cachorro. Assim ele está arreglando novamente com a Petrobras, sem muito alarde para não ficar desmoralizado perante seus eleitores. Daqui alguns meses vai estar tudo como sempre foi. Muita conversa, pirotecnia, ameaças e no final um grande churrasco (ou pizza) de confraternização. Afinal estamos na América do Sul, no lado de baixo do equador, onde não existe pecado (nem muita seriedade).
... e todos viverão felizes para sempre (enquanto durar).
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Basicamente é isso mesmo, mas o inverno na Argentina vai chegar antes deste novo poço estar produzindo. 2009 está ok.delmar escreveu:Li ontem, em algum lugar (site em espanhol), que a Petrobras está perfurando um novo poço de gaz na Bolivia, em um campo que já foi antes de outra empresa. Com este poço vai garantir o cumprimento dos contratos.rodrigo escreveu:Tem coisa mal explicada nesse estória, agora tem gás pra todo mundo:
El vice de Bolivia ahora dice que el envío de gas a la Argentina "está garantizado"
19:38
Alvaro García Linera aseguró en un comunicado que las inversiones energéticas previstas para 2008 en su país "garantizan el cumplimiento de los acuerdos" firmados entre ambos países. Ayer, había afirmado que La Paz no estaba en condiciones de efectuar los despachos previstos.
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Aos poucos tudo volta ao que era antes. Os venezuelanos, que viriam para ajudar a Bolivia, ficaram só na conversa e largaram o Evo Morales no mato sem cachorro. Assim ele está arreglando novamente com a Petrobras, sem muito alarde para não ficar desmoralizado perante seus eleitores. Daqui alguns meses vai estar tudo como sempre foi. Muita conversa, pirotecnia, ameaças e no final um grande churrasco (ou pizza) de confraternização. Afinal estamos na América do Sul, no lado de baixo do equador, onde não existe pecado (nem muita seriedade).
... e todos viverão felizes para sempre (enquanto durar).
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Para este ano a jogada é mais elaborada...
Deixar as termelétricas funcionando um pouco mais para garantir que em jun/jul não precisaremos delas. No inverno vamos destinar algumas termelétricas para os argies com um custo de produção salgado, mas é o disponível.
- joao fernando
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Lenha é reciclável que nem o álcool e mais simples de ser obtida.joao fernando escreveu:Lenha: poluidor
Carvao de pedra: vai ser a fonta de gás rico em carbono, e vai ser queimado em turbinas
Alccol: muito mais rentavel usar biodiesel, pela eficiencia na queima.
50% da energia elétrica dos EUA vem do carvão de pedra. É muito poluidor.
Já imaginou fogão a álcool nas casas ?