http://www.exercito.gov.br/resenha/complemento.htm
20 Fev 08
AL repudia desacato a general do Exército
Da Redação
Na primeira sessão ordinária da Assembléia Legislativa, o presidente da Casa, Mecias de Jesus (PR), repudiou o tratamento dispensado por indígenas ao comandante do Exército em Roraima, general Eliezer Monteiro. O incidente aconteceu durante a ida da Comissão da Câmara Federal que analisa o projeto de mineração em terra indígena na reserva yanomami.
Conforme o presidente, a rispidez do indígena se constituiu em ato de desrespeito à autoridade máxima do Exército no Estado. Citando o general como patriota comprometido com a soberania nacional e a vigilância de nossas fronteiras, entende que ele não poderia ter sido agredido.
“O general Monteiro não merece o desrespeito de um indígena, orientado por integrantes de organismos internacionais que controlam grande parte das aldeias situadas no Estado, com a finalidade de captar benefícios e sequer dispensam tratamento digno àquelas comunidades”, declarou.
COMUNICADO – O presidente informou que a ALE vai combater quaisquer atos desrespeitosos contra autoridades que estejam no exercício de suas atividades. O incidente será comunicado oficialmente ao ministro da Justiça, Tarso Genro.
“Ao encaminhar o comunicado ao Ministério da Justiça, esperamos que seja tomada uma medida imediata contra o que pode ser uma campanha de desrespeito ao Exército Brasileiro. Também que as ações em favor do povo brasileiro, como faz o Exército, mereçam mais atenção”, declarou Mecias de Jesus. (C.P)
21 Fev 08
RESERVA YANOMAMI - Índios tentaram impedir presença de deputados e general do Exército
Da Redação
Somente dias depois da visita da Comissão da Câmara Federal e de representantes do Exército à reserva yanomami é que foi divulgado que os índios repeliram os visitantes e tentaram impedir que a audiência fosse realizada. Na comitiva estava o general do Exército, Eliezer Monteiro Filho, que acompanhou a comissão nas comunidades de Surucucus e Auaris.
Os índios Surucucus tentaram impedir que a comitiva permanecesse no local onde se encontra instalado o Pelotão Especial de Fronteira (PEF). O objetivo da visita era ouvir os índios sobre projeto que trata da mineração em terras indígenas e buscar sugestões.
No local estavam mais de 50 indígenas pintados para a guerra e que portavam arco, flecha e bodurna. Eles cercaram o general Eliezer Monteiro, o deputado federal Édio Lopes, que preside a comissão, além do deputado Márcio Junqueira e deputado estadual Chico Guerra, que estava representando a Assembléia Legislativa. Também compunham a comissão os parlamentares Eduardo Valverde, de Rondônia, e João Almeida, da Bahia.
Os indígenas alegavam que não queriam a presença do militar e dos parlamentares. Conforme release enviado ontem pela Assembléia Legislativa, o general Eliezer Monteiro “pediu mais respeito para com sua pessoa ao se dirigir a um dos indígenas, chegando a declarar que estava em seu local de trabalho, ou seja, o Pelotão Especial de Fronteira”.
Os índios alegaram que não foram avisados da visita, mas os parlamentares afirmaram que a programação tinha sido comunicada à direção da Fundação Nacional do Índio (Funai) com uma semana de antecedência. “Os parlamentares chegaram a declarar que iriam permanecer na área, pois estavam no local em missão da Câmara dos Deputados”, diz o texto.
Os deputados federais integram a Comissão Especial da Câmara Federal, que analisa o Projeto de Lei nº 1.610 que regulamenta a exploração mineral e o aproveitamento de recursos minerais em terras indígenas.
Além das comunidades indígenas de Surucucus e Auaris em Roraima, os parlamentares estiveram na Mineração de Pitanga (Município de Presidente Figueiredo) e na reserva indígena Waimiri/Atroari, no Amazonas, e na terra indígena Roosevelt, no Estado de Rondônia.
Este não foi o primeiro incidente registrado na comunidade de Surucucus. Em outra ocasião, deputados federais que estavam acompanhados de um general do Exército, para tratar do mesmo assunto, foram impedidos de participar da reunião.
“Na época, os indígenas também pretendiam barrar a entrada do general no encontro, entretanto o militar afirmou que estava no local como representante das Forças Armadas e que em momento algum iria deixar a reserva, mesmo contra a vontade das lideranças da comunidade”, complementa o texto.
O caso vinha sendo mantido em segredo. Inclusive o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Mecias de Jesus (PR), fez um discurso de desagravo ao general, mas não citou como ocorrera o incidente.