Marino escreveu:orestespf escreveu:Dandolo Bagetti escreveu:Orestes, por que esse seu interesse tão grande pela área bélica ?
Vou dar uma rápida idéia do que imagino, um pouco futurística.
Temos que investir em armamentos para vencer uma guerra e não para ostentar.
Vide o vexame que os argentinos passaram nas Malvinas, os iraquianos no Golfo e árabes na Guerra Yom Kipur.
Todas as instalações militares e armamentos devem estar no subsolo, protegidos por lajes de concreto.
Os aviões de Israel saiam do sub-solo voando e a prioridade era destruir a logística do inimigo na retaguarda. Sem apoio logísco, acabou a guerra.
Hoje em dia, 2/3 apoia e 1/3 luta.
Marinha: Lanchas leves e muitos submarinos. Os aviões tipo decolagem vertical devem ser lançados de submarinos. Não precisamos de helicópteros. Mísseis de todos os tipos.
Exército: Carro Blindado de Transporte de Pessoal (blindagem até tiro. 50), tipo Urutu, Cascavel, com mísseis anti-carro, antiaéreo, sistema de radar, etc. É um bom veículo, mas deveria ter 8 rodas e a blindagem ser inteligente.
Artilharia de Campanha: Não precisamos de canhões, mas morteiros 120 mm e 4.2 pol adaptados no chassis do Urutu / Cascavel. Morteiros 60, 81 mm para a tropa. São armas leves, de fácil manutenção, baixo custo, flexíveis e eficientes. Os morteiros pra a tropa deviam ter partes desmontáveis, para facilitar o transporte. Até o tubo deveria ser em duas partes. Sistema Astros? Só se o foguete for guiado (míssil) e acima de 60 km, inclusive para destruírem blindados. Foguete balístico hoje em dia é um absurdo.
Cavalaria - Helicópteros tipo Apache e avião tipo A-10. Não precisamos de carros blindados (tanques de guerra) devido a grande vulnerabilidade e preço. O que já temos dá para o gasto. Que chances tiveram os blindados do Iraque?
Artilharia antiaérea – Temos que fabricar uma arma para destruir os Mísseis Cruzeiros, do tipo canhão automático de grande desempenho guiado por radar, usados em navios de guerra. Eles atingem até um projétil de canhão no ar.
Força Aérea - Todos os aviões do tipo decolagem vertical, inclusive os de transporte de pessoal. Mísseis e radares de alto padrão. Futuramente os aviões terão que atingir 60 km de altitude, pois essa será a tendência.
Antimísseis, canhões de ondas de choque (será possível?), e canhões lasers para derrubar satélites.
Caro Dandolo,
assuntos bélicos pra mim significa tecnologia, e eu amo tecnologia de ponta. Embora tenha formação acadêmica completa em Matemática, pra mim esta área é apenas uma linguagem universal, a uso para "ler e escrever" o que existe por aí. Tenho grande interesse em estratégia e no pensamento abstrato deste assunto, os equipamentos militares são meras conseqüências desta forma de pensar, pena que poucos compreendem a amplitude disso.
Ninguém cria uma estratégia a partir de um equipamento pronto, no máximo com este equipamento pronto se cria uma doutrina. Um equipamento é fruto de uma estratégia e visão de longo prazo.
Não vim ao mundo para virar a cabeça das pessoas sobre isso, até porque, desde que o mundo é mundo as coisas funcionam assim, fabricam-se um equipamento a partir de uma visão de longo prazo.
Por isso não perco muito tempo discutindo fichas técnicas de equipamentos militares, pois isso, pra mim, significa estar pensando 10-20 pra trás. É muito legal e respeito os entusiastas amigos que gostam disso, mas não gosto muito. Prefiro divagar sobre os equipamentos "modernos" que podem ser um "erro" (não de projeto), mas de estratégias mal elaboradas. É o que mais temos por aí, mas no papel tudo é lindo... Mas papel não vence guerras...
Abraços,
Orestes
Caro irmão
Este é um dos post mais importantes e lúcidos que já li aqui no DB.
Bravo Zulu.
Espetáculo, Orestes!!!!
Assino embaixo aí, do Marino...
Não é de hoje que o Marino e eu, em menor escala, batemos nessa tecla: não confundam o meio com o fim. Hardware não adianta nada na mão de quem não sabe o que fazer com aquilo...
abs!