TIMOR-LESTE
Alkatiri acredita em triunfo de Fretilin com maioria absoluta
O secretário-geral da Fretilin crê que o seu partido vai vencer as legislativas de sábado em Timor-Leste com maioria absoluta. Mari Alkatiri considerou ainda que a Fretilin deve convidar outras forças políticas a fazerem parte do governo, incluindo o CNRT, de Xanana Gusmão.
O secretário-geral da Fretilin considerou, esta quinta-feira, no encerramento da campanha eleitoral para as eleições legislativas, que o seu partido vai vencer com maioria absoluta o acto eleitoral marcado para sábado.
«Lutamos pela maioria absoluta porque sabemos que temos condições para a conseguir. Isso não significa que depois de obtermos a maioria absoluta nos vamos fechar sobre ela», explicou Mari Alkatiri.
O ex-primeiro-ministro timorense, que assegura que não voltará a fazer parte de um governo do seu país, entende que a Fretilin deve convidar outras forças políticas a fazer parte do executivo timorense que sair destas eleições.
Alkatiri não excluiu a hipótese de elementos ligados ao CNRT, o partido de Xanana Gusmão, fazerem parte do governo timorense e garantiu que a Fretilin vai aceitar qualquer resultado que sai das eleições de sábado.
«É melhor perguntar aos outros, particularmente ao CNRT, se aceita a derrota, porque nós já demonstrámos claramente, na prática receite, que aceitamos todos os resultados, embora tenhamos algumas reservas em relação ao processo em si», acrescentou.
No comício de encerramento da sua campanha, a Fretilin reuniu muitos dos seus apoiantes no Estádio Municipal de Díli com a ajuda de dezenas de camionetas que se deslocaram para este local.
10:05 / 28 de Junho 07 / http://www.tsf.pt/online/internacional/
Timor Leste
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Ramos-Horta ferido em ataque à sua casa
O presidente de Timor- -Leste foi ontem ferido no estômago, na sequência de uma emboscada a sua casa, alegadamente desencadeada pelo grupo rebelde do major Alfredo Reinado, que terá sido morto pela guarda do chefe de Estado.
As circunstâncias do ataque à casa de Ramos- -Horta, nos arredores de Díli, ocorrida por volta das 23 horas portuguesas, não estavam totalmente clarificadas à hora de fecho desta edição.
De concreto, sabe-se que foi executado com recurso a dois automóveis. De acordo com Domingos da Câmara, porta--voz do Exército, citado pela agência Associated Press, um guarda-costas presidencial morreu no ataque.
Informações posteriores, porém, apontavam para o facto de ter sido ferido gravemente. Ramos-Horta estaria em vias de ser evacuado.
http://jn/sapo/internacional.pt
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Internacional
Ramos-Horta já está na Austrália após atentado
Avião que transportou o presidente de Timor para Darwin guardado por militares australianos
O presidente de Timor-Leste já está em Darwin, onde vai permanecer hospitalizado. Ramos-Horta foi vítima de um atentado, tendo sido atingido por duas balas. Também o primeiro-ministro Xanana Gusmão foi alvo de um ataque, tendo no entanto escapado ileso.
“Foi um ataque cobarde contra o Presidente da República, contra o primeiro-ministro e contra as instituições do Estado”, disse Xanana Gusmão em reacção à tentativa de eliminação da liderança timorense.
O presidente Ramos-Horta foi atacado à porta de casa, por volta das 06h15 (hora de Timor), tendo sido atingido por duas balas. Foi assistido num hospital de campanha militar australiano, onde os médicos tentaram extrair uma das balas que o “atingiu nas costas e passou para o estômago”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros Zacarias da Costa. “A outra passou de raspão”, disse.
O estado de saúde do presidente de Timor é “muito grave mas estável”, informou o primeiro-ministro australiano, país para onde Ramos-Horta foi transportado para receber cuidados médicos.
O atentado contra Ramos-Horta foi levado a cabo pelo Major Alfredo Reinado, antigo comandante da Polícia Militar que estava fugido à Justiça. Reinado foi morto.
O Major estava acusado de um crime de rebelião, quatro crimes de homicídio na forma consumada e dez crimes na forma tentada.
Atentado contra o primeiro-ministro Xanana Gusmão
Pouco depois do atentado a Ramos-Horta, a caravana automóvel onde seguia Xanana Gusmão, a caminho de Díli, ficou sob “fogo cerrado”. A primeira viatura despistou-se e o carro onde estava o primeiro-ministro chegou mesmo a ser atingido por balas.
Xanana Gusmão saiu ileso desta tentativa de assassinato e conseguiu chegar a Díli apesar dos “pneus furados” do carro, como relatou.
Este ataque foi liderado pelo tenente Gastão Salsinha, um dos líderes da revolta dos militares em 2006,a par de Alfredo Reinado.
Já no Palácio do Governo em Díli, Xanana Gusmão informou que o vice-presidente do Parlamento, Vicente Guterres, assumiu interinamente a chefia do Estado. Guterres convocou para a tarde uma reunião do Conselho de Estado e do Conselho Superior de Defesa e Segurança para avaliarem em conjunto a situação.
Reforço de segurança no país
A Austrália já anunciou o reforço das tropas em Timor-Leste, com o envio de uma companhia das forças de Defesa e o destacamento de entre 50 a 70 agentes policiais. O chefe de Governo australiano, Kevin Rudd, classificou os incidentes como “uma tentativa coordenada de assassinar toda a liderança”.
As forças das Nações Unidas foram colocadas em “estado de alerta máximo”.
Portugueses em Timor estão bem
Apesar da instabilidade que se vive no país, o embaixador de Portugal em Díli disse à Agência Lusa que os cerca de 500 portugueses registados nos serviços consulares da embaixada estão em segurança e foram aconselhados a restringirem as saídas ao essencial.
O Governo português, em comunicado, indica que “tem acompanhado em permanência os lamentáveis acontecimentos ocorridos esta manhã na capital timorense, dos quais resultou ferido o Presidente da República José Ramos Horta”.
“O Governo português repudia vivamente estes atentados que também visaram o primeiro-ministro Xanana Gusmão e manifesta a sua confiança na manutenção da ordem pública e estabilidade do país".
Alexandre Brito, RTP
http://ww1.rtp.pt/noticias/index
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Ainda pouco se sabe do que realmente se terá passado em Dili.
Mas analizando o que se sabe, temos por um lado Ramos Horta, que apesar de ser ter há muito tempo afastado da FRETILIN, ter assumido uma postura de alguma equidistãncia entre o pró-"autralianismo" de Xanana, a Indonésia, vizinho incontornável e Portugal, que é quem mais ajuda no terreno, e cujas foças autralianas que deixaram claramente as milícias de Reinado à solta, em nome da "reconciliação", como se num estado dito de direito, houvesse lugar a milícias armadas, lideradas por um militar rebelde, e por outro lçado uma situação podre deixada pelo golpe palaciano que depôs a FRETILIN do poder há 2 anos atrás.
Ramos Horta ferido pelas forças de Reinado, convenientemete morto agora, Alkatiri remetido à oposição.
Tudo à vista das forças armadas australianas no terreno, mais umas forças policiais de países da região, mal armadas e desinteressadas, e a GNR remetida para a rectaguarda.
E agora, Xanana com as mãos livres para ser a marionete australiana na região, após o jogo de charme feito o funeral de Suharto, em Jakarta.
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Timor-Leste
[color=red]Ramos-Horta ferido sem gravidade em ataque rebelde [/color]
10.02.2008 - 23h32 PUBLICO.PT
José Ramos-Horta terá ficado ferido num ataque contra a sua casa. As televisões portuguesas indicam que o Presidente de Timor-Leste foi alvejado no estômago. De acordo com a embaixada portuguesa em Díli, o Nobel da Paz está livre de perigo.
A RTP-N avança que o ataque foi liderado por rebeldes liderados pelo major fugitivo Alfredo Reinado, fugido à justiça desde Agosto de 2006, depois de acusado de homicídio, rebelião e posse ilegal de material de guerra.
OS PROTAGONISTAS:
Xanana Gusmão, Primeiro Ministro de Timor, pelo CNRT
José Ramos Horta, actual Presidente da República de Timor
Alfredo Reinado, militar renegado das FDTL, lider dos chamados "peticionários", e nos úlltimos meses, líder de uma milícia armada, agora morto, após o atentado que tentou liderar
Na oposição, o líder do maior partido, a FRETILIN, Mari Alkatiri, Primeiro Ministro eleito desde as primeiras eleições desde a independência do território, da linha dos "efugiados de Maputo".
De acordo com a SIC Notícias, Alfredo Reinado morreu no ataque.
De acordo com a RTPN, o primeiro-ministro Xanana Gusmão também terá sido alvo de um ataque durante o dia de hoje, mas saiu ileso.
Na passada quinta-feira, Xanana Gusmão tinha indicado à Lusa que Reinado "não é uma ameaça real à estabilidade" de Timor-Leste.
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José Ramos-Horta encontra-se em Darwin e vai ser operado de novo
[color=red]Presidente de Timor-Leste em estado crítico [/color]
11.02.2008 - 09h21 PÚBLICO
O estado de saúde do Presidente de Timor-Leste é “extremamente grave”, segundo disse o director do hospital de Darwin, na Austrália, onde José Ramos-Horta está em coma induzido para ser sujeito a nova cirurgia.
Questionado pela jornalista da TSF sobre se Ramos-Horta corre risco de vida, aquele responsável clínico disse: “Espero que possamos resolver a situação”. Manifestou-se esperançado numa recuperação total mas não deu certezas.
O major Alfredo Reinado foi morto no ataque à residência do Ramos-Horta, que foi atingido quando estava a fazer “jogging” no exterior.
Pouco depois houve ataque, liderado por Gastão Salsinha, ao comboio de segurança do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, nos arredores de Díli, segundo declarações de José Luís Guterres à TSF. Xanana não sofreu qualquer ferimento. Guterres, que é vice-primeiro-ministro, adiantou que houve cerca de 25 pessoas envolvidas nos dois ataques.
Os australianos, alegadamente a pedido de Xanana Gusmão, decidiram reforçar presença militar em Timor-Leste.
O presidente do Parlamento Nacional timorense, que se encontra em Lisboa, vai regressar imediatamente a Timor, não realizando a visita oficial a Portugal que se deveria iniciar hoje. O vice-presidente do Parlamento assumiu interinamente a presidência da República.
Foi a GNR que levou Ramos-Horta de casa, onde esteve quase meia hora a sangrar, para o hospital de campanha militar australiano em Díli, onde foi submetido a uma primeira intervenção cirúrgica. Há acusações à lentidão da reacção da polícia das Nações Unidas.
O ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri fala de motivações motivações políticas e realça ter-se tratado de um atentado às duas principais figuras do estado (o Presidente e o primeiro-ministro) quando a terceira (o presidente do Parlamento) estava fora do país.
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O território é longínquo, e eu não sou neo-colonialista.
A Indonésia desinteressou-se de Timor, mas a Austrália não.
O que interessa à Asutrália, porque não poderá interessar a Portugal?
Se investimos lá em recursos financeiros e humanos, deveriamos era ter tido uma politica mais acertiva desde sempre, desde 1999, em vez de andarmos sempre de chapeu na mão a pergunatar à ONU se poderiamos ou não desembarcar lá.
A Indonésia desinteressou-se de Timor, mas a Austrália não.
O que interessa à Asutrália, porque não poderá interessar a Portugal?
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escrevo aqui o mesmo que escrevi no FD:
bandozito de tristes...
eu para esse peditório já dei e bem arrependido estou
Uma falta de respeito por aqueles que lutarem anos e anos contra o invasor.
O Ramos horta sempre andou na boa vida, a comer e a beber á fartazana em bons hoteis, está concerteza cheché de todo, só alguém com problemas mentais se lembra de propor o durão barroso para nobel da paz!
O xanana para mim morreu desde o momento em que foi prestar homenagem ao carniceiro suharto
Realmente é só desilusões, cambada de vendidos!
bandozito de tristes...
eu para esse peditório já dei e bem arrependido estou
Uma falta de respeito por aqueles que lutarem anos e anos contra o invasor.
O Ramos horta sempre andou na boa vida, a comer e a beber á fartazana em bons hoteis, está concerteza cheché de todo, só alguém com problemas mentais se lembra de propor o durão barroso para nobel da paz!
O xanana para mim morreu desde o momento em que foi prestar homenagem ao carniceiro suharto
Realmente é só desilusões, cambada de vendidos!
Triste sina ter nascido português
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O Xanana quer e conseguiu ser finalmente o "Governador" da Austrália em Timor.
Com a FRETILIN derrotada nas urnas, após um verdadeiro golpe de estado há 2 anos, e em que todos os países, tirando Portugal, fingiram não ver o que se passou, com uma aliança partidária que se despedeçará, e com Ramos Horta acabado, e com risco de vida, o que resta a Xanana, a quem convenientemente no atentado só conseguiram acertar nos pneus do carro onde se deslocava?
Faltará agora que alguma bala perdida, durante uns "festejos", acabe com a vida de Lasama?
Com a FRETILIN derrotada nas urnas, após um verdadeiro golpe de estado há 2 anos, e em que todos os países, tirando Portugal, fingiram não ver o que se passou, com uma aliança partidária que se despedeçará, e com Ramos Horta acabado, e com risco de vida, o que resta a Xanana, a quem convenientemente no atentado só conseguiram acertar nos pneus do carro onde se deslocava?
Faltará agora que alguma bala perdida, durante uns "festejos", acabe com a vida de Lasama?
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Declarado o estado de sítio em Timor
Manuel de lmeida / lusa
Paulo F. Silva *
Com 45 minutos de diferença, nos arredores de Díli, o presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, foram alvo de um duplo atentado às primeiras horas da manhã. O regime timorense esteve à beira de cair às mãos do major rebelde Alfredo Reinado, que foi abatido pelas forças de segurança do presidente.
Alvejado por duas balas, Ramos-Horta foi submetido a duas intervenções cirúrgicas (em Díli e em Darwin, na Austrália).
Xanana Gusmão saiu ileso e, ao fim da manhã, declarou o estado de sítio em todo o território, com o correspondente recolher obrigatório entre as 20 e as 6 horas locais. A comunidade internacional uniu-se num raro coro unânime de protesto, com a condenação "nos mais fortes termos possíveis" do Conselho de Segurança das Nações Unidas à cabeça.
Aparentemente, Ramos-Hortas está livre de perigo (ver texto ao lado) e as próximas 24 a 48 horas, na unidade de cuidados intensivos do Royal Darwin Hospital, serão determinantes.
As circunstâncias estranhas em que o duplo atentado ocorreu constituem, de momento, um grande mistério. A escolta presidencial não pediu sequer socorro em tempo útil, para evitar que Ramos-Horta (no seu "jogging" matinal e avisado de um primeiro tiroteio) fosse vítima de uma segunda carga (ver página 4). E estranha-se que ninguém tenha ouvido os alertas de há uma semana do comandante das forças de Defesa de Timor, brigadeiro-general Taur Matan Ruak.
Na impossibilidade de Ramos--Horta, Timor é presidido interinamente por Vicente Guterres, vice-presidente do Parlamento timorense, visto que o presidente daquele órgão de soberania, Fernando "La Sama" Araújo, está em Lisboa, onde, ontem, foi recebido pelo presidente da República, Cavaco Silva.
A pedido de Timor, que deseja um aumento "substancial e significativo" de forças militares e policiais, a Austrália anunciou um reforço "imediato e forte". "Vamos responder de forma imediata com o envio de uma companhia (das Forças de Defesa) e o destacamento de entre 50 e 70 agentes policiais", disse o primeiro-ministro Kevin Rudd em Camberra. Os primeiros homens chegam hojea Díli. A caminho, vai uma fragata, também.
Posição ligeiramente diferente assumiu Portugal. Numa reunião de 30 minutos com o primeiro-ministro,"La Sama" Araújo ouviu que, neste momento, é prematuro falar em novos apoios de Portugal. Segundo Sócrates, um eventual aumento do número de militares da GNR em Timor terá de passar por uma avaliação que será necessariamente feita no âmbito das Nações Unidas.
A condenação internacional, além de unânime, foi rápida. O presidente das Comissão Europeia, Durão Barroso, classificou os atentados como um "ataque brutal" contra a "jovem democracia de Timor-Leste".
Para Ana Gomes, antiga embaixadora de Portugal na Indonésia, os ataques de ontem resultam de uma "atitude contemporizadora" para com Reinado.
* com agências
http://jn.sapo.pt/2008/02/12/primeiro_plano/
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Ajuda veio de Portugal
MARtine perret / afp
Militares do 5º contigente do Subagrupamento Bravo da GNR estão em Díli apenas desde finais de Janeiro
Hermana Cruz*
Foram portugueses os primeiros a prestar ajuda ao presidente timorense, depois deste ter estado mais de uma hora à espera de socorro no quarto da sua residência, em Díli.
E acabaram por ser elementos da GNR e do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) a acompanhar Ramos-Horta até ao hospital, isto apesar da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) estar a 300 metros do local, o que gerou duras críticas. O Governo português já enalteceu o profissionalismo com que o Subagrupamento Bravo prestou auxílio ao Prémio Nobel da Paz.
"Ninguém partiu logo em seu socorro!", denunciou ainda a quente o ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor, Zacarias da Costa. "O que é grave é que a UNPOL chegou ao local, ficou a 300 metros e não deu qualquer assistência ao Horta. Foi a GNR que foi lá socorrê-lo", acrescentou o dirigente da União Democrática Timorense (UDT) João Carrascalão, citado pela Lusa.
O tenente Carlos Correia, oficial de ligação do Subagrupamento Bravo da GNR, confirmou "Fomos os primeiros a chegar ao local. A primeira chamada sobre os acontecimentos foi feita para mim e seguimos para o local". Os militares seguiram acompanhados por um enfermeiro do INEM, que acabou por ser a primeira pessoa a prestar cuidados médicos a Ramos-Horta. Segundo este, a equipa demorou apenas 10 minutos a chegar ao local do atentado.
Depois dos primeiros socorros, demorou 20 minutos até dar entrada no hospital de campanha australiano, para onde foi levado o presidente timorense, numa ambulância enviada por aquela unidade de saúde.
Um ataque às instituições
O primeiro-ministro já fez questão de elogiar a rapidez e o profissionalismo com que agiram os elementos do INEM e os militares que integram o 5ºcontigente do Subagrupamento Bravo, constituído por 128 militares (dos quais sete mulheres) que estão em Díli desde finais de Janeiro.
"Quero deixar uma palavra de elogio à GNR e aos elementos do INEM pelo trabalho que realizaram e pelo profissionalismo da sua actuação", sublinhou José Sócrates, antes de se manifestar chocado com um atentado que repudiou veementemente. "O bem-estar do povo timorense exige estabilidade política e respeito pelas instituições democráticas. Este é também o interesse de todo o povo português, que está solidário com o povo timorense", declarou ainda.
Também o presidente da República condenou de forma veemente o atentado de que foi vítima Ramos-Horta, que considerou ter sido um "ataque às instituições democráticas do jovem Estado timorense". Cavaco Silva recebeu, ao final da tarde, o presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste, Fernando "La Sama" Araújo....
* Com Agostinho Santos
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Minuto a minuto, a história de dois atentados concertados
Um grupo de homens armados liderado pelo major Alfredo Reinado, em duas viaturas, ataca a residência particular de José Ramos-Horta em Meti-hau; o presidente da República de Timor-Leste estava fora, embora perto, no "jogging" matinal junto à praia da Areia Branca, em Díli.
Alfredo Reinado é alvejado mortalmente por um dos elementos da sua antiga unidade, a Polícia Militar (PM), que integra a escolta presidencial. Morre também um elemento da PM.
A irmã de José Ramos-Horta telefona-lhe avisando-o de que havia tiroteio em Meti-hau.
Duas unidades de polícia nacional e internacional deixam Bécora a caminho de Meti-hau.
José Ramos-Horta é alvejado, numa segunda troca de tiros, a cerca de 20 metros do portão de sua casa. O presidente timorense é baleado por duas vezes um dos projécteis perfurou o pulmão direito; o outro entrou e saiu do corpo, na zona da cavidade toráxica.
É chamado o Subagrupamento Bravo da GNR.
É chamada a Meti-hau a primeira ambulância.
Elementos das Operações Especiais do Subagrupamento Bravo da GNR saem do quartel para a residência de Ramos-Horta.
Ramos-Horta telefona à sua chefe de gabinete, Natália Carrascalão, pedindo ajuda.
Os primeiros militares da GNR chegam ao local e assistem Ramos-Horta, que estava caído na estrada; o presidente timorense é socorrido e evacuado para o hospital de campanha das forças australianas em conjunto pela GNR e pela equipa do INEM que está adstrita ao contingente português em Timor-Leste. Ramos-Horta é submetido a uma intervenção cirúrgica.
Um grupo armado, liderado pelo tenente Gastão Salsinha, número dois de Alfredo Reinado, ataca a coluna de veículos do primeiro-ministro, depois de Xanana Gusmão sair da sua residência particular em Balibar e começar a descer a estrada para Díli; um carro da segurança despista-se e os seus dois ocupantes morrem; o carro do primeiro-ministro é atingido, mas chega à cidade. Mais tarde, Xanana dirá que escapou a "fogo cerrado".
Gastão Salsinha volta à residência do primeiro-ministro e tenta conseguir as armas dos seguranças de Xanana Gusmão.
Ramos-Horta, que tinha sido colocado em "coma induzido", com apoio respiratório e "apoio integro de vida", é evacuado de avião para Darwin (Austrália).
José Ramos-Horta chegou ao Royal Darwin Hospital, onde foi avaliado pela equipa clínica de emergência que o submeteu a radiografias e a um "cat-scan" para determinar o grau dos ferimentos, tendo de seguida dado entrada no bloco operatório. O seu estado de saúde é "estável".
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Matan Ruak alertara na semana passada para o perigo
Comandante das Forças Armadas timorenses critica tropas australianas
12.02.2008 - 09h23 PÚBLICO
O comandante das Forças Armadas de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, criticou hoje duramente a acção das tropas australianas no país, que entretanto receberam um reforço de contingente.
O general Matan Ruak, chefe do Estado-Maior General das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), disse que espera que “as tropas australianas sejam parte da solução e não venham contribuir para o agravamento do problema” no país, segundo o relato telefónico feito pelo correspondente da agência Lusa, Pedro Rosa Mendes, na SIC Notícas.
As críticas abrangeram também os acontecimentos de ontem, tendo Matan Ruak questionado como foi possível que tivessem circulado viaturas com homens armados sem terem sido detectadas e detidas.
“Espero que as forças internacionais não sejam um cancro ou uma úlcera”, afirmou ainda Matan Ruak, que também disse que na semana passada tinha alertado para o risco de atentados deste tipo contra altas figuras do Estado.
As autoridades de Timor-Leste pediram ontem o reforço das forças de segurança australianas, encontrando-se já no país mais 120 militares e 70 polícias para reforço da Força de Estabilização Internacionais (ISF).
Timor-Leste ontem foi palco de uma tentativa de decapitação do seu regime, com atentados contra o Presidente da República, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que saiu ileso.
Ramos-Horta continua em recuperação num hospital da cidade australiana de Darwin. Já foi submetido a duas cirurgias e está em aberto uma terceira. Só dentro de dois dias deverá ter um prognóstico clínico mais seguro.
Foi decretado o estado de sítio no país, com recolher obrigatório entre as 20h00 e as 6h00.
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Vocês estão com um pensamento neo-colonialista, em total dissonância com o que a maioria dos países e o direito internacional prega. Ninguém vai anexar o Timor, nem a Indonésia ou a Austrália ou qualquer outro. É mais barato e moral montar e apoiar um governo democraticamente eleito e, então investir no país. O Timor Leste é uma nação que merece ter um país oficializado contitucionamente, será um anão, mas eles tem esse direito.
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O ataque contra Ramos Horta
Eram 6h15 da manhã em Díli, menos 9 horas em Lisboa. Um grupo de homens dispara a partir de dois carros contra a casa de Ramos Horta.
video: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?he ... 12&tema=31
Eram 6h15 da manhã em Díli, menos 9 horas em Lisboa. Um grupo de homens dispara a partir de dois carros contra a casa de Ramos Horta.
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