SMB-10

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Jin Jones
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#526 Mensagem por Jin Jones » Qua Fev 06, 2008 12:47 am

orestespf escreveu:
rcolistete escreveu:
orestespf escreveu:
Preço do 214 sem AIP oferecido ao Brasil: 1,3 bi Euros produzidos lá. Consegue ver a diferença (não dos valores)? Isso sem falar que possivelmente serão fabricados (franceses) aqui.


Olá Orestes,

Não pode ter sido esse preço : EUR 1,3 bi por um U-214 sem AIP é muito mais que os 2 U-214 com AIP portugueses (daqui a pouco eles aparecem aqu i para darem os valores exatos).

Só se os alemães beberam muuuuuiiitta cerveja e estavam zoando conosco nos achando otários.

[]s, Roberto


Não estou errado, amigo Roberto. É só aguardar as confirmações (e que tomara que venham para não queimar meu filme).

Isto ajuda a explicar os motivos da MB não ter optado pelo 214, ou ter de fato, mas "precisar" abandonar a idéia inicial.

Isto serve para mostrar que não existem bonzinhos no mundo. Sempre criticamos os americanos, mas estes pelo menos jogam "limpo" (não escondem os "detalhes" sórdidos).

Todos aprontam em algum momento, seja no início, seja pagando muito caro depois de adquirido o produto, a facada sempre vem.

Prefiro os que "falam na cara", pelo menos as surpresas são dissipadas, pelo menos podemos escolher em qual momento sofrer. Isto vale para qualquer um, sejam americanos, franceses, russos, alemães ou quem quer que seja.

Existem ingênuos no mundo? Sim, nós os românticos do DB. rsrsrs


Grande abraço,

Orestes


[100] [009] [009]

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#527 Mensagem por orestespf » Qua Fev 06, 2008 1:28 am

rcolistete escreveu:
orestespf escreveu:
rcolistete escreveu:
orestespf escreveu:
Preço do 214 sem AIP oferecido ao Brasil: 1,3 bi Euros produzidos lá. Consegue ver a diferença (não dos valores)? Isso sem falar que possivelmente serão fabricados (franceses) aqui.


Olá Orestes,

Não pode ter sido esse preço : EUR 1,3 bi por um U-214 sem AIP é muito mais que os 2 U-214 com AIP portugueses (daqui a pouco eles aparecem aqu i para darem os valores exatos).

Só se os alemães beberam muuuuuiiitta cerveja e estavam zoando conosco nos achando otários.

[]s, Roberto


Não estou errado, amigo Roberto. É só aguardar as confirmações (e que tomara que venham para não queimar meu filme).

Isto ajuda a explicar os motivos da MB não ter optado pelo 214, ou ter de fato, mas "precisar" abandonar a idéia inicial.


Poxa, então esse U-214 sem AIP por EUR 1,3 bi teria o 1o reator de fusão nuclear da história... 8-] Vá ser caro assim na...

[]s, Roberto


Aos poucos as coisas vão vazando, amigo Roberto, é só aguardar as confirmações.

Abração,

Orestes




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#528 Mensagem por orestespf » Qua Fev 06, 2008 1:31 am

Jin Jones escreveu:
orestespf escreveu:
rcolistete escreveu:
orestespf escreveu:
Preço do 214 sem AIP oferecido ao Brasil: 1,3 bi Euros produzidos lá. Consegue ver a diferença (não dos valores)? Isso sem falar que possivelmente serão fabricados (franceses) aqui.


Olá Orestes,

Não pode ter sido esse preço : EUR 1,3 bi por um U-214 sem AIP é muito mais que os 2 U-214 com AIP portugueses (daqui a pouco eles aparecem aqu i para darem os valores exatos).

Só se os alemães beberam muuuuuiiitta cerveja e estavam zoando conosco nos achando otários.

[]s, Roberto


Não estou errado, amigo Roberto. É só aguardar as confirmações (e que tomara que venham para não queimar meu filme).

Isto ajuda a explicar os motivos da MB não ter optado pelo 214, ou ter de fato, mas "precisar" abandonar a idéia inicial.

Isto serve para mostrar que não existem bonzinhos no mundo. Sempre criticamos os americanos, mas estes pelo menos jogam "limpo" (não escondem os "detalhes" sórdidos).

Todos aprontam em algum momento, seja no início, seja pagando muito caro depois de adquirido o produto, a facada sempre vem.

Prefiro os que "falam na cara", pelo menos as surpresas são dissipadas, pelo menos podemos escolher em qual momento sofrer. Isto vale para qualquer um, sejam americanos, franceses, russos, alemães ou quem quer que seja.

Existem ingênuos no mundo? Sim, nós os românticos do DB. rsrsrs


Grande abraço,

Orestes


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Jin


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#529 Mensagem por Corsário01 » Qua Fev 06, 2008 2:02 am

rcolistete escreveu:
orestespf escreveu:
Preço do 214 sem AIP oferecido ao Brasil: 1,3 bi Euros produzidos lá. Consegue ver a diferença (não dos valores)? Isso sem falar que possivelmente serão fabricados (franceses) aqui.


Olá Orestes,

Não pode ter sido esse preço : EUR 1,3 bi por um U-214 sem AIP é muito mais que os 2 U-214 com AIP portugueses (daqui a pouco eles aparecem aqu i para darem os valores exatos).

Só se os alemães beberam muuuuuiiitta cerveja e estavam zoando conosco nos achando otários.

[]s, Roberto


Roberto e demais amigos.

Como o Orestes bem colocou, algumas coisas podem ser ditas, outras ainda não.

Então, vou colocar abaixo um pequeno exemplo de como se pode dar um tiro no pé ou então, de como o nosso negócio pode parecer ruim e talvez não o seja.

Canada - Repairs to used sub hit $1-
million, navy says
Fixing a dent in one of Canada's used submarines cost more than twice as much as the navy predicted.
When technicians in Halifax discovered the dent in HMCS Victoria more than five years ago, the navy estimated it
would cost $400,000 to fix. The actual cost of the repair was $1,039,494.
A spokesman for Defence Minister Peter MacKay said Canadian taxpayers are picking up the tab for the damage.
Source : theglobeandmail




Abraços,

Padilha
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#530 Mensagem por soultrain » Qua Fev 06, 2008 8:41 am

Esses subs Ingleses eram para ter vindo para cá...Brrrrr calafrios.

Quanto aos nossos U-214, de memória ficaram os dois em cerca de 800 M€ com o financiamento incluido. Sei que os nossos terão AIP e capacidade de lançar misseis da classe do Harpon, mas tambem sei que virão sem alguns equipamentos para permitir este preço, quais não sei.

De qualquer maneira, não existe nenhum equipamento que justifique a diferença de ~400M€ para 1300M€, a não ser uns misseis nucleares tácticos lol

[[]]'s




orestespf
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#531 Mensagem por orestespf » Qua Fev 06, 2008 11:10 am

soultrain escreveu:Esses subs Ingleses eram para ter vindo para cá...Brrrrr calafrios.

Quanto aos nossos U-214, de memória ficaram os dois em cerca de 800 M€ com o financiamento incluido. Sei que os nossos terão AIP e capacidade de lançar misseis da classe do Harpon, mas tambem sei que virão sem alguns equipamentos para permitir este preço, quais não sei.

De qualquer maneira, não existe nenhum equipamento que justifique a diferença de ~400M€ para 1300M€, a não ser uns misseis nucleares tácticos lol

[[]]'s


Olá Soultrain,

o preço é injustificável mesmo, mas nestes 1300M€ se "justifica" pela retirada do sistema AIP do sub 214, mais a personalização (sistemas do nosso jeito, provavelmente da LM), bem como com a taxa "extra" para permitir a construção aqui no Brasil.

Abraços,

Orestes




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#532 Mensagem por Degan » Qua Fev 06, 2008 12:09 pm

Aún la información es muy confusa...

Un Marlin a 600 millones es un precio razonable, si la idea es hacerlo localmente (obviamente carisimo, pero esos son los costos reales).

600 millones por 2 Marlin, más encima hechos en Brasil sería un GOLAZO...pero lo creo dificil...

También me parece que el costo de modernización de los Tupi es demaciado barato si además incluye cambios en los censores... :?




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
orestespf
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#533 Mensagem por orestespf » Qua Fev 06, 2008 12:27 pm

Degan escreveu:Aún la información es muy confusa...

Un Marlin a 600 millones es un precio razonable, si la idea es hacerlo localmente (obviamente carisimo, pero esos son los costos reales).

600 millones por 2 Marlin, más encima hechos en Brasil sería un GOLAZO...pero lo creo dificil...

También me parece que el costo de modernización de los Tupi es demaciado barato si además incluye cambios en los censores... :?


Olá Degan,

a informação que disponho diz que são 600 milhões de dólares por cada sub. As notícias dizem que serão 4 subs fabricados no Brasil, mas este número pode aumentar, mas não agora. Os sistemas usados no Scorpène/Marlin devem ser da LM, os mesmos que serão usados na modernização dos Tupis.

Abraços,

Orestes




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#534 Mensagem por Marino » Qua Fev 06, 2008 12:34 pm

Estou fora hoje, entrando esporadicamente pelo menos até a noite.
Degan, o preço real da modernização é maior do que aquele que foi anunciado.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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soultrain
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#535 Mensagem por soultrain » Qua Fev 06, 2008 3:29 pm

Boas,

Ok aceito que a diferença de valores seja o pacote total, segundo o que a MB quer, ou seja fabricação local. Tem toda a lógica que assim seja.

Deixo-vos um texto que ainda não li aqui retirado da alide:

Por: José Luiz Feio Obino Vice-Almirante (Ref)
Ex-Comandante da Força de Submarinos


Nos dias de hoje o melhor projeto comercial, testado, de submarino convencional, no mercado, é o do submarino francês "Scorpene". Trata- se de um projeto modular, altamente avançado e flexível que pode ser construído no Brasil e empregado em águas costeiras e áreas oceânicas. A NUCLEP, Indústria de Equipamentos Nucleares, que detém, no país, a tecnologia de construção de estruturas circulares, com alto nível de precisão, está preparada para construir as seções do casco resistente do mencionado submarino francês e o AMRJ, Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, capacitado para a montagem e união das seções de casco do submarino.

O projeto francês é o que mais se aproxima das características do projeto SMB 10, da Marinha, e agrega, em seu desenho e em seus equipamentos, o que existe de mais avançado e moderno em tecnologia de projeto e de construção de submarinos nucleares franceses, o que não pode ser dito pelo seu concorrente alemão que, apesar, de sua alta tecnologia, nunca projetou ou construiu sub-marinos nucleares. Ademais, seus submarinos foram projetados para águas costeiras e mares fecha-dos. Não podemos esquecer, que o projeto dos submarinos da classe "Tupi" sendo substituídos, no presente, pelos submarinos IKL 212, com cerca de 1500 tons.

A Marinha do Brasil, e porque não dizer o País, busca o domínio da tecnologia de projeto,de construção e de manutenção de submarinos
avançados, o que, de certa forma, só poderá ser alcan-çado com os franceses, americanos, russos, ingleses e chineses. O concorrente alemão, por mais que disponha de alta tecnologia de projeto, construção e manutenção de submarinos, quer para uso pró-prio, quer
para exportação, carece do principal, que é ter capacitação em submarinos de propulsão nuclear. Seus projetos atuais, o IKL 212,
exclusivo para a sua Marinha e Marinha Italiana, e o IKL 214, para exportação, são bastante diferentes e seus projetos de concepção foram desenvolvidos em torno da propulsão convencional independente do ar ( AIP ), adequada ao emprego dos submari-nos próximo de suas bases, como é o caso deles, dos italianos, turcos, gregos, sul coreanos e outros, diferentemente do nosso, que requer submarinos para emprego ao longo de uma costa de 4000 km e áreas oceânicas adjacentes.

Quando falamos sobre os projetos "Scorpene" e IKL 214, não podemos esquecer do projeto comercial "Amur", russo, conhecido em 2004, quando da visita de oficiais brasileiros à Rússia. Apenas o primeiro e o último são operacionais. Para o Brasil a melhor opção
seria o projeto francês, ainda que a Marinha tenha uma parceria, de cerca de 30 anos, com os alemães. Mas será que essa parceria foi boa?
Em alguns pontos acredito que sim, mas em outros não. Senão vejamos:

-permitiu começar a construção (montagem de "kit") de submarinos no País, segundo um projeto importado, que os alemães não acreditavam ser possível sem a sua ajuda;

-possibilitou a nacionalização da mão de obra na construção de submarinos, que não poderá ser perdida, sob pena de comprometer todo o esforço brasileiro na consecução de seu projeto maior, o projeto e construção de seu submarino de propulsão nuclear.

Consta que já nos falta, hoje, as mesmas condições de construção dos "Tupi/Tikuna", por força da evasão de recursos humanos especializados, decorrente do esgarçamento do programa de construção de submarinos ( adiamento do início da construção do "Tikuna"; falta de dinheiro orçamentário para a sua construção, que levou 11 anos; cancelamento da construção do irmão "Tapuia"; e falta de perspectiva de novas construções); e faltou capacidade de nacionalização de peças para motores, equipamentos e sistemas, prejudicando seriamente a manutenção dos submarinos. Em 28 anos, nacionalizamos, apenas, as baterias, ficando a Marinha refém da importação, da quase totalidade da logística dos demais sobressalentes, materiais e equipamentos, cujos preços são cada vez mais proibitivos sem qualquer explicação para os aumentos abusivos.

Acreditamos que com o projeto francês teremos a oportunidade de recuperar os anos perdidos no campo da logística, ainda mais se
considerarmos que o sucesso de vendas do projeto comercial alemão do submarino IKL 209(Submarinos da classe "Tupi") hoje se debate com o custo elevado de sua manutenção, que depende de longos prazos de entrega de peças de fabricação descontinuada, da disponibilidade, para pronta entrega, de materiais e equipamentos, e dos preços abusivos de fornecimento. Tal situação leva a uma baixa disponibilidade operacional desses submarinos no mundo.
Por serem, também, submarinos costeiros, o seu
emprego, em áreas oceânicas ou muito afastado de suas bases, sacrifica o material, em especial, os seus grupos motores-geradores, diante do longo trânsito para as áreas de exercício ou de patrulha. Isto não ocorre no cenário europeu ou semelhante, para o qual foram projetados, por serem as suas áreas de operações muito próximas de suas bases de apoio.

O Chile, um país com grande influência militar germânica, tomou uma decisão drástica e corajosa ao sair da linha alemã para a linha
francesa de submarinos oceânicos da classe "Scorpene", sem o módulo de casco de AIP. A opção chilena, pelo projeto francês, foi
devida ao baixíssimo nível de ruído irradiado (plataforma muito silenciosa), ao maior transporte de armamento, a maior facilidade e
rapidez de recarregamento dos tubos de torpedo e mísseis, e a maior profundidade de operação do submarino.

Ainda que o problema brasileiro seja ligeiramente diferente do chileno, porque o Chile não tem a construção de submarinos, em seu
território, como uma premissa básica, o Brasil tem como objetivo estratégico o domínio completo da tecnologia de projeto e de
construção de submarinos e a manutenção dos mesmos. Não será com a transferência de tecnologia alemã que chegaremos ao nosso objetivo maior. Urge que a Marinha, e porque não dizer o Governo, se decida por uma proposta que atenda o médio e longo prazos, isto é, a construção de submarinos convencionais que visualize o futuro que é o projeto e a construção do submarino de propulsão nuclear. Hoje as parcerias para vencer tal desafio seriam com os chineses, ou russos, ou franceses, já que os americanos e seu aliado inglês, se opõem a tal conquista brasileira.

A decisão que a Marinha espera do Governo, para a construção de submarinos, significará uma decisão para os próximos 30 anos. Resta
saber se desejamos ficar refém de algum país. Os primeiros 30 anos estão se acabando, sem que tenha havido ganhos positivos, "significativos", para a Marinha e para o Brasil.

As "Orientações da Marinha" para a HDW e a ARMARIS, em princípios de 2005, para a apresentação de propostas, para construção, manutenção e fornecimento de equipamentos / torpedos de submarinos, mostram claramente que a montagem de submarinos da classe "Tupi", no AMRJ, não foi suficiente para dominarmos a tecnologia de projeto de submarinos, bem como a construção de certos módulos de casco, como os de proa e de popa. As "orientações" demandavam propostas das empresas, de transferência de tecnologia de projeto e de construção para o CPN, Centro de Projeto de Navios, e o AMRJ, respectivamente; de homologação do AMRJ como construtor do submarino, a ser adquirido; e de fornecimento de equipamentos para o estaleiro construtor do novo submarino, já que um novo projeto exige, dispositivos, ferramentas especiais específicas, não havendo como aproveitar às do projeto da classe "Tupi/Tikuna", mesmo que, para um novo projeto alemão. O ferramental de uso geral, no entanto, poderá ser empregado na construção de qualquer projeto a ser escolhido.
O projeto "Scorpene" é, em outras palavras, um modelo convencional reduzido do novo projeto francês do submarino nuclear "Barracuda". O "Scorpene" traz em seu bojo, muito do desenho de casco do submarino estratégico"Le Trionfant"; inúmeros equipamentos de controle de plataforma, empregados nos submarinos de propulsão nuclear; e sensores no estado atual da arte, integrados ao sistema de combate de última geração, SUBTICS, compatível com o emprego dos torpedos IF 21, "Black Shark", franco-italiano, Mk 48, americano, e SUT, alemão, e com os mísseis submarino-superfície "Exocet", SSM 39.


Fonte: PUBLICADO NA REVISTA DO CLUBE NAVAL




JL
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#536 Mensagem por JL » Qua Fev 06, 2008 5:04 pm

Infelizmente sou um cara cético e pessimista, principalmente com relação aos projetos nacionais.

Mas ao contrário que parece não nasci assim, fui ficando com o tempo, lendo os artigos ufanistas que eram escritos nas revistas de defesa da década de 80, sobre os maravilhosos projetos da Bernardini, Engesa, Avibrás, sobre as concepções para a nossa Marinha etc. E depois de alguns anos tive que ler sobre as verdades, chocante muito diferentes da utopia que fora escritas décadas antes.

Este texto do Vice Almirante. José Luiz Feio Obino, é um daqueles textos reveladores, pois apesar de também ter o seu lado positivo, com a sua mensagem para frente Brasil, agora a moda francesa, carregava um conteúdo funesto, sobre o programa de submarinos Brasileiros. Vejam:

“faltou capacidade de nacionalização de peças para motores, equipamentos e sistemas, prejudicando seriamente a manutenção dos submarinos. Em 28 anos, nacionalizamos, apenas, as baterias, ficando a Marinha refém da importação, da quase totalidade da logística dos demais sobressalentes, materiais e equipamentos, cujos preços são cada vez mais proibitivos sem qualquer explicação para os aumentos abusivos.”
“hoje se debate com o custo elevado de sua manutenção, que depende de longos prazos de entrega de peças de fabricação descontinuada, da disponibilidade, para pronta entrega, de materiais e equipamentos, e dos preços abusivos de fornecimento. Tal situação leva a uma baixa disponibilidade operacional desses submarinos no mundo.

Por serem, também, submarinos costeiros, o seu emprego, em áreas oceânicas ou muito afastado de suas bases, sacrifica o material, em especial, os seus grupos motores-geradores, diante do longo trânsito para as áreas de exercício ou de patrulha. Isto não ocorre no cenário europeu ou semelhante, para o qual foram projetados, por serem as suas áreas de operações muito próximas de suas bases de apoio”


Lembro de um artigo escrito na extinta revista Defesa Latina, onde eram analisados as possíveis escolhas para a nossa Marinha, o modelo alemão, o Sauro italiano e o oceânico Agosto francês. Escolhemos o costeiro e o menor deles. Apesar de não ser perfeito eu tinha uma quedinha pelo Agosta, que foi adotado pelo Paquistão.

Nestes anos do programa de submarinos, foram publicados inúmeros artigos sobre o nosso domínio destas tecnologias e sobre as perspectivas do sub-nuclear. O programa avançou lentamente e hoje não fabricamos nada além de baterias. Graças a Deus fazemos baterias.

A questão sobre os torpedos também, sempre foi uma confusão na primeira concorrência levou o Tigerfish, que parece não ter sido uma boa escolha, depois foram anos falando do Torpedo 2000 sueco, para a estranha virada para o torpedo Mark 48 para uso em submarinos de origem alemã e francesa.

Fico pensando como vão ficar os cinco submarinos de origem alemã depois da virada francesa, que serão meio modernizados com tecnologia USA. Espero que não venham a sofrer um boicote (preços mais altos de peças) pelos alemães e acabem semi abandonados, em favor dos novos sub franceses.

Esses negócios franceses, me lembram a questão do Sivam, que envolveu a vitoriosa Raytheon e a Thompson francesa, sendo que os americanos ganharam graças ao envolvimento da CIA. Quem quiser saber mais, vai ter que pesquisar. Pois não gosto de postar sobre esses assuntos. Mas que tudo para parece muito estranho.

Me perdoem os comentários pessimistas, mais esse entusiasmo de ver o Brasil potência, típico de jovens tenentes, deixei lá na década de 80, onde eu discutiria com qualquer um que falasse o contrário. No futuro escreveremos sobre o que aconteceu. Talvez um dia haja um submarino nuclear brasileiro, quando estes ficarem obsoletos e a U.S.Navy estiver navegando pelo sistema solar.




Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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#537 Mensagem por Marino » Qua Fev 06, 2008 5:13 pm

Calma JL
O Alte Obino pintou mais feio do que é na realidade. Os motores, p. ex, são todos refitados na MTU em São Paulo.
As baterias são de uma empresa nacional, a Saturnia, mas será que não podemos considerar que a MTU de SP, apesar de ser uma filial da alemã, fazendo tudo aqui no Brasil, não é uma empresa "brasileira", com mão-de-obra, engenheiros, etc?
Os chilenos tinham a mesma preocupação quanto aos alemães cumprirem o contrato de fornecimento de sobressalentes. A realidade é que são cumpridos rigorosamente. Quanto a isso não há o que se preocupar. Imagine o Chile ou o Brasil anunciando que os alemães não cumprem os contratos de manutenção assinados.
A diferença para o sub nuclear é que o mesmo se tornou um programa de governo, e não só da MB. Isto muda tudo.




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#538 Mensagem por orestespf » Qua Fev 06, 2008 5:31 pm

soultrain escreveu:Boas,

Ok aceito que a diferença de valores seja o pacote total, segundo o que a MB quer, ou seja fabricação local. Tem toda a lógica que assim seja.

Deixo-vos um texto que ainda não li aqui retirado da alide:

Por: José Luiz Feio Obino Vice-Almirante (Ref)
Ex-Comandante da Força de Submarinos


Nos dias de hoje o melhor projeto comercial, testado, de submarino convencional, no mercado, é o do submarino francês "Scorpene". Trata- se de um projeto modular, altamente avançado e flexível que pode ser construído no Brasil e empregado em águas costeiras e áreas oceânicas. A NUCLEP, Indústria de Equipamentos Nucleares, que detém, no país, a tecnologia de construção de estruturas circulares, com alto nível de precisão, está preparada para construir as seções do casco resistente do mencionado submarino francês e o AMRJ, Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, capacitado para a montagem e união das seções de casco do submarino.

O projeto francês é o que mais se aproxima das características do projeto SMB 10, da Marinha, e agrega, em seu desenho e em seus equipamentos, o que existe de mais avançado e moderno em tecnologia de projeto e de construção de submarinos nucleares franceses, o que não pode ser dito pelo seu concorrente alemão que, apesar, de sua alta tecnologia, nunca projetou ou construiu sub-marinos nucleares. Ademais, seus submarinos foram projetados para águas costeiras e mares fecha-dos. Não podemos esquecer, que o projeto dos submarinos da classe "Tupi" sendo substituídos, no presente, pelos submarinos IKL 212, com cerca de 1500 tons.

A Marinha do Brasil, e porque não dizer o País, busca o domínio da tecnologia de projeto,de construção e de manutenção de submarinos
avançados, o que, de certa forma, só poderá ser alcan-çado com os franceses, americanos, russos, ingleses e chineses. O concorrente alemão, por mais que disponha de alta tecnologia de projeto, construção e manutenção de submarinos, quer para uso pró-prio, quer
para exportação, carece do principal, que é ter capacitação em submarinos de propulsão nuclear. Seus projetos atuais, o IKL 212,
exclusivo para a sua Marinha e Marinha Italiana, e o IKL 214, para exportação, são bastante diferentes e seus projetos de concepção foram desenvolvidos em torno da propulsão convencional independente do ar ( AIP ), adequada ao emprego dos submari-nos próximo de suas bases, como é o caso deles, dos italianos, turcos, gregos, sul coreanos e outros, diferentemente do nosso, que requer submarinos para emprego ao longo de uma costa de 4000 km e áreas oceânicas adjacentes.

Quando falamos sobre os projetos "Scorpene" e IKL 214, não podemos esquecer do projeto comercial "Amur", russo, conhecido em 2004, quando da visita de oficiais brasileiros à Rússia. Apenas o primeiro e o último são operacionais. Para o Brasil a melhor opção
seria o projeto francês, ainda que a Marinha tenha uma parceria, de cerca de 30 anos, com os alemães. Mas será que essa parceria foi boa?
Em alguns pontos acredito que sim, mas em outros não. Senão vejamos:

-permitiu começar a construção (montagem de "kit") de submarinos no País, segundo um projeto importado, que os alemães não acreditavam ser possível sem a sua ajuda;

-possibilitou a nacionalização da mão de obra na construção de submarinos, que não poderá ser perdida, sob pena de comprometer todo o esforço brasileiro na consecução de seu projeto maior, o projeto e construção de seu submarino de propulsão nuclear.

Consta que já nos falta, hoje, as mesmas condições de construção dos "Tupi/Tikuna", por força da evasão de recursos humanos especializados, decorrente do esgarçamento do programa de construção de submarinos ( adiamento do início da construção do "Tikuna"; falta de dinheiro orçamentário para a sua construção, que levou 11 anos; cancelamento da construção do irmão "Tapuia"; e falta de perspectiva de novas construções); e faltou capacidade de nacionalização de peças para motores, equipamentos e sistemas, prejudicando seriamente a manutenção dos submarinos. Em 28 anos, nacionalizamos, apenas, as baterias, ficando a Marinha refém da importação, da quase totalidade da logística dos demais sobressalentes, materiais e equipamentos, cujos preços são cada vez mais proibitivos sem qualquer explicação para os aumentos abusivos.

Acreditamos que com o projeto francês teremos a oportunidade de recuperar os anos perdidos no campo da logística, ainda mais se
considerarmos que o sucesso de vendas do projeto comercial alemão do submarino IKL 209(Submarinos da classe "Tupi") hoje se debate com o custo elevado de sua manutenção, que depende de longos prazos de entrega de peças de fabricação descontinuada, da disponibilidade, para pronta entrega, de materiais e equipamentos, e dos preços abusivos de fornecimento. Tal situação leva a uma baixa disponibilidade operacional desses submarinos no mundo.
Por serem, também, submarinos costeiros, o seu
emprego, em áreas oceânicas ou muito afastado de suas bases, sacrifica o material, em especial, os seus grupos motores-geradores, diante do longo trânsito para as áreas de exercício ou de patrulha. Isto não ocorre no cenário europeu ou semelhante, para o qual foram projetados, por serem as suas áreas de operações muito próximas de suas bases de apoio.

O Chile, um país com grande influência militar germânica, tomou uma decisão drástica e corajosa ao sair da linha alemã para a linha
francesa de submarinos oceânicos da classe "Scorpene", sem o módulo de casco de AIP. A opção chilena, pelo projeto francês, foi
devida ao baixíssimo nível de ruído irradiado (plataforma muito silenciosa), ao maior transporte de armamento, a maior facilidade e
rapidez de recarregamento dos tubos de torpedo e mísseis, e a maior profundidade de operação do submarino.

Ainda que o problema brasileiro seja ligeiramente diferente do chileno, porque o Chile não tem a construção de submarinos, em seu
território, como uma premissa básica, o Brasil tem como objetivo estratégico o domínio completo da tecnologia de projeto e de
construção de submarinos e a manutenção dos mesmos. Não será com a transferência de tecnologia alemã que chegaremos ao nosso objetivo maior. Urge que a Marinha, e porque não dizer o Governo, se decida por uma proposta que atenda o médio e longo prazos, isto é, a construção de submarinos convencionais que visualize o futuro que é o projeto e a construção do submarino de propulsão nuclear. Hoje as parcerias para vencer tal desafio seriam com os chineses, ou russos, ou franceses, já que os americanos e seu aliado inglês, se opõem a tal conquista brasileira.

A decisão que a Marinha espera do Governo, para a construção de submarinos, significará uma decisão para os próximos 30 anos. Resta
saber se desejamos ficar refém de algum país. Os primeiros 30 anos estão se acabando, sem que tenha havido ganhos positivos, "significativos", para a Marinha e para o Brasil.

As "Orientações da Marinha" para a HDW e a ARMARIS, em princípios de 2005, para a apresentação de propostas, para construção, manutenção e fornecimento de equipamentos / torpedos de submarinos, mostram claramente que a montagem de submarinos da classe "Tupi", no AMRJ, não foi suficiente para dominarmos a tecnologia de projeto de submarinos, bem como a construção de certos módulos de casco, como os de proa e de popa. As "orientações" demandavam propostas das empresas, de transferência de tecnologia de projeto e de construção para o CPN, Centro de Projeto de Navios, e o AMRJ, respectivamente; de homologação do AMRJ como construtor do submarino, a ser adquirido; e de fornecimento de equipamentos para o estaleiro construtor do novo submarino, já que um novo projeto exige, dispositivos, ferramentas especiais específicas, não havendo como aproveitar às do projeto da classe "Tupi/Tikuna", mesmo que, para um novo projeto alemão. O ferramental de uso geral, no entanto, poderá ser empregado na construção de qualquer projeto a ser escolhido.
O projeto "Scorpene" é, em outras palavras, um modelo convencional reduzido do novo projeto francês do submarino nuclear "Barracuda". O "Scorpene" traz em seu bojo, muito do desenho de casco do submarino estratégico"Le Trionfant"; inúmeros equipamentos de controle de plataforma, empregados nos submarinos de propulsão nuclear; e sensores no estado atual da arte, integrados ao sistema de combate de última geração, SUBTICS, compatível com o emprego dos torpedos IF 21, "Black Shark", franco-italiano, Mk 48, americano, e SUT, alemão, e com os mísseis submarino-superfície "Exocet", SSM 39.


Fonte: PUBLICADO NA REVISTA DO CLUBE NAVAL


Olá Soultrain,

conheço este texto, aliás acho que já foi postado aqui. O texto não se trata de uma crítica velada ao acordo com os alemães que culminou com a produção local dos Tupi/Tikuna, é mais um texto defendendo o Scorpène.

Percebe-se nitidamente no texto que nem tudo foram flores como alguns insistem em dizer, principalmente parte de nossa imprensa (mal informada). O texto não chega a ser ufanista, mas se aproxima muito ao defender abertamente a mudança de fornecedor.

O mesmo visa demonstrar que tais mudanças podem ser benéficas, podem trazer mais vantagens do que as conquistadas anteriormente, que existiram problemas no acordo com a Alemanha que pouco ou nada se fala.

Por outro lado, o autor exagera ao fazer certas críticas pesadas. Boa parte do que ele escreveu não se sustenta na prática, mas poderia (repito, poderia) acontecer se algo não fosse feito. Tentou-se novamente algo com os alemães, mas não deu certo. Então o autor defende abertamente uma mudança de rumos para não se perder todo os esforços acumulados.

E por fim, percebe-se nitidamente que o autor usou seu texto para defender o acordo com os franceses, muito mais do que para criticar os alemães. As críticas intencionais surgiram a intenção de ressaltar que um novo acordo urgia.

É aquela velha estória, para criticar só falamos o que o outro tem de ruim, evita-se ao máximo elogiar, mas para defender o que nos interessa, só falamos da parte boa, omitindo-se intencionalmente a parte ruim, até porque só a conheceremos na prática (depois de acordado). rsrs


Abraços,

Orestes




Fernando Teles
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#539 Mensagem por Fernando Teles » Qua Fev 06, 2008 9:46 pm

Galera, no momento não estou encontrando a revista "O Periscópio", onde aparece em um reportagem, menção a consulta da MB junto a determinadas empresas, tendo como objetivo o fornecimento de equipamentos para os sub, iniciativa que sempre esbarra na falta de perspectiva com relação a encomenda por parte do governo.




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Jin Jones
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#540 Mensagem por Jin Jones » Qui Fev 07, 2008 10:28 pm

JL escreveu:Infelizmente sou um cara cético e pessimista, principalmente com relação aos projetos nacionais.

Mas ao contrário que parece não nasci assim, fui ficando com o tempo, lendo os artigos ufanistas que eram escritos nas revistas de defesa da década de 80, sobre os maravilhosos projetos da Bernardini, Engesa, Avibrás, sobre as concepções para a nossa Marinha etc. E depois de alguns anos tive que ler sobre as verdades, chocante muito diferentes da utopia que fora escritas décadas antes.

Este texto do Vice Almirante. José Luiz Feio Obino, é um daqueles textos reveladores, pois apesar de também ter o seu lado positivo, com a sua mensagem para frente Brasil, agora a moda francesa, carregava um conteúdo funesto, sobre o programa de submarinos Brasileiros. Vejam:

“faltou capacidade de nacionalização de peças para motores, equipamentos e sistemas, prejudicando seriamente a manutenção dos submarinos. Em 28 anos, nacionalizamos, apenas, as baterias, ficando a Marinha refém da importação, da quase totalidade da logística dos demais sobressalentes, materiais e equipamentos, cujos preços são cada vez mais proibitivos sem qualquer explicação para os aumentos abusivos.”
“hoje se debate com o custo elevado de sua manutenção, que depende de longos prazos de entrega de peças de fabricação descontinuada, da disponibilidade, para pronta entrega, de materiais e equipamentos, e dos preços abusivos de fornecimento. Tal situação leva a uma baixa disponibilidade operacional desses submarinos no mundo.

Por serem, também, submarinos costeiros, o seu emprego, em áreas oceânicas ou muito afastado de suas bases, sacrifica o material, em especial, os seus grupos motores-geradores, diante do longo trânsito para as áreas de exercício ou de patrulha. Isto não ocorre no cenário europeu ou semelhante, para o qual foram projetados, por serem as suas áreas de operações muito próximas de suas bases de apoio”


Lembro de um artigo escrito na extinta revista Defesa Latina, onde eram analisados as possíveis escolhas para a nossa Marinha, o modelo alemão, o Sauro italiano e o oceânico Agosto francês. Escolhemos o costeiro e o menor deles. Apesar de não ser perfeito eu tinha uma quedinha pelo Agosta, que foi adotado pelo Paquistão.

Nestes anos do programa de submarinos, foram publicados inúmeros artigos sobre o nosso domínio destas tecnologias e sobre as perspectivas do sub-nuclear. O programa avançou lentamente e hoje não fabricamos nada além de baterias. Graças a Deus fazemos baterias.

A questão sobre os torpedos também, sempre foi uma confusão na primeira concorrência levou o Tigerfish, que parece não ter sido uma boa escolha, depois foram anos falando do Torpedo 2000 sueco, para a estranha virada para o torpedo Mark 48 para uso em submarinos de origem alemã e francesa.

Fico pensando como vão ficar os cinco submarinos de origem alemã depois da virada francesa, que serão meio modernizados com tecnologia USA. Espero que não venham a sofrer um boicote (preços mais altos de peças) pelos alemães e acabem semi abandonados, em favor dos novos sub franceses.

Esses negócios franceses, me lembram a questão do Sivam, que envolveu a vitoriosa Raytheon e a Thompson francesa, sendo que os americanos ganharam graças ao envolvimento da CIA. Quem quiser saber mais, vai ter que pesquisar. Pois não gosto de postar sobre esses assuntos. Mas que tudo para parece muito estranho.

Me perdoem os comentários pessimistas, mais esse entusiasmo de ver o Brasil potência, típico de jovens tenentes, deixei lá na década de 80, onde eu discutiria com qualquer um que falasse o contrário. No futuro escreveremos sobre o que aconteceu. Talvez um dia haja um submarino nuclear brasileiro, quando estes ficarem obsoletos e a U.S.Navy estiver navegando pelo sistema solar.


Oi amigo e vizinho JL.

Pensei que só eu e o museu do Ipiranga tinha nº da mesozóica revista " DEFESA LATINA " :lol: :lol:

Tú é velho eimmm ! [082]

Concordo de A a Z com o que vc relatou, mas eu já achava o Sauro como melhor opção p/ substituir os Oberon, e lembrando q. após alguns anos a Italia ainda veio a prod. um Improv Sauro, que era uma versão maior e mais moderna. Se na época nos tivéssemos optado pelo Italianos, teríamos hj. um sub. de médio porte MADE IN BRAZIL, que poderia muito bem servir de base p/ o SNB.

Mas sabe como é !

A politicagem e as vaidades do Almirantado sempre fala mais alto do que o juizo.

Abraços

Jin




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