Jobim: viagem Paris-Rússia. Jogada de mestre!
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E ainda necas de Flanker (Snifff!!! ) e neca do Saito.
Publicado na “Folha de São Paulo”, data-hoje.
Posto partes do arquivo, os grifos são meus.
JP
RUBENS VALENTE
ENVIADO ESPECIAL A SÃO PETERSBURGO
O ministro Nelson Jobim (Defesa) se disse impressionado com os submarinos com propulsão nuclear que visitou anteontem num estaleiro em São Petersburgo, a 634 km de Moscou. São colossos de até 190 metros de extensão, alguns com dois reatores nucleares, com capacidade para mais de cem tripulantes. Não fosse o estresse da tripulação, poderia passar meses a fio embaixo d'água. "É um monstro, astronômico, maior que aquele francês que vimos", disse Jobim.
Há quase 30 anos, a Marinha brasileira, que possui cinco submarinos convencionais movidos a diesel, dois dos quais em manutenção, acalenta o sonho de ter uma máquina que lembre alguma coisa assim. Um sonho custoso. Num espaço de 12 anos, o Brasil precisaria gastar cerca de R$ 2,74 bilhões para completar o PNM (Programa Nuclear da Marinha), codinome Projeto Chalana, iniciado em 1979, e ao mesmo tempo construir o primeiro submarino nuclear brasileiro até 2020, que é o cronograma com o qual a Marinha hoje trabalha.
O valor foi informado à Folha por especialistas e confirmado, ontem, pelo comandante da Marinha, o almirante Julio Soares de Moura Neto, em entrevista em São Petersburgo. Ele prevê R$ 1 bilhão para encerrar o ciclo de enriquecimento do combustível e mais US$ 1,2 bilhão (R$ 1,74 bilhão, ao câmbio de ontem) para a planta e a fabricação do nuclear.
Na viagem que faz à França e à Rússia, na qual o submarino nuclear é o tema principal, o ministro Jobim tem evitado falar em valores. Diz que o cálculo deveria levar em conta a criação de uma empresa binacional que poderia receber recursos públicos e privados.
*******>
O Projeto Chalana é subdivido em filhotes: o Zarcão, destinado ao estudo e planejamento do projeto, o Ciclone, voltado para o enriquecimento do urânio, e o Remo, que levou à construção de um reator nuclear para um submarino. Os três gastaram juntos até agora, segundo estimativa da Marinha, US$ 1,1 bilhão. O plano está hoje na quarta fase. O que norteia a visita dos brasileiros à Europa é o Projeto Costado, que prevê a construção propriamente dita do submarino nuclear.
A idéia do governo brasileiro é adquirir um submarino convencional de última geração, movido a diesel, para obter, com a aquisição, a tecnologia e a especialidade estrangeiras para a fabricação do protótipo nuclear pelos brasileiros.
A França, segundo Jobim, teria aceitado a transferência de tecnologia -os termos ainda não foram oficializados. Com os russos, a conversa é embrionária e as primeiras reações foram, de um modo geral, negativas, de acordo com o ministro.
"Eles ainda não têm uma decisão política sobre transferência de tecnologia", disse Jobim. "Eles ficaram um pouco assustados com esse tipo de coisa [transferência] *. Não fizeram negativa porque não têm poder para isso, mas não estavam na mesma posição dos franceses."
(*) Experimente ir a uma concessionária comprar um Volkswagem e pedir a ela que mande todos as plantas do projeto para sua casa.
Alemanha
O engenheiro Salvador Raza, diretor do grupo de consultoria Cetris (Centro de Tecnologia, Relações Internacionais e Segurança) afirmou que o Brasil já deveria ter obtido seu submarino nuclear, mas os cortes orçamentários abortaram a última tentativa. Ele seria feito a partir da compra de um convencional da Alemanha, da classe IKL. O submarino foi adquirido, mas não houve o salto para a fabricação do casco e do sistema informático.
Segundo Raza, a Alemanha é um terceiro país a aparecer na disputa pela venda ao Brasil -porém, está praticamente descartada do Projeto Costado porque não possuiria a tecnologia de um submarino nuclear.
Publicado na “Folha de São Paulo”, data-hoje.
Posto partes do arquivo, os grifos são meus.
JP
RUBENS VALENTE
ENVIADO ESPECIAL A SÃO PETERSBURGO
O ministro Nelson Jobim (Defesa) se disse impressionado com os submarinos com propulsão nuclear que visitou anteontem num estaleiro em São Petersburgo, a 634 km de Moscou. São colossos de até 190 metros de extensão, alguns com dois reatores nucleares, com capacidade para mais de cem tripulantes. Não fosse o estresse da tripulação, poderia passar meses a fio embaixo d'água. "É um monstro, astronômico, maior que aquele francês que vimos", disse Jobim.
Há quase 30 anos, a Marinha brasileira, que possui cinco submarinos convencionais movidos a diesel, dois dos quais em manutenção, acalenta o sonho de ter uma máquina que lembre alguma coisa assim. Um sonho custoso. Num espaço de 12 anos, o Brasil precisaria gastar cerca de R$ 2,74 bilhões para completar o PNM (Programa Nuclear da Marinha), codinome Projeto Chalana, iniciado em 1979, e ao mesmo tempo construir o primeiro submarino nuclear brasileiro até 2020, que é o cronograma com o qual a Marinha hoje trabalha.
O valor foi informado à Folha por especialistas e confirmado, ontem, pelo comandante da Marinha, o almirante Julio Soares de Moura Neto, em entrevista em São Petersburgo. Ele prevê R$ 1 bilhão para encerrar o ciclo de enriquecimento do combustível e mais US$ 1,2 bilhão (R$ 1,74 bilhão, ao câmbio de ontem) para a planta e a fabricação do nuclear.
Na viagem que faz à França e à Rússia, na qual o submarino nuclear é o tema principal, o ministro Jobim tem evitado falar em valores. Diz que o cálculo deveria levar em conta a criação de uma empresa binacional que poderia receber recursos públicos e privados.
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O Projeto Chalana é subdivido em filhotes: o Zarcão, destinado ao estudo e planejamento do projeto, o Ciclone, voltado para o enriquecimento do urânio, e o Remo, que levou à construção de um reator nuclear para um submarino. Os três gastaram juntos até agora, segundo estimativa da Marinha, US$ 1,1 bilhão. O plano está hoje na quarta fase. O que norteia a visita dos brasileiros à Europa é o Projeto Costado, que prevê a construção propriamente dita do submarino nuclear.
A idéia do governo brasileiro é adquirir um submarino convencional de última geração, movido a diesel, para obter, com a aquisição, a tecnologia e a especialidade estrangeiras para a fabricação do protótipo nuclear pelos brasileiros.
A França, segundo Jobim, teria aceitado a transferência de tecnologia -os termos ainda não foram oficializados. Com os russos, a conversa é embrionária e as primeiras reações foram, de um modo geral, negativas, de acordo com o ministro.
"Eles ainda não têm uma decisão política sobre transferência de tecnologia", disse Jobim. "Eles ficaram um pouco assustados com esse tipo de coisa [transferência] *. Não fizeram negativa porque não têm poder para isso, mas não estavam na mesma posição dos franceses."
(*) Experimente ir a uma concessionária comprar um Volkswagem e pedir a ela que mande todos as plantas do projeto para sua casa.
Alemanha
O engenheiro Salvador Raza, diretor do grupo de consultoria Cetris (Centro de Tecnologia, Relações Internacionais e Segurança) afirmou que o Brasil já deveria ter obtido seu submarino nuclear, mas os cortes orçamentários abortaram a última tentativa. Ele seria feito a partir da compra de um convencional da Alemanha, da classe IKL. O submarino foi adquirido, mas não houve o salto para a fabricação do casco e do sistema informático.
Segundo Raza, a Alemanha é um terceiro país a aparecer na disputa pela venda ao Brasil -porém, está praticamente descartada do Projeto Costado porque não possuiria a tecnologia de um submarino nuclear.
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do Jornal O Globo de 04/02/08
Brasil enfrenta resistência de russos na área de Defesa
Visita de Jobim e Mangabeira para negociar troca de tecnologia esbarra em falta de interesse de empresas
Vivian Oswald
MOSCOU. O governo brasileiro ainda vai ter que convencer os russos: a missão liderada pelos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, não é uma viagem de compras. O país só vai adquirir novos equipamentos se no pacote vierem junto troca de tecnologia, investimentos em projetos binacionais ou joint-ventures que signifiquem o desenvolvimento do parque tecnológico brasileiro. Pelo menos no primeiro contato com as empresas estatais russas neste fim de semana, em São Petersburgo, segunda maior cidade do país, isso não parecia ser exatamente a expectativa da Rússia.
As duas estatais que receberam a comitiva brasileira agiram como se estivessem vendendo seus equipamentos e não demonstraram flexibilidade para atender às demandas do país. Mas devem consultar o governo nos próximos dias. Para Jobim, ainda não existe uma decisão política por parte dos russos, como aconteceu com os franceses na semana passada.
- O presidente Sarkozy falou com as companhias que queria que os programas envolvessem parcerias com troca de todas as tecnologias - disse.
Ontem, a missão brasileira foi recebida pela fabricante de helicópteros estatal Spark, onde assistiu a simulações com o modelo de transporte MI-71 para 36 pessoas.
- A conversa foi conduzida como se estivéssemos comprando. Isso não é uma viagem de compras, mas para criar parcerias. Queremos a transferência de tecnologia. Não vamos comprar algo para dar manutenção em outro lugar depois. Estamos pensando no desenvolvimento do país, do nosso parque tecnológico - disse Jobim, lembrando que a empresa russa tem um centro de manutenção em Vera Cruz, no México.
Durante a visita à fabricante de submarinos Rubin, conhecida pelo nome Escritório Central de Engenharia Marítima, o governo deixou claro que só queria a transferência de tecnologia para casco e partes não nucleares, uma vez que já dispõe da tecnologia do ciclo de combustível nuclear. Embora a fábrica russa produza submarinos de ataque (com armas nucleares), o Brasil está interessado num modelo de defesa, ou seja, sem este tipo de armamento. Neste primeiro contato, a resposta foi que os russos pretendem vender o modelo completo e não estão interessados em parceria.
Jobim espera mudanças após conversa com ministros
Apesar das negativas dos primeiros dias de visitas à Rússia, o ministro ainda está otimista. Segundo ele, tudo pode mudar após as conversas de alto nível que terá nesta segunda-feira com o ministro de Assuntos Estratégicos russo, general Makarov (vice-ministro chefe de Armamentos), e com o vice-ministro, general Eskim. Na terça-feira, a missão brasileira será recebida pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, pelo ministro da Defesa, Anatoliy Serdyukov, e pelo vice-primeiro-ministro do governo, Serguei Ivanov, um dos homens fortes de Vladimir Putin e possível candidato à pasta da Defesa após o fim do mandato do presidente, ainda este ano.
A agenda de Jobim ainda inclui as tratativas com a estatal russa Rosobonorexport, que estuda a abertura de uma fábrica de veículos militares no Sul do Brasil. Discute-se o projeto de criação de uma joint-venture para a construção de veículos blindados, algo próximo do Urutu.
Brasil e Rússia devem assinar em breve três acordos inéditos de cooperação técnica e militar. Os documentos, que devem servir de arcabouço jurídico para futuros projetos conjuntos, estão sendo elaborados entre as equipes dos dois países em Moscou. Eles prevêem o intercâmbio de militares em academias, projetos comuns e solução de controvérsias; troca de informações confidenciais; e propriedade intelectual para a proteção de patentes.
HOMEM DO MAR: Lula de lancha
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a tarde de ontem, de tempo bom, para passear de lancha com a primeira-dama, Marisa Letícia, e amigos. O presidente, no entanto, não ficou muito distante do Forte dos Andradas, instalação do Exército no Guarujá, litoral paulista. O discreto passeio estendeu-se à Praia de Guaiuba, perto do forte, onde Lula deverá passar toda a semana, partindo apenas no domingo. É a quarta vez que o presidente e dona Marisa se hospedam na fortificação. O casal chegou ao Forte dos Andradas no sábado de manhã, de helicóptero.
ATT
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Brasil enfrenta resistência de russos na área de Defesa
Visita de Jobim e Mangabeira para negociar troca de tecnologia esbarra em falta de interesse de empresas
Vivian Oswald
MOSCOU. O governo brasileiro ainda vai ter que convencer os russos: a missão liderada pelos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, não é uma viagem de compras. O país só vai adquirir novos equipamentos se no pacote vierem junto troca de tecnologia, investimentos em projetos binacionais ou joint-ventures que signifiquem o desenvolvimento do parque tecnológico brasileiro. Pelo menos no primeiro contato com as empresas estatais russas neste fim de semana, em São Petersburgo, segunda maior cidade do país, isso não parecia ser exatamente a expectativa da Rússia.
As duas estatais que receberam a comitiva brasileira agiram como se estivessem vendendo seus equipamentos e não demonstraram flexibilidade para atender às demandas do país. Mas devem consultar o governo nos próximos dias. Para Jobim, ainda não existe uma decisão política por parte dos russos, como aconteceu com os franceses na semana passada.
- O presidente Sarkozy falou com as companhias que queria que os programas envolvessem parcerias com troca de todas as tecnologias - disse.
Ontem, a missão brasileira foi recebida pela fabricante de helicópteros estatal Spark, onde assistiu a simulações com o modelo de transporte MI-71 para 36 pessoas.
- A conversa foi conduzida como se estivéssemos comprando. Isso não é uma viagem de compras, mas para criar parcerias. Queremos a transferência de tecnologia. Não vamos comprar algo para dar manutenção em outro lugar depois. Estamos pensando no desenvolvimento do país, do nosso parque tecnológico - disse Jobim, lembrando que a empresa russa tem um centro de manutenção em Vera Cruz, no México.
Durante a visita à fabricante de submarinos Rubin, conhecida pelo nome Escritório Central de Engenharia Marítima, o governo deixou claro que só queria a transferência de tecnologia para casco e partes não nucleares, uma vez que já dispõe da tecnologia do ciclo de combustível nuclear. Embora a fábrica russa produza submarinos de ataque (com armas nucleares), o Brasil está interessado num modelo de defesa, ou seja, sem este tipo de armamento. Neste primeiro contato, a resposta foi que os russos pretendem vender o modelo completo e não estão interessados em parceria.
Jobim espera mudanças após conversa com ministros
Apesar das negativas dos primeiros dias de visitas à Rússia, o ministro ainda está otimista. Segundo ele, tudo pode mudar após as conversas de alto nível que terá nesta segunda-feira com o ministro de Assuntos Estratégicos russo, general Makarov (vice-ministro chefe de Armamentos), e com o vice-ministro, general Eskim. Na terça-feira, a missão brasileira será recebida pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, pelo ministro da Defesa, Anatoliy Serdyukov, e pelo vice-primeiro-ministro do governo, Serguei Ivanov, um dos homens fortes de Vladimir Putin e possível candidato à pasta da Defesa após o fim do mandato do presidente, ainda este ano.
A agenda de Jobim ainda inclui as tratativas com a estatal russa Rosobonorexport, que estuda a abertura de uma fábrica de veículos militares no Sul do Brasil. Discute-se o projeto de criação de uma joint-venture para a construção de veículos blindados, algo próximo do Urutu.
Brasil e Rússia devem assinar em breve três acordos inéditos de cooperação técnica e militar. Os documentos, que devem servir de arcabouço jurídico para futuros projetos conjuntos, estão sendo elaborados entre as equipes dos dois países em Moscou. Eles prevêem o intercâmbio de militares em academias, projetos comuns e solução de controvérsias; troca de informações confidenciais; e propriedade intelectual para a proteção de patentes.
HOMEM DO MAR: Lula de lancha
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a tarde de ontem, de tempo bom, para passear de lancha com a primeira-dama, Marisa Letícia, e amigos. O presidente, no entanto, não ficou muito distante do Forte dos Andradas, instalação do Exército no Guarujá, litoral paulista. O discreto passeio estendeu-se à Praia de Guaiuba, perto do forte, onde Lula deverá passar toda a semana, partindo apenas no domingo. É a quarta vez que o presidente e dona Marisa se hospedam na fortificação. O casal chegou ao Forte dos Andradas no sábado de manhã, de helicóptero.
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Também do O Globo de 04/02
Mangabeira: acordo com indústria bélica
Estado teria participação em empresas em troca de regras diferentes para licitações
MOSCOU. O ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, defendeu prioridades para o projeto de defesa nacional que deve ser entregue ao presidente Lula em setembro. Em entrevista ao GLOBO na Embaixada do Brasil em Moscou, adiantou que as discussões devem considerar a reorganização das Forças Armadas, além da reestruturação da indústria de defesa nacional. O ministro foi à Rússia com o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, para conversar sobre o tema e parcerias para o desenvolvimento nacional.
Para Mangabeira, é preciso rever o vínculo entre os componentes privado e estatal da indústria de defesa. Ele propõe a criação de um regime jurídico e econômico especial que exima a indústria privada de defesa das regras de licitação de compras públicas. Isso permitiria às companhias continuar vendendo mesmo em períodos de contingenciamento orçamentário.
- Hoje, estão submetidas ao risco da quebra de continuidade das contas públicas. Nenhuma grande indústria de defesa privada no mundo pode prosperar nestas condições.
Mas diz que haveria contrapartida. O Estado teria de adquirir um poder estratégico muito amplo sobre estas empresas em troca dos incentivos especiais. Isso poderia ser feito por meio de uma golden share: o Estado teria participação nas empresas e exerceria prerrogativas especiais, como o direito a veto.
- Este é apenas um exemplo da riqueza da discussão. Não é nenhuma decisão tomada.
ATT
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Mangabeira: acordo com indústria bélica
Estado teria participação em empresas em troca de regras diferentes para licitações
MOSCOU. O ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, defendeu prioridades para o projeto de defesa nacional que deve ser entregue ao presidente Lula em setembro. Em entrevista ao GLOBO na Embaixada do Brasil em Moscou, adiantou que as discussões devem considerar a reorganização das Forças Armadas, além da reestruturação da indústria de defesa nacional. O ministro foi à Rússia com o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, para conversar sobre o tema e parcerias para o desenvolvimento nacional.
Para Mangabeira, é preciso rever o vínculo entre os componentes privado e estatal da indústria de defesa. Ele propõe a criação de um regime jurídico e econômico especial que exima a indústria privada de defesa das regras de licitação de compras públicas. Isso permitiria às companhias continuar vendendo mesmo em períodos de contingenciamento orçamentário.
- Hoje, estão submetidas ao risco da quebra de continuidade das contas públicas. Nenhuma grande indústria de defesa privada no mundo pode prosperar nestas condições.
Mas diz que haveria contrapartida. O Estado teria de adquirir um poder estratégico muito amplo sobre estas empresas em troca dos incentivos especiais. Isso poderia ser feito por meio de uma golden share: o Estado teria participação nas empresas e exerceria prerrogativas especiais, como o direito a veto.
- Este é apenas um exemplo da riqueza da discussão. Não é nenhuma decisão tomada.
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knight7 escreveu:do Jornal O Globo de 04/02/08
[i]Brasil enfrenta resistência de russos na área de Defesa
Visita de Jobim e Mangabeira para negociar troca de tecnologia esbarra em falta de interesse de empresas
Em sendo verdade essa notícia, os russos estão dando um tiro no próprio pé.
Editado pela última vez por Paisano em Seg Fev 04, 2008 10:29 am, em um total de 1 vez.
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morcego escreveu:Muito engraçado isso, put. loby aqui dizendo que os russos tranferem tecnologia, chega la não é nada disso, Tulio, CM, vcs naõ tem vergonha não?
Pareces o PRick, a charla mal começou e já estás abrindo o champanhe...
Se bem que, entre tu e teus ianques e o PRick e seus Franceses, nem penso duas vezes: RAFALE!!!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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morcego escreveu:Que comédia vcs e essa russofilia, MESES E MESES DE PAPAGAIADA, pra chegar la e compra de balcão, ora vão lamber sabão, depois os outros é que tem LOBY, ai ai ai, vamos ver, vamos deixar as conversas chegarem la em cima.
BLEM BLEM BLEM BLEM, não ta mais de BEM....
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morcego escreveu:AHHH é, pelo que li ai, ATÉ OS AMERICANOS TRANFEREM MAIS TÉCNOLOGIA hehaehhehaehhehaehhehaehhehaehhehaehhehaeh
hehaehhehaehhehaehhehaehhehaehhehaehhehaeh
hehaehhehaehhehaehhehaehhehaehhehaehhehaeh
Hahahaahahahaahahahahahaha!
A questão é: com o nosso histórico em investimento militar e comprando apenas meia dúzia de equipamentos, vc transferiria tecnologia pro Brasil pensando apenas em promessas de futuras compras?
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Túlio escreveu:morcego escreveu:Que comédia vcs e essa russofilia, MESES E MESES DE PAPAGAIADA, pra chegar la e compra de balcão, ora vão lamber sabão, depois os outros é que tem LOBY, ai ai ai, vamos ver, vamos deixar as conversas chegarem la em cima.
BLEM BLEM BLEM BLEM, não ta mais de BEM....
RESTA UM CONSOLO PRA VCS, PROCURA ESSE CD:
QUE VCS VÃO SE SENTIR MELHOR
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morcego escreveu:Túlio escreveu:morcego escreveu:Que comédia vcs e essa russofilia, MESES E MESES DE PAPAGAIADA, pra chegar la e compra de balcão, ora vão lamber sabão, depois os outros é que tem LOBY, ai ai ai, vamos ver, vamos deixar as conversas chegarem la em cima.
BLEM BLEM BLEM BLEM, não ta mais de BEM....
RESTA UM CONSOLO PRA VCS, PROCURA ESSE CD:
QUE VCS VÃO SE SENTIR MELHOR
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