Jobim busca na França 'aliança estratégica'

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Luís Henrique
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#556 Mensagem por Luís Henrique » Sáb Fev 02, 2008 11:31 am

thelmo rodrigues escreveu:Conexão diplomática

Jogada de mestre

Por Claudio Dantas Sequeira



O ministro Nelson Jobim desembarca hoje em Moscou para a segunda fase de sua turnê internacional pelo mercado de defesa. Leva na maleta uma proposta que promete tirar o sono de ninguém menos que… Hugo Chávez. É que as cúpulas do Kremlin e do Planalto negociam em segredo a instalação em território brasileiro de um parque industrial para manutenção dos caças de combate russos e, possivelmente, helicópteros. Os mesmos que o caudilho venezuelano tem adquirido, às dezenas, com seus petrodólares. Chávez gastou US$ 3 bilhões em 24 Sukhoi Su-30MK2 e 33 helicópteros blindados de ataque, inclusive o poderoso Mi-35. Mas o acordo foi meramente comercial e não incluiu troca de tecnologia. Se fechado o negócio com o governo Lula, Chávez será obrigado a fazer a manutenção de suas aeronaves no Brasil. Nas palavras de um diplomata, “ele virá comer nas nossas mãos”.
Nunca antes na história deste país… se teve chance tão boa para garantir superioridade estratégica em relação à Venezuela, com incrível poder de contenção das estripulias bolivarianas. Os russos pensaram em montar seu aparato industrial lá em solo venezuelano, mas toparam com dois problemas: a carência de mão-de-obra especializada e um desgaste desnecessário (e extremamente arriscado) com os EUA — uma espécie de reedição da crise dos mísseis em Cuba, em 1962.

Para efeitos do novo programa de reaparelhamento brasileiro (FX-2), os russos mantêm a oferta de transferência de tecnologia a partir da compra de 36 aparelhos Sukhoi-35. Também se analisa a participação do programa russo PAK-FA T-50, um avião de combate de 5ª geração, que já conta com a participação da Índia. Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. Enquanto a produção de helicópteros Cougar com o consórcio EADS acalma o poderoso lobby da Embraer, o negócio com os aviões russos satisfaz o comando da FAB. A Marinha terá seus submarinos e o Exército, seus blindados, sejam de Paris ou Moscou. Quanto mais diversificação, maior a autonomia do país.


EXCELENTE.

Era isso que eu estava esperando.

Uma aliança estratégica de um lado e um acordo estratégico do outro. :twisted:

O Japa realmente prefere o Sukhoi...

Quando existe várias fontes dizendo o mesmo, é melhor acreditar...




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
piratadabaixada
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#557 Mensagem por piratadabaixada » Sáb Fev 02, 2008 11:53 am

Degan escreveu:Só funciona quando o processo é bem projetado, em nossos debate há um bug que fala espanhol..

Insisto, aún no te das cuenta que el “proyecto” es el errado. Bajo esa realidad, cualquier cosa es bug.

Nietzsche dizia Deus está morto, agora Deus diz Nietzsche está morto. Supertição é algo que parte de você, religião é exotérica, e parte de Deus para o homem.

No seas simplón, no me clasifiques, yo cité a Nietzsche que obviamente dijo más cosas que la archí conocida “dios está muerto”, si estoy de acuerdo con él es solo cosa mía.

Ora, então você é fan dos Menudos, que descoberta esclarecedora.

Insisto, receteate, mira que tu loop es preocupante...

Como pode ser um loop se o post original nem era para mim ? Conserte seus bug´s Degan.

Por lo mismo, contestas sin pies ni cabeza a una información que NO ERA para ti...
No hay peor enfermo que el que no quiere reconocer su enfermedad.



Volviendo al topico....

Este tema de Francia ha traido más dudas que esclarecimientos.


Berfore

Repeat
...
until not Degan.argument is logic

After

Repeat
Break
until not Degan.argument is logic

Bye Degan !




orestespf
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#558 Mensagem por orestespf » Sáb Fev 02, 2008 12:31 pm

thelmo rodrigues escreveu:Conexão diplomática

Jogada de mestre

Por Claudio Dantas Sequeira



O ministro Nelson Jobim desembarca hoje em Moscou para a segunda fase de sua turnê internacional pelo mercado de defesa. Leva na maleta uma proposta que promete tirar o sono de ninguém menos que… Hugo Chávez. É que as cúpulas do Kremlin e do Planalto negociam em segredo a instalação em território brasileiro de um parque industrial para manutenção dos caças de combate russos e, possivelmente, helicópteros. Os mesmos que o caudilho venezuelano tem adquirido, às dezenas, com seus petrodólares. Chávez gastou US$ 3 bilhões em 24 Sukhoi Su-30MK2 e 33 helicópteros blindados de ataque, inclusive o poderoso Mi-35. Mas o acordo foi meramente comercial e não incluiu troca de tecnologia. Se fechado o negócio com o governo Lula, Chávez será obrigado a fazer a manutenção de suas aeronaves no Brasil. Nas palavras de um diplomata, “ele virá comer nas nossas mãos”.
Nunca antes na história deste país… se teve chance tão boa para garantir superioridade estratégica em relação à Venezuela, com incrível poder de contenção das estripulias bolivarianas. Os russos pensaram em montar seu aparato industrial lá em solo venezuelano, mas toparam com dois problemas: a carência de mão-de-obra especializada e um desgaste desnecessário (e extremamente arriscado) com os EUA — uma espécie de reedição da crise dos mísseis em Cuba, em 1962.

Para efeitos do novo programa de reaparelhamento brasileiro (FX-2), os russos mantêm a oferta de transferência de tecnologia a partir da compra de 36 aparelhos Sukhoi-35. Também se analisa a participação do programa russo PAK-FA T-50, um avião de combate de 5ª geração, que já conta com a participação da Índia. Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. Enquanto a produção de helicópteros Cougar com o consórcio EADS acalma o poderoso lobby da Embraer, o negócio com os aviões russos satisfaz o comando da FAB. A Marinha terá seus submarinos e o Exército, seus blindados, sejam de Paris ou Moscou. Quanto mais diversificação, maior a autonomia do país.


Tá certo que o Sequeira parece torcer pelos russos, pelo menos noto isso em seus artigos, além de ter a forte sensação que o mesmo é freqüentador do DB, visto que escreve muito próximo da forma exposta por alguns foristas daqui.

Por outro lado, colocando de lado estas coisas, o seu artigo entra em uma seara muito interessante, que reside no fato do Brasil firmar acordo com dois grandes produtores de equipamentos e armamentos do mundo (França e Rússia).

A frase que mais me chama a atenção é esta: "Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. ".

Eu já comentei aqui várias vezes que o submarino nuclear está saindo do papel justamente por ser desejo do Presidente Lula. O Presidente é assim mesmo, quando ele coloca uma coisa na cabeça, seus auxiliares sabem que é ordem, não existem contra-argumentos, se não tem como fazer, que se crie uma condição para realizá-lo.

Só para ilustrar, existe uma competição nacional que é conhecida como Olimpíada Brasileira de Matemática. Este projeto nasceu no Ceará com o trabalho de um matemático brasileiro conhecido. Alguém achou por bem apresentar ao MCT, que topou de cara, mas seria necessário uma parceria com o MEC, que vetou o projeto. Os caras não desistiram e resolveram mostrá-lo pessoalmente ao Presidente Lula, que não apenas gostou, como exigiu sua imediata implantação. O MEC mais uma vez vetou, alegou uma série de problemas. E o que aconteceu? O MEC recebeu a seguinte ordem do Presidente: "não quero saber dos problemas que vocês vêem, quero o projeto implementado e pronto. Entenderam o Recado?" Recado dado e acatado. Hoje a Olimpíada Brasileira de Matemática é um grande sucesso (mas este é outro assunto). O Presidente agora quer uma olimpíada brasileira de português, mas a luta dos "contra" já iniciou, porém ele já mandou novo recado (ordem).

Nosso presidente é assim, passional até certo ponto, mas racional em outros. Se ele quer, nada o detém. Isso se aplica ao sub nuclear brasileiro, que é uma exigência dele.

E o que este assunto tem haver com os russos? Se (repito, SE) for mesmo da vontade do Presidente Lula uma parceria com os russos, complementar à aliança estratégica com a França, não tenho dúvidas que um novo acordo acontecerá. Não vou comparar os termos, são diferente naturalmente, igualmente não acredito em um SOFA com os russos, mas acredito em algo interessante.

E o que precisamos saber de fato? Se esta notícia dado pelo sr. Sequeira é mesmo verdadeira, isto é, se o Presidente pensa assim e se for um desejo dele, teremos dois fornecedores externos (ótimo isso!) e bons acordos comerciais pela frente.

Mas restam algumas dúvidas: por que o Jobim anda tão empolgado pelos franceses e comentando pouco sobre os russos? Divisão interna? A posição apresentada pelo Lula é uma espécie de palavra de honra acertada previamente com o Saito? E por que o Saito não foi junto nas viagens? E mais uma dúvida final, onde os americanos entram nesta estória toda?


Sds,

Orestes




PRick

#559 Mensagem por PRick » Sáb Fev 02, 2008 1:15 pm

orestespf escreveu:
thelmo rodrigues escreveu:Conexão diplomática

Jogada de mestre

Por Claudio Dantas Sequeira



O ministro Nelson Jobim desembarca hoje em Moscou para a segunda fase de sua turnê internacional pelo mercado de defesa. Leva na maleta uma proposta que promete tirar o sono de ninguém menos que… Hugo Chávez. É que as cúpulas do Kremlin e do Planalto negociam em segredo a instalação em território brasileiro de um parque industrial para manutenção dos caças de combate russos e, possivelmente, helicópteros. Os mesmos que o caudilho venezuelano tem adquirido, às dezenas, com seus petrodólares. Chávez gastou US$ 3 bilhões em 24 Sukhoi Su-30MK2 e 33 helicópteros blindados de ataque, inclusive o poderoso Mi-35. Mas o acordo foi meramente comercial e não incluiu troca de tecnologia. Se fechado o negócio com o governo Lula, Chávez será obrigado a fazer a manutenção de suas aeronaves no Brasil. Nas palavras de um diplomata, “ele virá comer nas nossas mãos”.
Nunca antes na história deste país… se teve chance tão boa para garantir superioridade estratégica em relação à Venezuela, com incrível poder de contenção das estripulias bolivarianas. Os russos pensaram em montar seu aparato industrial lá em solo venezuelano, mas toparam com dois problemas: a carência de mão-de-obra especializada e um desgaste desnecessário (e extremamente arriscado) com os EUA — uma espécie de reedição da crise dos mísseis em Cuba, em 1962.

Para efeitos do novo programa de reaparelhamento brasileiro (FX-2), os russos mantêm a oferta de transferência de tecnologia a partir da compra de 36 aparelhos Sukhoi-35. Também se analisa a participação do programa russo PAK-FA T-50, um avião de combate de 5ª geração, que já conta com a participação da Índia. Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. Enquanto a produção de helicópteros Cougar com o consórcio EADS acalma o poderoso lobby da Embraer, o negócio com os aviões russos satisfaz o comando da FAB. A Marinha terá seus submarinos e o Exército, seus blindados, sejam de Paris ou Moscou. Quanto mais diversificação, maior a autonomia do país.


Tá certo que o Sequeira parece torcer pelos russos, pelo menos noto isso em seus artigos, além de ter a forte sensação que o mesmo é freqüentador do DB, visto que escreve muito próximo da forma exposta por alguns foristas daqui.

Por outro lado, colocando de lado estas coisas, o seu artigo entra em uma seara muito interessante, que reside no fato do Brasil firmar acordo com dois grandes produtores de equipamentos e armamentos do mundo (França e Rússia).

A frase que mais me chama a atenção é esta: "Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. ".

Eu já comentei aqui várias vezes que o submarino nuclear está saindo do papel justamente por ser desejo do Presidente Lula. O Presidente é assim mesmo, quando ele coloca uma coisa na cabeça, seus auxiliares sabem que é ordem, não existem contra-argumentos, se não tem como fazer, que se crie uma condição para realizá-lo.

Só para ilustrar, existe uma competição nacional que é conhecida como Olimpíada Brasileira de Matemática. Este projeto nasceu no Ceará com o trabalho de um matemático brasileiro conhecido. Alguém achou por bem apresentar ao MCT, que topou de cara, mas seria necessário uma parceria com o MEC, que vetou o projeto. Os caras não desistiram e resolveram mostrá-lo pessoalmente ao Presidente Lula, que não apenas gostou, como exigiu sua imediata implantação. O MEC mais uma vez vetou, alegou uma série de problemas. E o que aconteceu? O MEC recebeu a seguinte ordem do Presidente: "não quero saber dos problemas que vocês vêem, quero o projeto implementado e pronto. Entenderam o Recado?" Recado dado e acatado. Hoje a Olimpíada Brasileira de Matemática é um grande sucesso (mas este é outro assunto). O Presidente agora quer uma olimpíada brasileira de português, mas a luta dos "contra" já iniciou, porém ele já mandou novo recado (ordem).

Nosso presidente é assim, passional até certo ponto, mas racional em outros. Se ele quer, nada o detém. Isso se aplica ao sub nuclear brasileiro, que é uma exigência dele.

E o que este assunto tem haver com os russos? Se (repito, SE) for mesmo da vontade do Presidente Lula uma parceria com os russos, complementar à aliança estratégica com a França, não tenho dúvidas que um novo acordo acontecerá. Não vou comparar os termos, são diferente naturalmente, igualmente não acredito em um SOFA com os russos, mas acredito em algo interessante.

E o que precisamos saber de fato? Se esta notícia dado pelo sr. Sequeira é mesmo verdadeira, isto é, se o Presidente pensa assim e se for um desejo dele, teremos dois fornecedores externos (ótimo isso!) e bons acordos comerciais pela frente.

Mas restam algumas dúvidas: por que o Jobim anda tão empolgado pelos franceses e comentando pouco sobre os russos? Divisão interna? A posição apresentada pelo Lula é uma espécie de palavra de honra acertada previamente com o Saito? E por que o Saito não foi junto nas viagens? E mais uma dúvida final, onde os americanos entram nesta estória toda?


Sds,

Orestes


Eu diria que esta reportagem é apenas a opinião de alguém, nada mais, não existe nenhum fato recente que indique isto.

O que mais me preocupa é a tentativa de amarrar projetos e escolhas de vetores bélicos, a opinião ou preferência pessoal de uma pessoa. Que no ano que vem já não estará mais no cargo, e de outro que não pode mais de reeleger.

Como fica depois? Comprar helos e caças dos russos se justifica pelo menor custo, construir aqui não tem sentido, pelo simples fato que nossa mão de obra não ser mais barata que a dos russos, e nossa moeda não está mais desvalorizada que os russos.

Não vejo como séria nenhuma afirmativa de construção de caças fora da Embraer, e nas quantidades faladas.

Quanto aos helos a situação não é diferente. Não temos mercado interno que justifique a construção do zero de uma fábrica de MI-17, depois ainda falam em construir sucatas aqui. :roll: O mercado interno civil para tal helo é inexistente. E como fica depois? Quem vai bancar isso no futuro?

Mesmo a fábrica da Eurocopter só se justifica porque ela é a empresa dominante hoje no mundo dentro do mercado civil.

Igualmente, me parece absurda a idéia de trocar comoditities por produtos acabados, a troca com os Russsos seria a abertura do mercado local, totalmente controlado pelo Governo, aos aviões da Embraer. Este seria um bom acordo com os Russos.

Quanto a Venzuela, os russos não vão fazer nenhuma fábrica lá porque não existe condições objetivas para tal, não existe mercado, nem perspectivas de usar a Venezuela como base exportadora, porque os Russos não tem nenhuma mercado civil de helos nas Américas. E criar mercado é o mais difícil. E o Acordo com Russos depois dos Franceses, pode significar um risco, para a única grande empresa exportadora de alta tecnologia que temos, a EMBRAER.

A EMBRAER exporta quase tudo que fabrica, e os 02 maiores mercados são EUA e EUROPA OCIDENTAL, devem representar mais de 90% das vendas. E os EUA são o maior mercado. Este é o fato que tornar a equação dos caças tão complexa. E não estou pensando no curto prazo, mas depois que o Sr. Lula e o Sr. Sato não estiverem mais dando as cartas. Como é que vai ficar?

Mesmo porque nada indica que o Sr. Chavez vai se eternizar no poder, o que impede o próximo governo da Venezuela jogar os SU para escanteio, como o atual fez com os F-16? E como já foi dito aqui, o primeiro caça só deve chegar depois de 2010.

Já falei, minha segunda opção são os SU-35-1. Se estiver vendo SOMENTE pelo prisma da plataforma. Mas como não sou piloto, nem um adolescente apaixonado por shows aéreos, sei que a ordem dos caças devem ser EUA e FRANÇA, não pelos modelos, mais pela lógica de mercado. Não gosto de gente cantando de galo, quando não tem como bancar aquilo que fala e planeja. Como é o caso do Sr. Chavez, ser falastrão é fácil, agora, no momento que sofrermos uma retaliação comercial na área da aviação nos EUA, como é que vamos ficar?

Daí, talvez, tantas viagens aos EUA, TEMOS que dar todas as chances a eles no campo da aviação. É a tal da reciprocidade, não devemos nada aos Russos, não vendemos nada lá a não ser comoditities, e isso está em alta no mundo, não graças aos russos, mais aos chineses e indianos.

Portanto, gostaria muito que estas decisões não tivessem caráter pessoal, eu diria que é a pior maneira de decidir a compra de caças sejam, russos, franceses ou dos EUA.

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#560 Mensagem por Morcego » Sáb Fev 02, 2008 1:53 pm

De fato tenho que concordar com o Prick, depois do que foi assinado na França (DANDO CREDIBILIDADE ao que MILTON BLAI falou em sua ponta na radio bandeirantes) de todo modo, vamos ver, afinal, ainda resta uma ida do NJ aos EUA, vamos aguardar vamos aguardar.




Sd volcom
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#561 Mensagem por Sd volcom » Sáb Fev 02, 2008 2:08 pm

PRick escreveu:
orestespf escreveu:
thelmo rodrigues escreveu:Conexão diplomática

Jogada de mestre

Por Claudio Dantas Sequeira



O ministro Nelson Jobim desembarca hoje em Moscou para a segunda fase de sua turnê internacional pelo mercado de defesa. Leva na maleta uma proposta que promete tirar o sono de ninguém menos que… Hugo Chávez. É que as cúpulas do Kremlin e do Planalto negociam em segredo a instalação em território brasileiro de um parque industrial para manutenção dos caças de combate russos e, possivelmente, helicópteros. Os mesmos que o caudilho venezuelano tem adquirido, às dezenas, com seus petrodólares. Chávez gastou US$ 3 bilhões em 24 Sukhoi Su-30MK2 e 33 helicópteros blindados de ataque, inclusive o poderoso Mi-35. Mas o acordo foi meramente comercial e não incluiu troca de tecnologia. Se fechado o negócio com o governo Lula, Chávez será obrigado a fazer a manutenção de suas aeronaves no Brasil. Nas palavras de um diplomata, “ele virá comer nas nossas mãos”.
Nunca antes na história deste país… se teve chance tão boa para garantir superioridade estratégica em relação à Venezuela, com incrível poder de contenção das estripulias bolivarianas. Os russos pensaram em montar seu aparato industrial lá em solo venezuelano, mas toparam com dois problemas: a carência de mão-de-obra especializada e um desgaste desnecessário (e extremamente arriscado) com os EUA — uma espécie de reedição da crise dos mísseis em Cuba, em 1962.

Para efeitos do novo programa de reaparelhamento brasileiro (FX-2), os russos mantêm a oferta de transferência de tecnologia a partir da compra de 36 aparelhos Sukhoi-35. Também se analisa a participação do programa russo PAK-FA T-50, um avião de combate de 5ª geração, que já conta com a participação da Índia. Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. Enquanto a produção de helicópteros Cougar com o consórcio EADS acalma o poderoso lobby da Embraer, o negócio com os aviões russos satisfaz o comando da FAB. A Marinha terá seus submarinos e o Exército, seus blindados, sejam de Paris ou Moscou. Quanto mais diversificação, maior a autonomia do país.


Tá certo que o Sequeira parece torcer pelos russos, pelo menos noto isso em seus artigos, além de ter a forte sensação que o mesmo é freqüentador do DB, visto que escreve muito próximo da forma exposta por alguns foristas daqui.

Por outro lado, colocando de lado estas coisas, o seu artigo entra em uma seara muito interessante, que reside no fato do Brasil firmar acordo com dois grandes produtores de equipamentos e armamentos do mundo (França e Rússia).

A frase que mais me chama a atenção é esta: "Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. ".

Eu já comentei aqui várias vezes que o submarino nuclear está saindo do papel justamente por ser desejo do Presidente Lula. O Presidente é assim mesmo, quando ele coloca uma coisa na cabeça, seus auxiliares sabem que é ordem, não existem contra-argumentos, se não tem como fazer, que se crie uma condição para realizá-lo.

Só para ilustrar, existe uma competição nacional que é conhecida como Olimpíada Brasileira de Matemática. Este projeto nasceu no Ceará com o trabalho de um matemático brasileiro conhecido. Alguém achou por bem apresentar ao MCT, que topou de cara, mas seria necessário uma parceria com o MEC, que vetou o projeto. Os caras não desistiram e resolveram mostrá-lo pessoalmente ao Presidente Lula, que não apenas gostou, como exigiu sua imediata implantação. O MEC mais uma vez vetou, alegou uma série de problemas. E o que aconteceu? O MEC recebeu a seguinte ordem do Presidente: "não quero saber dos problemas que vocês vêem, quero o projeto implementado e pronto. Entenderam o Recado?" Recado dado e acatado. Hoje a Olimpíada Brasileira de Matemática é um grande sucesso (mas este é outro assunto). O Presidente agora quer uma olimpíada brasileira de português, mas a luta dos "contra" já iniciou, porém ele já mandou novo recado (ordem).

Nosso presidente é assim, passional até certo ponto, mas racional em outros. Se ele quer, nada o detém. Isso se aplica ao sub nuclear brasileiro, que é uma exigência dele.

E o que este assunto tem haver com os russos? Se (repito, SE) for mesmo da vontade do Presidente Lula uma parceria com os russos, complementar à aliança estratégica com a França, não tenho dúvidas que um novo acordo acontecerá. Não vou comparar os termos, são diferente naturalmente, igualmente não acredito em um SOFA com os russos, mas acredito em algo interessante.

E o que precisamos saber de fato? Se esta notícia dado pelo sr. Sequeira é mesmo verdadeira, isto é, se o Presidente pensa assim e se for um desejo dele, teremos dois fornecedores externos (ótimo isso!) e bons acordos comerciais pela frente.

Mas restam algumas dúvidas: por que o Jobim anda tão empolgado pelos franceses e comentando pouco sobre os russos? Divisão interna? A posição apresentada pelo Lula é uma espécie de palavra de honra acertada previamente com o Saito? E por que o Saito não foi junto nas viagens? E mais uma dúvida final, onde os americanos entram nesta estória toda?


Sds,

Orestes


Eu diria que esta reportagem é apenas a opinião de alguém, nada mais, não existe nenhum fato recente que indique isto.

O que mais me preocupa é a tentativa de amarrar projetos e escolhas de vetores bélicos, a opinião ou preferência pessoal de uma pessoa. Que no ano que vem já não estará mais no cargo, e de outro que não pode mais de reeleger.

Como fica depois? Comprar helos e caças dos russos se justifica pelo menor custo, construir aqui não tem sentido, pelo simples fato que nossa mão de obra não ser mais barata que a dos russos, e nossa moeda não está mais desvalorizada que os russos.

Não vejo como séria nenhuma afirmativa de construção de caças fora da Embraer, e nas quantidades faladas.

Quanto aos helos a situação não é diferente. Não temos mercado interno que justifique a construção do zero de uma fábrica de MI-17, depois ainda falam em construir sucatas aqui. :roll: O mercado interno civil para tal helo é inexistente. E como fica depois? Quem vai bancar isso no futuro?

Mesmo a fábrica da Eurocopter só se justifica porque ela é a empresa dominante hoje no mundo dentro do mercado civil.

Igualmente, me parece absurda a idéia de trocar comoditities por produtos acabados, a troca com os Russsos seria a abertura do mercado local, totalmente controlado pelo Governo, aos aviões da Embraer. Este seria um bom acordo com os Russos.

Quanto a Venzuela, os russos não vão fazer nenhuma fábrica lá porque não existe condições objetivas para tal, não existe mercado, nem perspectivas de usar a Venezuela como base exportadora, porque os Russos não tem nenhuma mercado civil de helos nas Américas. E criar mercado é o mais difícil. E o Acordo com Russos depois dos Franceses, pode significar um risco, para a única grande empresa exportadora de alta tecnologia que temos, a EMBRAER.

A EMBRAER exporta quase tudo que fabrica, e os 02 maiores mercados são EUA e EUROPA OCIDENTAL, devem representar mais de 90% das vendas. E os EUA são o maior mercado. Este é o fato que tornar a equação dos caças tão complexa. E não estou pensando no curto prazo, mas depois que o Sr. Lula e o Sr. Sato não estiverem mais dando as cartas. Como é que vai ficar?

Mesmo porque nada indica que o Sr. Chavez vai se eternizar no poder, o que impede o próximo governo da Venezuela jogar os SU para escanteio, como o atual fez com os F-16? E como já foi dito aqui, o primeiro caça só deve chegar depois de 2010.

Já falei, minha segunda opção são os SU-35-1. Se estiver vendo SOMENTE pelo prisma da plataforma. Mas como não sou piloto, nem um adolescente apaixonado por shows aéreos, sei que a ordem dos caças devem ser EUA e FRANÇA, não pelos modelos, mais pela lógica de mercado. Não gosto de gente cantando de galo, quando não tem como bancar aquilo que fala e planeja. Como é o caso do Sr. Chavez, ser falastrão é fácil, agora, no momento que sofrermos uma retaliação comercial na área da aviação nos EUA, como é que vamos ficar?

Daí, talvez, tantas viagens aos EUA, TEMOS que dar todas as chances a eles no campo da aviação. É a tal da reciprocidade, não devemos nada aos Russos, não vendemos nada lá a não ser comoditities, e isso está em alta no mundo, não graças aos russos, mais aos chineses e indianos.

Portanto, gostaria muito que estas decisões não tivessem caráter pessoal, eu diria que é a pior maneira de decidir a compra de caças sejam, russos, franceses ou dos EUA.

[ ]´s



Ja é Pessoal! Ate agora não entrou na sua mente... Do FX-1 ao de agora mesmo, esse tendo uma outra "conotação"

Vlws Abraços




Editado pela última vez por Sd volcom em Sáb Fev 02, 2008 3:23 pm, em um total de 1 vez.
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Booz
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#562 Mensagem por Booz » Sáb Fev 02, 2008 2:10 pm

Onde há fumaça há, pelo menos, uma "condensaçãozinha".
E lendo às analises do profesor e do PRicK vamos do Olimpo ao reino de Hades em um pulo.

Mas, deve haver uma condensação, ao menos, nessa fumaça ainda que seja jogo de informação e contra-informação.
Porque, nesta área, nada é aquilo que parece ser.
Senão vejamos:
O Brasil quer caças, necessita,imprescínde deles. Logo, de um modo ou de outro irá comprá-los. No entanto, esta celeuma segue desde priscas eras em um jogo sordido e até cômico.

O Brasil também necessita de outras tecnologias e, até pela primeira vez (talvez pelas condições "nunca antes vista na história deste país"), estamos conjugando os interesses da compra super-atrasada dos caças com tecnolgias outras.
Orestes mandou bem nas esperanças que presume de um acordo com os russos, basenado-se no que diz o artigo. Porém, infelizmente, os russos podem estar, apenas, enviando uns panfletos de guerra psicológica, jogando uma pedra para ver que barulho faz. Foi assim desde os primórdios do F-X na versão 1.0
A analise do PRick é um balde de água fria, impossível de ver emergir lógica nela. É contundente.

Montar fábrica, parque de manutenção... enquanto que a Venezuela comprou tanta coisa e não teve esse tratamento, sei lá, parece ficção.

Todavia, como nada é realmente o que se mostra à primeira vsita, vamos ter mesmo é que aguardar. Pois, caça... bem, este já está escolhido* pela FAB há quase uma década (Flanker). Se vai ser ele? Só as sístoles e diástoles (by gen. Golbery) dos interesses comerciais e políticos é que irão dizer.

Em suma, a coisa é tão intrincada que só saberemos mesmo quando for anunciada. Porque, NINGUÉM, sequer especulava um acordo como o que foi preliminarmente tratado com à França, e a coisa saiu para surpresa de nosotros.

(*) Quando digo que a FAB j"á escolheu seu caça há décadas", me baseio no desejo propalado pelas opiniões dos pilotos e até do próprio comnadante atual.




Imagem
PRick

#563 Mensagem por PRick » Sáb Fev 02, 2008 2:23 pm

Sd volcom escreveu:
PRick escreveu:
orestespf escreveu:
thelmo rodrigues escreveu:Conexão diplomática

Jogada de mestre

Por Claudio Dantas Sequeira



O ministro Nelson Jobim desembarca hoje em Moscou para a segunda fase de sua turnê internacional pelo mercado de defesa. Leva na maleta uma proposta que promete tirar o sono de ninguém menos que… Hugo Chávez. É que as cúpulas do Kremlin e do Planalto negociam em segredo a instalação em território brasileiro de um parque industrial para manutenção dos caças de combate russos e, possivelmente, helicópteros. Os mesmos que o caudilho venezuelano tem adquirido, às dezenas, com seus petrodólares. Chávez gastou US$ 3 bilhões em 24 Sukhoi Su-30MK2 e 33 helicópteros blindados de ataque, inclusive o poderoso Mi-35. Mas o acordo foi meramente comercial e não incluiu troca de tecnologia. Se fechado o negócio com o governo Lula, Chávez será obrigado a fazer a manutenção de suas aeronaves no Brasil. Nas palavras de um diplomata, “ele virá comer nas nossas mãos”.
Nunca antes na história deste país… se teve chance tão boa para garantir superioridade estratégica em relação à Venezuela, com incrível poder de contenção das estripulias bolivarianas. Os russos pensaram em montar seu aparato industrial lá em solo venezuelano, mas toparam com dois problemas: a carência de mão-de-obra especializada e um desgaste desnecessário (e extremamente arriscado) com os EUA — uma espécie de reedição da crise dos mísseis em Cuba, em 1962.

Para efeitos do novo programa de reaparelhamento brasileiro (FX-2), os russos mantêm a oferta de transferência de tecnologia a partir da compra de 36 aparelhos Sukhoi-35. Também se analisa a participação do programa russo PAK-FA T-50, um avião de combate de 5ª geração, que já conta com a participação da Índia. Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. Enquanto a produção de helicópteros Cougar com o consórcio EADS acalma o poderoso lobby da Embraer, o negócio com os aviões russos satisfaz o comando da FAB. A Marinha terá seus submarinos e o Exército, seus blindados, sejam de Paris ou Moscou. Quanto mais diversificação, maior a autonomia do país.


Tá certo que o Sequeira parece torcer pelos russos, pelo menos noto isso em seus artigos, além de ter a forte sensação que o mesmo é freqüentador do DB, visto que escreve muito próximo da forma exposta por alguns foristas daqui.

Por outro lado, colocando de lado estas coisas, o seu artigo entra em uma seara muito interessante, que reside no fato do Brasil firmar acordo com dois grandes produtores de equipamentos e armamentos do mundo (França e Rússia).

A frase que mais me chama a atenção é esta: "Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. ".

Eu já comentei aqui várias vezes que o submarino nuclear está saindo do papel justamente por ser desejo do Presidente Lula. O Presidente é assim mesmo, quando ele coloca uma coisa na cabeça, seus auxiliares sabem que é ordem, não existem contra-argumentos, se não tem como fazer, que se crie uma condição para realizá-lo.

Só para ilustrar, existe uma competição nacional que é conhecida como Olimpíada Brasileira de Matemática. Este projeto nasceu no Ceará com o trabalho de um matemático brasileiro conhecido. Alguém achou por bem apresentar ao MCT, que topou de cara, mas seria necessário uma parceria com o MEC, que vetou o projeto. Os caras não desistiram e resolveram mostrá-lo pessoalmente ao Presidente Lula, que não apenas gostou, como exigiu sua imediata implantação. O MEC mais uma vez vetou, alegou uma série de problemas. E o que aconteceu? O MEC recebeu a seguinte ordem do Presidente: "não quero saber dos problemas que vocês vêem, quero o projeto implementado e pronto. Entenderam o Recado?" Recado dado e acatado. Hoje a Olimpíada Brasileira de Matemática é um grande sucesso (mas este é outro assunto). O Presidente agora quer uma olimpíada brasileira de português, mas a luta dos "contra" já iniciou, porém ele já mandou novo recado (ordem).

Nosso presidente é assim, passional até certo ponto, mas racional em outros. Se ele quer, nada o detém. Isso se aplica ao sub nuclear brasileiro, que é uma exigência dele.

E o que este assunto tem haver com os russos? Se (repito, SE) for mesmo da vontade do Presidente Lula uma parceria com os russos, complementar à aliança estratégica com a França, não tenho dúvidas que um novo acordo acontecerá. Não vou comparar os termos, são diferente naturalmente, igualmente não acredito em um SOFA com os russos, mas acredito em algo interessante.

E o que precisamos saber de fato? Se esta notícia dado pelo sr. Sequeira é mesmo verdadeira, isto é, se o Presidente pensa assim e se for um desejo dele, teremos dois fornecedores externos (ótimo isso!) e bons acordos comerciais pela frente.

Mas restam algumas dúvidas: por que o Jobim anda tão empolgado pelos franceses e comentando pouco sobre os russos? Divisão interna? A posição apresentada pelo Lula é uma espécie de palavra de honra acertada previamente com o Saito? E por que o Saito não foi junto nas viagens? E mais uma dúvida final, onde os americanos entram nesta estória toda?


Sds,

Orestes


Eu diria que esta reportagem é apenas a opinião de alguém, nada mais, não existe nenhum fato recente que indique isto.

O que mais me preocupa é a tentativa de amarrar projetos e escolhas de vetores bélicos, a opinião ou preferência pessoal de uma pessoa. Que no ano que vem já não estará mais no cargo, e de outro que não pode mais de reeleger.

Como fica depois? Comprar helos e caças dos russos se justifica pelo menor custo, construir aqui não tem sentido, pelo simples fato que nossa mão de obra não ser mais barata que a dos russos, e nossa moeda não está mais desvalorizada que os russos.

Não vejo como séria nenhuma afirmativa de construção de caças fora da Embraer, e nas quantidades faladas.

Quanto aos helos a situação não é diferente. Não temos mercado interno que justifique a construção do zero de uma fábrica de MI-17, depois ainda falam em construir sucatas aqui. :roll: O mercado interno civil para tal helo é inexistente. E como fica depois? Quem vai bancar isso no futuro?

Mesmo a fábrica da Eurocopter só se justifica porque ela é a empresa dominante hoje no mundo dentro do mercado civil.

Igualmente, me parece absurda a idéia de trocar comoditities por produtos acabados, a troca com os Russsos seria a abertura do mercado local, totalmente controlado pelo Governo, aos aviões da Embraer. Este seria um bom acordo com os Russos.

Quanto a Venzuela, os russos não vão fazer nenhuma fábrica lá porque não existe condições objetivas para tal, não existe mercado, nem perspectivas de usar a Venezuela como base exportadora, porque os Russos não tem nenhuma mercado civil de helos nas Américas. E criar mercado é o mais difícil. E o Acordo com Russos depois dos Franceses, pode significar um risco, para a única grande empresa exportadora de alta tecnologia que temos, a EMBRAER.

A EMBRAER exporta quase tudo que fabrica, e os 02 maiores mercados são EUA e EUROPA OCIDENTAL, devem representar mais de 90% das vendas. E os EUA são o maior mercado. Este é o fato que tornar a equação dos caças tão complexa. E não estou pensando no curto prazo, mas depois que o Sr. Lula e o Sr. Sato não estiverem mais dando as cartas. Como é que vai ficar?

Mesmo porque nada indica que o Sr. Chavez vai se eternizar no poder, o que impede o próximo governo da Venezuela jogar os SU para escanteio, como o atual fez com os F-16? E como já foi dito aqui, o primeiro caça só deve chegar depois de 2010.

Já falei, minha segunda opção são os SU-35-1. Se estiver vendo SOMENTE pelo prisma da plataforma. Mas como não sou piloto, nem um adolescente apaixonado por shows aéreos, sei que a ordem dos caças devem ser EUA e FRANÇA, não pelos modelos, mais pela lógica de mercado. Não gosto de gente cantando de galo, quando não tem como bancar aquilo que fala e planeja. Como é o caso do Sr. Chavez, ser falastrão é fácil, agora, no momento que sofrermos uma retaliação comercial na área da aviação nos EUA, como é que vamos ficar?

Daí, talvez, tantas viagens aos EUA, TEMOS que dar todas as chances a eles no campo da aviação. É a tal da reciprocidade, não devemos nada aos Russos, não vendemos nada lá a não ser comoditities, e isso está em alta no mundo, não graças aos russos, mais aos chineses e indianos.

Portanto, gostaria muito que estas decisões não tivessem caráter pessoal, eu diria que é a pior maneira de decidir a compra de caças sejam, russos, franceses ou dos EUA.

[ ]´s



Ja é Pessoal! Ate agora não entrou na sua mente... Do FX-1 ao de agora mesmo esse tendo uma outra "conotação"

Vlws Abraços


E não será por isso que nada foi definido no FX-1, ou melhor acabamos com M-2000C. Acho que isso ainda não entrou na sua mente, sem consenso, o FX-2 tem tudo para falhar. E terminar como o FX-1.:roll:

Por sinal a escolha "pessoal" foi M-2000C. E eu sou contra que isso se repita.:wink: Mesmo que acabemos com F-16C Bl 50, pelo menos sem restrições de armamento, porém se tal fato amarrar bem nossa política externa, balança comercial e cadeira no CS, que me desculpem os pilotos da FAB, mas danem-se a opinião deles e do Saito, se o que estiver na mesa sendo negociado for algo assim. :wink: Antes de serem pilotos, comandantes eles são brasileiros.

[ ]´s




Carlos Mathias

#564 Mensagem por Carlos Mathias » Sáb Fev 02, 2008 2:42 pm

:lol:




orestespf
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#565 Mensagem por orestespf » Sáb Fev 02, 2008 2:57 pm

Olha, vou escrachar e agora me expondo, sem medo de errar: vai dar Rússia para os caças da FAB.

Não vou dizer mais nada, nem o que me levou a concluir isso, já que sou boateiro, que me vejam assim. Se por acaso eu errar e der Rafale, um caça que eu gosto, não será pelo que... Estou seguro pelo "boateiro" que me passou o mais novo boato. Não quero nem saber, já estou tomando vodka e já encomendei mais algumas garrafas. Quem quiser continuar tomando os "espumantes", que continue, mas que seja para comemorar a vitória de flankeiros. :D :D :D :twisted: :twisted: :twisted:

E os EUA? Só vi uma risadinha e em seguida um sonoro "sifu"! :twisted: :twisted: :twisted:

Interpretem como quiserem... rsrsrs


Saudações "flankistas"!

Orestes




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#566 Mensagem por Immortal Horgh » Sáb Fev 02, 2008 3:17 pm

orestespf escreveu:Olha, vou escrachar e agora me expondo, sem medo de errar: vai dar Rússia para os caças da FAB.

Não vou dizer mais nada, nem o que me levou a concluir isso, já que sou boateiro, que me vejam assim. Se por acaso eu errar e der Rafale, um caça que eu gosto, não será pelo que... Estou seguro pelo "boateiro" que me passou o mais novo boato. Não quero nem saber, já estou tomando vodka e já encomendei mais algumas garrafas. Quem quiser continuar tomando os "espumantes", que continue, mas que seja para comemorar a vitória de flankeiros. :D :D :D :twisted: :twisted: :twisted:

E os EUA? Só vi uma risadinha e em seguida um sonoro "sifu"! :twisted: :twisted: :twisted:

Interpretem como quiserem... rsrsrs


Saudações "flankistas"!

Orestes


:twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:


Aí, Professor, essa é a notícia que nós flankeiros queríamos ver :twisted:
Não estava acreditando que o molusco deixaria o Saito sair para poder empurrar o Rafale goela abaixo na FAB. Agora só falta você "boatar" mais um pouquinho e, não precisa dizer "abertamente" só umas "reticências maliciosas" já servem, se o PAK estará na jogada :twisted: :twisted:



[ ]s




Carlos Mathias

#567 Mensagem por Carlos Mathias » Sáb Fev 02, 2008 3:21 pm

Lembram que eu falei que estava na varanda vendo o bloco passar? 8-]




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#568 Mensagem por Immortal Horgh » Sáb Fev 02, 2008 3:28 pm

Carlos Mathias escreveu:Lembram que eu falei que estava na varanda vendo o bloco passar? 8-]



[018] [018] [018]




Sd volcom
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#569 Mensagem por Sd volcom » Sáb Fev 02, 2008 3:33 pm

PRick escreveu:
Sd volcom escreveu:
PRick escreveu:
orestespf escreveu:
thelmo rodrigues escreveu:Conexão diplomática

Jogada de mestre

Por Claudio Dantas Sequeira



O ministro Nelson Jobim desembarca hoje em Moscou para a segunda fase de sua turnê internacional pelo mercado de defesa. Leva na maleta uma proposta que promete tirar o sono de ninguém menos que… Hugo Chávez. É que as cúpulas do Kremlin e do Planalto negociam em segredo a instalação em território brasileiro de um parque industrial para manutenção dos caças de combate russos e, possivelmente, helicópteros. Os mesmos que o caudilho venezuelano tem adquirido, às dezenas, com seus petrodólares. Chávez gastou US$ 3 bilhões em 24 Sukhoi Su-30MK2 e 33 helicópteros blindados de ataque, inclusive o poderoso Mi-35. Mas o acordo foi meramente comercial e não incluiu troca de tecnologia. Se fechado o negócio com o governo Lula, Chávez será obrigado a fazer a manutenção de suas aeronaves no Brasil. Nas palavras de um diplomata, “ele virá comer nas nossas mãos”.
Nunca antes na história deste país… se teve chance tão boa para garantir superioridade estratégica em relação à Venezuela, com incrível poder de contenção das estripulias bolivarianas. Os russos pensaram em montar seu aparato industrial lá em solo venezuelano, mas toparam com dois problemas: a carência de mão-de-obra especializada e um desgaste desnecessário (e extremamente arriscado) com os EUA — uma espécie de reedição da crise dos mísseis em Cuba, em 1962.

Para efeitos do novo programa de reaparelhamento brasileiro (FX-2), os russos mantêm a oferta de transferência de tecnologia a partir da compra de 36 aparelhos Sukhoi-35. Também se analisa a participação do programa russo PAK-FA T-50, um avião de combate de 5ª geração, que já conta com a participação da Índia. Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. Enquanto a produção de helicópteros Cougar com o consórcio EADS acalma o poderoso lobby da Embraer, o negócio com os aviões russos satisfaz o comando da FAB. A Marinha terá seus submarinos e o Exército, seus blindados, sejam de Paris ou Moscou. Quanto mais diversificação, maior a autonomia do país.


Tá certo que o Sequeira parece torcer pelos russos, pelo menos noto isso em seus artigos, além de ter a forte sensação que o mesmo é freqüentador do DB, visto que escreve muito próximo da forma exposta por alguns foristas daqui.

Por outro lado, colocando de lado estas coisas, o seu artigo entra em uma seara muito interessante, que reside no fato do Brasil firmar acordo com dois grandes produtores de equipamentos e armamentos do mundo (França e Rússia).

A frase que mais me chama a atenção é esta: "Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. ".

Eu já comentei aqui várias vezes que o submarino nuclear está saindo do papel justamente por ser desejo do Presidente Lula. O Presidente é assim mesmo, quando ele coloca uma coisa na cabeça, seus auxiliares sabem que é ordem, não existem contra-argumentos, se não tem como fazer, que se crie uma condição para realizá-lo.

Só para ilustrar, existe uma competição nacional que é conhecida como Olimpíada Brasileira de Matemática. Este projeto nasceu no Ceará com o trabalho de um matemático brasileiro conhecido. Alguém achou por bem apresentar ao MCT, que topou de cara, mas seria necessário uma parceria com o MEC, que vetou o projeto. Os caras não desistiram e resolveram mostrá-lo pessoalmente ao Presidente Lula, que não apenas gostou, como exigiu sua imediata implantação. O MEC mais uma vez vetou, alegou uma série de problemas. E o que aconteceu? O MEC recebeu a seguinte ordem do Presidente: "não quero saber dos problemas que vocês vêem, quero o projeto implementado e pronto. Entenderam o Recado?" Recado dado e acatado. Hoje a Olimpíada Brasileira de Matemática é um grande sucesso (mas este é outro assunto). O Presidente agora quer uma olimpíada brasileira de português, mas a luta dos "contra" já iniciou, porém ele já mandou novo recado (ordem).

Nosso presidente é assim, passional até certo ponto, mas racional em outros. Se ele quer, nada o detém. Isso se aplica ao sub nuclear brasileiro, que é uma exigência dele.

E o que este assunto tem haver com os russos? Se (repito, SE) for mesmo da vontade do Presidente Lula uma parceria com os russos, complementar à aliança estratégica com a França, não tenho dúvidas que um novo acordo acontecerá. Não vou comparar os termos, são diferente naturalmente, igualmente não acredito em um SOFA com os russos, mas acredito em algo interessante.

E o que precisamos saber de fato? Se esta notícia dado pelo sr. Sequeira é mesmo verdadeira, isto é, se o Presidente pensa assim e se for um desejo dele, teremos dois fornecedores externos (ótimo isso!) e bons acordos comerciais pela frente.

Mas restam algumas dúvidas: por que o Jobim anda tão empolgado pelos franceses e comentando pouco sobre os russos? Divisão interna? A posição apresentada pelo Lula é uma espécie de palavra de honra acertada previamente com o Saito? E por que o Saito não foi junto nas viagens? E mais uma dúvida final, onde os americanos entram nesta estória toda?


Sds,

Orestes


Eu diria que esta reportagem é apenas a opinião de alguém, nada mais, não existe nenhum fato recente que indique isto.

O que mais me preocupa é a tentativa de amarrar projetos e escolhas de vetores bélicos, a opinião ou preferência pessoal de uma pessoa. Que no ano que vem já não estará mais no cargo, e de outro que não pode mais de reeleger.

Como fica depois? Comprar helos e caças dos russos se justifica pelo menor custo, construir aqui não tem sentido, pelo simples fato que nossa mão de obra não ser mais barata que a dos russos, e nossa moeda não está mais desvalorizada que os russos.

Não vejo como séria nenhuma afirmativa de construção de caças fora da Embraer, e nas quantidades faladas.

Quanto aos helos a situação não é diferente. Não temos mercado interno que justifique a construção do zero de uma fábrica de MI-17, depois ainda falam em construir sucatas aqui. :roll: O mercado interno civil para tal helo é inexistente. E como fica depois? Quem vai bancar isso no futuro?

Mesmo a fábrica da Eurocopter só se justifica porque ela é a empresa dominante hoje no mundo dentro do mercado civil.

Igualmente, me parece absurda a idéia de trocar comoditities por produtos acabados, a troca com os Russsos seria a abertura do mercado local, totalmente controlado pelo Governo, aos aviões da Embraer. Este seria um bom acordo com os Russos.

Quanto a Venzuela, os russos não vão fazer nenhuma fábrica lá porque não existe condições objetivas para tal, não existe mercado, nem perspectivas de usar a Venezuela como base exportadora, porque os Russos não tem nenhuma mercado civil de helos nas Américas. E criar mercado é o mais difícil. E o Acordo com Russos depois dos Franceses, pode significar um risco, para a única grande empresa exportadora de alta tecnologia que temos, a EMBRAER.

A EMBRAER exporta quase tudo que fabrica, e os 02 maiores mercados são EUA e EUROPA OCIDENTAL, devem representar mais de 90% das vendas. E os EUA são o maior mercado. Este é o fato que tornar a equação dos caças tão complexa. E não estou pensando no curto prazo, mas depois que o Sr. Lula e o Sr. Sato não estiverem mais dando as cartas. Como é que vai ficar?

Mesmo porque nada indica que o Sr. Chavez vai se eternizar no poder, o que impede o próximo governo da Venezuela jogar os SU para escanteio, como o atual fez com os F-16? E como já foi dito aqui, o primeiro caça só deve chegar depois de 2010.

Já falei, minha segunda opção são os SU-35-1. Se estiver vendo SOMENTE pelo prisma da plataforma. Mas como não sou piloto, nem um adolescente apaixonado por shows aéreos, sei que a ordem dos caças devem ser EUA e FRANÇA, não pelos modelos, mais pela lógica de mercado. Não gosto de gente cantando de galo, quando não tem como bancar aquilo que fala e planeja. Como é o caso do Sr. Chavez, ser falastrão é fácil, agora, no momento que sofrermos uma retaliação comercial na área da aviação nos EUA, como é que vamos ficar?

Daí, talvez, tantas viagens aos EUA, TEMOS que dar todas as chances a eles no campo da aviação. É a tal da reciprocidade, não devemos nada aos Russos, não vendemos nada lá a não ser comoditities, e isso está em alta no mundo, não graças aos russos, mais aos chineses e indianos.

Portanto, gostaria muito que estas decisões não tivessem caráter pessoal, eu diria que é a pior maneira de decidir a compra de caças sejam, russos, franceses ou dos EUA.

[ ]´s



Ja é Pessoal! Ate agora não entrou na sua mente... Do FX-1 ao de agora mesmo esse tendo uma outra "conotação"

Vlws Abraços


E não será por isso que nada foi definido no FX-1, ou melhor acabamos com M-2000C. Acho que isso ainda não entrou na sua mente, sem consenso, o FX-2 tem tudo para falhar. E terminar como o FX-1.:roll:

Por sinal a escolha "pessoal" foi M-2000C. E eu sou contra que isso se repita.:wink: Mesmo que acabemos com F-16C Bl 50, pelo menos sem restrições de armamento, porém se tal fato amarrar bem nossa política externa, balança comercial e cadeira no CS, que me desculpem os pilotos da FAB, mas danem-se a opinião deles e do Saito, se o que estiver na mesa sendo negociado for algo assim. :wink: Antes de serem pilotos, comandantes eles são brasileiros.

[ ]´s


Concordo PRick! Sem consenso não se faz nada...(bem Faz $$) Mas que falou, que não tem consenso...

Por isso que venho batendo na mesma tecla com os RUSSOS e AMERICANOS e bota a mesma frase: "Cuidado com a Jogada Yankees"

Por fim so acredito, vendo e entrando dentro... porque se eu falar o email que recebi da Fonte o Diabo volta para o Céu!

( Chora Violaaaaaaaa... A Patada Russa/Yankee ) :twisted:

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#570 Mensagem por Immortal Horgh » Sáb Fev 02, 2008 3:38 pm

Sd volcom escreveu:
PRick escreveu:
Sd volcom escreveu:
PRick escreveu:
orestespf escreveu:
thelmo rodrigues escreveu:Conexão diplomática

Jogada de mestre

Por Claudio Dantas Sequeira



O ministro Nelson Jobim desembarca hoje em Moscou para a segunda fase de sua turnê internacional pelo mercado de defesa. Leva na maleta uma proposta que promete tirar o sono de ninguém menos que… Hugo Chávez. É que as cúpulas do Kremlin e do Planalto negociam em segredo a instalação em território brasileiro de um parque industrial para manutenção dos caças de combate russos e, possivelmente, helicópteros. Os mesmos que o caudilho venezuelano tem adquirido, às dezenas, com seus petrodólares. Chávez gastou US$ 3 bilhões em 24 Sukhoi Su-30MK2 e 33 helicópteros blindados de ataque, inclusive o poderoso Mi-35. Mas o acordo foi meramente comercial e não incluiu troca de tecnologia. Se fechado o negócio com o governo Lula, Chávez será obrigado a fazer a manutenção de suas aeronaves no Brasil. Nas palavras de um diplomata, “ele virá comer nas nossas mãos”.
Nunca antes na história deste país… se teve chance tão boa para garantir superioridade estratégica em relação à Venezuela, com incrível poder de contenção das estripulias bolivarianas. Os russos pensaram em montar seu aparato industrial lá em solo venezuelano, mas toparam com dois problemas: a carência de mão-de-obra especializada e um desgaste desnecessário (e extremamente arriscado) com os EUA — uma espécie de reedição da crise dos mísseis em Cuba, em 1962.

Para efeitos do novo programa de reaparelhamento brasileiro (FX-2), os russos mantêm a oferta de transferência de tecnologia a partir da compra de 36 aparelhos Sukhoi-35. Também se analisa a participação do programa russo PAK-FA T-50, um avião de combate de 5ª geração, que já conta com a participação da Índia. Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. Enquanto a produção de helicópteros Cougar com o consórcio EADS acalma o poderoso lobby da Embraer, o negócio com os aviões russos satisfaz o comando da FAB. A Marinha terá seus submarinos e o Exército, seus blindados, sejam de Paris ou Moscou. Quanto mais diversificação, maior a autonomia do país.


Tá certo que o Sequeira parece torcer pelos russos, pelo menos noto isso em seus artigos, além de ter a forte sensação que o mesmo é freqüentador do DB, visto que escreve muito próximo da forma exposta por alguns foristas daqui.

Por outro lado, colocando de lado estas coisas, o seu artigo entra em uma seara muito interessante, que reside no fato do Brasil firmar acordo com dois grandes produtores de equipamentos e armamentos do mundo (França e Rússia).

A frase que mais me chama a atenção é esta: "Para Lula, a parceria com os russos é complementar à aliança estratégica com a França. ".

Eu já comentei aqui várias vezes que o submarino nuclear está saindo do papel justamente por ser desejo do Presidente Lula. O Presidente é assim mesmo, quando ele coloca uma coisa na cabeça, seus auxiliares sabem que é ordem, não existem contra-argumentos, se não tem como fazer, que se crie uma condição para realizá-lo.

Só para ilustrar, existe uma competição nacional que é conhecida como Olimpíada Brasileira de Matemática. Este projeto nasceu no Ceará com o trabalho de um matemático brasileiro conhecido. Alguém achou por bem apresentar ao MCT, que topou de cara, mas seria necessário uma parceria com o MEC, que vetou o projeto. Os caras não desistiram e resolveram mostrá-lo pessoalmente ao Presidente Lula, que não apenas gostou, como exigiu sua imediata implantação. O MEC mais uma vez vetou, alegou uma série de problemas. E o que aconteceu? O MEC recebeu a seguinte ordem do Presidente: "não quero saber dos problemas que vocês vêem, quero o projeto implementado e pronto. Entenderam o Recado?" Recado dado e acatado. Hoje a Olimpíada Brasileira de Matemática é um grande sucesso (mas este é outro assunto). O Presidente agora quer uma olimpíada brasileira de português, mas a luta dos "contra" já iniciou, porém ele já mandou novo recado (ordem).

Nosso presidente é assim, passional até certo ponto, mas racional em outros. Se ele quer, nada o detém. Isso se aplica ao sub nuclear brasileiro, que é uma exigência dele.

E o que este assunto tem haver com os russos? Se (repito, SE) for mesmo da vontade do Presidente Lula uma parceria com os russos, complementar à aliança estratégica com a França, não tenho dúvidas que um novo acordo acontecerá. Não vou comparar os termos, são diferente naturalmente, igualmente não acredito em um SOFA com os russos, mas acredito em algo interessante.

E o que precisamos saber de fato? Se esta notícia dado pelo sr. Sequeira é mesmo verdadeira, isto é, se o Presidente pensa assim e se for um desejo dele, teremos dois fornecedores externos (ótimo isso!) e bons acordos comerciais pela frente.

Mas restam algumas dúvidas: por que o Jobim anda tão empolgado pelos franceses e comentando pouco sobre os russos? Divisão interna? A posição apresentada pelo Lula é uma espécie de palavra de honra acertada previamente com o Saito? E por que o Saito não foi junto nas viagens? E mais uma dúvida final, onde os americanos entram nesta estória toda?


Sds,

Orestes


Eu diria que esta reportagem é apenas a opinião de alguém, nada mais, não existe nenhum fato recente que indique isto.

O que mais me preocupa é a tentativa de amarrar projetos e escolhas de vetores bélicos, a opinião ou preferência pessoal de uma pessoa. Que no ano que vem já não estará mais no cargo, e de outro que não pode mais de reeleger.

Como fica depois? Comprar helos e caças dos russos se justifica pelo menor custo, construir aqui não tem sentido, pelo simples fato que nossa mão de obra não ser mais barata que a dos russos, e nossa moeda não está mais desvalorizada que os russos.

Não vejo como séria nenhuma afirmativa de construção de caças fora da Embraer, e nas quantidades faladas.

Quanto aos helos a situação não é diferente. Não temos mercado interno que justifique a construção do zero de uma fábrica de MI-17, depois ainda falam em construir sucatas aqui. :roll: O mercado interno civil para tal helo é inexistente. E como fica depois? Quem vai bancar isso no futuro?

Mesmo a fábrica da Eurocopter só se justifica porque ela é a empresa dominante hoje no mundo dentro do mercado civil.

Igualmente, me parece absurda a idéia de trocar comoditities por produtos acabados, a troca com os Russsos seria a abertura do mercado local, totalmente controlado pelo Governo, aos aviões da Embraer. Este seria um bom acordo com os Russos.

Quanto a Venzuela, os russos não vão fazer nenhuma fábrica lá porque não existe condições objetivas para tal, não existe mercado, nem perspectivas de usar a Venezuela como base exportadora, porque os Russos não tem nenhuma mercado civil de helos nas Américas. E criar mercado é o mais difícil. E o Acordo com Russos depois dos Franceses, pode significar um risco, para a única grande empresa exportadora de alta tecnologia que temos, a EMBRAER.

A EMBRAER exporta quase tudo que fabrica, e os 02 maiores mercados são EUA e EUROPA OCIDENTAL, devem representar mais de 90% das vendas. E os EUA são o maior mercado. Este é o fato que tornar a equação dos caças tão complexa. E não estou pensando no curto prazo, mas depois que o Sr. Lula e o Sr. Sato não estiverem mais dando as cartas. Como é que vai ficar?

Mesmo porque nada indica que o Sr. Chavez vai se eternizar no poder, o que impede o próximo governo da Venezuela jogar os SU para escanteio, como o atual fez com os F-16? E como já foi dito aqui, o primeiro caça só deve chegar depois de 2010.

Já falei, minha segunda opção são os SU-35-1. Se estiver vendo SOMENTE pelo prisma da plataforma. Mas como não sou piloto, nem um adolescente apaixonado por shows aéreos, sei que a ordem dos caças devem ser EUA e FRANÇA, não pelos modelos, mais pela lógica de mercado. Não gosto de gente cantando de galo, quando não tem como bancar aquilo que fala e planeja. Como é o caso do Sr. Chavez, ser falastrão é fácil, agora, no momento que sofrermos uma retaliação comercial na área da aviação nos EUA, como é que vamos ficar?

Daí, talvez, tantas viagens aos EUA, TEMOS que dar todas as chances a eles no campo da aviação. É a tal da reciprocidade, não devemos nada aos Russos, não vendemos nada lá a não ser comoditities, e isso está em alta no mundo, não graças aos russos, mais aos chineses e indianos.

Portanto, gostaria muito que estas decisões não tivessem caráter pessoal, eu diria que é a pior maneira de decidir a compra de caças sejam, russos, franceses ou dos EUA.

[ ]´s



Ja é Pessoal! Ate agora não entrou na sua mente... Do FX-1 ao de agora mesmo esse tendo uma outra "conotação"

Vlws Abraços


E não será por isso que nada foi definido no FX-1, ou melhor acabamos com M-2000C. Acho que isso ainda não entrou na sua mente, sem consenso, o FX-2 tem tudo para falhar. E terminar como o FX-1.:roll:

Por sinal a escolha "pessoal" foi M-2000C. E eu sou contra que isso se repita.:wink: Mesmo que acabemos com F-16C Bl 50, pelo menos sem restrições de armamento, porém se tal fato amarrar bem nossa política externa, balança comercial e cadeira no CS, que me desculpem os pilotos da FAB, mas danem-se a opinião deles e do Saito, se o que estiver na mesa sendo negociado for algo assim. :wink: Antes de serem pilotos, comandantes eles são brasileiros.

[ ]´s


Concordo PRick! Sem consenso não se faz nada...(bem Faz $$) Mas que falou, que não tem consenso...

Por isso que venho batendo na mesma tecla com os RUSSOS e AMERICANOS e bota a mesma frase: "Cuidado com a Jogada Yankees"

Por fim so acredito, vendo e entrando dentro... porque se eu falar o email que recebi da Fonte o Diabo volta para o Céu!

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