Jornal americano vê possível 'corrida armamentista' na AL
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Jornal americano vê possível 'corrida armamentista' na AL
Jornal vê possível 'corrida armamentista' na América Latina
Imprensa americana afirma que gastos com defesa aumentaram no continente nos últimos anos
NOVA YORK - O aumento de gastos com defesa na Venezuela, no Brasil e no Equador, somado a recentes compras significativas de armamentos por Chile e Colômbia, pode marcar o início de uma corrida armamentista na América do Sul, afirma reportagem do jornal americano Christian Science Monitor publicada nesta quarta-feira.
Com o título "Será que a América Latina está partindo para uma corrida armamentista?", a reportagem diz que a preocupação aumentou com as recentes compras do Brasil e da Venezuela.
"O presidente venezuelano, Hugo Chávez, rico com dinheiro do petróleo, gastou livremente com helicópteros de ataque e transporte, aviões de combate russos e 100 mil rifles Kalashnikovs."
"No vizinho Brasil, que tem metade da área e da população da América Latina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu recentemente ao Congresso que reservasse R$ 10,13 bilhões - um aumento de 53% - para o orçamento militar de 2008", diz o jornal.
Segundo o CSM, o aumento de gastos com defesa se deu por motivos diferentes na região, mas alguns dos países se preocupam com as ambições de Chávez e não querem permitir que ele saia na frente militarmente.
"O Brasil e a Venezuela já disputam a supremacia política na América do Sul, com Chávez reunindo os radicais de esquerda sob sua bandeira socialista e o presidente Lula liderando uma coalizão de sociais democratas mais comedida", afirma a reportagem.
"Neste momento, os dois líderes são amigos e as duas nações não têm disputas sobre a fronteira ou conflitos históricos que possam ser inflamados", acrescenta o jornal.
"Mas há tensões entre a Venezuela e a Colômbia por conta de águas territoriais ricas em gás e zonas da fronteira onde as guerrilhas das Farc estão ativas. E a Venezuela já reclamou a região oeste da Guiana."
Investimento
A reportagem ainda cita o coronel da reserva Geraldo Lesbat Cavagnari, coordenador do grupo de Estudos Estratégicos da Unicamp, que teria dito: "O Brasil não vai dizer isso, mas o armamento do Chávez fez com que ele investisse nos militares".
O CSM afirma, no entanto, que poucos acreditam que Chávez esteja se armando para atacar um país vizinho.
"Ainda assim, a idéia de um líder imprevisível com armamentos modernos preocupa alguns moderados do continente", diz o texto. "Mas muitos analistas afirmam que a região não pode destinar grandes quantias para a compra de armas."
"A pobreza ainda é um grande problema na maioria dos países sul-americanos e ela - junto com infra-estrutura, justiça e educação - é vista como prioridade mais importante do que submarinos ou aviões de combate."
A reportagem conclui afirmando que o investimento em defesa no Brasil, na verdade, vem atrasado para "o maior país da América do Sul".
Segundo o jornal, anos de negligência deixaram os armamentos brasileiros obsoletos ou sem manutenção.
Além disso, as prioridades de defesa teriam mudado e se concentram agora na defesa de suas fronteiras na selva, no norte e oeste do país, e nas águas territoriais, onde foram encontradas novas reservas de gás e petróleo.
Fonte: http://www.estadao.com.br/geral/not_ger110169,0.htm
Imprensa americana afirma que gastos com defesa aumentaram no continente nos últimos anos
NOVA YORK - O aumento de gastos com defesa na Venezuela, no Brasil e no Equador, somado a recentes compras significativas de armamentos por Chile e Colômbia, pode marcar o início de uma corrida armamentista na América do Sul, afirma reportagem do jornal americano Christian Science Monitor publicada nesta quarta-feira.
Com o título "Será que a América Latina está partindo para uma corrida armamentista?", a reportagem diz que a preocupação aumentou com as recentes compras do Brasil e da Venezuela.
"O presidente venezuelano, Hugo Chávez, rico com dinheiro do petróleo, gastou livremente com helicópteros de ataque e transporte, aviões de combate russos e 100 mil rifles Kalashnikovs."
"No vizinho Brasil, que tem metade da área e da população da América Latina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu recentemente ao Congresso que reservasse R$ 10,13 bilhões - um aumento de 53% - para o orçamento militar de 2008", diz o jornal.
Segundo o CSM, o aumento de gastos com defesa se deu por motivos diferentes na região, mas alguns dos países se preocupam com as ambições de Chávez e não querem permitir que ele saia na frente militarmente.
"O Brasil e a Venezuela já disputam a supremacia política na América do Sul, com Chávez reunindo os radicais de esquerda sob sua bandeira socialista e o presidente Lula liderando uma coalizão de sociais democratas mais comedida", afirma a reportagem.
"Neste momento, os dois líderes são amigos e as duas nações não têm disputas sobre a fronteira ou conflitos históricos que possam ser inflamados", acrescenta o jornal.
"Mas há tensões entre a Venezuela e a Colômbia por conta de águas territoriais ricas em gás e zonas da fronteira onde as guerrilhas das Farc estão ativas. E a Venezuela já reclamou a região oeste da Guiana."
Investimento
A reportagem ainda cita o coronel da reserva Geraldo Lesbat Cavagnari, coordenador do grupo de Estudos Estratégicos da Unicamp, que teria dito: "O Brasil não vai dizer isso, mas o armamento do Chávez fez com que ele investisse nos militares".
O CSM afirma, no entanto, que poucos acreditam que Chávez esteja se armando para atacar um país vizinho.
"Ainda assim, a idéia de um líder imprevisível com armamentos modernos preocupa alguns moderados do continente", diz o texto. "Mas muitos analistas afirmam que a região não pode destinar grandes quantias para a compra de armas."
"A pobreza ainda é um grande problema na maioria dos países sul-americanos e ela - junto com infra-estrutura, justiça e educação - é vista como prioridade mais importante do que submarinos ou aviões de combate."
A reportagem conclui afirmando que o investimento em defesa no Brasil, na verdade, vem atrasado para "o maior país da América do Sul".
Segundo o jornal, anos de negligência deixaram os armamentos brasileiros obsoletos ou sem manutenção.
Além disso, as prioridades de defesa teriam mudado e se concentram agora na defesa de suas fronteiras na selva, no norte e oeste do país, e nas águas territoriais, onde foram encontradas novas reservas de gás e petróleo.
Fonte: http://www.estadao.com.br/geral/not_ger110169,0.htm
- Clermont
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O CONSENSO BIPARTIDÁRIO SOBRE O GASTO MILITAR AMERICANO.
Quarta-feira, 02 de janeiro de 2008 – Glenn Greenwald, salon.com.
Global Security pegou o orçamento dos Estados Unidos para o Ano Fiscal 2008 e preparou uma nova carta ilustrando o mais significante e mal-discutido fato político nos Estados Unidos, um que substancialmente afeta cada outra questão:
Nosso gasto militar excede o gasto combinado do restante do mundo, e nós gastamos quase dez vezes o que o país em segundo lugar, a China, dispende. “Apenas” cerca de 150 bilhões de dólares do montante total americano é atribuível às duas guerras ativas que estamos travando no Iraque e Afeganistão. Portanto, mesmo se alguém quiser excluir essas quantias, o quadro básico permanece o mesmo. Nem esse montante inclui os bilhões de dólares em ajuda militar que nós damos para bancar os exércitos de outros países, tais como Israel e Egito, que somente compreendem substanciais porções dos orçamentos de defesa desses países.
E essa brecha entre nós e o resto do mundo tem se alargado consideravelmente nos últimos dez anos. Isso é verdadeiro devido ao nosso próprio gasto militar, em termos absolutos, ter crescido desvairadamente durante essa época:
E isso também é verdade, mesmo embora já estivéssemos gastando muito mais vezes do que qualquer outro no mundo durante os meados dos anos 1990, a explosão em nosso gasto militar pelos últimos dez anos, tem de longe, ultrapassado o passo do resto do mundo, resultando numa brecha ainda maior do que jamais antes:
A absurdidade completa desse estado de coisas é auto-evidente, mas é também agudamente ilustrada por essa revelante estatística:
“O orçamento militar dos Estados Unidos foi quase vinte e nove vezes maior do que os gastos combinados dos seis estados “fora-da-lei” (Cuba, Irã, Líbia, Coréia do Norte, Sudão e Síria) que gastaram $ 14,65 bilhões.”
Em resumo indisputável, nós somos o império do mundo, num estado de permanente prontidão de guerra. Tanto na política quanto no mundo dos políticos, não há distinção entre “tempo de paz” e “guerra”. Nós somos o mais militarizado país do mundo de longe, em permanente pé-de-guerra, muito além de que qualquer um poderia, remotamente argumentar ser necessário para a “defesa” ou “forte defesa”, não importa o quão larga seja a definição que qualquer um queira adotar para tais termos.
Nossa permanente cultura de guerra não apenas significa que nós lutamos de longe mais guerras do que qualquer outro, com muito menos ameaça sendo exigida para detonar tais guerras, embora isso seja verdadeiro. É também o caso de que os custos de oportunidade para esse estado de coisas são enormes:
Além disso, tem sido evidente há algum tempo que o país simplesmente não pode sustentar nada disso.
Obviamente, todos os principais candidatos presidenciais republicanos da Fox News advogam a continuação e piora desse estado de coisas. E também os principais candidatos presidenciais democratas:
Hillary Clinton:
“Para ajudar nossas forças a se recuperar do Iraque e prepará-las para confrontar o alcance pleno das ameaças do século XXI, eu irei trabalhar para expandir e modernizar as forças armadas para que travar guerras não mais ocorra às custas dos desdobramentos para a deterrência de longo termo, prontidão militar, ou respostas para necessidades urgentes em casa.”
John Edwards:
“Eu irei dobrar o orçamento para recrutamento e elevarei os padrões para o fundo de recrutamento para que nós possamos reduzir nossa necessidade sobre desistentes contraventores e outras exceções. Em adição, eu irei aumentar nosso investimento na manutenção de nosso equipamento para a segurança de nossas tropas.
Barack Obama:
“Para renovar a liderança americana no mundo (sublinhado desse vosso humilde servo), nós devemos imediatamente começar a trabalhar para revitalizar nossas forças armadas. Forças armadas fortes são, mais do que qualquer outra coisa, necessárias para sustentar a paz...
Nós devemos usar esse momento tanto para reconstruir nossas forças armadas e para prepará-las para as missões do futuro... Nós devemos expandir nossas forças terrestres adicionando 65 mil soldados para o Exército e 27 mil fuzileiros navais...
Eu não irei hesitar em usar a força, unilateralmente se necessário, para proteger o povo americano ou nossos interesses vitais onde quer que sejamos atacados ou iminentemente ameaçados.
Nós devemos também considerar usar a força militar em circunstâncias além da auto-defesa de modo a providenciar a segurança comum que sustenta a estabilidade global ... para apoiar amigos, participar em operações de estabilidade e reconstrução, ou confrontar atrocidades em massa.”
Evidentemente, é possível argumentar que os Estados Unidos precisam manter a mais potente força militar no mundo, mas que nós não precisamos gastar mais do que o resto do mundo combinado, nem aumentar o que já gastamos a cada ano, tais questões nem mesmo podem ser postas em discussão em boa companhia. “Reduzir o gasto de defesa” tem se tornado como um posição tóxica bipartidária, como “aumentar impostos”. Ambos podem, somente ir em uma direção.
Nada disso é para sugerir que não há diferenças entre partidos, etc. Francamente, há, e – como até mesmo Ralph Nader e Dennis Kucinich agora parecem compreender – algumas dessas diferenças são significativas. Embora se possa especular, parece altamente improvável, por exemplo, que um Presidente Gore teria invadido o Iraque ou compactuado na maioria dos mais repugnantes abusos que tem degradado cada aspecto de nosso país pelos últimos 7 anos. Mesmo se tais diferenças sejam de detalhes antes do que de fundamentos, elas ainda contam e, em certos momentos, elas podem contar um bocado.
Apesar disso tudo, ainda vale a pena observar (como Matt Stoller documento recentemente) que apesar de toda a incessante cantilena sobre “mudança” e a intensidade dos conflitos eleitorais, nossas mais significantes e dúbias políticas – aquelas que realmente moldam a espécie de país que nós somos e como somos percebidos em volta do mundo – não são, realmente debatidas afinal de contas. Estes que tentam são rapidamente e amplamente desconsiderados como insanos, raivosos, “pirados” desequilibrados.
É genuinamente uma coisa boa que continuemos a eleger nossos líderes pelo voto, mas seríamos negligentes se não tomássemos nota do quão profundamente limitado e carente é o discurso que envolve esse processo. Realmente há uma quase completa e inversa relação entre a significância de uma política e o nível do debate ao qual ela é submetida: isto é, quanto mais significante uma política, menos debate político e atenção da mídia ela recebe. Portanto, não apenas nossas mais destrutivas políticas continuam, apesar do resultado de nossas eleições, como elas continuam sem qualquer real deliberação democrática no fim das contas.
Quarta-feira, 02 de janeiro de 2008 – Glenn Greenwald, salon.com.
Global Security pegou o orçamento dos Estados Unidos para o Ano Fiscal 2008 e preparou uma nova carta ilustrando o mais significante e mal-discutido fato político nos Estados Unidos, um que substancialmente afeta cada outra questão:
Nosso gasto militar excede o gasto combinado do restante do mundo, e nós gastamos quase dez vezes o que o país em segundo lugar, a China, dispende. “Apenas” cerca de 150 bilhões de dólares do montante total americano é atribuível às duas guerras ativas que estamos travando no Iraque e Afeganistão. Portanto, mesmo se alguém quiser excluir essas quantias, o quadro básico permanece o mesmo. Nem esse montante inclui os bilhões de dólares em ajuda militar que nós damos para bancar os exércitos de outros países, tais como Israel e Egito, que somente compreendem substanciais porções dos orçamentos de defesa desses países.
E essa brecha entre nós e o resto do mundo tem se alargado consideravelmente nos últimos dez anos. Isso é verdadeiro devido ao nosso próprio gasto militar, em termos absolutos, ter crescido desvairadamente durante essa época:
E isso também é verdade, mesmo embora já estivéssemos gastando muito mais vezes do que qualquer outro no mundo durante os meados dos anos 1990, a explosão em nosso gasto militar pelos últimos dez anos, tem de longe, ultrapassado o passo do resto do mundo, resultando numa brecha ainda maior do que jamais antes:
A absurdidade completa desse estado de coisas é auto-evidente, mas é também agudamente ilustrada por essa revelante estatística:
“O orçamento militar dos Estados Unidos foi quase vinte e nove vezes maior do que os gastos combinados dos seis estados “fora-da-lei” (Cuba, Irã, Líbia, Coréia do Norte, Sudão e Síria) que gastaram $ 14,65 bilhões.”
Em resumo indisputável, nós somos o império do mundo, num estado de permanente prontidão de guerra. Tanto na política quanto no mundo dos políticos, não há distinção entre “tempo de paz” e “guerra”. Nós somos o mais militarizado país do mundo de longe, em permanente pé-de-guerra, muito além de que qualquer um poderia, remotamente argumentar ser necessário para a “defesa” ou “forte defesa”, não importa o quão larga seja a definição que qualquer um queira adotar para tais termos.
Nossa permanente cultura de guerra não apenas significa que nós lutamos de longe mais guerras do que qualquer outro, com muito menos ameaça sendo exigida para detonar tais guerras, embora isso seja verdadeiro. É também o caso de que os custos de oportunidade para esse estado de coisas são enormes:
Além disso, tem sido evidente há algum tempo que o país simplesmente não pode sustentar nada disso.
Obviamente, todos os principais candidatos presidenciais republicanos da Fox News advogam a continuação e piora desse estado de coisas. E também os principais candidatos presidenciais democratas:
Hillary Clinton:
“Para ajudar nossas forças a se recuperar do Iraque e prepará-las para confrontar o alcance pleno das ameaças do século XXI, eu irei trabalhar para expandir e modernizar as forças armadas para que travar guerras não mais ocorra às custas dos desdobramentos para a deterrência de longo termo, prontidão militar, ou respostas para necessidades urgentes em casa.”
John Edwards:
“Eu irei dobrar o orçamento para recrutamento e elevarei os padrões para o fundo de recrutamento para que nós possamos reduzir nossa necessidade sobre desistentes contraventores e outras exceções. Em adição, eu irei aumentar nosso investimento na manutenção de nosso equipamento para a segurança de nossas tropas.
Barack Obama:
“Para renovar a liderança americana no mundo (sublinhado desse vosso humilde servo), nós devemos imediatamente começar a trabalhar para revitalizar nossas forças armadas. Forças armadas fortes são, mais do que qualquer outra coisa, necessárias para sustentar a paz...
Nós devemos usar esse momento tanto para reconstruir nossas forças armadas e para prepará-las para as missões do futuro... Nós devemos expandir nossas forças terrestres adicionando 65 mil soldados para o Exército e 27 mil fuzileiros navais...
Eu não irei hesitar em usar a força, unilateralmente se necessário, para proteger o povo americano ou nossos interesses vitais onde quer que sejamos atacados ou iminentemente ameaçados.
Nós devemos também considerar usar a força militar em circunstâncias além da auto-defesa de modo a providenciar a segurança comum que sustenta a estabilidade global ... para apoiar amigos, participar em operações de estabilidade e reconstrução, ou confrontar atrocidades em massa.”
Evidentemente, é possível argumentar que os Estados Unidos precisam manter a mais potente força militar no mundo, mas que nós não precisamos gastar mais do que o resto do mundo combinado, nem aumentar o que já gastamos a cada ano, tais questões nem mesmo podem ser postas em discussão em boa companhia. “Reduzir o gasto de defesa” tem se tornado como um posição tóxica bipartidária, como “aumentar impostos”. Ambos podem, somente ir em uma direção.
Nada disso é para sugerir que não há diferenças entre partidos, etc. Francamente, há, e – como até mesmo Ralph Nader e Dennis Kucinich agora parecem compreender – algumas dessas diferenças são significativas. Embora se possa especular, parece altamente improvável, por exemplo, que um Presidente Gore teria invadido o Iraque ou compactuado na maioria dos mais repugnantes abusos que tem degradado cada aspecto de nosso país pelos últimos 7 anos. Mesmo se tais diferenças sejam de detalhes antes do que de fundamentos, elas ainda contam e, em certos momentos, elas podem contar um bocado.
Apesar disso tudo, ainda vale a pena observar (como Matt Stoller documento recentemente) que apesar de toda a incessante cantilena sobre “mudança” e a intensidade dos conflitos eleitorais, nossas mais significantes e dúbias políticas – aquelas que realmente moldam a espécie de país que nós somos e como somos percebidos em volta do mundo – não são, realmente debatidas afinal de contas. Estes que tentam são rapidamente e amplamente desconsiderados como insanos, raivosos, “pirados” desequilibrados.
É genuinamente uma coisa boa que continuemos a eleger nossos líderes pelo voto, mas seríamos negligentes se não tomássemos nota do quão profundamente limitado e carente é o discurso que envolve esse processo. Realmente há uma quase completa e inversa relação entre a significância de uma política e o nível do debate ao qual ela é submetida: isto é, quanto mais significante uma política, menos debate político e atenção da mídia ela recebe. Portanto, não apenas nossas mais destrutivas políticas continuam, apesar do resultado de nossas eleições, como elas continuam sem qualquer real deliberação democrática no fim das contas.
Editado pela última vez por Clermont em Ter Jan 22, 2008 8:26 am, em um total de 3 vezes.
Gastos Militares
Como complemento deste excelente tópico postado, o Brasil não pode mais fugir e se omitir na questão da Profissionalização das nossas FA's pois somos um pais continental e devemos ter uma postura sempre agressiva na defesa de nossos interesses e soberania.
Nunca em hipótese alguma, deveremos baixar a cabeça para estes "catelhanos" que nos cercam.
Nunca em hipótese alguma, deveremos baixar a cabeça para estes "catelhanos" que nos cercam.
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e os EUA á beira da Recessão , arrastando com eles o mundo inteiro...bravo bravo....
ps-Esse post do clermont eu vou guardar
vai já copy-paste para word, isso aí é um achado!
só este bolo, meu deus
não admira que se tenham de criar guerras para alimentar este "monstro"
ps-Esse post do clermont eu vou guardar
vai já copy-paste para word, isso aí é um achado!
só este bolo, meu deus
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Triste sina ter nascido português
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Em resumo indisputável, nós somos o império do mundo, num estado de permanente prontidão de guerra. Tanto na política quanto no mundo dos políticos, não há distinção entre “tempo de paz” e “guerra”. Nós somos o mais militarizado país do mundo de longe, em permanente pé-de-guerra, muito além de que qualquer um poderia, remotamente argumentar ser necessário para a “defesa” ou “forte defesa”, não importa o quão larga seja a definição que qualquer um queira adotar para tais termos.
Nossa permanente cultura de guerra não apenas significa que nós lutamos de longe mais guerras do que qualquer outro, com muito menos ameaça sendo exigida para detonar tais guerras, embora isso seja verdadeiro. É também o caso de que os custos de oportunidade para esse estado de coisas são enormes
São os herdeiros do Império Romano...
Abraços!!!
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
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