Guerra do Paraguai
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- Marino
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Piffer, não estou conseguindo enviar minha resposta a mais um comentário do sujeito.
Por favor, vc ou alguém que consiga, transcreva o texto abaixo:
Tá filhinho, vamos baixar as armas.
Se quer saber minhas qualificações, sou graduado em Eletrônica, pós-graduado em Telecomunicações e em Gestão Internacional pela COPPEAD UFRJ, dois Mestrados, um no Brasil e outro no exterior, e Doutorado.
Não sou professor universitário pq não quero.
Você pode discordar de mim o quanto queira, é um direito democrático seu, assim como discordo, mas deveria reconhecer, com toda a qualificação colocada, que:
1) não se ensina crianças com termos como: Dom Pedro II cagou e invadiu assim mesmo;
2) que a Esquadra nacional não era mais moderna, nem mais numerosa e que os encouraçados não haviam sido incorporados;
3) que a esquadra paraguaia navegou a noite, pois conhecia seu ambiente operacional e dispunha de práticos paraguaios, que o território acima de onde fundeava a esquadra brasileira era ocupado pelas forças inimigas, e que qualquer observador seria morto em, como eu disse, uma missão sem retorno. Por estes motivos, por não se omitir, a esquadra foi "surpreendida com as calças na mão", que é outra maneira de não se ensinar a crianças;
4) que, desta maneira, seu comentário de que: " naturalmente, o brasileiro já é meio preguiçoso e negligente. Quando ele acha que tem uma enorme superioridade material e que está invandindo o país de um bando de índio ignorante, mais ainda.", está incorreto, é preconceituoso e busca difamar os brasileiros que lá lutaram e morreram;
5) que a tática paraguaia era passar rio abaixo a esquadra brasileira, subir o rio, ficar a contrabordo dos navios brasileiros, e capturá-los ou destrui-los. Desta forma, seu comentário: "Os navios paraguaios passaram várias vezes ao lado dos brasileiros e tudo o que podiam fazer era atirar com munição de pequeno calibre. Um ou outro soldado conseguia pular para dentro dos navios brasileiros, mas não fazia muito estrago" está errado, os canhões navais eram os mesmos para todas as nações envolvidas, que não foi só um ou outro soldado que pulou a bordo dos navios brasileiros, que estes foram sim abordados, que houve luta renhida a bordo dos mesmos, que heróis do calibre de Greenhalgh, Marcílio Dias e outros morreram nas abordagens feitas;
6)que a esquadra brasileira navegava por área não hidrografada, sem cartas náuticas, e que por este motivo navios encalhavam nos bancos, e não que: "Pega de surpresa, entre dois fogos, a esquadra brasileira manobrou mal. Em mais uma mostra de incompetência ou negligência, nos primeiros momentos de reação caótica, vários navios brasileiros simplesmente encalharam nos bancos de areia.";
7) que se vc, com suas qualificações, querendo homenagear Barroso e a tática do albaroamento, não o fez direito escrevendo: "E quer coisa mais característica do que nossa maior batalha brasileira ter sido decidida na improvisação? O almirante no comando da esquadra, Barroso, português de nascimento mas, claramente, brasileiro de coração, viu que as coisas não iam nada bem e teve um estalo genial: ressuscitou, fora do nada, uma tática naval em desuso há quase 400 anos, que nem era mais ensinada ou estudada.";
8) que tem toda liberdade literária de expor um boato, mas que deveria desmenti-lo, ou pelo menos colocar a versão do outro lado, e não somente: "Circularam boatos de que ele se escondera no banheiro durante o grosso da ação e que a idéia do abalroamento e a condução do navio tinham ficado a cargo do prático."; e
9) que a duração da guerra se deveu a existência das fortalezas fluviais paraguaias, concebidas e construídas por engenheiros europeus, com Humaitá conhecida na europa como a "Sebastopol paraguaia", e que não por: " Vários fatores fizeram com que a guerra ainda durasse cinco anos: os aliados foram excessivamente tímidos enquanto os paraguaios, excessivamente bravos", e que várias nações mandaram navios de guerra observarem a ultrapassagem de ditas fortalezas.
Também mantenho minha posição de que esta não é a maneira de se ensinar a alunos de nível médio.
Tenha uma boa tarde.
Por favor, vc ou alguém que consiga, transcreva o texto abaixo:
Tá filhinho, vamos baixar as armas.
Se quer saber minhas qualificações, sou graduado em Eletrônica, pós-graduado em Telecomunicações e em Gestão Internacional pela COPPEAD UFRJ, dois Mestrados, um no Brasil e outro no exterior, e Doutorado.
Não sou professor universitário pq não quero.
Você pode discordar de mim o quanto queira, é um direito democrático seu, assim como discordo, mas deveria reconhecer, com toda a qualificação colocada, que:
1) não se ensina crianças com termos como: Dom Pedro II cagou e invadiu assim mesmo;
2) que a Esquadra nacional não era mais moderna, nem mais numerosa e que os encouraçados não haviam sido incorporados;
3) que a esquadra paraguaia navegou a noite, pois conhecia seu ambiente operacional e dispunha de práticos paraguaios, que o território acima de onde fundeava a esquadra brasileira era ocupado pelas forças inimigas, e que qualquer observador seria morto em, como eu disse, uma missão sem retorno. Por estes motivos, por não se omitir, a esquadra foi "surpreendida com as calças na mão", que é outra maneira de não se ensinar a crianças;
4) que, desta maneira, seu comentário de que: " naturalmente, o brasileiro já é meio preguiçoso e negligente. Quando ele acha que tem uma enorme superioridade material e que está invandindo o país de um bando de índio ignorante, mais ainda.", está incorreto, é preconceituoso e busca difamar os brasileiros que lá lutaram e morreram;
5) que a tática paraguaia era passar rio abaixo a esquadra brasileira, subir o rio, ficar a contrabordo dos navios brasileiros, e capturá-los ou destrui-los. Desta forma, seu comentário: "Os navios paraguaios passaram várias vezes ao lado dos brasileiros e tudo o que podiam fazer era atirar com munição de pequeno calibre. Um ou outro soldado conseguia pular para dentro dos navios brasileiros, mas não fazia muito estrago" está errado, os canhões navais eram os mesmos para todas as nações envolvidas, que não foi só um ou outro soldado que pulou a bordo dos navios brasileiros, que estes foram sim abordados, que houve luta renhida a bordo dos mesmos, que heróis do calibre de Greenhalgh, Marcílio Dias e outros morreram nas abordagens feitas;
6)que a esquadra brasileira navegava por área não hidrografada, sem cartas náuticas, e que por este motivo navios encalhavam nos bancos, e não que: "Pega de surpresa, entre dois fogos, a esquadra brasileira manobrou mal. Em mais uma mostra de incompetência ou negligência, nos primeiros momentos de reação caótica, vários navios brasileiros simplesmente encalharam nos bancos de areia.";
7) que se vc, com suas qualificações, querendo homenagear Barroso e a tática do albaroamento, não o fez direito escrevendo: "E quer coisa mais característica do que nossa maior batalha brasileira ter sido decidida na improvisação? O almirante no comando da esquadra, Barroso, português de nascimento mas, claramente, brasileiro de coração, viu que as coisas não iam nada bem e teve um estalo genial: ressuscitou, fora do nada, uma tática naval em desuso há quase 400 anos, que nem era mais ensinada ou estudada.";
8) que tem toda liberdade literária de expor um boato, mas que deveria desmenti-lo, ou pelo menos colocar a versão do outro lado, e não somente: "Circularam boatos de que ele se escondera no banheiro durante o grosso da ação e que a idéia do abalroamento e a condução do navio tinham ficado a cargo do prático."; e
9) que a duração da guerra se deveu a existência das fortalezas fluviais paraguaias, concebidas e construídas por engenheiros europeus, com Humaitá conhecida na europa como a "Sebastopol paraguaia", e que não por: " Vários fatores fizeram com que a guerra ainda durasse cinco anos: os aliados foram excessivamente tímidos enquanto os paraguaios, excessivamente bravos", e que várias nações mandaram navios de guerra observarem a ultrapassagem de ditas fortalezas.
Também mantenho minha posição de que esta não é a maneira de se ensinar a alunos de nível médio.
Tenha uma boa tarde.
- Brigadeiro
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Gostei dos comentários e do gabarito do pessoal... Com um currículum desses, dá pra fazer um almanaque... Só que você esculachou numa coisa Marino:
Pô, alguém?!
Não tinha nada menos... Impessoal não?
Até mais!
Num fórum de defesa que participo, alguém postou um dia desses um texto sobre a guerra do Paraguai.
Pô, alguém?!
Não tinha nada menos... Impessoal não?
Até mais!
Thiago
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"O respeito e a educação são garantia de uma boa discussão. Só depende de você!"
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"O respeito e a educação são garantia de uma boa discussão. Só depende de você!"
Inicialmente, eu não tinha citado o nome do Marino ou o seu e nem o link para o fórum. Botei o link, mas esqueci de incluir os nomes... Foi mal...
Editado pela última vez por Piffer em Seg Jan 14, 2008 11:21 am, em um total de 1 vez.
Carpe noctem!
- Brigadeiro
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- Marino
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Brigadeiro escreveu:Gostei dos comentários e do gabarito do pessoal... Com um currículum desses, dá pra fazer um almanaque... Só que você esculachou numa coisa Marino:Num fórum de defesa que participo, alguém postou um dia desses um texto sobre a guerra do Paraguai.
Pô, alguém?!
Não tinha nada menos... Impessoal não?
Até mais!
Não fui eu.
- Brigadeiro
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