Dieneces escreveu:Entendo o teu desabafo e o teu suspiro retorcido e aparentemente paradoxal , em elogiar Lula e Médici , Adriano. A gente tende a seguir o chamado efeito de manada . A mente se nos turva , por vezes , no calor das refregas do debate ideológico , mormente quando esse é espertamente trazido para as nossas questões do cotidiano . Só quem já viu várias vezes esse ciclo atuar , entenderá...Adriano escreveu:Dieneces escreveu:Ok , Orestes , entendo tua posição e postura . Só que o governo tinha os votos decisivos para prorrogar os efeitos "nefastos"da CPMF sobre a economia , porém benfazejos para a conta-corrente palaciana para com seus programas caritativos e demagógicos . A oposição não tinha votos suficientes para derrotar a ambição fiscal governista . O PRÓPRIO GOVERNO PERDEU PARA O GOVERNO , ao não saber governar politicamente e ao tentar agir com atitudes ditatoriais e pouco recomendáveis de "comprar" apoios de última hora . Só para teres uma idéia , se reduzisse para 0,20 a alíquota do tributo ao invés de 0,38 a CPMF teria passado . E seriam só 18 bilhões para economizar e não 40 .Dez já serão tirados dos bancos . Faltariam 8 facilmente economizáveis, a começar por reduzir os quase meia centena de ministérios e secretarias com status similares a tal , quando menos da metade bastariam . Menos aparelhagem na já inchada máquina corporativa-sindical-partidária lulista e mais zelo na gestão do erário público é o que cobra o contribuinte. E 0,20 todos aceitaram dias antes da votação . A ganância governista no entanto , zelosa com o absurdo aumento de gastos em cargos e programas dilapidatórios do erário queria mais e mais. Grande abraço e não te mata muito trabalhando . Muito cálculo íntegro-diferencial vai te dar um nó nas idéias . Haja tambor depois.orestespf escreveu:Estou muito ocupado atualmente, mas sem querer polemizar, dou a minha opinião (desculpem-me pelo off topic) sobre o fim da CPMF.
Podem dizer o que quiserem, mas só existe um argumento para o fim da CPMF (criado pela oposição de hoje que um dia foi situação): cortar recursos do governo para que o mesmo não consiga mais "brilho" político com seu projeto de desenvolvimento para o País.
Durante algum tempo o governo Lula precisou mostrar ao mundo que não era "louco" o bastante para por em prática o que o PT defendeu por muito tempo. Depois mostrou que poderia fazer a economia crescer e desvencilhar o Brasil do FMI. Conseguiu!
Depois (ano passado pra cá) este governo disse que investiria pesadamente no desenvolvimento do País, continuando e ampliando os projetos sociais, depois infra-estrutura, etc. Só que para isso precisaria da casa arrumada e de mais dinheiro arrecadado.
A oposição percebeu que perderia muito, politicamente, se deixasse o governo agir livremente, principalmente neste ano (eleição) e nos dois próximos. Resolveu cortar parte dos recursos (CPMF), que ela sabe ser necessário, para criar uma situação problema para o governo.
Só que a oposição não arrumou um problema pra o governo, arrumou um grande problema para o País, quando o impede de crescer e se desenvolver. Se com o que temos em termos orçamentários já se investe relativamente pouco, cortando-se impede-se ou empaca todo o processo de desenvolvimento da Nação.
Esta oposição não é contra este governo, é contra o País e seu povo. Se um dia ela criou este imposto e o defendeu com unhas e dentes, é porque fazia algum sentido, era necessário (e ainda o é). Logo, não existe outro motivo que não seja impedir o governo (seja qual for) de governar e levar este país adiante, de se desenvolver.
Cortes de impostos devem existir sim, mas não da forma vingativa que foi feita, sem se importar com aqueles que ganham menos, com o desenvolvimento do País. Observem que o País não fica mais pobre por isto, mas o pobre sim, os militares que já ganham pouco, sim.
Só existe uma leitura para o fim da CPMF da forma que foi feito: um descaso da oposição com o Brasil e seu povo.
Desculpem-me a franqueza e a tolerância zero, mas quem disser o contrário ou quer polemizar ou é um besta (no sentido da ignorância política da expressão). Não vou levar este assunto adiante, já formei opinião, mas os que discordarem, que reflitam e exponham suas opiniões.
Mui respeitosamente,
Orestes
Mesmo que fossem 8 bilhões de reais a serem cortados, seriam provavelmente do Ministério da Defesa...
Militar não esbraveja, não vota contra, não retalha, não põem grampo em telefone, etc.
Militar diz sim Sr. e volta ao trabalho.
Que saudade do Castelo Branco, Médice, Figueirdo....
Adriano
Corretíssimo maquiavélico e atento tio meu.