Confirmado, a FACH ainda não adquiriu o AIM 120C

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Degan
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#346 Mensagem por Degan » Dom Jan 06, 2008 2:52 pm

Eu diria que proporcionalmente, as FA´s do Chile são até mais numerosas, que as FA´s do Brasil.


No exageres PRick, las FFAA de Chile son bastante más pequeñas que las de Brasil, y es un hecho que han disminuido mucho en personal, y también en número de equipos.

O que o Chile está fazendo, nós já fizemos após a Segunda Guerra, aproveitando o fim da Guerra-Fria para comprar a preços de liquidação, materiais que em tempos normais, não estariam disponíveis ou não teriam disponibilidade financeira.


No confundas las coyunturas con los planes de largo plazo.
Las FFAA de Chile tienen planes de desarrollo bastante conocidos y antiguos, anteriores a las ventas de oportunidad....
No se compró por la oportunidad, pues el plan de desarrollo es anterior.

Existe no mercado uma quantidade enorme de blindados estocados e prontos para a venda, a Alemanha tem Leo 1 e 2 de sobra. Gepard´s e Blindados de lagarta. Existem uma boa quantidade de F-16, F-18 e outros caças usados disponíveis. Estoques de mísseis associados a estas compras também.


Pues no es así, existieron oportunidades que ya hoy no existen:

a) Qué fragatas modernas hay hoy a la venta...??
b) Quién vende hoy aviones MLU...??
c) Que aviones F-16 o F-18 con razonable vida restante hay a la venta...??.
d) Que blindado “moderno” hay a la venta barato...??.

Os problemas começam, exatamente, nos mísseis, se olharmos de forma mais atenta, veremos que os Caças comprados usados não tem mísseis ar-ar a altura da necessidade da guerra aérea atual, e eles nem mais em fabricação estão, o mesmo ocorre com parte dos mísseis dos navios. Mesmo porque muitos devem estar se aproximando do final de sua vida útil. A compra de muito material de ocasião, pode também acabar com qualquer racionalidade de manutenção.


¿De qué estas hablando?.... :?
Veamos, ¿qué misiles de los cazas comprados “no están a la altura" de la guerra moderna?
Obviamente te refieres al AIM-120B
Te recuerdo que TODOS los F-16MLU los usan, es decir, varios países de la OTAN dependen de ellos hoy, si eso para ti es “no estar a la altura”...pues.... 8-]
También te recuerdo que siempre se pueden comprar misiles de los Stocks de la OTAN o USA, y por último, se puede integrar el AIM-120C con el cambio de software adecuado en su moderno computador MMC.
¿Qué misil de los barcos está obsoleto o están próximos al fin de su vida?
Solo te digo, que todos los misiles usados en los barcos de la ACh son utilizados HOY en la OTAN, y todos tienen soporte por muchos años más.
Estar obsoleto es usar HOY AIM-9B...

Este tipo de compra não soma nada ao País comprador, além do gasto de reservas em moeda forte, a não ser que tenha um perigo imediato e real com vizinhos e como aparato desfensivo, porque caso o Chile queira usar este material para atacar algum País da região, sofrerá embargo. E logo nada estará voando, navegando ou andando.


NUNCA las compras de armas son una inversión...y nadie quiere atacar a otro.
Solo se pretende tener SdA acorde con unas FFAA modernas, eficientes y pequeñas, con capacidad de operar en conjunto con las FFAA más modernas, poseer líneas logísticas vivas, tener al personal operativo y de mantención al día con la tecnología moderna, tener costos de operación y logísticos optimizados, y por último, tener FFAA acorde con el crecimiento del país.
Todo lo comprado tiene una larga vida en el mundo, por lo que no seremos usuarios únicos.

Outro País da AS que está fazendo o mesmo é a Venezuela, só que comprando material novo russo mais barato. Porém, não tem qualquer condição de usá-lo de modo autônomo.


¿Qué barco, avión o tanque puede usar de forma “autónoma” Brasil?.

Por sinal, as armas que possuíam antes, estão paradas por falta de suporte, como os F-16, suas Fragatas e outros aviões. Um simples embargo reduziu as FA`s da Venezuela a condição de inoperância. E neste caso, nem sequer houve conflito, apenas uma mudança de postura política do Governo. Bastou para que não pudesse comprar, nem mesmo armas de terceiros que tivessem material ou tecnologia dos EUA!


Por dios PRick....
Los F-16 “parados por el embargo” los vieron ustedes en CRUSEX...las fragatas LUPO modernizadas en USA navegan sin problemas, sus U-209 también....
Si realmente USA quisiera eso, sin problemas detendría también a las FFAA de Brasil.

Comprar armas para brincar no cercadinho, não nos interessa! Isto não quer dizer que não devemos cobrar efiência na construção e desenvolvimento de armas locais, ou que não tenhamos um aparato bélico dissuasório. Resta saber como construí-lo. O que nos leva a outro nível de discussão.


Retórica, las fragatas y submarinos fabricados bajo licencia son eso FABRICADOS BAJO LICENCIA, qué porcentaje de “nacionalización” tienen...???, y los F-5M...???

En el caso nuestro, estamos también lejos de la autarquía, pero:
A TODAS las fragatas usadas compradas, se les integra entre otras cosa Data Link de fabricación nacional, a la Type 22-2 se le cambia el sistema de mando y control, que incluye sistemas de control de tiro, todo nacional, a las Type 23 y M se les integra el COUGAR, que electrónicamente está unido al C2 del barco por redes NCW nacionales.
A los F-16 ya se les ve con sistemas electrónicos nacionales, y los Leopard2A4, según lo leído, se les instalará un sistema de mando y control (con GPS y Data Link) nacional.
Por último, el sistema SUBTIC de los Scorpene tiene trabajos de SISDEF, para el control de máquinas e integración de Data Link.




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
PRick

#347 Mensagem por PRick » Dom Jan 06, 2008 4:39 pm

Degan escreveu:
Eu diria que proporcionalmente, as FA´s do Chile são até mais numerosas, que as FA´s do Brasil.


No exageres PRick, las FFAA de Chile son bastante más pequeñas que las de Brasil, y es un hecho que han disminuido mucho en personal, y también en número de equipos.


Vai em vermelho,

Degan eu falei proporcionalmente, quer dizer em relação a população do País o Chile parece ter um contigente mais numeroso, PROPORCIONALMENTE, RELATIVAMENTE, não estou falando em termos absolutos, não teria sentido. :wink:


O que o Chile está fazendo, nós já fizemos após a Segunda Guerra, aproveitando o fim da Guerra-Fria para comprar a preços de liquidação, materiais que em tempos normais, não estariam disponíveis ou não teriam disponibilidade financeira.


No confundas las coyunturas con los planes de largo plazo.
Las FFAA de Chile tienen planes de desarrollo bastante conocidos y antiguos, anteriores a las ventas de oportunidad....
No se compró por la oportunidad, pues el plan de desarrollo es anterior.


Em outros tempos já havia falado, querer substituir e comprar pode ser planejado, mais comprar usado de ocasião depende da vontade boa alheia.

Existe no mercado uma quantidade enorme de blindados estocados e prontos para a venda, a Alemanha tem Leo 1 e 2 de sobra. Gepard´s e Blindados de lagarta. Existem uma boa quantidade de F-16, F-18 e outros caças usados disponíveis. Estoques de mísseis associados a estas compras também.


Pues no es así, existieron oportunidades que ya hoy no existen:

a) Qué fragatas modernas hay hoy a la venta...??
b) Quién vende hoy aviones MLU...??
c) Que aviones F-16 o F-18 con razonable vida restante hay a la venta...??.
d) Que blindado “moderno” hay a la venta barato...??.


Vou repetir, a compra de oportunidade não pode ser planejada, ela é um acidente conjuntural, quanto as armas, não falei nada a respeito da qualidade das mesmas, não fiz qualquer juízo de valor, sem dúvida algumas são muito boas, outras nem tanto. :wink:

Os problemas começam, exatamente, nos mísseis, se olharmos de forma mais atenta, veremos que os Caças comprados usados não tem mísseis ar-ar a altura da necessidade da guerra aérea atual, e eles nem mais em fabricação estão, o mesmo ocorre com parte dos mísseis dos navios. Mesmo porque muitos devem estar se aproximando do final de sua vida útil. A compra de muito material de ocasião, pode também acabar com qualquer racionalidade de manutenção.


¿De qué estas hablando?.... :?
Veamos, ¿qué misiles de los cazas comprados “no están a la altura" de la guerra moderna?
Obviamente te refieres al AIM-120B
Te recuerdo que TODOS los F-16MLU los usan, es decir, varios países de la OTAN dependen de ellos hoy, si eso para ti es “no estar a la altura”...pues.... 8-]
También te recuerdo que siempre se pueden comprar misiles de los Stocks de la OTAN o USA, y por último, se puede integrar el AIM-120C con el cambio de software adecuado en su moderno computador MMC.
¿Qué misil de los barcos está obsoleto o están próximos al fin de su vida?
Solo te digo, que todos los misiles usados en los barcos de la ACh son utilizados HOY en la OTAN, y todos tienen soporte por muchos años más.
Estar obsoleto es usar HOY AIM-9B...


Como falei isto vai depender da boa vontade alheia, e de mais upgrades, por hora, os F-16 MLU tem qualidades, mas estão longe de serem perfeitos, ainda mais sem mísseis BVR. Estou falando de hoje, agora.

Este tipo de compra não soma nada ao País comprador, além do gasto de reservas em moeda forte, a não ser que tenha um perigo imediato e real com vizinhos e como aparato desfensivo, porque caso o Chile queira usar este material para atacar algum País da região, sofrerá embargo. E logo nada estará voando, navegando ou andando.


NUNCA las compras de armas son una inversión...y nadie quiere atacar a otro.
Solo se pretende tener SdA acorde con unas FFAA modernas, eficientes y pequeñas, con capacidad de operar en conjunto con las FFAA más modernas, poseer líneas logísticas vivas, tener al personal operativo y de mantención al día con la tecnología moderna, tener costos de operación y logísticos optimizados, y por último, tener FFAA acorde con el crecimiento del país.
Todo lo comprado tiene una larga vida en el mundo, por lo que no seremos usuarios únicos.

Estava falando das compras de ocasião, elas vem baratas, muitas das vezes, mas nada de contrapartidas, em geral são pagas em cash, sem contrapartidas comerciais ou qualquer outra contrapartida. Uma compra de armamento pode representar investimento, tudo vai depender dos OFF-SETS.

Outro País da AS que está fazendo o mesmo é a Venezuela, só que comprando material novo russo mais barato. Porém, não tem qualquer condição de usá-lo de modo autônomo.


¿Qué barco, avión o tanque puede usar de forma “autónoma” Brasil?.

Degan, a dependência persiste, o Brasil tem condições de fazer quase todos os reparos e construir todas as peças necessárias no setor automobilístico, no setor naval muito e no setor aéreo menos, mas é por isto mesmo que denfendo mais transferência de tecnologia e construção local para o Brasil, não me agrada o tipo de política dependente.

Por sinal, as armas que possuíam antes, estão paradas por falta de suporte, como os F-16, suas Fragatas e outros aviões. Um simples embargo reduziu as FA`s da Venezuela a condição de inoperância. E neste caso, nem sequer houve conflito, apenas uma mudança de postura política do Governo. Bastou para que não pudesse comprar, nem mesmo armas de terceiros que tivessem material ou tecnologia dos EUA!


Por dios PRick....
Los F-16 “parados por el embargo” los vieron ustedes en CRUSEX...las fragatas LUPO modernizadas en USA navegan sin problemas, sus U-209 también....
Si realmente USA quisiera eso, sin problemas detendría también a las FFAA de Brasil.

Como você não leu, parece que apenas 09 F-16 estão em condições de vôo, e somente 04 foram modernizados por Israel, a modernização acabou. Somente duas LUPOS estavam sendo modernizadas, mas parace que o programa parou também. Quanto aos 209 não tenho notícias.

Comprar armas para brincar no cercadinho, não nos interessa! Isto não quer dizer que não devemos cobrar efiência na construção e desenvolvimento de armas locais, ou que não tenhamos um aparato bélico dissuasório. Resta saber como construí-lo. O que nos leva a outro nível de discussão.


Retórica, las fragatas y submarinos fabricados bajo licencia son eso FABRICADOS BAJO LICENCIA, qué porcentaje de “nacionalización” tienen...???, y los F-5M...???

Não sou contra a fabricação soblicença, é melhor que a importação direta, só é pior que o desenvolvimento completo nacional

En el caso nuestro, estamos también lejos de la autarquía, pero:
A TODAS las fragatas usadas compradas, se les integra entre otras cosa Data Link de fabricación nacional, a la Type 22-2 se le cambia el sistema de mando y control, que incluye sistemas de control de tiro, todo nacional, a las Type 23 y M se les integra el COUGAR, que electrónicamente está unido al C2 del barco por redes NCW nacionales.
A los F-16 ya se les ve con sistemas electrónicos nacionales, y los Leopard2A4, según lo leído, se les instalará un sistema de mando y control (con GPS y Data Link) nacional.
Por último, el sistema SUBTIC de los Scorpene tiene trabajos de SISDEF, para el control de máquinas e integración de Data Link.


Tudo o que você listou é muito bom, defendo sempre que possível a maior nacionalização possível, se não for de meios construídos localmente, que sejam modificados os importados, sou contra é a lógica da dependência de importação de caixas pretas.

[] ´s




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Degan
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#348 Mensagem por Degan » Dom Jan 06, 2008 5:12 pm

PRick,
Ya no es práctica la forma en que contestas, la ventana es muy pqueña... :(

Degan eu falei proporcionalmente, quer dizer em relação a população do País o Chile parece ter um contigente mais numeroso, PROPORCIONALMENTE, RELATIVAMENTE, não estou falando em termos absolutos, não teria sentido.


Eso habría que verlo...mejor conseguir números.
En todo caso, las FFAA se amoldan a las necesidades, no a la demografía.

Em outros tempos já havia falado, querer substituir e comprar pode ser planejado, mais comprar usado de ocasião depende da vontade boa alheia.


Eso demuestra que las compras chilenas obedecen a planificación y no a la oportunidad, que ciertamente se aprovecharon.
Ahí tienes el ejemplo de TRIDENTE, el plan de sustitución de las fragatas estaba, pero se optimizó recursos (y se tubo MUCHA suerte).
Lo mismo sucede con los F-16.

Vou repetir, a compra de oportunidade não pode ser planejada, ela é um acidente conjuntural, quanto as armas, não falei nada a respeito da qualidade das mesmas, não fiz qualquer juízo de valor, sem dúvida algumas são muito boas, outras nem tanto.


Yo solo te contesto que las compras CHILENAS no nacieron fruto de las oportunidades, y sí, perfectamente se puede comprar sin planificar, fruto de ofertas.
En el caso chileno eso es bastante conocido al rechazar el Hermes en los ´80 y no hacer nada por el Invincible, los Spruance, etc...

Como falei isto vai depender da boa vontade alheia, e de mais upgrades, por hora, os F-16 MLU tem qualidades, mas estão longe de serem perfeitos, ainda mais sem mísseis BVR. Estou falando de hoje, agora.


Ningún sistema de armas es perfecto, además, si USA está dispuesto a vender AIM-120C...por qué no lo haría con AIM-120B...??.
Por último, el upgrade a TAPE M3 es bastante obvio pues permitirá usar misiles Python IV/V y HMS.
Y este upgrade es bastante barato, es solo software, recuerda que la modificación del TAPE M2 para Chile significó algo así como 0,4 millón de US$ por avión.

Estava falando das compras de ocasião, elas vem baratas, muitas das vezes, mas nada de contrapartidas, em geral são pagas em cash, sem contrapartidas comerciais ou qualquer outra contrapartida. Uma compra de armamento pode representar investimento, tudo vai depender dos OFF-SETS.


Amigo, aquí conocemos bastante bién este tema de los Off-sets...y estos SE PAGAN.
Desde el punto de vista financiero, conseguir armamento como el que, por suerte, Chile consiguió, y a esos precios, no se paga con off-sets.
Al final, lo que tu quieres comprar es SdA para la defensa, siguiendo un plan estratégico, no compras POR los off-sets.
En otras palabras, si comprando nuevo y con off-sets logras todo lo anterior y más barato que comprando usado, pues se compra nuevo...¿no crees?.

Degan, a dependência persiste, o Brasil tem condições de fazer quase todos os reparos e construir todas as peças necessárias no setor automobilístico, no setor naval muito e no setor aéreo menos, mas é por isto mesmo que denfendo mais transferência de tecnologia e construção local para o Brasil, não me agrada o tipo de política dependente.


Pues algo parecido sucede aquí, se mantuvieron bastante bien las COUNTY y las LEANDER, también los OBERON, o M-51...o los HH...
Nadie quiere políticas dependientes, pero en la realidad es mucha retórica, pues somos RECONTRA dependientes, nos guste o no.

Como você não leu, parece que apenas 09 F-16 estão em condições de vôo, e somente 04 foram modernizados por Israel, a modernização acabou. Somente duas LUPOS estavam sendo modernizadas, mas parace que o programa parou também. Quanto aos 209 não tenho notícias.


PRick, por contrato 2 LUPO fueron modernizadas en USA y el resto en astilleros locales....
Al menos a mí Pit me dice que los F-16 siguen en vuelo, y la modernización ACE nunca se hizo, solo se integraron (a medias) los Python 4...y los motores fueron modernizados en Corea.
Los U-209 ya fueron modernizados en Alemania.

Não sou contra a fabricação soblicença, é melhor que a importação direta, só é pior que o desenvolvimento completo nacional


Amigo, eso depende de qué es “mejor” para ti...
Mira el caso de Perú, construyó 4 fragatas LUPO que siguen sin modernizar, y terminan comprando 4 más de Italia....dada de baja....
Construir bajo licencia por construir no es un objetivo lógico, son los supuestos beneficios posteriores lo que se busca...el problema es que eso beneficios rara ves se ven.

Tudo o que você listou é muito bom, defendo sempre que possível a maior nacionalização possível, se não for de meios construídos localmente, que sejam modificados os importados, sou contra é a lógica da dependência de importação de caixas pretas.


Claro, pero hay una importante diferencia de objetivos.
Los SdA que se integran en Chile responden al desarrollo de una industria local que busca:

a) Generar riquezas, pues exportan y son privadas o autofinanciadas
b) Son sistemas de nichos específicos, que multiplican el poder o permiten la integración del SdA en un conjunto mayor (NCW), o permiten modernizar en forma escalonada.

Saludos,




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
PRick

#349 Mensagem por PRick » Dom Jan 06, 2008 5:35 pm

Degan escreveu:PRick,
Ya no es práctica la forma en que contestas, la ventana es muy pqueña... :(

Degan eu falei proporcionalmente, quer dizer em relação a população do País o Chile parece ter um contigente mais numeroso, PROPORCIONALMENTE, RELATIVAMENTE, não estou falando em termos absolutos, não teria sentido.


Eso habría que verlo...mejor conseguir números.
En todo caso, las FFAA se amoldan a las necesidades, no a la demografía.

Em outros tempos já havia falado, querer substituir e comprar pode ser planejado, mais comprar usado de ocasião depende da vontade boa alheia.


Eso demuestra que las compras chilenas obedecen a planificación y no a la oportunidad, que ciertamente se aprovecharon.
Ahí tienes el ejemplo de TRIDENTE, el plan de sustitución de las fragatas estaba, pero se optimizó recursos (y se tubo MUCHA suerte).
Lo mismo sucede con los F-16.

Vou repetir, a compra de oportunidade não pode ser planejada, ela é um acidente conjuntural, quanto as armas, não falei nada a respeito da qualidade das mesmas, não fiz qualquer juízo de valor, sem dúvida algumas são muito boas, outras nem tanto.


Yo solo te contesto que las compras CHILENAS no nacieron fruto de las oportunidades, y sí, perfectamente se puede comprar sin planificar, fruto de ofertas.
En el caso chileno eso es bastante conocido al rechazar el Hermes en los ´80 y no hacer nada por el Invincible, los Spruance, etc...

Como falei isto vai depender da boa vontade alheia, e de mais upgrades, por hora, os F-16 MLU tem qualidades, mas estão longe de serem perfeitos, ainda mais sem mísseis BVR. Estou falando de hoje, agora.


Ningún sistema de armas es perfecto, además, si USA está dispuesto a vender AIM-120C...por qué no lo haría con AIM-120B...??.
Por último, el upgrade a TAPE M3 es bastante obvio pues permitirá usar misiles Python IV/V y HMS.
Y este upgrade es bastante barato, es solo software, recuerda que la modificación del TAPE M2 para Chile significó algo así como 0,4 millón de US$ por avión.

Estava falando das compras de ocasião, elas vem baratas, muitas das vezes, mas nada de contrapartidas, em geral são pagas em cash, sem contrapartidas comerciais ou qualquer outra contrapartida. Uma compra de armamento pode representar investimento, tudo vai depender dos OFF-SETS.


Amigo, aquí conocemos bastante bién este tema de los Off-sets...y estos SE PAGAN.
Desde el punto de vista financiero, conseguir armamento como el que, por suerte, Chile consiguió, y a esos precios, no se paga con off-sets.
Al final, lo que tu quieres comprar es SdA para la defensa, siguiendo un plan estratégico, no compras POR los off-sets.
En otras palabras, si comprando nuevo y con off-sets logras todo lo anterior y más barato que comprando usado, pues se compra nuevo...¿no crees?.

Degan, a dependência persiste, o Brasil tem condições de fazer quase todos os reparos e construir todas as peças necessárias no setor automobilístico, no setor naval muito e no setor aéreo menos, mas é por isto mesmo que denfendo mais transferência de tecnologia e construção local para o Brasil, não me agrada o tipo de política dependente.


Pues algo parecido sucede aquí, se mantuvieron bastante bien las COUNTY y las LEANDER, también los OBERON, o M-51...o los HH...
Nadie quiere políticas dependientes, pero en la realidad es mucha retórica, pues somos RECONTRA dependientes, nos guste o no.

Como você não leu, parece que apenas 09 F-16 estão em condições de vôo, e somente 04 foram modernizados por Israel, a modernização acabou. Somente duas LUPOS estavam sendo modernizadas, mas parace que o programa parou também. Quanto aos 209 não tenho notícias.


PRick, por contrato 2 LUPO fueron modernizadas en USA y el resto en astilleros locales....
Al menos a mí Pit me dice que los F-16 siguen en vuelo, y la modernización ACE nunca se hizo, solo se integraron (a medias) los Python 4...y los motores fueron modernizados en Corea.
Los U-209 ya fueron modernizados en Alemania.

Não sou contra a fabricação soblicença, é melhor que a importação direta, só é pior que o desenvolvimento completo nacional


Amigo, eso depende de qué es “mejor” para ti...
Mira el caso de Perú, construyó 4 fragatas LUPO que siguen sin modernizar, y terminan comprando 4 más de Italia....dada de baja....
Construir bajo licencia por construir no es un objetivo lógico, son los supuestos beneficios posteriores lo que se busca...el problema es que eso beneficios rara ves se ven.

Tudo o que você listou é muito bom, defendo sempre que possível a maior nacionalização possível, se não for de meios construídos localmente, que sejam modificados os importados, sou contra é a lógica da dependência de importação de caixas pretas.


Claro, pero hay una importante diferencia de objetivos.
Los SdA que se integran en Chile responden al desarrollo de una industria local que busca:

a) Generar riquezas, pues exportan y son privadas o autofinanciadas
b) Son sistemas de nichos específicos, que multiplican el poder o permiten la integración del SdA en un conjunto mayor (NCW), o permiten modernizar en forma escalonada.

Saludos,


Degan,

Estava me referindo ao gasto com o pessoal, a despeito da necessidade, se bem que temos o problema previdenciário, algo que o Chile equacionou.

O fato do Chile planejar, não implica em conseguir material usado de boa qualidade, isto não depende do Chile, mas da conjuntura mundial, de terceiros, tanto assim que o Chile pretendia construir localmente FFG´s. No entanto, surgiu uma oportunidade, se a decisão fosse minha não compraria os navios usados, mas continuaria o programa de construção local das MEKOS.

Eu falei que a modernização dos F-16 parou, não disse qual era a modernização, segundo a última Revista Força Aérea(Brasileira), apenas 09 F-16 encontram-se capazes de voar. Somente 04 deles tiveram a integração dos P-IV, HMD e outras modificações.

Quanto as FFG´s, parece que o programa parou, vi fotos das 02 LUPOS da Venezuela e estavam paradas.

Quanto ao Chile fazer modificações, acho ótimo, eu defendo sempre este tipo de filosofia, agora, nem sempre é possível. Mas aí devemos ver o chamamos de custo benefício, e ele é diferente para o Brasil e para o Chile.

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#350 Mensagem por Degan » Dom Jan 06, 2008 7:30 pm

Estava me referindo ao gasto com o pessoal, a despeito da necessidade, se bem que temos o problema previdenciário, algo que o Chile equacionou.


No entendí, ¿puedes explicarlo de otra forma?.

O fato do Chile planejar, não implica em conseguir material usado de boa qualidade, isto não depende do Chile, mas da conjuntura mundial, de terceiros, tanto assim que o Chile pretendia construir localmente FFG´s. No entanto, surgiu uma oportunidade, se a decisão fosse minha não compraria os navios usados, mas continuaria o programa de construção local das MEKOS.


Es que se te olvida un punto importante...JAMAS hubiésemos conseguido los vectores y capacidades que se consiguieron de segunda mano.
También se te olvida que las MEKO no hubiesen sido muy bien equipadas (electrónicamente hablando), estando previsto el traspaso de varios equipos desde los barcos reemplazados para los nuevos.
Basta ver lo que gastó Sudáfrica (y eso que se fabricó en Alemania) y ver sus resultas, para entender que la MCh con TRIDENTE sería una marina MUCHO menos capas que ahora, bastante más endeudada y posiblemente sin reemplazos para sus MPA, sin OPV, sin SM-39, Seawolf II, Harpoon, SM-1, Seasparrow, etc...
Y nada de soñar con LPD como se hace ahora.

Eu falei que a modernização dos F-16 parou, não disse qual era a modernização, segundo a última Revista Força Aérea(Brasileira), apenas 09 F-16 encontram-se capazes de voar. Somente 04 deles tiveram a integração dos P-IV, HMD e outras modificações.


Yo hablo de lo dicho por Pit, que creo que está “dentro” del tema en cuestión...
El contrato ACE no se aplicó a ningún avión, solo se integró el Python IV sin HMS, pero no han tenido problemas de repuestos...
Le preguntaré directamente.

Quanto as FFG´s, parece que o programa parou, vi fotos das 02 LUPOS da Venezuela e estavam paradas.


Confirmemos con Pit.

Quanto ao Chile fazer modificações, acho ótimo, eu defendo sempre este tipo de filosofia, agora, nem sempre é possível. Mas aí devemos ver o chamamos de custo benefício, e ele é diferente para o Brasil e para o Chile.


El punto es fijar claramente qué defensa queremos...lo que no puedo entender es que se limite los SdA de las FFAA de Brasil (en muchos casos) a la espera de desarrollos locales.




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
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#351 Mensagem por juarez castro » Seg Jan 07, 2008 5:07 pm

Marino escreveu:
juarez castro escreveu:
Marino escreveu:Juarez, vamos definir seu pensamento.
O que vc propõe é a compra pura e simples de material no exterior? É isso?
Que não vale a pena desenvolver nada?
Que não vale a pena ter indústria de material militar?
Que não vale a pena ter centros de pesquisa?
Se não for, peço para definir, pois só leio vc criticando tudo o que se refere as FFAA brasileiras.
É possível que vc tenha as FA chilenas como modelo, muito bem, respeitarei seu pensamento e o direito de exprimí-lo sempre.
Mas não tenho que concordar.


E nem debochar....principalmente da competência alheia.

Grande abraço

PS Aquilo que deve ser objeto de elogio, sempre o será com toda a certeza, Caro Capitão.

Sei quando debochar e quando escrever a sério.
Escrevi a sério. Vc está parecendo uma antiga forista que se colocava contra tudo que era iniciativa nacional.
Por isto perguntei qual seu pensamento.
Dependendo de sua resposta, muito nos poupará o trabalho de responder, com toda sinceridade.


Boa tarde! Excelentissímo Sr Capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil, Sr. Marino. Em pirmeiro lugar o Sr. foi no mínimo mau educado ao debochar da FACH, com ironias nas entrelinhas muito bem compreendidas por foristas que tem por doutrina, a imparcialidade, a isonomia e a verdade.
Tenho me calado diante da verdadeira patrulha ideológica patrocinada pelo Sr. e pelo serviço de informações resevadas da força, que parece não saber que estamos vivendo, graças a Deus, mau ou bem, um momento de liberdade de pensamento e de escolha neste país, o que se inclui aí a pluraridade de pensamento sobre estratégias, armas, vetôres e etc...
O Sr, como oficial da Marinha do Brasil, ao citar de forma oculta uma colega forista, de conhecimento ímpar, porém delegada ao Gulag ideológico por discordar de determinados procedimentos operacionais da força, deveria ter a dignidade de o fazê-lo de forma explicita para que a mesma pudesse contrapor as argumentações tão incisivas quanto as suas Sr. Capitão.
O meu pensamento é aquele de todo Brasileiro, honesto que vive neste país e quer que impostos sejam aplicados da melhor maneira possível e não em aventuras descabidas.
O meu pensamento é de que a MB não precisaria estar solicitando ao Congresso nacional mais postos de generalato para força, enquanto o restante mingua de fome.
O meu pensamento é que uma ESTRUTURA DE GESTÃO faria muito bem a MB.
O meu pensamento é que secontinua com planos mirabolantes sem fim, sem a consulta prévia a quem deveria ser consultado sobre que Marinha o Brasil precisa e quer.
O Meu pensamento é aquele que vê com enorme tristeza recursos importantes serem aplicados num verdadeiro Museus ambulante, que faz 7 anos que está aqui sangrando os cofres públicos.
O meu pensamento é aquele que ve passar 10 ANOS da aquisição dos A 4 ex Kuwait, e até hoje sem ter conseguido coloca-los em condições operacionais de combate.
O meu pensamento é aquele que não consegue achar uma razaõ se quer para termos 03 esquadrões de formação de pilotos de asa rotativa nas tres forças armadas, enquanto poderia se fazer em um único esquadrão com uma única estrutura.
O Meu pensamento é aquele que vê um oficila superior da Marinha do Brasil colocar em dúvida a imparcialidade de um oficial general da FAB, porque a este cabia a decisão sobre a escolha de qual projeto de desenvolvimento de um missil seria escolhido, demonstrando que a tão clamada integração das forças através do Mindef está muito longe de ocorrer.
O Meu pensamento é aquele que observa determinados acontecimentos como a melancólica esperiência da Marinha do Brasil com a LMASA, tendo sido avisada sobre os problemas em lidar com a referida, tendo sido sugerido a opção Israelense.
O Meu pensamento é aquele que vê com tristeza a Marinha do Brasil embarcar em mias uma canoa furada que é o desenvolvimento de um míssil anti navio, com empresas que não tem esperiência nesta área e que já cantaram o conto dos cisnes para a Marinha do Brasil, e que quando este e se estiver operacional já estará obsoleto, enquanto os Israelenses nos oferecem uma parceria forte e concreta para um sistema moderno já com utilização de micro turbina e sistemas de busca anti jaming.

Este é o meu pensamento Sr. Capitão.

Grande abraço




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#352 Mensagem por Sintra » Seg Jan 07, 2008 7:13 pm

alcmartin escreveu:
Sintra escreveu:
juarez castro escreveu:
soultrain escreveu:Juarez,

Ninguem aqui tem capacidade para avaliar o que a FAB tem capacidade de gerir e operar, isso só a própria FAB.

[[]]'s


Caro Soutrain!

Em função de tudo que já aconteceu no passado, pelo nível de informação que chega para alguns de nós, já se pode avaliar o que a FAB não pode operar.
A FAB na atual conjuntura, com a sua o seu tamanho fisico e seu comprometimento orçamentário com folha de pagamento acrescida ainda de missões que não lhe competem, e de incopetência descabida de quem tem responsabilidade de tomar decisões, fatôres estes que impedem não só o investimento, mas principalmente a manutenção de um nível operacional mínimo, catapultam de vez a possibilidade da mesma vir operar vetôres que que tenham um custo de operação extremamente alto.
Respeitando sua honrada opinião caro Soultrain, pessoa que tem o meu respeito absoluto pelo nível de seus debates e conhecimento, existem sim pessoas aqui no DB com capacidade de avaliar aquilo que a força pode operar, sejam eles ocultos ou participantes ativos.

Grande abraço


Juarez Castro

Por acaso creio que você é a pessoa certa para eu perguntar algo que me mete uma "confusão dos diabos" como se diz cá na terrinha. :wink:
Porque é que a FAB é tão grande em termos de "human power"?
É que é mesmo ENORME!

Abraços


Olá, Sintra, bom dia!

Só complementando o Dieneces, na mesma linha:

A FAB foi uma das primeiras forças aéreas independentes do mundo e isso provocou certos fenomenos interessantes. Aqui, ela foi criada dentro de uma estrutura maior, o Ministerio da Aeronautica. Tanto que é mais comum aqui chamar a força de "Aeronautica" que "Força Aérea". Também havia os Ministerios do Exercito e da Marinha. Recentemente as FA´s perderam o status de ministerio, sendo englobadas pelo Ministerio da Defesa.

Voltando ao Ministerio da Aeronautica, no seu inicio ele foi formado com toda a estrutura aerea da marinha e do exercito. E trouxe p/si toda a responsabilidade de formação da estrutura da aviação civil.
Talvez por economia, talvez por politica (um de seus dirigentes, a despeito de um patriotismo muito grande, o Mal.Eduardo gomes, foi mais tarde candidato a presidencia). Diferente da opção da maioria dos países, que optaram por jogar a aviação civil na esfera dos ministerios, ou secretarias, de transporte.

O fato é que a FAB era somente o braço armado de um órgão maior, o min. da aeronautica. Mas era aquela que fornecia todos os meios, tanto materiais quanto humanos, para a realização dos objetivos do mesmo. Assim, no ambito da aviação civil, voce tinha(tem) muitas empresas, autarquias, estatais, com funções civis, mas ligadas ao Ministerio da aeronautica. Agora, ao ministerio da defesa.

Essa opção historica teve vantagens, sem duvida. Permitiu a implantação da estrutura, que aos poucos, foi repassada a iniciativa privada, ou governamental local, mas sob fiscalização federal. Bem como economia. Um país com as dimensoes do Brasil ter dois sistemas de controle de trafego aéreo, p.ex., era inviavel, com as verbas alocadas aqui.

Mas tem o preço: a possivel perda de foco na atividade fim, bem como o desgaste junto com a população por problemas administrativos de terceiros(administradores nomeados por politicos). E esses problemas vieram a tona com muita intensidade agora, visto que a aviação civil cresce a reboque da economia, enquanto as FA´s tradicionalmente mantem seus efetivos mais ou menos constantes.

E, como tem visto, provoca problemas discutidos aqui: o governo não pode anunciar verbas p/compras de caças, p.ex., enquanto houver filas em aeroportos... :? O ministro da defesa é o culpado pela fila...
Fora outras consequencias. Quem mistura com civil, acaba pensando como um: controladores militares de trafego civil acabaram provocando greve!! Impensavel, em termos militares...

Esse é o dilema atual. Romper com o passado e com uma formula consolidada ou tantar uma mudança. E em caso de mudança de atribuições, uma das maiores dificuldades será vencer a mentalidade: são gerações de militares da FAB formadas com esse pensamento. e civis, também. é só olhar nos topicos sobre acidentes aereos que verá muita gente reclamando maior atuação da FAB...

Um fabuloso texto, de 1996, na revista do Clube da Aeronautica, que me deparei a pouco tempo, foi escrito pelo Maj.Brig. doAr,R/R, Lauro N. Menezes, que cita:

"O verdadeiro oficial é aquele que nada teme. Nem mesmo uma nova ideia."

O texto, resumidamente, cita os problemas de uma organização tão abrangente, em detrimento de uma Força Aérea dedicada.

Foi mal o tamanho do texto, mas o assunto é importante e vasto... :wink:

Abs!

EXCELENTE

Não foi nada mal, foi fantástico, o seu texto é talvez o melhor que já li sobre o assunto :D
Muitissimo esclarecedor, sem sombra de duvidas.
Obrigadissimo.
É claro que este texto obriga a uma outra pergunta, para quando uma FAB dedicada ao seu "core business"?
Assim, visto do outro lado do "Lago" parece óbvia a distinção "aos civis o que é trabalho civil, aos militares o que é trabalho militar"...

Abraços :wink:




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#353 Mensagem por Sintra » Seg Jan 07, 2008 7:17 pm

:(

Depois de ler o texto do alcmartin, continuei a ler os restantes posts... e estou arrependido de ter iniciado o tópico, não vale a pena entrar em choque por causa disto senhores...




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#354 Mensagem por Luiz Bastos » Seg Jan 07, 2008 8:23 pm

Sintra.

Nao esquente que o problema é antigo. Eles brigas, brigam mas se amam. Fui :wink:




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#355 Mensagem por Marino » Seg Jan 07, 2008 11:16 pm

Juarez, primeiro obrigado por ter me respondido.
Vou usar seu texto para a réplica.

Boa tarde! Excelentissímo Sr Capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil, Sr. Marino. Em pirmeiro lugar o Sr. foi no mínimo mau educado ao debochar da FACH, com ironias nas entrelinhas muito bem compreendidas por foristas que tem por doutrina, a imparcialidade, a isonomia e a verdade.
Primeiro o tratamento de Exmo é para Oficiais-Generais, o que não sou.
Segundo, não uso de expedientes para falar o que penso. Meu debate com o Degan aqui e no Peru Defensa prova isto. Se eu tiver que falar algo da FACH, ou de qualquer coisa que me dê vontade, vou fazê-lo sem subterfúgios.


Tenho me calado diante da verdadeira patrulha ideológica patrocinada pelo Sr. e pelo serviço de informações resevadas da força, que parece não saber que estamos vivendo, graças a Deus, mau ou bem, um momento de liberdade de pensamento e de escolha neste país, o que se inclui aí a pluraridade de pensamento sobre estratégias, armas, vetôres e etc...
Patrulha minha e do serviço reservado da força? Como pode provar algo assim?
Se eu lhe respondo, argumento, questiono suas posições, isto é patrulhar?
Questiono pq acho suas posições extremistas, onde nada que é brasileiro presta, nada funciona, nenhuma iniciativa é boa.
Minha intenção foi expressa claramente no post transcrito mais acima: dependendo de sua resposta, eu não perderia mais tempo lhe respondendo.
Agora creio que vc deve provar que o serviço reservado da MB lhe patrulha ou patrulhou. É muito fácil jogar acusações deste tipo aqui.
Pluralidade de pensamento é o que desejamos neste fórum livre e democrático, que permite inclusive este questionamento que faço.


O Sr, como oficial da Marinha do Brasil, ao citar de forma oculta uma colega forista, de conhecimento ímpar, porém delegada ao Gulag ideológico por discordar de determinados procedimentos operacionais da força, deveria ter a dignidade de o fazê-lo de forma explicita para que a mesma pudesse contrapor as argumentações tão incisivas quanto as suas Sr. Capitão.
Deixe de romancear a sua resposta e tentar parecer protetor dos pobres e oprimidos.
A colega forista a que vc se refere, a Koslova, decidiu se afastar do fórum, e por isso eu não quis citá-la nominalmente, pois ela não estará aqui para NOS responder.
O que escrevi, já o tinha feito diretamente, tendo eu com a mesma vários debates por causa disso. Ela tem seus pensamentos, eu tenho os meus, e não deixo de respeitá-la por isso.
Vc tenta se fazer de oprimido intelectualmente, por ter seus argumentos questionados. Se crê relegado a um Gulag intelectual, romanceando mais uma vez uma pergunta direta, por ser questionado. Vou fazê-lo sempre que achar que está errado. Este é um direito seu também, e nunca me furtei de respondê-lo.


O meu pensamento é aquele de todo Brasileiro, honesto que vive neste país e quer que impostos sejam aplicados da melhor maneira possível e não em aventuras descabidas.
Quais aventuras descabidas? Se vc acha que a MB está aplicando seus impostos em aventuras descabidas, entre com uma representação junto ao MP da União, ou junto ao TCU. Mais uma vez jogando conversa fora sem provar nada.

O meu pensamento é de que a MB não precisaria estar solicitando ao Congresso nacional mais postos de generalato para força, enquanto o restante mingua de fome.
Juarez, qual foi a Força que primeiro pediu aumento do nº de Oficiais-Generais? Seja honesto e responda, com o nº solicitado para aumento, inclusive criando um posto de 4 estrêlas para infante. Não é a MB que dispensa seu pessoal ao meio-dia não, com meia rotina as segundas e sextas. Quem está passando fome então?

O meu pensamento é que uma ESTRUTURA DE GESTÃO faria muito bem a MB.
À MB? Vc quer discutir seriamente gestão das forças? Quer mesmo?
Qual força possui um Plano Diretor, que é cumprido não importando o titular? Qual força teve este Plano Diretor copiado pelo governo, tendo o mesmo se transformado no SIAFI? Qual força conseguiu gastar todo o dinheiro que foi alocado ao final do ano, nos estertores da autorização para empenho? Quanto a outra força, que deve ser modelo de gestão, teve que devolver? Por qual motivo conseguiu empenhar? Qual força é obrigada a ceder seus oficiais intendentes para o MD, que não quer nem ver de longe os oficiais gestores de uma certa outra força? Qual força possui listada uma Prioridade Única de investimentos, onde todo recurso que entra é distribuído "por gravidade"? Em qual força os Oficiais não precisam, por conta desta prioridade única, "puxar o saco" de nenhum controlador de recursos?
Quer mesmo discutir gestão?


O meu pensamento é que secontinua com planos mirabolantes sem fim, sem a consulta prévia a quem deveria ser consultado sobre que Marinha o Brasil precisa e quer.
Bobagem de um desinformado.
Primeiro vc não fala quais planos mirabolantes.
Segundo, todos os planos da MB foram apresentados ao Ministro da Defesa e ao Mangabeira Unger, dentro da END. Na resposta da MB, tudo foi justificado: os meios, a necessidade, a quantidade, etc.
Qual força já tinha isto pronto para ser apresentado a qualquer instante, a qualquer poder da nação?
Qual força possui um Plano Estratégico, baseado em metodologia científica, com seus oficiais que o manejam sendo convidados para darem aulas em universidades, inclusive no exterior?


O Meu pensamento é aquele que vê com enorme tristeza recursos importantes serem aplicados num verdadeiro Museus ambulante, que faz 7 anos que está aqui sangrando os cofres públicos.
Você não justifica sua argumentação quanto ao São Paulo, o mais importante meio da MB para Controle de Área Marítima, Projeção de Força e Dissuasão.
Repete o achismo que sempre caracterizou seus posts quanto a este assunto. Vc pode ser radicalmente contra a MB ter um PA, isto eu respeito. Mas não venha com ares professorais desqualificar o meio sem sustentar uma argumentação profundamente baseada em verdades, e não em achismo. C om sua qualificação de ex-militar da FAB pode influenciar os que o lerão, e por isso rebato seus argumentos falaciosos.


O meu pensamento é aquele que ve passar 10 ANOS da aquisição dos A 4 ex Kuwait, e até hoje sem ter conseguido coloca-los em condições operacionais de combate.
Escreva ao governo e peça para liberarem os recursos contigenciados da MB e verá o que será feito.
Não culpe a força por a mesma estar morrendo de inanição, com data para acabar, como exposto claramente pelo CM em seus depoimentos no Congresso.
Agora, quanto sua ex-força recebeu? Como ela está depois de tantos recursos recebidos? Repita aqui o que vc escreve no BM sobre os meios de sua ex-força.


O meu pensamento é aquele que não consegue achar uma razaõ se quer para termos 03 esquadrões de formação de pilotos de asa rotativa nas tres forças armadas, enquanto poderia se fazer em um único esquadrão com uma única estrutura.
Como ex oficial da FAB devia poder responder. Mas acho que está romanceando de novo a resposta.
Primeiro vc sabe que somente a FAB e a MB formavam pilotos de helis.
Os que eram designados para os helis da FAB já saíam da AFA como pilotos formados. A qualificação dos mesmos era em um modelo de asas rotativas, sem precisar passar por toda a formação inicial.
Quando um oficial da MB optava por ser piloto, ele havia cursado a EN, sendo oficial da Armada ou do CFN. A formação destes oficiais começava do zero, ao contrário dos oficiais da FAB.
Quando a MB retomou a asa fixa, optou pela mesma formação da FAB, com os seu oficiais sendo mandados para a AFA, para receberem formação básica em aviões, com a MB qualificando-os em seus modelos de heli somente, do mesmo modo que a FAB.
Em certa época o EB retomou sua aviação rotativa. A MB ainda não tinha retomado a asa fixa. O EB enviou seus oficiais para a MB e para a FAB, e adivinha quais foram devidamente formados? Adivinha aonde foram formados os oficiais que só podiam voar com outro formado na MB ao lado? Não é papo furado não. Ouvi diretamente dos oficiais do EB isto que acabei de escrever, quando cursava OSAV em S. Pedro.
Então, hoje, a formação da MB e da FAB estão unificadas.
Faltaria a do EB. Por que não fazem? Não sei.
A AFA tem condições de receber a quantidade de oficiais que é formada anualmente?
É do interesse do EB formar seus oficiais em asa fixa?
Quer a FAB formar os oficiais do EB em asa fixa, e perder a justificativa para aviação de transporte, e ataque, p. ex?
Creio que vc sabe tudo o que escrevi acima, não é?


O Meu pensamento é aquele que vê um oficila superior da Marinha do Brasil colocar em dúvida a imparcialidade de um oficial general da FAB, porque a este cabia a decisão sobre a escolha de qual projeto de desenvolvimento de um missil seria escolhido, demonstrando que a tão clamada integração das forças através do Mindef está muito longe de ocorrer.
Falei a mais pura verdade do ocorrido.
Haviam 2 projetos: um com aplicação integral de recursos no país, em empresas nacionais do parque de São Paulo, de um meio que seria utilizado pelas 3 forças.
O outro projeto, com aplicação integral dos recursos no exterior, em empresa estrangeira, com o meio sendo usado em uma só força, podendo eventualmente ser usado em uma segunda, com tecnologia a ser repassada posteriormente ao desenvolvimento.
Se vc fosse do MD, em qual projeto investiria? Por qual motivo foi tomada a outra decisão?

O Meu pensamento é aquele que observa determinados acontecimentos como a melancólica esperiência da Marinha do Brasil com a LMASA, tendo sido avisada sobre os problemas em lidar com a referida, tendo sido sugerido a opção Israelense.
Sim, acontece que foi feita uma LICITAÇÃO, e a LMASA estava controlada pela LM americana, que ofereceu o menor preço, com a IAI em segundo lugar.
Tendo a LM americana largado a Argentina, a mesma não conseguiu cumprir contrato. A segunda na licitação, a IAI, vai assumir, e a MB deve ser ressarcida conforme previsto em contrato.
A FAB também fez licitação no FX-1, não é verdade?
Vivendo e aprendendo


O Meu pensamento é aquele que vê com tristeza a Marinha do Brasil embarcar em mias uma canoa furada que é o desenvolvimento de um míssil anti navio, com empresas que não tem esperiência nesta área e que já cantaram o conto dos cisnes para a Marinha do Brasil, e que quando este e se estiver operacional já estará obsoleto, enquanto os Israelenses nos oferecem uma parceria forte e concreta para um sistema moderno já com utilização de micro turbina e sistemas de busca anti jaming.
Sim, sei que este é seu pensamento, considerar como canoa furada qualquer desenvolvimento no Brasil, com empresas nacionais, que desenvolva tecnologia aqui, com recursos gastos aqui, que gere independência de fornecimentos externos, que gere conhecimento nacional. O gestor do programa será a MB, grande parte da capacitação será com o que a MB JÁ DISPÕE, a colocação destes mísseis nos NPa os transformarão operacionalmente, garantias foram feitas, uma quantidade mínima de mísseis a ser comprada foi acordada para que as empresas se envolvam de corpo e alma, sabendo que seu produto terá mercado aqui mesmo no Brasil.
Vc vê com tristeza tal procedimento, mas não critica a opção do Oficial-General da FAB do MD, que vai dar dinheiro para o estrangeiro e, de acordo com o que li aqui no fórum, obter um míssil já defasado na época em que estiver operacional, sem gerar conhecimento aqui, sem gerar empregos aqui, e tudo o que vc escreveu como sendo tristeza.


Este é o meu pensamento Sr. Capitão.
Vc não me respondeu diretamente.
Minha pergunta foi se vc considerava tudo o que se desenvolve aqui uma porcaria.
Mas respondeu indiretamente, o que agradeço.
Quando vc expressar seus achismos, eu vou me poupar de respondê-lo, e respeitar sua opinião.
Mas quando se arvorar em profundo conhecedor de assuntos navais, vou respondê-lo sim, com educação como sempre fiz, para que sua opinião não seja tomada como verdade absoluta pelos outros foristas.
Um outro abraço para você também, e uma boa noite.




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#356 Mensagem por Dieneces » Seg Jan 07, 2008 11:23 pm

Gostei . É uma guerra intelectual entre os decanos do DB . Um duelo . Mas à moda antiga . Àspero , porém cavalheiresco . Bom para os mais jovens aprenderem . :wink:




Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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#357 Mensagem por Glauber Prestes » Ter Jan 08, 2008 12:25 am

Dieneces escreveu:Gostei . É uma guerra intelectual entre os decanos do DB . Um duelo . Mas à moda antiga . Àspero , porém cavalheiresco . Bom para os mais jovens aprenderem . :wink:

Falou tudo!




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.

Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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#358 Mensagem por alcmartin » Ter Jan 08, 2008 12:40 am

Sintra escreveu:
alcmartin escreveu:
Sintra escreveu:
juarez castro escreveu:
soultrain escreveu:Juarez,

Ninguem aqui tem capacidade para avaliar o que a FAB tem capacidade de gerir e operar, isso só a própria FAB.

[[]]'s


Caro Soutrain!

Em função de tudo que já aconteceu no passado, pelo nível de informação que chega para alguns de nós, já se pode avaliar o que a FAB não pode operar.
A FAB na atual conjuntura, com a sua o seu tamanho fisico e seu comprometimento orçamentário com folha de pagamento acrescida ainda de missões que não lhe competem, e de incopetência descabida de quem tem responsabilidade de tomar decisões, fatôres estes que impedem não só o investimento, mas principalmente a manutenção de um nível operacional mínimo, catapultam de vez a possibilidade da mesma vir operar vetôres que que tenham um custo de operação extremamente alto.
Respeitando sua honrada opinião caro Soultrain, pessoa que tem o meu respeito absoluto pelo nível de seus debates e conhecimento, existem sim pessoas aqui no DB com capacidade de avaliar aquilo que a força pode operar, sejam eles ocultos ou participantes ativos.

Grande abraço


Juarez Castro

Por acaso creio que você é a pessoa certa para eu perguntar algo que me mete uma "confusão dos diabos" como se diz cá na terrinha. :wink:
Porque é que a FAB é tão grande em termos de "human power"?
É que é mesmo ENORME!

Abraços


Olá, Sintra, bom dia!

Só complementando o Dieneces, na mesma linha:

A FAB foi uma das primeiras forças aéreas independentes do mundo e isso provocou certos fenomenos interessantes. Aqui, ela foi criada dentro de uma estrutura maior, o Ministerio da Aeronautica. Tanto que é mais comum aqui chamar a força de "Aeronautica" que "Força Aérea". Também havia os Ministerios do Exercito e da Marinha. Recentemente as FA´s perderam o status de ministerio, sendo englobadas pelo Ministerio da Defesa.

Voltando ao Ministerio da Aeronautica, no seu inicio ele foi formado com toda a estrutura aerea da marinha e do exercito. E trouxe p/si toda a responsabilidade de formação da estrutura da aviação civil.
Talvez por economia, talvez por politica (um de seus dirigentes, a despeito de um patriotismo muito grande, o Mal.Eduardo gomes, foi mais tarde candidato a presidencia). Diferente da opção da maioria dos países, que optaram por jogar a aviação civil na esfera dos ministerios, ou secretarias, de transporte.

O fato é que a FAB era somente o braço armado de um órgão maior, o min. da aeronautica. Mas era aquela que fornecia todos os meios, tanto materiais quanto humanos, para a realização dos objetivos do mesmo. Assim, no ambito da aviação civil, voce tinha(tem) muitas empresas, autarquias, estatais, com funções civis, mas ligadas ao Ministerio da aeronautica. Agora, ao ministerio da defesa.

Essa opção historica teve vantagens, sem duvida. Permitiu a implantação da estrutura, que aos poucos, foi repassada a iniciativa privada, ou governamental local, mas sob fiscalização federal. Bem como economia. Um país com as dimensoes do Brasil ter dois sistemas de controle de trafego aéreo, p.ex., era inviavel, com as verbas alocadas aqui.

Mas tem o preço: a possivel perda de foco na atividade fim, bem como o desgaste junto com a população por problemas administrativos de terceiros(administradores nomeados por politicos). E esses problemas vieram a tona com muita intensidade agora, visto que a aviação civil cresce a reboque da economia, enquanto as FA´s tradicionalmente mantem seus efetivos mais ou menos constantes.

E, como tem visto, provoca problemas discutidos aqui: o governo não pode anunciar verbas p/compras de caças, p.ex., enquanto houver filas em aeroportos... :? O ministro da defesa é o culpado pela fila...
Fora outras consequencias. Quem mistura com civil, acaba pensando como um: controladores militares de trafego civil acabaram provocando greve!! Impensavel, em termos militares...

Esse é o dilema atual. Romper com o passado e com uma formula consolidada ou tantar uma mudança. E em caso de mudança de atribuições, uma das maiores dificuldades será vencer a mentalidade: são gerações de militares da FAB formadas com esse pensamento. e civis, também. é só olhar nos topicos sobre acidentes aereos que verá muita gente reclamando maior atuação da FAB...

Um fabuloso texto, de 1996, na revista do Clube da Aeronautica, que me deparei a pouco tempo, foi escrito pelo Maj.Brig. doAr,R/R, Lauro N. Menezes, que cita:

"O verdadeiro oficial é aquele que nada teme. Nem mesmo uma nova ideia."

O texto, resumidamente, cita os problemas de uma organização tão abrangente, em detrimento de uma Força Aérea dedicada.

Foi mal o tamanho do texto, mas o assunto é importante e vasto... :wink:

Abs!

EXCELENTE

Não foi nada mal, foi fantástico, o seu texto é talvez o melhor que já li sobre o assunto :D
Muitissimo esclarecedor, sem sombra de duvidas.
Obrigadissimo.
É claro que este texto obriga a uma outra pergunta, para quando uma FAB dedicada ao seu "core business"?
Assim, visto do outro lado do "Lago" parece óbvia a distinção "aos civis o que é trabalho civil, aos militares o que é trabalho militar"...

Abraços :wink:


:shock: Vixi maria...pegou fogo o topico...

Bom, valeu os elogios, Sintra!! Saiba que a reciproca é verdadeira, sendo seus textos uma referencia obrigatoria p/mim. [009]

Agora, quanto a nova pergunta... :? ficamos todos daqui devendo, porque essa discussão ainda vai longe...

abs!




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#359 Mensagem por Bourne » Ter Jan 08, 2008 2:24 am

PRick escreveu:
jacquessantiago escreveu:
Dieneces escreveu:
Marino escreveu:
Dieneces escreveu:Degan retornou com baterias longa-vida . Fico satisfeito para o bem do debate . Parece um documentário que vi no Animal Planet : Um búfalo-cafre , novilhito de não mais que ano de idade foi atacado por um grupo de cinco seis jovens leões , mordido na cabeça , arranhado no costilhar , golpeado na paleta , caiu num rio agarrado por outro felino pelo focinho , eis que um crocodilo-do-nilo o pega pela anca , consegue soltar-se enquanto uma leoa lhe morde no quarto traseiro e o diabo do jovem bovídeo resiste brava e galhardemente , aguenta até a chegada da manada que de longe observava passivamente , porém se comoveu com a resistência do pobre animal que parecia condenado à morte e correu os carnívoros para longe ...salvou-se o bufalozinho , incrivelmente...nunca vi coisa igual , isso que sou aficcionado no tema. Degan , El Huemul de los andes x Jacaré-Açu (Marino), Harpia (Orestes) Carancho-Carcará (Túlio) , Suçuarana (Immortal),Morcego ( o mesmo) , Lince Ibérico (Sintra), Tuco-tuco (Beronha), Lobo Ibérico(Soultrain) :D

Com a diferença que agora estamos realmente debatendo, não discutindo.
E debatendo concepções, cultura.
Por isso os irmãos Tugas se uniram a nós. Temos a mesma cultura, eles nos entendem e vice-versa.
Repito o que escrevi: quando debatemos conceitos adotados por um país, temos que ter extremo cuidado para não cairmos no etnocentrismo.
Resumindo muito rapidamente:
etnocentrismo - achar que a nossa cultura, nossa maneira de ver ou interpretar, é a correta, e a utilizarmos como referência para comparações com outras soluções adotadas por outras culturas, tendo como verdade a nossa solução.
Perdoe-me se meu argumento parece pretensioso , Marino , não essa minha intenção , muito menos é essa minha "praxis" cotidiana. Ocorre , que o Degan e o Juarez , entre outros , exageros à parte , propõem uma força totalmente operacional , enxuta , adequada aos orçamentos disponíveis , otimizando recursos humanos , materiais e logísticos . Não há nada de etnocentrismo nisso , é o exemplo clássico israelense , mutatis mutandis , assim como o chileno . É o modelo que mais se aproxima da lógica . No caso brasileiro , aí sim vejo o etnocentrismo que tu criticas na posição chilena , ou do chileno Degan . Defender o gigantismo material quando se conta com recursos nanicos é que me parece uma postura toda própria brasuca . Entendo no entanto , o Brasil é VERDADEIRAMENTE gigante , muito embora suas elites governantes não se dêem conta e não equipem suas forças armadas com poderio bélico proporcional a essa importância (talvez agora o façam , premidos pelas circunstâncias) , mas entendo essa situação por que estou aqui , sou brasileiro e faço essa leitura que também tu fazes e ambos concordamos com essa vocação brasileira de impôr-se maior protagonismo no rol estratégico das nações . Para um estrangeiro , porém , ou para quem vislumbre uma necessidade operacional das FFAA no plano imediato , de intervenção militar pontual e real e não em meros exercícios e manobras o que vemos : Fuzileiros Navais tendo que comprar CINCO blindados modernos para patrulhar favelas de Porto Príncipe , o país em comoção por não conseguir equiparar militarmente os novos Sukhoi chavistas , dado que nossos caças são para a paz , não para a guerra , assim como nossos M-41C cuja suspensão não aguentaria um conflito real e nossos Leo 1A1A1 e M60A3 oferecendo baixíssima disponibilidade operacional , nossa artilharia em geral é da segunda guerra , salvo honrosas exceções . Quase não há mísseis no exército , de nenhuma natureza . Na marinha , responsável pela defesa de um dos maiores e mais ricos litorais do mundo , tu és doutor no tema , segundo acompanho a operacionalidade e a atualização dos meios operacionais é mínima , para ficar só num item temos dois Skyhawks desatualizados operacioanais de 23 adquiridos e já sonhamos com um segundo porta-aviões quando nem ao menos um operacional e com dotação de um grupo aéreo adequado temos . Nós daqui , sabemos que isso uma hora vai acabar , esse nosso sofrimento de conviver com forças mal-equipadas e pouco operacionais para um conflito real...o Brasil , repito, acordará para sua verdadeira dimensão planetária , é questão de tempo . Agora , nesse instante histórico que já perdura por um lapso temporal demasiado longo ,no entanto , reitero : É difícil convencer alguém de fora , de que somos fortes , quando somos um Jaguar na aparência (Panthera Onca , não o bólido britânico) , porém desprovido de garras e com sensíveis ausências de caninos , molares e demais acompanhamentos dentários...um tigre de papel , parafraseando Mao. Grande abraço .


O processo de modernizacao empreendido pelo Chile segue padrao similar ao adotado por forcas armadas de ponta no mundo. Adquiri-se sistemas de armas modernos, mais efetivos, menos demandantes de recursos humanos nao especializados, e que logicamente custam caro, e em contrapartida se reduz os recursos humanos de uma forma geral principalmente os nao essenciais a tarefa finalistaica das forcas armadas; e aumenta-se a operacionalidade.


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América Latina - Latin America
DEFESA@NET 02 Janeiro 2008
El Mercurio 02 Janeiro 2008

Chile
En Punta Arenas: Chile envía señal a países vecinos y
retira sus últimos aviones Mirages

Los cazabombarderos de la FACh fueron puestos a la venta.
(La Prensa Austral: Aviones Mirage Pantera volaron por última vez)


P. GONZÁLEZ Y R. MARTÍNEZ

"Esta es la forma en que la Fuerza Aérea cumple sus compromisos, como lo hace Chile con los suyos. Cuando se habló de carrera armamentista, nosotros dijimos que no estábamos potenciando ni aumentando el número de aviones".

Así lo explicó el viernes pasado el Comandante en Jefe de la Fuerza Aérea, general Ricardo Ortega, al encabezar la desmovilización de los aviones Mirage "Pantera" que operaban en el Grupo Nro. 4 en Punta Arenas.

Estos aviones - que se encuentran plenamente operativos - surcaron los cielos australes por última vez para dar paso a los nuevos F-16 que adquirió la FACh y que contemplaban desde un comienzo la baja de todo el material más antiguo.

Gesto al vecindario

Con su salida Chile envió, de paso, una clara señal de amistad hacia los países vecinos (especialmente Perú y Bolivia) que han criticado la compra de armamento de nuestro país aduciendo que se estaba rompiendo el equilibrio regional y que se estaba iniciando una "carrera armamentista".

El general Ortega explicó que el país mantendrá su capacidad aérea pero con los nuevos F-16 que también comenzarán a operar en Punta Arenas.

A comienzos del año 2000 la FACh operaba cerca de 32 Mirages y 30 A-37 los que fueron retirados y reemplazados por otros 28 cazabombarderos F-16.

Fuentes de la FACh confirmaron, además, que estos aviones fueron puestos a la venta por la institución ya que pese a tener 25 años de uso pueden operar otros diez sin problemas. Lo mismo ocurrió con los Mirages "Elkan" que pasaron a retiro en diciembre de 2006.

Estos aviones eran los últimos Mirages de origen francés que funcionaban en Chile, después de casi 30 años y de haber sido la columna vertebral de la defensa aérea del país.

Estos Mirages llegaron en 1980 en medio de un embargo internacional de armas contra el régimen militar y prácticamente sin sistemas de combate. Cinco años después fueron sometidos a un proceso de modernización en ENAER que con tecnología israelita los elevó al nivel "Pantera" con la capacidad de operar armas inteligentes.

Reemplazo "uno por uno" en FF.AA.

Desde el inicio del proceso de reemplazo del material bélico de las Fuerzas Armadas chilenas, el Gobierno ha tenido especial cuidado en mantener un discurso coherente con los países vecinos, que han visto con preocupación estos procesos.

Uno de los puntos centrales de esta política ha sido el hacer reemplazos "uno por uno", es decir, por cada buque o tanque nuevo que ha llegado al país, igual número de sistemas más antiguos se han ido de baja.

En el caso de la Armada, desde el 2000 hasta la fecha pasaron a retiro dos destructores tipo "Almirante", cuatro destructores tipo "County", cuatro fragatas tipo "Leander" y dos submarinos, llegando en su reemplazo cuatro fragatas holandesas, cuatro de origen británico y dos submarinos "Scorpene".

Respecto al material terrestre, la compra de 140 tanques Leopard 2A4 implicó la baja de un número superior de tanques Leopard 1, AMX-30, Sherman y M-41 que llevaban décadas dentro de la institución.

Además se ha reducido su número de efectivos, pasando de 24 mil a 18 mil marinos la Armada, y de 80 mil a 40 mil el Ejército desde 1990 a la fecha.


Eu diria que proporcionalmente, as FA´s do Chile são até mais numerosas, que as FA´s do Brasil.

O que o Chile está fazendo, nós já fizemos após a Segunda Guerra, aproveitando o fim da Guerra-Fria para comprar a preços de liquidação, materiais que em tempos normais, não estariam disponíveis ou não teriam disponibilidade financeira.

Vamos ao que está sendo comprado:

1- 08 Fragatas - todas usadas:
2- Caças- 10 Novos e o resto usado:
3- MBT´s- todos usados:
4- Blindados sobre lagarta - Todos usados:
5- Submarinos - 02 novos.

Existe no mercado uma quantidade enorme de blindados estocados e prontos para a venda, a Alemanha tem Leo 1 e 2 de sobra. Gepard´s e Blindados de lagarta. Existem uma boa quantidade de F-16, F-18 e outros caças usados disponíveis. Estoques de mísseis associados a estas compras também.

Os problemas começam, exatamente, nos mísseis, se olharmos de forma mais atenta, veremos que os Caças comprados usados não tem mísseis ar-ar a altura da necessidade da guerra aérea atual, e eles nem mais em fabricação estão, o mesmo ocorre com parte dos mísseis dos navios. Mesmo porque muitos devem estar se aproximando do final de sua vida útil. A compra de muito material de ocasião, pode também acabar com qualquer racionalidade de manutenção.

Este tipo de compra não soma nada ao País comprador, além do gasto de reservas em moeda forte, a não ser que tenha um perigo imediato e real com vizinhos e como aparato desfensivo, porque caso o Chile queira usar este material para atacar algum País da região, sofrerá embargo. E logo nada estará voando, navegando ou andando.

Outro País da AS que está fazendo o mesmo é a Venezuela, só que comprando material novo russo mais barato. Porém, não tem qualquer condição de usá-lo de modo autônomo.

Por sinal, as armas que possuíam antes, estão paradas por falta de suporte, como os F-16, suas Fragatas e outros aviões. Um simples embargo reduziu as FA`s da Venezuela a condição de inoperância. E neste caso, nem sequer houve conflito, apenas uma mudança de postura política do Governo. Bastou para que não pudesse comprar, nem mesmo armas de terceiros que tivessem material ou tecnologia dos EUA!

Comprar armas para brincar no cercadinho, não nos interessa! Isto não quer dizer que não devemos cobrar efiência na construção e desenvolvimento de armas locais, ou que não tenhamos um aparato bélico dissuasório. Resta saber como construí-lo. O que nos leva a outro nível de discussão.

Durante o Governo Militar creio que se fez muitos erros, mas na época, não havia material usado disponível de boa qualidade, o que se refletia diretamente na necessidade de construir localmente, ainda mais porque não tínhamos reservas em moeda forte.

Hoje, estamo num posição confortável PELA PRIMEIRA VEZ EM NOSSA HISTÓRIA, nunca tivemos reservas assim, só mesmo no final da Segunda Guerra estávamos em posição de realizar compras externas, ainda que, nem de perto da situação atual. Resta saber, vale queimar dezenas de bilhões de Dólares comprado a esmo, ou é melhor estimular a produção local, parcerias externas. Pode-se fazer uma política mitigada? Comprar uma parte e produzir outra localmente. Repito, não se pode misturar o tipo de política, com seu gerenciamento, são coisas distintas, um gerenciamento mal feito, leva ao desastre qualquer política!

[ ]´s


PRick, o Chile se reequipar com equipamento usado é coerente e para a posição geopolitica que eles ocupam é interessante e a melhor alternativa.

As forças armadas chilenas tem equipamento usados, mas modernos em comparação a outros países da região, e os novos tem algum poder de dissuação e ao mesmo tempo, serem exessivamente dependentes da vontade de terceiros. Mas, volto a destacar, que considerando a posição geopolitica e histórica do Chile é uma ótima estratégia para eles.

No caso do Brasil, que ocupa uma posição muito mais relevante e tenta manter certa independencia dos fornecedores estrangeiros, a estratégia de reequipamento chilena não serve. O reequipamento das forças armadas brasileiras, devem ser pautadas pela absoção de tecnologia, equipamentos mais nacionais possíveis e o máximo de dominio do equipamento utilizado.

Discordo frontalmente da idéias como, por exemplo, do Immortal (foi o exemplo mais recente e claro que lembrei :wink:) de querer sustituir os F-5 e A-1 por F-16 MLU, ou seja, trocar a nossa sucata pela sucata yankee com coleira de adamantium. Não vejo ganhos que justifiquem esse negócio por que, mesmo os F-16 MLU sendo melhores que nossas sucatas, implicaria num risco exessivo diante do recebimento de equipamento norte-americano de ponta para equipa-los e a disposição em permitir a adaptação de armamentos de outras origens. Porém, se fosse o Chile, acharia uma ótima idéia adquirir mais F-16 MLU e padronizar a frota com F-16.




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Immortal Horgh
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#360 Mensagem por Immortal Horgh » Ter Jan 08, 2008 3:51 am

born escreveu:
PRick escreveu:
jacquessantiago escreveu:
Dieneces escreveu:
Marino escreveu:
Dieneces escreveu:Degan retornou com baterias longa-vida . Fico satisfeito para o bem do debate . Parece um documentário que vi no Animal Planet : Um búfalo-cafre , novilhito de não mais que ano de idade foi atacado por um grupo de cinco seis jovens leões , mordido na cabeça , arranhado no costilhar , golpeado na paleta , caiu num rio agarrado por outro felino pelo focinho , eis que um crocodilo-do-nilo o pega pela anca , consegue soltar-se enquanto uma leoa lhe morde no quarto traseiro e o diabo do jovem bovídeo resiste brava e galhardemente , aguenta até a chegada da manada que de longe observava passivamente , porém se comoveu com a resistência do pobre animal que parecia condenado à morte e correu os carnívoros para longe ...salvou-se o bufalozinho , incrivelmente...nunca vi coisa igual , isso que sou aficcionado no tema. Degan , El Huemul de los andes x Jacaré-Açu (Marino), Harpia (Orestes) Carancho-Carcará (Túlio) , Suçuarana (Immortal),Morcego ( o mesmo) , Lince Ibérico (Sintra), Tuco-tuco (Beronha), Lobo Ibérico(Soultrain) :D

Com a diferença que agora estamos realmente debatendo, não discutindo.
E debatendo concepções, cultura.
Por isso os irmãos Tugas se uniram a nós. Temos a mesma cultura, eles nos entendem e vice-versa.
Repito o que escrevi: quando debatemos conceitos adotados por um país, temos que ter extremo cuidado para não cairmos no etnocentrismo.
Resumindo muito rapidamente:
etnocentrismo - achar que a nossa cultura, nossa maneira de ver ou interpretar, é a correta, e a utilizarmos como referência para comparações com outras soluções adotadas por outras culturas, tendo como verdade a nossa solução.
Perdoe-me se meu argumento parece pretensioso , Marino , não essa minha intenção , muito menos é essa minha "praxis" cotidiana. Ocorre , que o Degan e o Juarez , entre outros , exageros à parte , propõem uma força totalmente operacional , enxuta , adequada aos orçamentos disponíveis , otimizando recursos humanos , materiais e logísticos . Não há nada de etnocentrismo nisso , é o exemplo clássico israelense , mutatis mutandis , assim como o chileno . É o modelo que mais se aproxima da lógica . No caso brasileiro , aí sim vejo o etnocentrismo que tu criticas na posição chilena , ou do chileno Degan . Defender o gigantismo material quando se conta com recursos nanicos é que me parece uma postura toda própria brasuca . Entendo no entanto , o Brasil é VERDADEIRAMENTE gigante , muito embora suas elites governantes não se dêem conta e não equipem suas forças armadas com poderio bélico proporcional a essa importância (talvez agora o façam , premidos pelas circunstâncias) , mas entendo essa situação por que estou aqui , sou brasileiro e faço essa leitura que também tu fazes e ambos concordamos com essa vocação brasileira de impôr-se maior protagonismo no rol estratégico das nações . Para um estrangeiro , porém , ou para quem vislumbre uma necessidade operacional das FFAA no plano imediato , de intervenção militar pontual e real e não em meros exercícios e manobras o que vemos : Fuzileiros Navais tendo que comprar CINCO blindados modernos para patrulhar favelas de Porto Príncipe , o país em comoção por não conseguir equiparar militarmente os novos Sukhoi chavistas , dado que nossos caças são para a paz , não para a guerra , assim como nossos M-41C cuja suspensão não aguentaria um conflito real e nossos Leo 1A1A1 e M60A3 oferecendo baixíssima disponibilidade operacional , nossa artilharia em geral é da segunda guerra , salvo honrosas exceções . Quase não há mísseis no exército , de nenhuma natureza . Na marinha , responsável pela defesa de um dos maiores e mais ricos litorais do mundo , tu és doutor no tema , segundo acompanho a operacionalidade e a atualização dos meios operacionais é mínima , para ficar só num item temos dois Skyhawks desatualizados operacioanais de 23 adquiridos e já sonhamos com um segundo porta-aviões quando nem ao menos um operacional e com dotação de um grupo aéreo adequado temos . Nós daqui , sabemos que isso uma hora vai acabar , esse nosso sofrimento de conviver com forças mal-equipadas e pouco operacionais para um conflito real...o Brasil , repito, acordará para sua verdadeira dimensão planetária , é questão de tempo . Agora , nesse instante histórico que já perdura por um lapso temporal demasiado longo ,no entanto , reitero : É difícil convencer alguém de fora , de que somos fortes , quando somos um Jaguar na aparência (Panthera Onca , não o bólido britânico) , porém desprovido de garras e com sensíveis ausências de caninos , molares e demais acompanhamentos dentários...um tigre de papel , parafraseando Mao. Grande abraço .


O processo de modernizacao empreendido pelo Chile segue padrao similar ao adotado por forcas armadas de ponta no mundo. Adquiri-se sistemas de armas modernos, mais efetivos, menos demandantes de recursos humanos nao especializados, e que logicamente custam caro, e em contrapartida se reduz os recursos humanos de uma forma geral principalmente os nao essenciais a tarefa finalistaica das forcas armadas; e aumenta-se a operacionalidade.


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DEFESA@NET 02 Janeiro 2008
El Mercurio 02 Janeiro 2008

Chile
En Punta Arenas: Chile envía señal a países vecinos y
retira sus últimos aviones Mirages

Los cazabombarderos de la FACh fueron puestos a la venta.
(La Prensa Austral: Aviones Mirage Pantera volaron por última vez)


P. GONZÁLEZ Y R. MARTÍNEZ

"Esta es la forma en que la Fuerza Aérea cumple sus compromisos, como lo hace Chile con los suyos. Cuando se habló de carrera armamentista, nosotros dijimos que no estábamos potenciando ni aumentando el número de aviones".

Así lo explicó el viernes pasado el Comandante en Jefe de la Fuerza Aérea, general Ricardo Ortega, al encabezar la desmovilización de los aviones Mirage "Pantera" que operaban en el Grupo Nro. 4 en Punta Arenas.

Estos aviones - que se encuentran plenamente operativos - surcaron los cielos australes por última vez para dar paso a los nuevos F-16 que adquirió la FACh y que contemplaban desde un comienzo la baja de todo el material más antiguo.

Gesto al vecindario

Con su salida Chile envió, de paso, una clara señal de amistad hacia los países vecinos (especialmente Perú y Bolivia) que han criticado la compra de armamento de nuestro país aduciendo que se estaba rompiendo el equilibrio regional y que se estaba iniciando una "carrera armamentista".

El general Ortega explicó que el país mantendrá su capacidad aérea pero con los nuevos F-16 que también comenzarán a operar en Punta Arenas.

A comienzos del año 2000 la FACh operaba cerca de 32 Mirages y 30 A-37 los que fueron retirados y reemplazados por otros 28 cazabombarderos F-16.

Fuentes de la FACh confirmaron, además, que estos aviones fueron puestos a la venta por la institución ya que pese a tener 25 años de uso pueden operar otros diez sin problemas. Lo mismo ocurrió con los Mirages "Elkan" que pasaron a retiro en diciembre de 2006.

Estos aviones eran los últimos Mirages de origen francés que funcionaban en Chile, después de casi 30 años y de haber sido la columna vertebral de la defensa aérea del país.

Estos Mirages llegaron en 1980 en medio de un embargo internacional de armas contra el régimen militar y prácticamente sin sistemas de combate. Cinco años después fueron sometidos a un proceso de modernización en ENAER que con tecnología israelita los elevó al nivel "Pantera" con la capacidad de operar armas inteligentes.

Reemplazo "uno por uno" en FF.AA.

Desde el inicio del proceso de reemplazo del material bélico de las Fuerzas Armadas chilenas, el Gobierno ha tenido especial cuidado en mantener un discurso coherente con los países vecinos, que han visto con preocupación estos procesos.

Uno de los puntos centrales de esta política ha sido el hacer reemplazos "uno por uno", es decir, por cada buque o tanque nuevo que ha llegado al país, igual número de sistemas más antiguos se han ido de baja.

En el caso de la Armada, desde el 2000 hasta la fecha pasaron a retiro dos destructores tipo "Almirante", cuatro destructores tipo "County", cuatro fragatas tipo "Leander" y dos submarinos, llegando en su reemplazo cuatro fragatas holandesas, cuatro de origen británico y dos submarinos "Scorpene".

Respecto al material terrestre, la compra de 140 tanques Leopard 2A4 implicó la baja de un número superior de tanques Leopard 1, AMX-30, Sherman y M-41 que llevaban décadas dentro de la institución.

Además se ha reducido su número de efectivos, pasando de 24 mil a 18 mil marinos la Armada, y de 80 mil a 40 mil el Ejército desde 1990 a la fecha.


Eu diria que proporcionalmente, as FA´s do Chile são até mais numerosas, que as FA´s do Brasil.

O que o Chile está fazendo, nós já fizemos após a Segunda Guerra, aproveitando o fim da Guerra-Fria para comprar a preços de liquidação, materiais que em tempos normais, não estariam disponíveis ou não teriam disponibilidade financeira.

Vamos ao que está sendo comprado:

1- 08 Fragatas - todas usadas:
2- Caças- 10 Novos e o resto usado:
3- MBT´s- todos usados:
4- Blindados sobre lagarta - Todos usados:
5- Submarinos - 02 novos.

Existe no mercado uma quantidade enorme de blindados estocados e prontos para a venda, a Alemanha tem Leo 1 e 2 de sobra. Gepard´s e Blindados de lagarta. Existem uma boa quantidade de F-16, F-18 e outros caças usados disponíveis. Estoques de mísseis associados a estas compras também.

Os problemas começam, exatamente, nos mísseis, se olharmos de forma mais atenta, veremos que os Caças comprados usados não tem mísseis ar-ar a altura da necessidade da guerra aérea atual, e eles nem mais em fabricação estão, o mesmo ocorre com parte dos mísseis dos navios. Mesmo porque muitos devem estar se aproximando do final de sua vida útil. A compra de muito material de ocasião, pode também acabar com qualquer racionalidade de manutenção.

Este tipo de compra não soma nada ao País comprador, além do gasto de reservas em moeda forte, a não ser que tenha um perigo imediato e real com vizinhos e como aparato desfensivo, porque caso o Chile queira usar este material para atacar algum País da região, sofrerá embargo. E logo nada estará voando, navegando ou andando.

Outro País da AS que está fazendo o mesmo é a Venezuela, só que comprando material novo russo mais barato. Porém, não tem qualquer condição de usá-lo de modo autônomo.

Por sinal, as armas que possuíam antes, estão paradas por falta de suporte, como os F-16, suas Fragatas e outros aviões. Um simples embargo reduziu as FA`s da Venezuela a condição de inoperância. E neste caso, nem sequer houve conflito, apenas uma mudança de postura política do Governo. Bastou para que não pudesse comprar, nem mesmo armas de terceiros que tivessem material ou tecnologia dos EUA!

Comprar armas para brincar no cercadinho, não nos interessa! Isto não quer dizer que não devemos cobrar efiência na construção e desenvolvimento de armas locais, ou que não tenhamos um aparato bélico dissuasório. Resta saber como construí-lo. O que nos leva a outro nível de discussão.

Durante o Governo Militar creio que se fez muitos erros, mas na época, não havia material usado disponível de boa qualidade, o que se refletia diretamente na necessidade de construir localmente, ainda mais porque não tínhamos reservas em moeda forte.

Hoje, estamo num posição confortável PELA PRIMEIRA VEZ EM NOSSA HISTÓRIA, nunca tivemos reservas assim, só mesmo no final da Segunda Guerra estávamos em posição de realizar compras externas, ainda que, nem de perto da situação atual. Resta saber, vale queimar dezenas de bilhões de Dólares comprado a esmo, ou é melhor estimular a produção local, parcerias externas. Pode-se fazer uma política mitigada? Comprar uma parte e produzir outra localmente. Repito, não se pode misturar o tipo de política, com seu gerenciamento, são coisas distintas, um gerenciamento mal feito, leva ao desastre qualquer política!

[ ]´s


PRick, o Chile se reequipar com equipamento usado é coerente e para a posição geopolitica que eles ocupam é interessante e a melhor alternativa.

As forças armadas chilenas tem equipamento usados, mas modernos em comparação a outros países da região, e os novos tem algum poder de dissuação e ao mesmo tempo, serem exessivamente dependentes da vontade de terceiros. Mas, volto a destacar, que considerando a posição geopolitica e histórica do Chile é uma ótima estratégia para eles.

No caso do Brasil, que ocupa uma posição muito mais relevante e tenta manter certa independencia dos fornecedores estrangeiros, a estratégia de reequipamento chilena não serve. O reequipamento das forças armadas brasileiras, devem ser pautadas pela absoção de tecnologia, equipamentos mais nacionais possíveis e o máximo de dominio do equipamento utilizado.

Discordo frontalmente da idéias como, por exemplo, do Immortal (foi o exemplo mais recente e claro que lembrei :wink:) de querer sustituir os F-5 e A-1 por F-16 MLU, ou seja, trocar a nossa sucata pela sucata yankee com coleira de adamantium. Não vejo ganhos que justifiquem esse negócio por que, mesmo os F-16 MLU sendo melhores que nossas sucatas, implicaria num risco exessivo diante do recebimento de equipamento norte-americano de ponta para equipa-los e a disposição em permitir a adaptação de armamentos de outras origens. Porém, se fosse o Chile, acharia uma ótima idéia adquirir mais F-16 MLU e padronizar a frota com F-16.


Defendo porque seria uma plataforma muito mais eficaz (a menos que você ache que um F-5M ou um A-1M sejam superiores à um F-16 modernizado 8-] ) e dentro da minha visão não usaríamos uma modernização made in USA, mas sim partiríamos para uma solução israelense.


[ ]s




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