Trindade

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Trindade

#1 Mensagem por talharim » Qui Jan 03, 2008 6:05 pm

Saiu agora uma matéria no Terra :

site : http://turismo.terra.com.br/interna/0,,OI2179438-EI176,00.html

Conheça as lendas e mistérios da Ilha da Trindade


Se você gosta de mistério, Trindade - uma ilha entre o Brasil e a África - é um prato cheio. Lá tem histórias de tesouro pirata, disco voador, túnel da morte, praia que puxa pessoas, vulcão, tempestade súbita e ondas fatais. "Incrível, fantástico, extraordinário" é pouco para descrever este lugar.

Espanta como uma ilha pouco habitada e pequena - sua área equivale a 900 campos de futebol - reúna tantos "causos". Trindade, ao lado do Arquipélago de Martim Vaz, é o lugar mais a leste do Brasil, onde o sol nasce primeiro. A ilha está 1.167km distante da costa brasileira e é povoada por 32 homens do Comando da Marinha do Brasil.


Em palestra em 1918, no Rio de Janeiro, o professor Bruno Lobo contou que espanhóis teriam retirado ouro e prata da Catedral de Lima, na fuga após a independência do Peru, em 1821. Piratas ingleses teriam tomado o tesouro e o escondido em Trindade, no túnel do vulcão

Outra história envolve o corsário inglês Zulmiro. Antes de morrer no Paraná, revelou ter enterrado seu tesouro na ilha. Bruno Lobo afirma que pelo menos 12 expedições até o início do século passado procuraram a fortuna.

Mais um mistério é a suposta aparição de objeto voador não identificado em 1958. No navio Almirante Saldanha, estavam 40 pessoas no convés quando um objeto surgiu sobre as montanhas. O fotógrafo Almiro Baraúna registrou o fato em sete fotos que correram o mundo. "Meu tio deu muitas palestras. Há quem diga que as imagens são falsas, mas há muitas teorias para comprová-la", diz Mara Baraúna. Almiro morreu em 2001 crente que fez um flagrante.

Formada por erupções vulcânicas há 3,5 milhões de anos, a ilha avança 5,5 mil metros rumo ao fundo do mar. Por isso, discute-se a existência de túneis submersos, cortando a ilha de um lado a outro. A queda de um helicóptero na Praia do Puxa, em 1979, com a morte do piloto, reforçou a crença. Ninguém achou a aeronave nem o corpo do militar. "Não sei a razão. Mas o que se joga ali aparece do outro lado da ilha", conta o cabo Otávio Martins, 39 anos, que já passou temporada de quatro meses por lá.

Fenômeno natural na região é a mudança brusca do tempo. "As nuvens aparecem e cai o temporal, o Pirajá", conta o capitão-de-corveta José Antonio Tavares Fantini, 37, atual comandante em Trindade.

O escritor Moacir Lopes ouviu muitos causos em 1950, quando era marujo. Inspirado pelos relatos, lançou As fêmeas da Ilha de Trindade, onde narra a história das cabras que eram tratadas como mulheres: "Naquela solidão, um militar chegou a pôr brincos numa cabra, mas o cozinheiro a matou para o almoço. O "viúvo", revoltado, o esfaqueou". Na ilha não é permitida a presença feminina.

Outra narração é a astúcia do burro Libólio, levado para ajudar no transporte dos suprimentos. "Quando o animal via o navio chegar, sabendo que trabalharia mais, corria para as montanhas", conta. Precavidos, os militares prenderam o bicho um dia antes da vinda do barco. "O animal, esperto, passou a fugir ao pressentir que estava na época do abastecimento", conta Moacir.

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Existe pista de pouso em Trindade ? Existem FN lá ?




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#2 Mensagem por Brigadeiro » Sex Jan 04, 2008 11:00 am

Não, não existe pista de pouso em Trindade. Havia planos para fazer uma base lá (acho que era na época de Jango), mas não vingou.
Lá tem uma guarnição que a ocupa e faz algumas pesquisas.

Até mais!




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#3 Mensagem por Paisano » Sex Jan 04, 2008 11:30 am

Não é em Trindade que a MB "monitora" toda a comunicação do Atlântico Sul?




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#4 Mensagem por alex » Sex Jan 04, 2008 11:36 am

Há agua potavel nesta ilha?




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#5 Mensagem por Brigadeiro » Sex Jan 04, 2008 11:43 am

Paisano escreveu:Não é em Trindade que a MB "monitora" toda a comunicação do Atlântico Sul?


:shock: :shock: :shock: :shock: (se permita-me usar a sua marca registrada)...

Até mais!




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#7 Mensagem por talharim » Sex Jan 04, 2008 12:31 pm

Essa ilha é a Midway Brasileira.

Qualquer tipo de atentado a nossa soberania começaria por lá.




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#8 Mensagem por JL » Sex Jan 04, 2008 5:52 pm

Se houvesse a mínima preocupação do poder executivo nacional com relação a defesa de nossa soberania, haveria na Ilha da Trindade há muitos anos, qualquer tipo de infraestrutura e fortificações para a sua defesa.
Não gestão do Almirante Maximiniano da Fonseca, foi orçada a construção de uma pista de pouso e de um atracadouro com 10 metros de calado.
Houve argumentos que uma pista de pouso poderia ser facilmente capturada e usada contra nós. Mas não podemos esquecer, que esta ilha serviria de base aérea longe do continente para aviões de patrulha e ataque naval.
No mínimo meios para a defesa da Ilha deveriam já esta presentes, não só em Trindade como em Fernando de Noronho, creio que são lugares mais que adequados para a existência de baterias costeiras com mísseis, tomara que agora que a Marinha esta pretendendo nacionalizar o Exocet, lembre-se de colocar alguns poucos nas duas ilhas, com radar de vigilância, geradores de energia e pequenos bunkers para a proteção da guarnição e operação. Não esqueçam de alguns SAM.




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#9 Mensagem por Gerson Victorio » Sex Jan 04, 2008 6:10 pm

JL escreveu:.... tomara que agora que a Marinha esta pretendendo nacionalizar o Exocet, lembre-se de colocar alguns poucos nas duas ilhas, com radar de vigilância....


Puts!! :shock: :shock:

Não há ainda?

Seria a melhor "navio ou avião" de patrulha naquela área, praticamento não haveria o custo operacional deste vetores, essa, minha humilde opnião.

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#10 Mensagem por talharim » Sex Jan 04, 2008 6:18 pm

Imagem de satélite da Ilha Trindade :

Imagem

A Midway Brazuca 8-] ponta de lança da operação Downfall 2010 8-]




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#11 Mensagem por Brigadeiro » Sex Jan 04, 2008 6:32 pm

Mas há viabilidade de construir uma pista de pouso com pátio, capaz de suportar meios como caças e aviões de transporte de grande porte? Seria uma boa, pois facilitaria o transporte de material e pessoal para a ilha, mas a ilha é grande o bastante para isso?

Essa vai para os amigos que servem em nossa Marinha: qual a utilidade e a capacidade de Trindade como ponto de apoio aos navios da Esquadra (sou fã dessa palavra... Esquadra... Soa imponente, não? :wink: ) para o Controle do Mar e Projeção de Poder? Vejam só, apesar de eu parecer estar "viajando", manter um posto de controle nessas ilhas, num caso de necessidade, dá para "fechar" o Atlântico Sul... E olha que não precisa de uma RN para fazer isso não...

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#12 Mensagem por Gerson Victorio » Sex Jan 04, 2008 6:54 pm

Brigadeiro escreveu:Mas há viabilidade de construir uma pista de pouso com pátio, capaz de suportar meios como caças e aviões de transporte de grande porte? Seria uma boa, pois facilitaria o transporte de material e pessoal para a ilha, mas a ilha é grande o bastante para isso?

Essa vai para os amigos que servem em nossa Marinha: qual a utilidade e a capacidade de Trindade como ponto de apoio aos navios da Esquadra (sou fã dessa palavra... Esquadra... Soa imponente, não? :wink: ) para o Controle do Mar e Projeção de Poder? Vejam só, apesar de eu parecer estar "viajando", manter um posto de controle nessas ilhas, num caso de necessidade, dá para "fechar" o Atlântico Sul... E olha que não precisa de uma RN para fazer isso não...

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#13 Mensagem por capsantanna » Sex Jan 04, 2008 9:45 pm

GERSON VICTORIO escreveu:
Brigadeiro escreveu:Mas há viabilidade de construir uma pista de pouso com pátio, capaz de suportar meios como caças e aviões de transporte de grande porte? Seria uma boa, pois facilitaria o transporte de material e pessoal para a ilha, mas a ilha é grande o bastante para isso?

Essa vai para os amigos que servem em nossa Marinha: qual a utilidade e a capacidade de Trindade como ponto de apoio aos navios da Esquadra (sou fã dessa palavra... Esquadra... Soa imponente, não? :wink: ) para o Controle do Mar e Projeção de Poder? Vejam só, apesar de eu parecer estar "viajando", manter um posto de controle nessas ilhas, num caso de necessidade, dá para "fechar" o Atlântico Sul... E olha que não precisa de uma RN para fazer isso não...

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#14 Mensagem por Pasquale Catozzo » Sex Jan 04, 2008 10:11 pm

A Trindade é nosso por pouco...

A ilha foi ocupada por forças britânicas em 1782, que nela ergueram dois fortes: um com mais de doze peças de artilharia e outro, menor, com três peças. A investigação portuguesa à época reporta dois fortes: um com mais de 12 peças e outro com três peças, montadas em carretas, sem plataformas, canhoneiras ou muralhas, e estima o número de 150 habitantes distribuidos em 19 alojamentos (PEIXOTO, 1932:48-49). O mapa então produzido, atualmente na mapoteca do Itamaraty no Rio de Janeiro, registra essas duas fortificações denominadas como Fortaleza do Alto e Fortaleza da Praia, localizadas em extremidades opostas da ilha.

A partir de 1783, uma expedição portuguesa comandada por Mello Brayner, ocupou a ilha e reafirmou a sua posse como pertencente à Coroa portuguesa (BARRETTO, 1958).

Data desta época um Mapa Corográfico da Ilha da Trindade, datado de 1783, no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, onde figura o Forte da Rainha, em posição dominante sobre o Porto do Príncipe. Sua legenda esclarece que:

"O Forte da Rainha, hé hum reduto que tem 8 braças de comprido na sua face para a parte do mar, e hé averto para a p.te da montanha, nelle deixarão os Ingleses 9 peças de Ferro de calibre 4 encravadas, e montadas, em reparos do mar." (PEIXOTO, 1932)

GARRIDO (1940) registra o que denomina como Forte da Rainha, atribuindo-o a tropas inglesas no fim do século XVIII, computando-lhe vinte peças de artilharia.

Na época, as lavouras de colonos açoreanos foram mal recebidas pelo solo da ilha, agravando o sério problema de erosão com as chuvas, abundantes de abril a setembro. Com a retirada dos seus ocupantes rumo à Capitania de Santa Catarina (1797), a ilha voltou a ficar abandonada, tendo perdido cerca de 85% da sua cobertura vegetal original.

Em 1895, os britânicos voltaram a ocupar a ilha sob a alegação de que a mesma se encontrava desocupada há mais de um século, gerando protestos do governo brasileiro, que apenas tomou conhecimento do fato com seis meses de atraso. Ao ser informada da ocupação da ilha, a população carioca reagiu depredando o Café Londres, conceituada casa comercial estabelecida na tradicional rua do Ouvidor, no centro histórico da cidade. Com a mediação da diplomacia portuguesa, a soberania brasileira sobre a ilha foi reconhecida e a mesma desocupada, em agosto de 1896.

BARRETTO (1958), considerando incorretamente que o Forte da Rainha dataria deste período, informa que, em 1897, já de posse portuguesa [brasileira] o forte foi desguarnecido, e que, em 1915 nada mais restava do mesmo.

Nada mais restava das posições setecentistas quando, entre 1924 e 1926 a ilha foi utilizada pelo governo brasileiro como presídio político. Durante ambas as Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945) a ilha recebeu guarnições da Marinha do Brasil que, desde 1897 ali efetua missões com regularidade, fixando-se permanentemente a partir de 1957 com a instalação do Posto Oceanográfico da Ilha de Trindade (POIT), com a missão de observação maregráfica e meteorológica.




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#15 Mensagem por Gerson Victorio » Sáb Jan 05, 2008 2:05 am

capsantanna escreveu:
GERSON VICTORIO escreveu:
Brigadeiro escreveu:Mas há viabilidade de construir uma pista de pouso com pátio, capaz de suportar meios como caças e aviões de transporte de grande porte? Seria uma boa, pois facilitaria o transporte de material e pessoal para a ilha, mas a ilha é grande o bastante para isso?

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Um único míssil nuclear disparado por um sub e Trindade some do mapa. Não se instala uma base para SNA em um local indefensável. Seria um grande erro tático.


Tem razão quanto ao local(ilha) ser muito difícil de ser defendido mas quanto ao uso de míssil nuclear aí poderia ser qualquer base no continente que também não haveria defesa crível, mas pra chegar neste estágio o Brasil já estaria numa situação de guerra sem condições de vencer.

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