Novo Aeroporto de Lisboa

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Novo Aeroporto de Lisboa

#1 Mensagem por P44 » Qui Dez 27, 2007 8:49 am

Escolha do novo aeroporto de Lisboa derrapa para 2008

A decisão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa deverá ser tomada, finalmente, em 2008, depois de um ano em que o tema se tornou politicamente incontornável e o Governo foi obrigado a recuar, pela chamada sociedade civil.

A escolha da Ota para a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa foi confirmada em conselho de ministros a 22 de Julho de 1999, mas o relançamento do projecto, orçado em 3.100 milhões de euros, foi feito pelo actual Governo, que fixou 2017 como prazo para a entrada em funcionamento da nova infra-estrutura.

No entanto, em Março deste ano, quando a construção do novo aeroporto na Ota já era tida como certa, a polémica em torno da localização instalou-se, com os partidos da direita a questionar se a Ota seria a melhor solução técnica e económica e a esquerda preocupada com o financiamento.

O abate de cerca de 5.000 sobreiros, a movimentação de 50 milhões de metros cúbicos de terra, o desvio da Ribeira do Alvarinho e a necessidade de expropriar 1.270 hectares, foram algumas falhas apontadas à Ota.

Confrontado com estas críticas, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, manteve-se firme em defesa da construção do novo aeroporto na Ota, afirmando tratar-se de uma «opção viável», de «um projecto sustentável tecnicamente».

«Não tenho nenhuma obsessão senão resolver um problema», afirmou o ministro das Obras Públicas, em resposta às críticas da oposição, que o acusavam de ter uma «obsessão» pela localização do novo aeroporto na Ota.

A polémica em torno da localização subiu de tom quando, em Maio, durante um almoço promovido pela Ordem dos Economistas, Mário Lino afirmou que a margem Sul do Tejo era «um deserto».

«O que eu acho que é faraónico é construir um aeroporto na margem Sul, onde não há gente, não há escolas, não há hospitais, não há indústria, não há comércio, não há hotéis», afirmou Mário Lino, acrescentando que todos os especialistas que ouviu sobre esta localização lhe disseram «na margem Sul 'jamais'».

O governante esclareceu depois que comparou a um «deserto» Poceirão, Rio Frio e Faias, localizações alternativas para a localização do novo aeroporto, e não a região da Margem Sul do Tejo, e que as suas palavras sobre a construção da nova infra-estrutura foram mal interpretadas, alegando que nunca tinha dito «na margem Sul 'jamais'».~

Em Maio, é a vez do Presidente da República intervir, solicitando a realização de um debate aprofundado sobre o novo aeroporto de Lisboa.

O debate realizou-se a 11 de Junho, no dia em que Cavaco Silva recebeu das mãos do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) um estudo patrocinado por aquela confederação patronal que apontava Alcochete como alternativa à Ota para a construção do novo aeroporto.

Durante a sua intervenção no debate na Assembleia da República, Mário Lino anunciou que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) iria fazer um estudo comparativo entre a Ota e Alcochete, com o objectivo de saber qual o local mais adequado para construir o futuro aeroporto.

O documento teria de estar concluído no dia 12 de Dezembro.

De acordo com o documento da CIP, esta hipótese de localização, que já tinha sido analisada em 1972 no primeiro estudo do Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa, que apontou Rio Frio como a melhor solução, permitiria uma poupança de 3.000 milhões de euros face ao projecto programado para a Ota.

Depois da divulgação do estudo da CIP, o presidente daquela confederação acusou o ministro das Obras Públicas de ter accionado uma «campanha desesperada» para destruir o estudo patrocinado por aquela confederação patronal.

Van Zeller referia-se assim à «publicação programada» para três dias seguidos e em três jornais diferentes de notícias «dando conta de alegados erros» no capítulo das acessibilidades do estudo da CIP, com base num estudo da RAVE, empresa responsável pelo projecto português de alta velocidade.

Por sua vez, o administrador da RAVE, Carlos Fernandes, explicou que o estudo da CIP sobre o novo aeroporto de Lisboa, além de não contabilizar 1.700 milhões de euros, apresentava «incorrecções na caracterização técnica e financeira da ponte Chelas/Barreiro». Surge então o estudo patrocinado pela Associação Comercial do Porto (ACP), que defende a solução Portela + 1, apontando o Montijo como melhor localização para o aeroporto complementar à Portela, mas admitindo também como uma boa solução a opção por Alcochete.

De acordo com os cálculos efectuados pelos técnicos do Centro de Estudos de Gestão e Economia Aplicada da Universidade Católica, esta opção permitiria uma poupança de dois mil milhões de euros relativamente ao projecto de construção do novo aeroporto na Ota.

Contudo, no dia 5 de Dezembro, a sete dias da data prevista para a apresentação do estudo, o LNEC adiou para a segunda semana de Janeiro a entrega do estudo comparativo sobre o Novo Aeroporto de Lisboa.

No comunicado que anuncia o adiamento, o LNEC explica o alargamento do prazo com «a necessidade de compatibilização, harmonização e consolidação dos vários estudos parcelares que, sob a coordenação do LNEC, têm estado a ser realizados pelas equipas de especialistas nacionais e estrangeiros».

A decisão final sobre a localização deverá agora ser conhecida no início do próximo ano.

Diário Digital / Lusa

27-12-2007 9:11:00

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=311067




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#2 Mensagem por P44 » Qui Jan 10, 2008 12:16 pm

NOVO AEROPORTO
Sócrates anuncia opção Alcochete

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou esta quinta-feira a escolha de Alcochete como a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa.

( 14:00 / 10 de Janeiro 08 )




O Chefe do Governo presidiu ao briefing do Conselho de Ministros, numa atitude inédita em reuniões realizadas no edifício da Presidência do Conselho de Ministros.
http://www.tsf.pt/online/economia/inter ... =TSF187125




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Re: Novo Aeroporto de Lisboa

#3 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Nov 05, 2008 9:56 am

Portela aumenta tráfego ao aparcar mais 12 aviões
Haverá mais obras de forma a capacitar aeroporto para 17 milhões de passageiros/ano

00h30m RICARDO PAZ BARROSO

Com as placas inauguradas, o Aeroporto de Lisboa aumentou o estacionamento de aviões para 64. A ideia é atingir os 4.300 passageiros/hora até 2010, fruto de um plano de expansão de 380 milhões de euros.

Por cerca de 14 milhões de euros, a ANA (Aeroportos de Portugal) tem agora hipótese de estacionar mais 12 aeronaves no aeroporto de Lisboa, num total de 64. Tal facto, que ontem teve direito a inauguração por parte do Ministro das Obras Públicas, Mário Lino, vai aumentar a capacidade de movimentação de passageiros e carga naquela estrutura situada na Portela.

Isto é, pretende-se que Lisboa, em 2010, consiga atingir os 40 movimentos por hora, o que se traduzirá numa capacidade de "processar" 4.300 passageiros por hora. Se preferir, serão 17 milhões de passageiros anuais contra os actuais 13 milhões, "número que já está perto da ruptura", lembrou o ministro Mário Lino, que qualificou as duas placas ontem inauguradas, a Sul e Sul Nascente, "de duas importantes obras". Guilhermino Rodrigues, presidente do Conselho de Administração da ANA, resumiu: "Com estas duas novas placas acaba um estrangulamento que se vivia no aeroporto em relação ao tráfego de aeronaves".

Estas duas placas inserem-se num plano de expansão do Aeroporto de Lisboa, que vai custar, até 2010, cerca de 380 milhões de euros. Mas já ontem o administrador da ANA, Rui Veres, admitiu no seu discurso que a ampliação do terminal de passageiros, que vai custar cerca de 110 milhões de euros, ainda não está adjudicada e que só deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2011.

Já concluído, além das duas placas ontem inauguradas, está o Terminal 2, que abriu em Agosto de 2007 e custou 20 milhões de euros. Seguiu-se o investimento de 3,3 milhões de euros num novo sistema de sinalização da pista e ainda o prolongamento desta, por razões de segurança. Em Abril terminou a remodelação da sala de recolha de bagagens, que custou 1,7 milhões, seguida da nova área comercial e praça de alimentação, que custou oito milhões, tal como a ampliação e remodelação dos balcões de "rent-a-car".

Dos 380 milhões previstos, já foram gastos 80, estando em curso o gasto de mais 70 milhões de euros, adiantou Rui Veres.

"Vai haver mais inaugurações até ao fim do ano", garantiu Mário Lino, referindo-se, por exemplo, ao novo complexo de carga, que deverá estar pronto até ao fim do corrente mês e custa de 25,3 milhões de euros.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?




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