ESTRATÉGIA NAVAL

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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SUT
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#106 Mensagem por SUT » Qua Out 24, 2007 6:23 pm

Perguntar não ofende , então .. o que a MB fará se o Chavez comprar uns Yakohonts?

Probablemente esperar a que compre un buque que lo pueda disparar sin fundirse en el proceso!!!

un arma asi no es broma, ni es cosa de empernar sin mas en una fragata cualquiera. Es de dimensiones enormes, y el blast que se ha podido ver en las pruebas del Brahmos lanzado desde un DDG Kashin Indio deja en claro que es realmente un problema mayor

en todo caso, el Brahmos es un arma relacionada que tiene algunos esquemas de arquitectura abierta mas simples de integrar, pero sigue siendo un mastodonte..

Finalmente, siendo un arma que fuertemente confia en ser un "streaker", es decir, un SSM de alta velocidad, un sistema Hard Kill con modo automatico moderno no deberia de tener mayores problemas, especialmente por que por su velocidad no puede hacer mucha maniobra, y por que su enorme onda de choque provee, por si misma, un contacto radar espectacular....

Respecto a softkill no sabria decir mucho ya que no hay mayores detalles sobre su seeker, pero hoy por hoy le tendria MUCHO mas susto a un SSM Dance¨; es decir, con grados de furtividad, seeker avanzado, maniobrable, con dialogo inter misil , arribo simultaneo, etc, etc...

como los SSM modernos al estilo del RBS 15.III, el MM40-III, el Harpie-II, el NSM, el Otomat IV ( si alguien finalmente lo compra...), etc, etc.....

quizas un Klub podria ser mas desagradable, pero...habra que esperar a ver que le instalan a sus "OPVs" de 3000 Tons , ya que claramente sus sensores son por un lado occidentales, y por otro excelentes ( todos Thales NL/HSA)...

pero de armas...nada aun.

Saludos,

Sut




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#107 Mensagem por Marino » Qua Out 24, 2007 8:00 pm

Probablemente esperar a que compre un buque que lo pueda disparar sin fundirse en el proceso!!!

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Sniper
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#108 Mensagem por Sniper » Qua Out 24, 2007 9:17 pm

Marino escreveu:
Probablemente esperar a que compre un buque que lo pueda disparar sin fundirse en el proceso!!!

[100] [100] [100] [100] [100]


Estou rachando de tanto rir... [018] [009]




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#109 Mensagem por Marino » Qua Out 24, 2007 10:11 pm

Eu tinha parado com o tópico por achar baixo o interesse.
Mas vamos ver.
Abaixo um dos ítens mais importantes de Estratégia Naval, a Manobra Estratégica no Mar. Algo que poucos estudam, menos se preocupam em fazer.
É a somatória de tudo que lemos anteriormente. Quem chegou agora, sugiro começar pela página 1.
Forte abraço

A MANOBRA ESTRATÉGICA NO MAR

Desde o alvorecer da sociedade humana, o homem tentou vencer o inimigo com certeza, sem riscos e com o mínimo de sacrifícios. Em sua incessante busca da vitória fácil, lançou mão de sua inteligência e, como resultado, destacaram-se duas metodologias extremas: recorrer ao material ou à genialidade.
O primeiro dos procedimentos traduziu-se, por sua vez, em duas variantes. Uma delas consistiu na criação da arma que torne invencível quem a possui.

“Cinco mil anos de história demonstram que nada mudou em absoluto. Que a humanidade, como um possesso digno de lástima, segue tentando sempre o mesmo experimento: fabricar armas maravilhosas para vencer de uma vez e para sempre o inimigo e com isto (talvez) criar finalmente uma paz perpétua, salvaguardada por uma arma maravilhosa ... Assim, a esperança de uma arma maravilhosa se revela como um sonho, e nem sequer um bom sonho. Mais bem constitui um círculo vicioso, em que armas e contra armas se perseguem sem cessar, e não há nenhuma razão para supor que nós tenhamos saído desse círculo somente porque algumas nações possuem bombas H de 300 megatons.

A segunda variante consiste em conseguir uma superioridade esmagadora e envolver o inimigo em um choque frontal, ou impor-lhe uma guerra de desgaste. Em ambos os casos, as disposições eram de ordem logística.
O outro caminho, a genialidade, recorre ao estratagema destinado a encobrir intenções, dividir e ofuscar ao rival enganado. Além de corroer-lhe o moral, persegue arrebatar-lhe sua capacidade de decisão, obrigando-o a atuar submetido a nossa vontade. O estratagema constitui parte inseparável da manobra estratégica, que sem sua presença não existe. O mais expressivo escritor sobre o tema é Sun Tzu. Seus pensamentos, ainda que milenares, conservam plena validade, pois representam a essência do homem. Ele se baseia na premissa que a arte da guerra baseia-se no engano. Grande parte de sua obra está referida a conseguir tal resultado.

“Lançai o anzol ao inimigo para que caia em uma armadilha, simulai a desordem e assentai o golpe. Irritai seu general e confundi-o.”

“Os que pretendem provocar um movimento do inimigo o conseguem criando uma situação em que este deve agarrar-se; o atraem com o sinal de uma presa segura e, o esperam bem preparados.”

“O inimigo deve ignorar onde quero conduzir a batalha, porque se o ignora terá que estar preparado em muitos pontos. E, se está preparado em muitos pontos, os adversários que eu encontrarei em um qualquer destes pontos serão pouco numerosos.”

“Não há nada mais difícil que a arte da manobra. A dificuldade nesta matéria consiste em converter uma via tortuosa na via mais direta e em mudar a má sorte em vantagem.”

Noutro aspecto, se analisamos os princípios da guerra em vigor na Marinha do Brasil, encontramos o princípio da manobra. Por conseguinte, a utilização dos princípios ante um problema militar, incentiva a utilização de uma manobra destinada a alcançarmos o efeito desejado.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A manobra consiste em uma criação da mente, em uma obra do intelecto. Tem aplicação universal e abarca qualquer atividade humana. No âmbito da vida dos Estados é empregada na política, economia, etc.
No campo militar, a manobra corresponde ao instrumento insubstituível à disposição do condutor da guerra, para o atingimento dos objetivos em forma eficaz, oportuna e com o mínimo de custo. Ao mais forte economiza tempo, recursos humanos e material, sempre escassos. Ao mais fraco, representa a única alternativa capaz de suprir suas fraquezas e, assim, alcançar o êxito.
A diretiva, não importando seu caráter ou nível, da qual está ausente a manobra, fica reduzida a uma desconexa enumeração de tarefas. Em conseqüência, os esforços dos componentes resultam descoordenados, incoerentes e, inclusive, contraditórios. O conjunto se torna débil, amorfo e inconsistente. Quem dá solidez e vitalidade a um plano é a manobra. Ela representa a coluna vertebral onde se afirmam e aglutinam as ações de todos os meios participantes. Com seu concurso, o trabalho desenvolvido pelo dispositivo torna-se harmônico e concorrente, pois se somam os potenciais dos participantes. O poder combatente da força pode ser aplicado em lugar escolhido e na oportunidade prevista para conseguir a decisão. A manobra propicia liberdade de ação e iniciativa necessárias para agir de acordo com a própria vontade.
A manobra consta de duas partes inseparáveis: o estratagema tendente ao engano e as ações em busca do objetivo estratégico. Ela é elaborada com elementos concretos e quantificáveis, além de fatores intangíveis muito difíceis de precisar e medir. Mas o efeito que se persegue é psicológico, onde o engano conforma a peça chave. A manobra, como produto da genialidade, adota infinitas expressões, mas, sempre, o sujeito é constituído pela mente do inimigo. Por exemplo, podemos apresentar ao inimigo um panorama equivocado, orientado a mergulhá-lo na confusão, suprimir-lhe alternativas, surpreendê-lo aparecendo de direções e momentos inesperados, oferecer-lhe uma aparente e fácil presa, etc. Em seu devido tempo, o adversário pode perceber a realidade e sentir-se preso em condições de inferioridade, impossíveis de modificar ou superar.
Mais uma vez Sun Tzu auxilia:

“Toda a arte da guerra baseia-se no engodo. Assim, quando em condições de atacar, devemos parecer incapazes; ao usar nossas forças, devemos dar a impressão de inatividade; quando próximos, devemos fazer o inimigo acreditar que estamos longe e, quando longe, devemos fazer com que nos julgue perto. Use a dissimulação para iludir o inimigo, finja desordem e esmague-o ...”

“A rapidez é a essência da guerra; aproveite-se da falta de preparo do inimigo, desloque-se por caminhos inesperados e ataque os pontos desguarnecidos.”

“Mostre-se nos pontos que o inimigo tenha de apressar-se para defender; desloque-se rapidamente para lugares em que não seja esperado.”

“A tática militar é como a água que, em seu curso natural, se precipita dos lugares altos para os baixos. Assim, na guerra, o modo de evitar o que é forte é atacar o que é fraco.”

- CONCEITOS

O Almirante Castex, talvez o autor mais extenso e específico sobre a matéria, dedicou à manobra estratégica no mar um tomo completo de suas “Teorias”. A conceituou como:

“É um procedimento ou um meio de que se dispõe, para melhorar em proveito próprio as condições da luta, aumentar o rendimento dos esforços e conseguir melhores resultados, seja no combate das forças principais, ou em apoio de necessidades extra-marítimas que se consideram revestidas de especial importância.”

Em seguida, comentou definições emitidas por outros escritores militares:

“Uns dizem que manobrar é conseguir a superioridade numérica. Outros expressam que é atuar de forte a débil. Segundo outra apreciação, seria operar com grandes forças no ponto decisivo. Outros afirmam, por último, que é organizar o esforço ... Manobrar, é realizar movimentos acertados para criar uma situação favorável.”

Aqueles que se referiram à manobra estratégica no mar, coincidiram a respeito da criação e manutenção de circunstâncias favoráveis por meio de deslocamentos apropriados.
No entanto, a manobra supera, em muito, a noção de um adequado exercício da cinemática naval. Ela envolve contundentes impactos anímicos a serem produzidos, com deliberada premeditação, no espírito do antagonista. Ao ser colocado de lado este transcendente aspecto, as definições clássicas fazem esquecer as atividades a serem realizadas, destinadas a causar os efeitos psicológicos. Clausewitz adverte sobre o tema:

“Porém na guerra, a atividade nunca é dirigida unicamente contra a matéria; é dirigida sempre, ao mesmo tempo, contra a força mental e moral que dá vida a essa matéria, e é impossível separar uma da outra.”

Por conseguinte, esta publicação considera o seguinte um melhor conceito: a manobra estratégica no mar compreende as ações materiais e psicológicas orientadas a criar e manter circunstâncias favoráveis para se consiga alcançar determinado objetivo estratégico.

- O OBJETIVO ESTRATÉGICO DA MANOBRA NO MAR

Na guerra terrestre, a manobra estratégica só tem como objetivo a força e está em estreito enlace com a Batalha (a decisiva?). Carece de dúvidas sobre o QUE fazer; sua gravíssima escolha está na determinação do COMO conseguir. No entanto, à estratégia marítima se apresentam quatro objetivos permanentes: a força, a posição estratégica, as comunicações marítimas e as interferências. Para a solução de seu problema, como primeira medida, está obrigada a definir seu primeiro objetivo a ser alcançado. É dizer, determinar o “QUE”. Logo necessita estabelecer a ordem sucessiva de obtenção dos objetivos restantes. Estas exigências tornam impostergável a fixação da “Ordem Cronológica das Operações”, que em si representa uma manobra.
Em resumo, na manobra estratégica no mar, a primeira consideração recai no objetivo estratégico. No entanto, a variedade de sua natureza significa que nem sempre desemboca na Batalha, exceto se o objetivo específico consiste na força organizada inimiga. Mas, qualquer que seja o objetivo estratégico perseguido, a possibilidade de interposição da força organizada inimiga deve estar presente, sem cessar, na mente do condutor.
O primeiro objetivo da Ordem Cronológica das Operações corresponde ao objetivo principal da manobra. Por tal razão, deve ser considerado centro de gravidade, evitando a estéril divisão homogênea de esforços sobre os outros objetivos. Quanto a estes, na qualidade de secundários, é necessário designar-lhes forças, com o propósito de garantir a segurança, dividir e fixar meios do adversário. Convém não exagerar na própria dispersão. Uma verificação simples consiste em verificar se o adversário compromete mais forças nestes objetivos secundários que as nossas.
A definição do objetivo e o “COMO” alcançá-lo precisam de fundamentos sólidos e não de boas intenções. Além disso, o objetivo precisa ser compatibilizado com os meios disponíveis, o cenário previsto e o possível inimigo que se oporá a sua conquista. Para tal efeito, elabora-se o Exame da Situação.
Os elementos de juízo proporcionados pelo estudo do documento mencionado necessitam satisfazer as demandas da manobra tanto nos seus aspectos materiais, como anímicos. Por outra parte, o condutor não pode deixar sua imaginação ou criatividade serem limitados por procedimentos predeterminados, formulários ou regulamentos.



- CONCEPÇÂO DA MANOBRA

- O estratagema

Selecionado o objetivo, o “QUE” fazer, aparece agora o “COMO” fazê-lo. Segundo a natureza do objetivo a ser conquistado, a estratégia naval define a operação naval típica ou de projeção a ser realizada. Mas isso significa uma parte ínfima da solução. Alcançar o objetivo do modo mais eficaz e econômico constitui a arte do condutor. Para tal propósito, necessita criar a manobra, observando a sábia sentença de Sun Tzu relativa à guerra, de que a mesma se baseia no engano e no ardil. Ou seja, influir na mente do adversário a fim de explorar, principalmente, suas emoções, apoderando-se assim de sua vontade. Na busca de tal efeito, são considerados fatores materiais e anímicos, que precisam ser utilizados de forma racional e premeditada, conformando o estratagema.
O estratagema persegue o engano e possui três variantes básicas, mas em íntimo enlace e sem limites definidos.
O Encobrimento que, em conexão com a segurança, trata de deixar o inimigo na obscuridade referente ao que, como, quando e onde se dará a ação planejada;

Exemplo: Segunda Guerra Mundial – Batalha de Matapan
Ao meio-dia de 27 de março de 1941, a patrulha aérea britânica descobriu uma considerável força de superfície italiana em direção a Creta. O Almirante Cunningham ordenou ao comboio AG9, o único em trânsito com destino à Grécia, que continuasse navegando normalmente até o anoitecer, para então desviar-se. Ao mesmo tempo, decidiu manter sua esquadra em Alexandria o resto do dia. A baía estava sob freqüente observação da aviação inimiga. “Cunningham tinha seu próprio plano de encobrimento, baixando terra a tarde, com a maleta de trabalho, para aparentar que passaria a noite em terra. O mesmo regressou ao Warspite imediatamente ao anoitecer e a esquadra suspendeu as 19:00 horas.” Estas medidas renderam frutos, permitindo surpreender ao Almirante italiano Iachino.

A Diversão que tenta dividir o inimigo, evitando a materialização de um centro de gravidade pelo mesmo sobre o objetivo pretendido por nossas forças.

Exemplo: Segunda Guerra Mundial - Ofensiva norte-americana no Pacífico
“A estratégia no Pacífico consistiu em avançar, desde duas direções, sobre a medula da posição japonesa. Sob o comando do General Mac Arthur, uma força combinada do Exército e da Marinha dirigiu-se para o norte, desde a Austrália. Sob o comando do Almirante Nimitz, uma força do Exército, da Marinha e dos Fuzileiros dirigiu-se para o oeste, desde o Hawai. A força móvel, representada pelos maiores navios combatentes da esquadra do Pacífico, realizou operações ao largo de ambas rotas de avanço, as vezes separadamente e outras vezes unidas, contendo ao mesmo tempo a esquadra japonesa.” Esta ofensiva em linha exterior, com drásticas mudanças em seu centro de gravidade, dividiu as forças japonesas e impediu seu alto-comando concentrar seus meios onde e quando era necessário

A Ofuscação, que procura manter o adversário em constante sobressalto, desgastando-o física e moralmente, antes de impormos o golpe decisivo.

Exemplo: Segunda Guerra Mundial - Batalha de Leyte
A força “A” japonesa, comandada pelo Almirante Kurita, esteve sob ataque americano desde o amanhecer de 23 de outubro de 1944. O submarino Darter torpedeou e afundou o cruzador Atago, navio capitânia da força. Kurita, com parte de seu estado-maior, se transferiu para o encouraçado Yamato. Logo, durante todo o dia 24, sofreu o ataque da aviação embarcada da Terceira Esquadra americana. A força imperial experimentou severas perdas e danos. No entanto, conseguiu atravessar o estreito de São Bernardino. Na madrugada de 25, surpreendeu a Sétima Esquadra americana, cujos transportes se encontravam fundeados, a sua mercê, no Golfo de Leyte. O único que se opunha ao seu objetivo era um grupo de frágeis porta-aviões de escolta. “As emocionantes experiências de Kurita ante os repetidos ataques aéreos dos dias anteriores, a destruição do gigantesco Musashi e os danos que mutilaram os quatro cruzadores pesados Suzuya, Kumano, Chokai e Chikuma, ante os decididos ataques das aeronaves dos porta-aviões de escolta, haviam alterado seus nervos. Em que pese um hidroavião catapultado do Nagato ter informado que havia, no Golfo de Leyte, 35 transportes, temia que o número destes que pudesse destruir não compensasse a perda da última força de superfície do Japão sob os efeitos dos ataques aéreos que a seguir se produziriam.” O Almirante japonês ordenou a retirada da força sem cumprir sua missão.


O encobrimento, a diversão e a ofuscação concorrem para gerar o engano e a incerteza, paralizante ante-sala da perda de iniciativa e da liberdade de ação. As atividades orientadas a conseguir tal resultado são deliberadas e precisam complementar-se e apoiar-se mutuamente, Assim mesmo, cabe recordar que o estratagema exige ser percebido pelo antagonista de maneira crível, considerando suas próprias doutrinas, expectativas e personalidade do chefe. Em síntese, possui índole psicológica e é parte indivisível da manobra estratégica no mar.
Os fatores materiais com os quais elaboramos o estratagema são os mesmos que compõem a manobra: a força, o objetivo estratégico, o cenário geográfico, o tempo e o espaço. Os anímicos mais importantes residem na personalidade do chefe, na idiossincrasia e no treinamento de nossas forças e nas do inimigo. Mesmo que o estratagema faça parte da manobra, ambos tendem a se confundir.

Fatores da manobra

A força - Corresponde ao elemento dinâmico e vital da manobra. Sem seu concurso esta não possui sentido. É organizada para atingir o objetivo previsto. Na guerra marítima cumpre tarefas atinentes ao controle do mar ou a projeção de poder. Em caso de ser a esquadra principal de combate, se trata da força organizada.
A força constitui-se na protagonista do estratagema. O resto dos fatores materiais e anímicos trabalham em seu exclusivo benefício, a fim de facilitar-lhe atingir sua meta. Mas a força sofre o golpe dos erros e omissões cometidos, além das contramedidas do oponente.
No transcurso da manobra, as ações desenvolvidas pela força devem contribuir para o engano ou para proporcionar vantagens sobre o adversário. É inadmissível efetuar movimentos supérfluos ou permitir que sejam fornecidos indícios antecipados de suas reais intenções. No mar não existe terreno para se ocultar. Por conseguinte, o estratagema a cargo da força se baseia em divisões, dispositivos e deslocamentos, adiantar-se ao adversário e na exploração da tecnologia existente. A divisão de forças, com a qual se corre grandes riscos, se justifica quando provoca uma fragmentação muito maior no inimigo. Ainda assim, convém cuidar da oportuna concentração em tempo e, se possível, em espaço.
Um estratagema bem concebido e executado assegura à força a iniciativa e a liberdade de ação para alcançar seu objetivo estratégico com facilidade e eficácia. Uma força enganada e sem fé transforma-se em fácil presa.

Exemplo: Segunda Guerra Mundial - Operação “WESERNEBUNG” – Participação da força principal alemã na manobra.
A conquista da Noruega comprometeu toda a Marinha alemã. As principais unidades de superfície, o Scharnhorst e o Gneisenau, protegeram os contratorpedeiros onde estavam embarcadas as tropas que tinham o encargo de capturar de Narvik. A presença dos dois cruzadores de batalha alemães nessas latitudes confundiu o Almirantado. Os britânicos estimaram, durante um prazo crítico, que ambas as unidades tentavam penetrar no Atlântico, com o propósito de atacar o tráfego aliado. “O primeiro choque entre as unidades maiores ocorreu na madrugada de 9 de abril, em frente a Narvik. Por uma parte interveio o grupo britânico do Vice-Almirante Wilthworth e pela outra parte o Scharnhorst e o Gneisenau, sob o comando do Vice-Almirante Lütjens, que substituía o Almirante Marschall. O comandante britânico interpretou a presença das unidades alemães não como uma invasão da Noruega, mas como uma ação preliminar, dentro de uma possível tentativa de saída para os grandes espaços oceânicos. Seguiu-se um combate breve e indeciso, no curso do qual o Gneisenau sofreu alguns danos na direção de tiro e em uma torre na proa: um preço irrisório que permitiu aos alemães distrair a atenção dos britânicos dos grupos de invasão, que haviam chegado aos objetivos determinados, ou que estavam a ponto de chegar aos mesmos.”

Objetivo estratégico - Na guerra, sempre existem numerosos objetivos estratégicos ao alcance desde o mar. O estratagema explora esta circunstância ameaçando-os em diversos graus, modos e direções, a fim de produzir a dispersão dos meios do inimigo. Assim mesmo, convém ameaçá-los com persistência, com a intenção de causar ofuscação no adversário. As forças destinadas a estas tarefas devem trabalhar a favor do atingimento do objetivo definido como principal, o primeiro objetivo da Ordem Cronológica.
Os objetivos estratégicos podem ser fixos ou móveis. Os primeiros são áreas geográficas identificadas como território ou posição estratégica. Os móveis são formados por navios de guerra, mercantes ou uma combinação de ambos. No caso de objetivos fixos, convém chegar na área em questão com rapidez, antecipando-se ao adversário. Logo, em tocaia, com premeditação, se espera a reação inimiga.
A medida que a força se aproxima das costas, aumenta a reação da terra sobre o mar e a influência da geografia nas operações. Por sua vez, facilita a aplicação da eficaz estratégia de aproximação indireta. Com objetivos móveis, recorremos aos incentivos e ameaças orientados a pressionar e atrair o adversário. Com eles se canalizam os movimentos do inimigo, subtraindo-lhe assim a iniciativa e a liberdade de ação.
Em outro plano, os objetivos fixos ou móveis constituem complexos militares harmônicos. Seus componentes cumprem funções definidas e complementares, destinadas a manter a coesão e conceder poder bélico ao conjunto. Nem todos estão revestidos de igual importância e podem deter alguma das seguintes características:
- Centro de poder combatente;
- Escalão de união e aglutinador do conjunto; e
- Sustentador e restaurador da capacidade de combate, etc.
Se um ou vários destes integrantes é anulado, a totalidade se desbalanceia comprometendo, com severidade, sua aptidão bélica. A manobra, concentrando sua ação ofensiva em uma peça vital, procura alcançar tal resultado. Portanto, a definição deste componente decisivo tem uma transcendência manifesta.

Exemplo: Segunda Guerra Mundial - Batalha de Midway.
O Almirante Nimitz se apressou em desdobrar suas forças ante o objetivo geográfico em disputa: Midway. Com uma fraca força composta por três porta-aviões enfrentava o grosso da esquadra japonesa. O dispositivo imperial se aproximava dividido em cinco grupamentos, cujo apoio mútuo era deficiente. A manobra americana havia selecionado como centro de gravidade os porta-aviões do Almirante Nagumo. Ao redor das 07:00 horas de 4 de junho de 1942, o Almirante Spruance lançou todos seus aviões de ataque. As 10:25 horas, os mesmos iniciaram seu ataque e os seguintes cinco minutos decidiram a guerra no Pacífico.

Cenário geográfico - O cenário constitui o elemento mais permanente da manobra e compreende a área onde se prevê levá-la a cabo. No presente, abarca a superfície do mar, espaços submarinos, aéreos, espaciais e o litoral circundante. Dentro deste marco geográfico, se encontra o objetivo estratégico perseguido, no mar ou em terra, ainda quando as operações designadas para o encobrimento e a diversão se encontrem muito excêntricas ao mesmo.
Os oceanos abertos carecem de acidentes onde se proteger ou esconder. Mas sua vastidão permite o ataque desde diferentes direções, gerando inquietação. As condições meteorológicas e de mar afetam as unidades navais, aéreas e os satélites, reduzindo ou, mesmo, anulando a eficiência dos sistemas de detecção e de armas. Em diversas áreas a climatologia prevê a passagem de freqüentes fenômenos como temporais, névoa, anomalias eletromagnéticas, etc., aproveitáveis para o encobrimento ou imposição de restrições operativas a determinados meios aeronavais. Além disso as massas de água não são homogêneas, as condições batitermográficas, correntes e marés variam, exercendo efeitos benéficos ou prejudiciais às ações de submarinos, de navios de desembarque e de outras unidades.
A aproximação das forças ao litoral aumenta a reação da terra sobre o mar. Em conseqüência, os acidentes geográficos e hidrográficos tornam-se importantes para efeito da manobra. Por outra parte, o cenário condiciona as operações, em especial as anfíbias. Estas se realizam em pontos da costa cujos fundos, praia e terreno adjacente apresentam características específicas para suportar o assalto e logo o apoio das forças empregadas na conquista do objetivo a conquistar. Além disso, estreitos e águas restritas canalizam as forças por rotas previsíveis com facilidade. No entanto, a chamada exploração da geografia não somente exige um grande conhecimento teórico de suas características, mas uma intensa prática sobre a mesma. Caso contrário, não passa de uma frase cheia de boas intenções.
O aparentemente inerte cenário geográfico da manobra constitui um ativo receptor de tecnologia. As aeronaves baseadas em terra sobrevoam os oceanos em toda sua extensão, com equipamento de busca, passivos e ativos, de grande alcance. Igualmente grande é o alcance de suas armas autoguiadas. Satélites de comunicações, navegação e detecção cobrem as águas limítrofes. Sistemas de defesa protegem as zonas sensíveis ao ataque desde o mar. As minas, armas de relativo baixo custo, apesar de sua sofisticação, permitem fazer letais armadilhas a um inimigo em aproximação, ou bloqueá-lo em sua base durante períodos críticos. Em um ambiente saturado de emissões eletromagnéticas, um treinamento dedicado ao silêncio eletrônico, ao aproveitamento do meio geográfico e dos sentidos naturais do homem, talvez conformem a chave mestra do êxito na manobra.
Por último, a posição facilita a manobra. Sob seu amparo é possível executar a concentração e a prontificação das forças. O suspender se dá somente quando as exigências operacionais assim o requerem. Assim, evita-se expor de forma prematura as intenções, sofrer os rigores da natureza e desgastarmos o material de forma desnecessária.

Exemplo: Segunda Guerra Mundial - Ataque a Pearl Harbour – Seleção da Aproximação.
“O problema principal com que se defrontou a força de ataque foi a escolha da via de aproximação às Ilhas Hawai. As rotas meridionais propostas, as situadas ao sul da linha Midway-Oahu, e a ainda mais meridional através das Ilhas Marshall, foram descartadas, pois seria muito difícil ocultar os movimentos, uma vez que eram rotas freqüentadas pelos mercantes e, portanto, vigiadas pelas unidades de reconhecimento aéreo americanas. Assim, estabeleceu-se que a força de ataque seguiria a rota setentrional, entre as Aleutas e Midway, uma zona pouco transitada pelos mercantes e assim isenta do controle americano.” Além disso, esta derrota era conhecida por suas constantes tempestades e baixa visibilidade, circunstâncias que dificultavam a navegação da força mas que facilitava sua ocultação. Por motivo de discrição os porta-aviões japoneses navegaram sem seu costumeiro dispositivo de patrulha aérea e, por último, a detecção de forças anfíbias imperiais em direção à Malásia, serviu de diversão para o comando americano.

Tempo e espaço - O tempo e o espaço são elementos substanciais do estratagema e da manobra. Apresentam tal interdependência e entrelaçamento que convém avaliá-los em conjunto. Ambos se conjugam para o movimento da força. Portanto, sem contarmos com estes dois fatores, a manobra, juntamente com o estratagema, permanece no plano das idéias.
No espaço devem ser realizados os deslocamentos contemplados no estratagema com vistas ao engano. Conseguidos os efeitos esperados, cria-se a situação favorável, a qual se manifesta em forma de liberdade de ação para tomarmos a iniciativa contra o objetivo estratégico inimigo proposto. O espaço assinala onde atacar e o tempo quando fazê-lo. Tanto o ONDE como o QUANDO correspondem aos parâmetros constituintes da surpresa, a grande favorecedora das empresas bélicas.
A vastidão do espaço provê segurança precavendo a surpresa, facilita a defesa em profundidade, e permite a execução das diversões, a ameaça ou o ataque desde diversos lugares, e a destruição do inimigo por partes. O espaço transforma-se em tempo, prolongando a duração das condições favoráveis alcançadas pelo estratagema.
Quanto mais tempo dure o engano, maiores são seus alcances, incluindo a dissolução moral do adversário. Assim mesmo, o tempo, conciliado com o espaço, adquire um extraordinário valor durante a execução da manobra. Possibilita a concentração, a concorrência dos esforços sobre o ponto de decisão e o apoio mútuo entre os diversos grupamentos da força. O tempo constitui um recurso de disponibilidade muito limitada e se esgota com rapidez, portanto é preciso aproveitá-lo muito bem.
Há muitas formas de se explorar o fator tempo
O Almirante Pertusio, analisando tal fator e a forma como será explorado, identifica:
Tempo duração - é o tempo real;
Tempo oportunidade – é ditado pelas circunstâncias: executar ou não alguma ação;
Tempo seqüência - sucessão de fases de uma ação ou de ações conexas;
Tempo ritmo - velocidade de ocorrência das ações, relação entre ação e inação. Um maior ritmo é uma sucessão rápida de ações. O tempo ritmo pode ser uma arma em si mesmo. Se o inimigo tem lento ciclo de decisão, uma série de rápidos e inesperados ataques a suas vulnerabilidades pode confundi-lo, impedindo-o de reagir efetivamente.
A rapidez nas decisões e deslocamentos simplifica a obtenção e manutenção da liberdade de ação e iniciativa, aplanando o caminho até a surpresa. Os movimentos e ações desenvolvidos pelo dispositivo têm que responder à idéia de manobra. São inaceitáveis os tempos mortos e evoluções supérfluas. Esta exigência torna-se capital quando, terminado o estratagema, se procura de modo atabalhoado alcançar o objetivo estratégico.
Diz-se que o alcance dos novos engenhos ofensivos e a velocidade das unidades navais e aéreas reduzem o espaço e o tempo. Ante tais circunstâncias, as situações favoráveis são muito transitórias. Mas a letalidade e precisão do armamento disponível assegura, em curto prazo, a destruição das forças inimigas. Em conseqüência, faz-se imprescindível não desperdiçar tempo, prevendo e antecipando-se às reações do rival. Isto significa arrebatar-lhe a vontade, submetendo-o a nossa própria.
Por último, convém ter presente o aforismo que sintetiza a relação espaço-tempo: desdobrados no espaço mas concentrados no tempo.

Exemplo: Batalha de Midway – Falhas no aproveitamento do Espaço-Tempo.
O Almirante Yamamoto idealizou uma manobra que perseguia, em sua fase inicial, atacar os objetivos geográficos de forma quase simultânea. O principal era Midway e o secundário as Aleutas. As forças japonesas se dividiram em nove GT independentes, cuja concentração no espaço e no tempo não facilitava o apoio mútuo. “No dia do ataque a Dutch Harbour e quando se produziu o primeiro contato na zona de Midway, em 3 de junho de 1941, os navios de guerra japoneses estavam espalhados por todo o o Pacífico. Os dois porta-aviões das Aleutas poderiam ter sido o fator decisivo no Pacífico Central ... A força de porta-aviões de Nagumo navegava 300 milhas adiantada do grosso da força e quando seus porta-aviões foram destruídos, Yamamoto não pôde recuperar a iniciativa porque foi impossível reunir seus dispersos grupos no lugar e momento oportunos. O poder concentrado de seus encouraçados demonstrou ser inútil e, como não estava integrado com seus porta-aviões, resultou em uma força desequilibrada. Se pudessem estar integrados, é possível que seus canhões tivessem rechaçado os aviões americanos e é seguro que haveriam atraído até eles alguns dos atacantes. Yamamoto deveria também ter tido o controle direto da Batalha, em vez de permanecer impotente no extremo de um silencioso canal de rádio a 300 milhas de distância.” Aos erros anteriores, somaram-se as vacilações de Nagumo em atacar a força adversária, perdendo tempo em mudar o armamento de seus aviões.

Treinamento, idiossincrasia e personalidade do chefe - Estes três fatores são considerados os elementos anímicos mais importantes a serem explorados na manobra.
O treinamento está referido a nosso próprio e ao do inimigo. Em relação ao primeiro, corresponde à fase preparatória da manobra, durante a paz e conflito. Deve ser realizado nas condições mais duras e exigentes possíveis de serem encontradas na área prevista da manobra. A exploração da geografia baseia-se em práticas freqüentes e realistas, ainda que signifiquem riscos. Um treinamento bem realizado infunde confiança e liberdade de ação no desenvolvimento da manobra.
Quanto ao adversário, normalmente se conhece o material a sua disposição. A questão está em como o emprega. Seu treinamento proporciona valiosos indícios sobre a aludida matéria, além de sua potencial idéia de manobra. O conhecimento anterior torna factível preparar as contramedidas orientadas a desbaratá-la e a ganhar a iniciativa estratégica.
A idiossincrasia impõe um selo característico às resoluções e atos realizados por um determinado povo. Suas pegadas ficam impressas na história, em particular a militar. Sua análise aporta valiosos antecedentes, tais como suas prováveis reações, como conjunto, ante situações de ameaça, resistência ao rigor durante atos bélicos de grande violência, capacidade para sustentar esforços prolongados ante o perigo e outros similares. Estes úteis elementos de juízo se revestem de importância ao serem explorados na criação e execução da manobra.

“A idiossincrasia, contextura, capacidade e vitalidade das raças que compõem os exércitos beligerantes, possuem primordial influência na contenda. Tropas altivas, fortes e saudáveis vencerão com facilidade a inimigos debilitados por uma existência cômoda e sibarita. As raças sem vinculações e apegos nacionalistas serão avassaladas pelos representantes das coletividades humanas que os possuem.”

A personalidade do chefe possui uma importância crucial na manobra. Ele constitui o alvo do estratagema, feito para perturbar sua mente e moral. Procuramos arrebatar-lhe a iniciativa e que reaja submetido a nossas intenções. Por último, buscamos quebrar-lhe a vontade, para que entregue o objetivo estratégico perseguido sem opor maior resistência. Quem manobra dispõe dos fatores materiais e anímicos para criar o estratagema e produzir o engano. Graças ao encobrimento, diversão e ofuscação, o chefe adversário deve ficar perdido na bruma da incerteza. Como corolário, seu panorama estratégico sofre a alteração de antecedentes, equivocados e deformados, para induzi-lo a cometer erros que minam a confiança, provocando-lhe frustração e desalento. Termina perdendo o controle de seus atos e de suas forças.

“Na esfera psicológica, o deslocamento resulta da impressão exercida sobre o pensamento do comando pelos efeitos físicos que acabamos de enumerar. Tal impressão se acentua fortemente se o chefe se dá conta, de uma maneira súbita, de que se encontra desvantajosamente situado e se tem a sensação de que não lhe será possível opor-se à manobra inimiga. Em realidade, o deslocamento psicológico surge desta sensação de ver-se colhido em uma armadilha.”

Exemplo: Segunda Guerra Mundial – Treinamento para o ataque a Pearl Harbour.
O Almirante Yamamoto escolheu a baía de Kagoshima para treinar a aviação embarcada, antes da guerra. Suas características hidrográficas e geográficas tinham grande semelhança com Pearl Harbour. “Cada piloto praticava quatro vezes ao dia lançamento e recolhimento em seu porta-aviões. Os aviões torpedeiros rugiam sobre o monte Shiro, penetravam até o vale interior do Iwazaki em vôo rasante, seguindo em seu sinuoso rumo até a costa. Lá, roçando a superfície da água, lançavam seus torpedos. Entretanto, em outros lugares de Kyushu, os bombardeios de mergulho ensaiavam suas técnicas, mergulhando verticalmente desde 5000 pés ... Outra dificuldade se devia a que a profundidade das águas de Pearl Harbour era somente de 40 pés. Como os torpedos japoneses estavam desenhados para serem lançados em um mínimo de 70 pés de água, novos torpedos deveriam ser construídos ... Depois de um sem fim de experimentos, escolheu-se um projeto que prometia oitenta por cento de eficácia, se lançado de alturas compreendidas entre 25 e 40 pés e a uma velocidade não maior do que 150 nós.”
Exemplo: Segunda Guerra Mundial – Errônea suposição japonesa sobre a idiossincrasia norte-americana.
O governo japonês se lançou à guerra com uma presunção pouco consistente: “A democracia americana não aceitaria, jamais as perdas que exigiria a reconquista dos territórios perdidos contra um inimigo que havia se tornado tão poderoso e estava decidido a defender suas conquistas. Antes disso, resignar-se-ia a uma paz de compromisso. Todo este plano admitia um pressuposto psicológico incerto: o da pouca tenacidade dos norte-americanos. No entanto, os EUA, que sempre começaram suas guerras sem estarem preparados, as terminaram com vitória total. A guerra de Secessão foi travada pelos dois partidos com uma vontade indômita e, em 1917, a decisão dos americanos não foi menor. Os japoneses podiam ter pensado que os americanos haviam degenerado, mas a decadência militar de um povo somente é julgada na prática e é muito temerário abandonar a sorte de uma guerra ao azar de uma suposição incerta a priori.”
Exemplo: Segunda Guerra Mundial - A Batalha de Leyte e a personalidade do chefe.
A força aeronaval do Almirante Ozawa, a única integrada por porta-aviões do dispositivo japonês, tinha como tarefa servir de incentivo para divertir a Terceira Esquadra americana. O Almirante Halsey tinha recebido a missão de dar cobertura à ForTarAnf em Leyte. “A força principal (Ozawa) podia oferecer pouco apoio direto na iminente batalha, pois o treinamento dos novos pilotos embarcados distava de estar completo e as perdas de aviões sobre Formosa haviam sido tão severas que restavam escassos pilotos com habilidade suficiente para aterrizar nos conveses de vôo. Nesta emergência, ordenou-se aos porta-aviões japoneses cometerem suicídio atraindo a Terceira Esquadra para longe das proximidades do Golfo de Leyte, deixando expostos ao ataque da força de superfície de Kurita os transportes e a cabeça de praia. Toyoda, que havia suposto corretamente que Spruance não se deixaria arrastar para muito longe de Saipan, agora presumiu que o belicoso Halsey, atraído pela possibilidade de uma batalha de porta-aviões, bem podia ser tentado a afastar-se de Leyte.”

- A MANOBRA E A ATITUDE ESTRATÉGICA

- A manobra ofensiva

Convém ter em mente o estudado no capítulo 5, a Ofensiva e a Defensiva no Mar, em especial o concernente aos quatro objetivos estratégicos da guerra no mar e a necessidade de se estabelecer uma ordem cronológica das operações. Esta circunstância facilita ao engano, pois torna possível ameaçar qualquer dos três restantes, transformados em secundários, para assim encobrir as intenções e divertir ao adversário. Outra circunstância favorável reside em que os objetivos estratégicos normalmente estão formados por vários componentes. A flexibilidade operativa das forças navais permite ameaçar a duas ou mais partes, de igual importância para o inimigo, colocando-o ante um dilema, com a conseqüente incerteza.
Quem realiza a manobra positiva, goza de todos os benefícios da ofensiva. Em alto mar, na ausência de terreno onde o inimigo busque proteção, somente é necessário uma pequena superioridade relativa no ponto de decisão. Pode escolher o objetivo e, dentro deste, o componente onde estabelecer centro de gravidade Conta com plena liberdade de ação e iniciativa para materializar o estratagema destinado a enganar o adversário. Conseguido o efeito desejado, com as atividades psicológicas e materiais, é necessário explorar a situação favorável criada sem dilação, para convertê-la em irreversível e, assim, conseguir o objetivo estratégico previsto.
Quando o objetivo estratégico é móvel, a manobra deve considerar incentivos ou ameaças no estratagema. Se o objetivo é a força organizada, deve remeter-se à ofensiva de movimento, geográfica ou pseudo-geográfica.
Não importando o objetivo procurado, a manobra ofensiva está obrigada a observar a esquadra adversária, tanto para evitar sua participação, como para destruí-la. Nesta última alternativa, a manobra não somente é orientada para facilitar a obtenção de sua meta mas, também, par a simplificar a ação da própria força, com vistas ao encontro decisivo.

Exemplo: Segunda Guerra Mundial – Ataque a Taranto.
O Almirante Cunningham resolveu atacar a força organizada italiana surta em Taranto, objetivo principal da manobra, com aviação embarcada. Para isto intensificou o treinamento noturno dos Swordfish e equipou estas aeronaves com tanques suplementares de fortuna, destinados a proporcionar-lhes maior raio de ação. Encobriu suas ações com uma operação de cobertura a um comboio com destino à Malta. Contou com um excelente reconhecimento aerofotográfico. Ao anoitecer de 11 de novembro de 1940, o Almirante britânico destacou o porta-aviões Illustrious, que mais tarde lançou 21 aviões a 170 milhas da base italiana. “Os ingleses conseguiram uma completa surpresa tática e técnica. A artilharia antiaérea somente conseguiu abater dois aviões. Os italianos não empregaram neblina artificial porque acreditavam que isto prejudicaria muito a defesa antiaérea. Contavam com que os navios, fundeados de 12 a 15 metros, estavam defendidos contra os torpedos, pois estes mergulham a maior profundidade ao serem lançados, normalmente. Mas o mergulho dos torpedos ingleses estava tão bem calculado que chegaram a profundidade de 10 metros sem afundarem mais. Os torpedos tinham espoletas magnéticas e de impacto e golpearam profundamente e com muita eficácia. O novo encouraçado Littorio recebeu três impactos, e os velhos, Duilio e Cavour, um. O impacto sobre o Cavour foi tão sério que o navio não pode ser reparado. Os reparos dos outros dois duraram meio ano e durante esse tempo a esquadra britânica superou em muito a italiana."

- A manobra defensiva

A defensiva no mar difere no fundo e em forma da terrestre, pois necessita atuar de modo ofensivo. A espera, passiva, constitui o preâmbulo do desastre. Ao proteger objetivos, fixos ou móveis, precisa sair ao encontro do inimigo desde o primeiro momento em que se evidencia a materialização da ameaça. Em termos mais categóricos, requer adiantar-se ao adversário. A primeira preocupação da manobra defensiva tem por base arrebatar ao inimigo a liberdade de ação e a iniciativa. Esta deve ser a finalidade inicial do estratagema. Com a intenção de eliminar incertezas e a necessidade de reagir ante fatos consumados, faz-se necessário elaborar tantas manobras como objetivos estratégicos a proteger.
A manobra defensiva tem por propósito negar ao inimigo a conquista de uma meta. Portanto, não cabe dúvidas quanto a seu objetivo: a força atacante ou algum de seus componentes, o mais decisivo, tendente a frustrar a ação do adversário.
Quem recebe uma tarefa de proteção a um objeto móvel, escolta ou cobertura, tem sérias restrições em sua liberdade de ação. Seu objeto reside na segurança do conjunto defendido e seu objetivo são os navios que o conformam. A manobra está obrigada a minimizar dita restrição, mas sempre em função da tarefa encomendada.
Quando a missão se refere a defesa de um objetivo estratégico fixo, geográfico, a ameaça capital corresponde a um assalto anfíbio. Nesta circunstância, a alternativa se apoia em considerar centro de gravidade ou os transportes ou a força de cobertura. Muitos teóricos se pronunciam pelos transportes onde estão embarcados os soldados e armas. No entanto, os americanos frustraram as invasões, atacando a força no Mar de Coral e em Midway. Ao contrário, os japoneses fracassaram, com o mesmo método, nas Marianas e os argentinos nas Malvinas. Em suma, a escolha do objetivo depende da situação estratégica particular reinante.
Na defensiva no mar, existem certas circunstâncias, que aproveitadas com astúcia, são convertidas em vantagens substanciais:
- A força inimiga está forçada a aproximar-se do alcance das armas do objetivo em questão; e
- O mar carece de acidentes geográficos onde ocultar os deslocamentos.

As particularidades mencionadas concorrem para facilitar as seguintes ações:
- Definir com precisão o dispositivo adotado pelo atacante;
- Evidenciar as vulnerabilidades apresentadas pelo inimigo;
- Desgastar o adversário durante sua aproximação; e
- Adequar o próprio dispositivo com vistas a explorar a iniciativa.

Além disso, na defesa relacionada com um objetivo estratégico fixo, o ideal ocorre quando as próprias forças se adiantam as do inimigo, situando-se nas proximidades da área geográfica em questão. A manobra transforma-se em uma caçada em tocaia, em um cenário conhecido. Se as circunstâncias o permitem, o teatro é preparado para canalizar as operações do antagonista, desgastá-lo, fazer seus golpes caírem no vazio e causar-lhe diversões. Convém recordar que toda ação material deve apresentar um componente psicológico.

Exemplo: Segunda Guerra Mundial – Defesa de Midway.
O comando naval norte-americano teve informações sobre uma ofensiva estratégica contra Midway e outra diversão sobre as Aleutas. Na operação se empregaria a quase totalidade da imensa esquadra imperial. A queda de Midway comprometeria Pearl Harbour, posição onde se apoiava a estratégia aliada no Pacífico.
Para rechaçar a invasão, o Almirante Nimitz preparou o cenário, reforçando as guarnições terrestres e aéreas, e intensificou a patrulha de longo alcance. Ademais, apressou a partida das forças navais, adiantando-se a formação de barreiras de submarinos inimigos. Estacionou nas proximidades de Midway 19 submarinos e uma esquadra nucleada em três porta-aviões, um deles reparado em emergência. A força esperou de tocaia o ataque japonês, os quais ignoravam estes deslocamentos. A manobra norte-americana surpreendeu por completo o comando adversário. “A batalha de Midway significou um ponto crucial na guerra. Arrebatou a margem de superioridade que permitia aos japoneses tomar a ofensiva. Para os EUA significou o término da fase puramente defensiva da guerra e foi o início de um período em que as armas americanas puderam tomar alguma iniciativa.”

- FASES DA MANOBRA

A manobra estratégica no mar apresenta as seguintes fases:
- Reunião de meios;
- Desdobramento;
- Aproximação ou acontecimentos preliminares; e
- Combate.
Pelas características do cenário geográfico e das forças navais, este faseamento não se reveste de tanta importância como em terra. Portanto, resulta inconveniente prender-se a uma seqüência rígida, perdendo assim a liberdade de ação. Na prática, são omitidas, fundidas ou realizadas de forma simultânea duas ou mais das etapas mencionadas.
Durante o período coberto pela manobra, a cada uma de suas partes cabe imprimir uma quota de engano. O estratagema, em suas três ramificações, tem ampla aplicação, a fim de chegarmos ao choque, onde se luta diretamente pela obtenção do objetivo estratégico, nas condições mais favoráveis possíveis. Isto constitui a meta essencial da manobra.

“Se admitimos que um general está autorizado a buscar uma decisão militar, sua missão se constituirá em buscá-la sob as circunstâncias mais vantajosas, para termos o máximo resultado favorável. Daí, seu verdadeiro objeto não será tanto buscar a batalha, mas antes uma situação estratégica de tal forma vantajosa que se não produzir , por si própria, uma decisão, sua continuação pela batalha venha seguramente a produzi-la.”

Reunião dos meios

Consiste na concentração de forças na área desde a qual se pretende iniciar a manobra estratégica. A concentração cumpre a finalidade de facilitar o desdobramento. Mas, com bastante freqüência e por diversas razões, a reunião dos meios ocorre no mar. Esta circunstância contribui para o engano e a incerteza, exigindo uma sólida doutrina comum.
No período compreendido pela concentração há que se observar estritas medidas de segurança, com o propósito de se precaver contra surpresas. Prolongados períodos em um mesmo lugar incentivam o ataque adversário.
A reunião dos meios implica na utilização do princípio de economia de forças. Faz-se centro de gravidade onde se deseja alcançar a decisão. Nos outros pontos, aloca-se o mínimo indispensável de meios.
Ao existir um teatro de operações único e ambos os beligerantes são dependentes do mar de igual maneira, as forças organizadas tendem a concorrer de maneira permanente ao dito cenário. Esta circunstância dificulta a surpresa, mas não a impossibilita.

- Desdobramento
Consiste nas atividades desenvolvidas pelas forças desde a área de concentração, a fim de adotarem o dispositivo apropriado para a realização da manobra estratégica.
Na guerra marítima, se traduz no suspender das forças navais a fim de formarem o dispositivo de cruzeiro previsto. Além disso, contempla os deslocamentos das aeronaves baseadas em terra alocadas à manobra e o reposicionamento da rede de satélites. Em caso de defesa contra invasão, envolve também os movimentos dos meios terrestres responsáveis pela proteção do litoral ameaçado.
O suspender, geralmente da posição, está canalizado pela geografia e pela hidrografia dos fundeadouros. É um período de grande vulnerabilidade ante a ameaça aérea e submarina, incluindo as minas. O melhor antídoto consiste em abreviar os prazos.
Uma vez em alto mar, o desdobramento, ao contrário de terra, está livre da influência da geografia. Somente prevalece em sua forma a idéia de manobra e as ameaças mais prováveis e perigosas a neutralizar.
Nesta fase, o estratagema possui um papel crucial. O adversário deve manter-se ignorante sobre as verdadeiras intenções o maior tempo possível. Desta fase participam, de maneira coordenada e harmônica, para obter credibilidade, todas as forças e elementos disponíveis pelo executor da manobra. São efetuadas tarefas específicas destinadas a produzirem o encobrimento, a diversão e a ofuscação. É o campo de ação propício à exibição da imaginação e da criatividade do condutor. Nele cabem os incentivos, ameaças, dispersões, fintas, transmissões, rumos e dispositivos falsos e toda medida tendente a conseguir o engano e a paralisação do inimigo.
Quando o objetivo estratégico a proteger ou conquistar é fixo, geográfico, é recomendável posicionar-se em suas proximidades antes do inimigo. Assim gozamos os benefícios da ofensiva geográfica se a esquadra inimiga pretende opor-se. Spruance adotou esta providência na defesa de Midway e na conquista das Marianas.

- Aproximação

Corresponde ao avanço das forças navais sobre o objetivo estratégico determinado. Em sua progressão afasta e elimina os obstáculos que se interpõem a sua missão. Na rapidez e fluidez de seus movimentos está a chave para seu sucesso.
Na guerra marítima, tanto para a manobra ofensiva como para a defensiva, a força naval está obrigada a avançar até o inimigo, no transcurso desta fase. Isto representa uma diferença fundamental da estratégia terrestre, onde a defesa se limita a esperar o atacante. Sem a manobra, esta necessidade é impossível de ser satisfeita para o mais fraco, pois se converte em suicídio.
A aproximação busca facilitar o choque, última fase da manobra. A etapa é finalizada com o destaque das forças para combater o inimigo e destruí-lo.

- O combate

O desenvolvimento desta fase possui claro caráter tático. No entanto, é necessário destacar alguns aspectos estratégicos envolvidos.
O combate constitui o confronto entre as forças que pretendem conquistar ou defender um objetivo estratégico em disputa. Nem sempre corresponde a Batalha.
O combate se realiza contra a escolta de um comboio, uma ForTarAnf , as forças protetoras de um objetivo geográfico, etc. Mas sempre o condutor deve ter em mente a possibilidade do aparecimento da força organizada inimiga. A Batalha se realiza quando as esquadras principais participam do combate, uma opondo-se à conquista do objetivo estratégico da outra.
O combate deve ser deliberado. Escolhem-se o tempo e o lugar para materializá-lo, aproveitando que o inimigo não se encontra em condições de reagir com vigor pelos efeitos da manobra. Nestas circunstâncias, seu dispositivo está paralisado, dividido, convertido em um conjunto inorgânico. Em outros termos, o combate é imposto ao inimigo sob nossas condições. Por meio do combate, busca-se destruir ou neutralizar as forças oponentes. A recompensa reside em uma rápida e econômica obtenção do objetivo estratégico determinado.
Um claro e definido fundamento estratégico constitui o requisito para o combate, em particular se representa a Batalha Naval, pois ela só tem justificativa quando as missões das esquadras principais inimigas se contrapõem. A Batalha Naval decisiva resolve a guerra no mar. Sua transcendência estratégica pode ser tal que defina o destino do conflito.
Por lógica, o combate é perseguido ao existirem razoáveis possibilidades de êxito. Uma condução raciocinada, mas audaz, com uma manobra original orientada a explorar os fatores de força próprios e as vulnerabilidades do inimigo, supre largamente uma manifesta condição de inferioridade. A história é pródiga em exemplos de vitórias inimagináveis. Dentro desse contexto podem ser citados Lissa, a conquista da Noruega, Mar de Coral, Midway e tantos outros êxitos do mais fraco contra o mais forte.

- COMENTÁRIOS FINAIS

A manobra estratégica no mar pretende obter o objetivo estratégico determinado pelo condutor, com o mínimo custo e no momento oportuno. Inicia-se com a escolha de um dos quatro objetivos da estratégia naval, fixando em seguida a ordem cronológica das operações. Logo, com o apoio do estratagema, traça-se o caminho para alcançá-lo. Ambos, manobra e estratagema, são produtos da mente e adotam múltiplas formas. Sempre se apoiam nas ações tendentes ao engano e a facilitarem o alcance do objetivo. A manobra supera o conceito de realizar movimentos adequados. A decisão é alcançada na mente do adversário, posto numa situação insustentável pela manobra.
O contido no presente capítulo não pretende apresentar normas rígidas nem exaustivas em relação ao tema. Também não pretende limitar ou coarctar a capacidade inovadora e a imaginação do condutor. Somente se constitui numa sistematização da manobra, a ser utilizada como elemento de juízo na tarefa de criação. Pois ela responde a uma situação única e jamais repetida.





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#110 Mensagem por SUT » Qua Out 24, 2007 10:19 pm

Quizas seria interesante recordar que en diversos shareloaders de la red, que operan en sistema p2p ( no conozco la politica de este foro respecto al tema por lo que prefiero ser prudente) estan disponibles tanto los trabajos de Mahan como los de Corbett, y , una joyita, los Fleet Tactics de Hughes.

Un abrazo,

Sut




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#111 Mensagem por ademir » Qui Out 25, 2007 4:12 pm

Otimo topico marino, parabens pelos textos. :wink: [009]

Um tempo atras eu li um pouco sobre a guerra naval, uns excelentes textos quem quiser: http://www.geocities.com/guerraaeronaval/index.html Não sei se o conteudo se enquadra no objetivo do topico do Marino, mas é bastante interessante.




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#112 Mensagem por Luís Henrique » Qui Out 25, 2007 6:52 pm

Walter, Marino, Padilha, Lord Nauta e demais marinheiros...

Algum de vcs gostam da alternativa de um Missil Antinavio Supersonico como o Brahmos???

Quais as vantagens e desvantagens???




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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#113 Mensagem por SUT » Qui Out 25, 2007 7:18 pm

Sin ser ninguno de los referidos, solo me queda meter mi cuchara y plantear que quizas un SSM supersonico transa demasiado en discrecion. Su onda de choque es una firma radar excelenrte y la imposibilidad de maniobra fina ( por el tema de los Gs) hace que sea facil de detectar y traquear, mientras que , sin saber de su seeker no puedo habla de su propension al Soft Kill, tiendo a pensar que un sistema de Hard Kill de intercepcion en tornoa los 5Kms no deberia de tener problemas en bajarlo, precisamente por lo facil que le seria hacerle tracking.
Un sistema como el combo de hard kill de una Niteroi Modfrag o una 22.1 no deberia de tener problemas con un arma asi, aunque el kill para un CIWS cañon quizas sea demasiado cercano para librarse de los fragmentos.

Saludos,

Sut




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#114 Mensagem por Marino » Qui Out 25, 2007 8:40 pm

SUT escreveu:Sin ser ninguno de los referidos, solo me queda meter mi cuchara y plantear que quizas un SSM supersonico transa demasiado en discrecion. Su onda de choque es una firma radar excelenrte y la imposibilidad de maniobra fina ( por el tema de los Gs) hace que sea facil de detectar y traquear, mientras que , sin saber de su seeker no puedo habla de su propension al Soft Kill, tiendo a pensar que un sistema de Hard Kill de intercepcion en tornoa los 5Kms no deberia de tener problemas en bajarlo, precisamente por lo facil que le seria hacerle tracking.
Un sistema como el combo de hard kill de una Niteroi Modfrag o una 22.1 no deberia de tener problemas con un arma asi, aunque el kill para un CIWS cañon quizas sea demasiado cercano para librarse de los fragmentos.

Saludos,

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#115 Mensagem por Corsário01 » Qui Out 25, 2007 9:36 pm

Marino escreveu:
SUT escreveu:Sin ser ninguno de los referidos, solo me queda meter mi cuchara y plantear que quizas un SSM supersonico transa demasiado en discrecion. Su onda de choque es una firma radar excelenrte y la imposibilidad de maniobra fina ( por el tema de los Gs) hace que sea facil de detectar y traquear, mientras que , sin saber de su seeker no puedo habla de su propension al Soft Kill, tiendo a pensar que un sistema de Hard Kill de intercepcion en tornoa los 5Kms no deberia de tener problemas en bajarlo, precisamente por lo facil que le seria hacerle tracking.
Un sistema como el combo de hard kill de una Niteroi Modfrag o una 22.1 no deberia de tener problemas con un arma asi, aunque el kill para un CIWS cañon quizas sea demasiado cercano para librarse de los fragmentos.

Saludos,

Sut

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#116 Mensagem por Pit » Qua Dez 26, 2007 2:22 am

Marino,

¿Podrías decirme la fuente de los textos que estás citando?

Gracias.




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#117 Mensagem por Marino » Qua Dez 26, 2007 10:57 am

Pit escreveu:Marino,

¿Podrías decirme la fuente de los textos que estás citando?

Gracias.

Um texto da Escola de Guerra Naval, usado como leitura obrigatória para os alunos.




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#118 Mensagem por elraffis » Qua Dez 26, 2007 2:10 pm

MARINO antes de mais nada gostaria de parazbeniza-lo pelo post, gostaria de pedir que por favor você postasse uma link para download dos textos tenho dificuldades para ler no site e gostaria de ler com mais calma, muito obrigado




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#119 Mensagem por talharim » Qua Dez 26, 2007 2:33 pm

Dentro desse texto que o Marino postou.

Colocando tudo isso em prática.


Na Marinha do Brasil.............com a esquadra no Mar.............em formação de combate..............quem manda ? Ou cada comandante de navio tem uma relativa liberdade de decisão ?

Grato.




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
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#120 Mensagem por Marino » Qua Dez 26, 2007 6:36 pm

elraffis escreveu:MARINO antes de mais nada gostaria de parazbeniza-lo pelo post, gostaria de pedir que por favor você postasse uma link para download dos textos tenho dificuldades para ler no site e gostaria de ler com mais calma, muito obrigado

Não está na internet.
Me manda seu e-mail que eu envio.




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