CPMF

Área para discussão de Assuntos Gerais e off-topics.

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Túlio
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#76 Mensagem por Túlio » Sex Dez 14, 2007 9:08 pm

Dieneces escreveu: Não te mata muito . E as "franga"? Conseguiu alguma pra , ao menos pra uma canja? Acostelar uma percanta? Nada.....? Vai dar coisa de guasca voltando pro rancho pedindo arrêgo pra muié véia...


Nem te conto... Mas, no bueno das kôzaz, iniciamos as conversações de paz, eu e a nêga véia, andamos meio que retoçando na net. Ainda tenho minha camangas, porque num voltei ainda pro rancho, mas é questão de tempo, agora, e há ainda o fator SAUDADES DAS CRIAS, a guria entrando na faculdade (Administração), o guri entrando no Ensino Médio, isso deixa a gente meio que acaborteado de não estar ali, acompanhando...

Acho que minhas califórnias vão se acabar, mal tendo começado... :cry: :cry: :cry: :cry:




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Paisano
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#77 Mensagem por Paisano » Sex Dez 14, 2007 9:20 pm

Túlio escreveu:
Dieneces escreveu: Não te mata muito . E as "franga"? Conseguiu alguma pra , ao menos pra uma canja? Acostelar uma percanta? Nada.....? Vai dar coisa de guasca voltando pro rancho pedindo arrêgo pra muié véia...


Nem te conto... Mas, no bueno das kôzaz, iniciamos as conversações de paz, eu e a nêga véia, andamos meio que retoçando na net. Ainda tenho minha camangas, porque num voltei ainda pro rancho, mas é questão de tempo, agora, e há ainda o fator SAUDADES DAS CRIAS, a guria entrando na faculdade (Administração), o guri entrando no Ensino Médio, isso deixa a gente meio que acaborteado de não estar ali, acompanhando...

Acho que minhas califórnias vão se acabar, mal tendo começado... :cry: :cry: :cry: :cry:


O Túlio está parecendo aquele personagem de um antigo programa humorístico do Jô Soares, que no final ouvia o bordão:

Vai pra casa Padilha!!! :lol:




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Dieneces
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#78 Mensagem por Dieneces » Sex Dez 14, 2007 9:49 pm

Túlio escreveu:
Dieneces escreveu: Não te mata muito . E as "franga"? Conseguiu alguma pra , ao menos pra uma canja? Acostelar uma percanta? Nada.....? Vai dar coisa de guasca voltando pro rancho pedindo arrêgo pra muié véia...


Nem te conto... Mas, no bueno das kôzaz, iniciamos as conversações de paz, eu e a nêga véia, andamos meio que retoçando na net. Ainda tenho minha camangas, porque num voltei ainda pro rancho, mas é questão de tempo, agora, e há ainda o fator SAUDADES DAS CRIAS, a guria entrando na faculdade (Administração), o guri entrando no Ensino Médio, isso deixa a gente meio que acaborteado de não estar ali, acompanhando...

Acho que minhas califórnias vão se acabar, mal tendo começado... :cry: :cry: :cry: :cry:
Cantei essa pedra...mas é cosa que só acontece com índio bueno , taura de responsabilidade e que pensa também nos cueras queridos e não só em si mesmo. Essa de disparar com os arreios , porteira afora , como se não houvesse alambrado nas invernadas da vida , é lampejo de teatino venta furada...não termina em cosa buena...meus desejos de bom retorno , mas volta a passo , no tranquito , trocando orelha , dá uma última aproveitadita , uma última repassada no rodeio das "falhada". E quando chegar de volta no rancho , apeia e desencilha despacito , afrouxa a sobre-cincha , saca ela ,a badana e os pelegos de um manotaço só , afrouxa a cincha , levanta a cola da lobuna e saca o rabicho , desabotoa a peiteira e num upa levanta o conjunto todo do basto Paysandu , sem desapresilhar o 12 braças e debruça ele no cavalete , por fim dá de mão na carona e no xergão e solta como quem não tá dando bola pros olhos felizes das tuas crias te recepcionando (se tu for olhar pra eles , tu vai chorá , indio véio , vai por mim) , tira a cabeçada , o freio e encosta as cordas por ali mesmo . Por fim , cabresteia a Lobuna até a tina , derrama uma aguita no lombo dela e deixa a parceira ali na sombra do velho cinamomo . Ao te virar pra comitiva que te espera ansiada e já cansada de tanta novena e simpatia (tem uma especial pra trazer marido roceiro de volta pras "casa") já logo te agiganta , brandindo o rabo-de-tatu , e ronca grosso :"Tô de volta , mas já vou avisando que aqui eu sou o Toro do rodeio , que ninguém me venha com piadinha de que eu voltei com a cola no meio das "perna". Dá um "bejo" na testa das "cria" e outro nos "beiço" da muié véia , pergunta se tem chovido e que hora que vai ficar pronta a bóia e pede pro Guigo trazer aquele chinelo véio da tua predileção...o resto , bem...o resto é como se não tivesse acontecido nada demais...como se tu tivesse voltando ali do cercado com a junta de bois , o Tapera e o Malacara , depois de virar a terra pra plantar umas abobra e umas rama de mandioca...e fim de prosa que eu tô sentindo o cheiro do costilharzito de borrego "ildefrâ"que a dona Túlia tá fazendo , assado com batata-doce e cebola , feijão mexido e omelete com ovo de galinha nanica alimentada só com milho e pasto...chega a ter a gema encarnada , Ôigalê que a noite vai sê grande e agitada como doma de burro-chôro . Vâmo torcê que a cama seja de caibro de guajuvira ! Felicidades . :wink: P.s. Toma banho e vê se tira o perfume de chinaredo alçado de que tu deve tá tomado...e não vai chegá de volta no rancho com bafo de canha.




Editado pela última vez por Dieneces em Sex Dez 14, 2007 10:14 pm, em um total de 5 vezes.
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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#79 Mensagem por Edu Lopes » Sex Dez 14, 2007 9:58 pm

Depois diz que não é castelhano :wink: .




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Túlio
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#80 Mensagem por Túlio » Sex Dez 14, 2007 10:23 pm

Nada mais de canha & quetales, e sempre fui MUITO cuidadoso nas lidas com o chinaredo, já andei catando camiseta de lupa (!) pra ver se tinha fio de cabelo que num devia se arranchar por lá. Perfume se arresorve botando a roupa 'enxertada' meio úmida dentro de uma sacola de plástico e deixando uns três dias na sombra, vira numa catinga que espanta até zorrilho, POWS!!! Quero ver achar cheiro de percanta lasqueada na minha roupa, quando estou fora... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

E é CLARO que vou voltar roncando GROSSO que nem palanque de amarrar touro, que o taura por aquele pago ainda sou EU!!!

(((Se já estou engrossando inté na net...)))

Que se aperparem pro retorno do índio véio... :wink:




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#81 Mensagem por WalterGaudério » Sex Dez 14, 2007 11:46 pm

Minha contribuição para o DEBATE(by Mocego MODE):

REFORMA TRIBUTÁRIA JÁ




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
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Os Idiotas PLANTAM e os
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#82 Mensagem por Pedro Gilberto » Sáb Dez 15, 2007 10:00 am

Oha a corda se arrebentando.... :(

Para compensar fim da CPMF, governo estuda corte de até R$ 18 bilhões

da Folha Online
15/12/2007 - 08h48

O Ministério do Planejamento anunciou que vai cortar investimentos fora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para compensar o fim da CPMF, como informa neste sábado reportagem da Folha (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

Recursos destinados às emendas coletivas apresentantes por parlamentares ao Orçamento da União para próximo ano também devem ser alvo do corte do governo.

"Vamos preservar os R$ 18 bilhões de investimentos do PAC, é determinação do presidente, mas com o fim do imposto do cheque teremos de fazer um corte nos outros investimentos", diz o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) na reportagem.

O Orçamento prevê R$ 12 bilhões em investimentos públicos fora do PAC. Desse montante, R$ 4 bilhões são só para a Defesa. O corte em estudo no Planejamento, segundo a reportagem apurou, pode chegar a R$ 6 bilhões.

No caso das emendas coletivas, há outros R$ 12 bilhões programados. Essas emendas, apresentadas por bancadas estaduais ou comissões temáticas do Congresso, destinam verbas geralmente para grandes obras, de interesse de governadores e prefeitos.

Bernardo disse à Folha que propôs aos membros da Comissão de Orçamento zerar essas emendas, mantendo apenas as individuais, que totalizam R$ 4,7 bilhões. A reação no Congresso, porém, é contrária ao corte.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u355185.shtml


Previsão de corte de investimentos já soma R$ 6 bi

Governo quer cortar também R$ 12 bi de parlamentares

Estão sob ameaça os reajustes de servidores: R$ 7,35 bi

Além da elevação de tributos, em estudo na pasta da Fazenda, o governo prepara um conjunto de cortes no Orçamento da União para 2008. O trabalho, confiado à equipe do Ministério do Planejamento, visa cobrir o buraco de R$ 40 bilhões provocado pela extinção da CPMF.

Contam da lista de cortes, por ora, projetos de investimento orçados em R$ 6 bilhões. Foi o que informou ao blog um dos técnicos escalados para manusear a tesoura. A localização e o detalhamento das obras são mantidos sob sigilo. Antes da divulgação, o trabalho será submetido, na próxima semana, à aprovação de Lula.

Sabe-se apenas que nenhum dos projetos passíveis de corte integra o PAC. Por ordem de Lula, tenta-se manter o Programa de Aceleração do Crescimento longe do alcance da faca. A mesma sorte não devem terão os deputados e senadores. Há no orçamento do próximo ano R$ 18,3 bilhões em emendas subscritas por congressistas. Destinam-se a obras em Estados e municípios. Desse total, o governo deseja podar R$ 12 bilhões.

De resto, subiram no telhado os reajustes salariais que o governo prometera conceder a cerca de 200 mil servidores civis e aos militares. Somam R$ 7,35 bilhões –R$ 1,45 bilhão dos civis (pessoal administrativo da Polícia Federal, técnicos do Banco Central, fiscais agropecuários da pasta da Agricultura, servidores do ministério da Cultura, Incra e técnicos de universidades federais); e R$ 5,9 bilhões dos militares.

Depois de referendada pelo presidente, a lista de cortes será encaminhada à Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Já está definido que o governo iniciará o exercício de 2008 sem um orçamento definido. A necessidade de reestruturar as receitas e as despesas empurrará a votação do orçamento para fevereiro do próximo ano.

A intenção do governo de cortar R$ 12 bilhões em emendas de parlamentares já foi repassada à cúpula da comissão de Orçamento. A forma como a notícia foi recebida dá uma idéia do tamanho da encrenca. Esboça-se forte reação. Menciona-se até mesmo a hipótese de reduzir a meta de superávit fiscal do governo, de 3,8% do PIB. Algo que Lula já deixou claro que não cogita fazer.

Os comandos militares também estão em estado de alerta. A negociação do reajuste do Exército, da Marinha e da Aeronáutica encontrava-se em avançado estágio de negociação no ministério da Defesa. Lula terá uma dor de cabeça para administrar: se optar por cortar apenas os aumentos dos civis, arrisca-se a fomentar greves de categorias que tinham como certo o reforço do contra-cheque. Se incluir os militares no corte, terá uma tropa de insatisfeitos

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/


[]´s




"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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#83 Mensagem por Matheus » Sáb Dez 15, 2007 10:22 am

falei....essas picuinhas políticas só servirá para justificar cancelamentos de investimentos, aumentar o lucro dos grandes sem repasse de descontos para a população e aumentar a sonegação.




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Edu Lopes
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#84 Mensagem por Edu Lopes » Sáb Dez 15, 2007 10:39 am

Vem ai a Contribuição Permanente Sobre Movimentação Financeira.

Mantega quer recriar tributo sobre movimentação financeira

Segundo ministro, terá de ser como a CPMF, para combater sonegação, com recursos destinados somente à saúde

Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, nunca mais. Essa foi a lição que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tirou da derrota - a maior do governo Lula, em seus seis anos de vida - na tentativa de prorrogar a CPMF. Para buscar os R$ 40 bilhões perdidos na madrugada de quinta-feira, no Senado, Mantega quer criar uma nova contribuição nos moldes da que morreu. Mas, desta vez, permanente e, como adiantou ontem ao Estado, por meio de medida provisória.

"Não será tributo provisório. Não queremos saber mais da CPMF. Terá de ser um tributo permanente, todo voltado para a saúde e que não tenha de ser rediscutido", disse. E acrescentou: "Tem de ser sobre movimentação financeira. Porque, senão, não teremos como controlar a sonegação".

Mantega não definiu quando, mas a novidade pode sair na semana que vem. Seria um tributo voltado todo para a saúde, talvez com alíquota de 0,20%. O pacote a ser levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo ele, soma esforços de vários ministérios, "cada um encarregado de uma ou mais medidas".

O governo tinha, então, um plano B? "Nós sempre temos grupos estudando os vários assuntos, não ficamos esperando o problema aparecer", explicou. O ministro disse, ainda, que não se sente culpado pela derrota no Senado e esclareceu que os R$ 24 bilhões não são prejuízo para a saúde de um só ano, mas repartido em quatro anos.

Sobre o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que comandou o bloco contra a CPMF e chegou a reunir 1,3 milhão de assinaturas contra o tributo, Mantega ironizou: "Não sei o que ele está comemorando. O pacote de desoneração que vinha por aí ia reduzir a folha de pagamento para as empresas em 2% no primeiro ano e 1% em cada um dos três anos seguintes. Isso também foi levado junto com a CPMF, pois a desoneração agora tem de ser adiada". A seguir, a entrevista:

O sr. se sente culpado pela derrota da CPMF no Senado?

No processo democrático você ganha e perde. Se for uma emenda constitucional, a chance de perder é maior. Não sei se há culpados ou inocentes. Se tem alguém que não errou, fui eu.

Mas muita gente disse que o sr. não quis fazer concessões...

O que aconteceu foi que uma minoria decidiu não negociar nem aceitar as concessões que fizemos. Podia relembrar aqui uma frase famosa do Winston Churchill e adaptar: "Nunca tão poucos conseguiram impor sua vontade a tantos. Veja, dos 34 senadores que rejeitaram, uma parte queria ter votado a favor da CPMF e aprovava o acordo.

Mas havia gente do outro lado, também, que era contra e votou a favor...

Eu não sei de nenhum caso assim.

Por que o governo só resolveu no último momento enviar aquela carta aceitando dirigir toda a CPMF para a saúde? Não podia ter feito isso antes?

Não foi na última hora. Nós já tínhamos sugerido isso em negociações de um mês antes. A proposta original já falava em colocar R$ 24 bilhões a mais na saúde.

Então, por que a carta do presidente? O que ela mudava de fato?

Como disse, aquilo já tinha sido oferecido há mais de um mês. O que eles queriam era um compromisso por escrito, uma garantia de que o governo cumpriria o que negociou. Essa última proposta era assim: 50% do arrecadado pela CPMF, menos a DRU, iria para a saúde. Eram R$ 4 bilhões em 2008, outros R$ 5 bilhões em 2009, mais R$ 6 bilhões em 2010 e R$ 9 bilhões em 2011 - a soma dá os R$ 24 bilhões. A carta, no último dia, mudava os valores. Iriam R$ 11bilhões, em em vez de R$ 4 bilhões, pra saúde em 2008, 13 bilhões em 2009 e 15 bilhões em 2010. Mas aí o líder do PSDB, Arthur Virgilio, dizia: "Ah, não vamos fechar, porque não confio no governo." A única proposta que agradaria era acabar.

Mas originalmente os 100% já seriam da saúde...

Não. Vamos relembrar aqui que, quando a CPMF foi criada, no governo anterior, ela já era dividida. Sendo 50% para a saúde, 25% para a Previdência e 25% para o Fundo de Pobreza. Não fomos nós que criamos. E não era inteira para a saúde. Por isso, o ministro Adib Jatene tanto protestava. Ela foi prorrogada várias vezes, sempre com esse formato.

Que tipo de apoio faltou?

Nós tivemos apoio. A proposta foi encampada pelos governadores do PSDB e foi ampliada. O próprio governador José Serra, umas duas semanas atrás, numa conversa comigo, enfatizou: "Então vamos colocar tudo para a saúde." Ficou acertado, porém, que não iríamos fazer tudo abruptamente. Tinha de ser gradual, chegando aos poucos até 2010. Pois a própria saúde não comporta receber de vez tanto dinheiro para gastar, ela não dá vazão. O governador Aécio Neves concordava, o Serra também. A gente se falava quase todo dia.

No Senado, porém, a negociação não andou...

Ali vimos que eles não queriam negociar. E pensamos: como vamos articular? A saída era trabalhar na base aliada e vencer no voto. E fomos atendendo a demandas da base aliada...

Que tipo de demanda?

Reduzir alíquota e não jogar na pessoa física, por exemplo. Mas percebemos que havia uma ala que era contra qualquer negociação. Eles queriam mesmo acabar com a CPMF.

Daqui para a frente, o que fazer?

Vamos atrás do prejuízo. Não há problema que não tenha solução. Já tivemos problemas mais difíceis do que este e encontramos solução. É claro que há um prejuízo, nitidamente para a saúde. Ela não vive sem a CPMF.

O que muitos cobram é que o aumento de arrecadação, este ano, já passou de R$ 70 bilhões, o que dá uma CPMF e meia...

E vocês acham que só sobe a receita e a despesa não?

Se se tomar conta, sobe menos.

O governo tem um aumento obrigatório de aposentadoria, o gasto com Previdência aumenta todo ano... Dos R$ 70 bilhões a mais, vão R$ 20 bilhões em transferências constitucionais para Estados e municípios, entre outros destinos. A arrecadação é dividida. Do que vem do Imposto de Renda e do IPI, 50% vai para os Estados. E já ficamos com R$ 20 bilhões a menos, que é o aumento do superávit primário. Ele tem de ser proporcional ao PIB. No fim das contas, há R$ 10 bilhões que ficam livres e ainda assim são R$ 2,5 bilhões para o PAC e outros R$ 2,5 bilhões para o Bolsa-Família e ajustes nos programas sociais. Significa que vamos ter de fazer cortes de gastos.

Os cortes ocorrem em um cenário em que as despesas correntes vêm aumentando muito acima do crescimento do PIB.

Não é um cenário negativo...

Na prática, quais medidas serão tomadas?

Temos de fazer vários ajustes, que estão sendo preparados. Vamos ter de aumentar alguns tributos.

Os tradicionais? IOF, CSLL?

Examinem os que estão à disposição. Quanto à saúde, temos de pensar em uma solução pra ela, que foi a grande prejudicada.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, contava com um total de R$ 88 bilhões para a saúde, dos quais R$ 64 bilhões vindos de várias fontes do Orçamento, mais esses R$ 24 bi da CPMF. Essa segunda parte morreu.

Sim, e a saúde não sobrevive sem recursos adicionais. É preciso pensar em outra medida no ano que vem, para suprir o que faltou. Mas agora não será tributo provisório. Não queremos saber mais de CPMF. Terá de ser um tributo permanente, todo voltado para a saúde e que não tenha de ser rediscutido. E tem de ser sobre movimentação financeira. Porque, senão, não teremos como controlar a sonegação.

Então, o papel de um tributo controlando a sonegação será restaurado?

Sim. Pois não é só a CPMF que nós perdemos. Com ela vinha muito mais Imposto de Renda, mais PIS-Cofins. Entre 2001 e 2007, o governo arrecadou mais R$ 40 bilhões graças a esse controle de movimentação financeira de empresas e cidadãos.

Há informações de que a alíquota do novo imposto ficaria em 0,20%. É isso mesmo?

Não posso comentar.

Por medida provisória?

É uma fórmula que exige maioria simples no Congresso.

Tem um prazo para apresentar tudo isso?

É para a semana que vem, não vou dizer o dia.

Já existia algum tipo de plano B para isso? Como preparar tudo em uma semana?

Nós fazemos todo tipo de estudo lá na Fazenda. Não podemos ficar esperando. Eu não tinha um plano B porque estava certo de que era possível chegar a um consenso. Nunca imaginei que ia prevalecer a posição radical das lideranças do PSDB. Que o DEM seja radical, tudo bem, é o papel deles. Mas do PSDB, francamente, não esperava.

Em que momento o sr. se deu conta de que a CPMF não ia passar?

Quando vi que, para qualquer proposta que a gente, fazia eles achavam problemas. Refiro-me ao líder Arthur Virgílio.

Mas ele não era o único a discordar da prorrogação. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, por exemplo, liderou uma campanha contra a prorrogação do tributo.

Não sei o que ele está comemorando. O pacote de desoneração que vinha por aí ia reduzir a folha de pagamento, para as empresas, em 2% no primeiro ano e 1% em cada um dos três anos seguintes. Isso também foi levado junto com a CPMF, pois a desoneração agora tem de ser adiada.

O empresariado e analistas do mercado, a seu ver, entendem dessa forma?

Veja que, depois que estávamos apresentando soluções para flexibilizar, gente como Raul Velloso e Mailson da Nóbrega estava a favor de aprovar. Então, quem foi derrotado? Agora acho que a oposição não está comemorando tanto. Ela está preocupada com a responsabilidade que assumiu pela não aprovação. Digo mais: que, no conjunto, estávamos construindo uma política industrial, que eu queria pôr em prática já. Além da diminuição na folha de salário, a redução do prazo para devolução do PIS-Cofins, que hoje é 24 meses. E reduzir o prazo para utilização do crédito, com depreciação acelerada. Era um bom conjunto, o maior pacote de medidas sobre o assunto.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 6394,0.php




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#85 Mensagem por Morcego » Sáb Dez 15, 2007 12:55 pm

tulio, entendo que vc com a genese de agente do estado, compreende ser a CPMF muito mais que um imposto, uma forma de poder mapear todo tipo de trambique desde traficante até muambeiro.

Toda via, me parece RUIM DE MAIS que o mesmo recurso possa ser usado CONTRA CIDADÃOS QUE NÃO SÃO TRAMBIQUEIROS, é poder demais nas mãos do estado.

Existem outros meios de monitorar pagamentos DE CRIMINOSOS.




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#86 Mensagem por Túlio » Sáb Dez 15, 2007 4:04 pm

morcego escreveu:
Existem outros meios de monitorar pagamentos DE CRIMINOSOS.


Então vamos a eles, POWS!!!

Eu também não gostava de pagar CPMF, mas me conformava ao saber que dificultava a trambicagem e a sonegação. Dólar em maleta, dólar em cueca, por quê só dólar? É QUE SACAR REAL NO BANCO É DAR BANDEIRA, TRUTA VÉIO!!!

O que sugeres para pegar essa corja sonegadora e tretosa que anda aí?




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#87 Mensagem por Morcego » Sáb Dez 15, 2007 4:11 pm

Túlio escreveu:
morcego escreveu:
Existem outros meios de monitorar pagamentos DE CRIMINOSOS.


Então vamos a eles, POWS!!!

Eu também não gostava de pagar CPMF, mas me conformava ao saber que dificultava a trambicagem e a sonegação. Dólar em maleta, dólar em cueca, por quê só dólar? É QUE SACAR REAL NO BANCO É DAR BANDEIRA, TRUTA VÉIO!!!

O que sugeres para pegar essa corja sonegadora e tretosa que anda aí?


COMO ERA FEITO ANTES?

Basta um INSTRUÇÃO NORMATIVA DA RECEITA, que os dados necessários continuarão sendo retransmitidos para a receita federal.




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#88 Mensagem por alex » Sáb Dez 15, 2007 4:21 pm

A CPMF detectou Jose Genoino, Renan e outros? Conversa para boi dormir




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#89 Mensagem por faterra » Sáb Dez 15, 2007 4:36 pm

Resta saber se os bancos se darão ao trabalho. Com o fim da CPMF cessa a obrigação de repasse de informação sobre toda e qualquer movimentação financeira através do recolhimento e repasse para a Receita da contribuição, salvo quando por ordem judicial.
Li, não me lembro onde, que os bancos não têm qualquer interesse em passar este tipo de informação, espontâneamente, sobre seus clientes.
Acredito que, se depender deles, o completo sigilo bancário, a não obrigatoriedade de declarar a origem do dinheiro depositado e se, possível, do destino que foi dado ao mesmo pelos seus clientes seriam regras rigidamente seguidas.
Tenho comigo que o banco complementa o infrator, quando acoberta-o sob o manto do sigilo bancário. Portanto, um cúmplice.
E isto não é privilégio somente dos bancos brasileiros.




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#90 Mensagem por faterra » Sáb Dez 15, 2007 4:39 pm

Se não me engano, o alerta na Receita só era investigado quando a movimentação fosse muito alta. Ela não tinha, ou não tem, estrutura para investigar todas as movimentações. Havia um limite inferior estipulado para isto acontecer.




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