orestespf escreveu:PRick escreveu:orestespf escreveu:Gostei do debate Rafale brasileiros versus SU-30 venezuelano. Só ficou uma dúvida: alguém acredita que o Chávez esperaria chegar nossos Rafales (???) para iniciar uma guerra? Ou ele seria ainda mais benevolente e esperaria um pouco mais, ou seja, mais tempo para aprendermos e dominarmos uma doutrina para os Rafales?
Hummm Entendi!!! Neste cenário idealizado os SU-30 são venezuelanos, mas os Rafales são franceses. Saquei!!!
Deixe-me abstrair um pouco mais... Suponhamos Rafales começando a chegar daqui a 3 anos, suponha ainda 9 Rafales por ano, o que levaria 4 anos para receber 36 unidades. Ou seja, sendo otimista, receberíamos o último dos 36 Rafales daqui a 7 anos, ou seja, em 2015. Até lá já deveremos ter alguma doutrina, mas teremos os armamentos previsto pra ele?
Quantos SU´s o Chávez terá até 2015? O que mais ele comprará até lá.
Supondo por absurdo que possa ocorrer um conflito entre Brasil e Venezuela lá para 2016 (quando todos os 36 Rafales estarão por aqui), pergunto: quem vencerá?
Vou além, realmente vou extrapolar: por que o Chávez esperaria até 2016 para iniciar uma guerra? Estamos falando em oito anos pela frente, e sabemos que a coisa está esquentando, então...
Sds,
Orestes
Ora,
Se vamos por este caminho da especulação, em 2015 o Chavez poderia estar deposto, assim o problema acaba.
Mas vamos comparar, a França tem capacidade industrial bem maior que a Rússia atual, a produção de Rafales pode ser muito acelerada, caso o Brasil queira, no entanto, nem mesmo a entrega de M-2000, que poderia ser muito mais rápida, a FAB parece que não fez qualquer esforço.
Ainda no caso dos M-2000, se forem atualizados para o padrão -5 podem enfrentar sem problemas os SU-30 do Chavez, e ainda existe pelo menos os M-2000-5 do Qatar para compra, além de podermos pegar mais da França, junto com os Rafales.
Mesmo porque os Rafales estão em produção, ao contrário dos Su-35, assim, podemos até receber eles desviados da produção normal, no entanto, o Chavez já tem problemas demais e por enquanto ainda não terminou de receber os Su-30 que encomendou, e nem devem estar operacionais de forma plena. Dada a guinada que deve ter sido dentro da FAV.
[ ]´s
Salve PRick!
Desta vez eu não propus uma especulação, mas um exercício de abstração. Especular é poder usar inclusive a teoria da conspiração, enquanto que um exercício de abstração é imaginar algo factível, ou seja, imaginar o que vai acontecer baseando-nos no que está acontecendo atualmente.
Por exemplo, não me parece factível que o Chávez seja deposto até 2015, pelo contrário, ele está arrumando muito bem a sua cama para continuar no poder por muitos anos.
Outro ponto: capacidade produtiva da França x Rafale. Um fato é claro: o Rafale está sendo produzindo a doses homeopáticas. De duas uma: ou a capacidade produtiva francesa não é tudo isso (não acredito) ou o programa do Rafale está encontrando problemas (crível).
Aposto na segunda hipótese. Explico: na minha opinião a França não aumenta a produção do Rafale simplesmente porque não quer a atual versão em quantidades, prefere o que "foi prometido". Assim, diminui-se a produção para ganhar tempo para os "ajustes" adequados até que o caça atinja a maturidade desejada. Se este argumento for correto (repito, SE), então sugere que o Rafale F2 não possa ser facilmente atualizado para versões posteriores. Confesso que este é um ponto obscuro pra mim, tão obscuro que chega a contradizer a hipótese que apresentei em algum momento.
Sei que é um apaixonado pelos Mirages, eu também, mas procuro usar minha lucidez de vez em quando. Por exemplo, não vejo a mínima possibilidade de um M-2000 -5 enfrentando os SU-30 da Venezuela facilmente. Claro que ganharia alguns combates, mas daí afirmar que seria "fácil" é dizer que ganharia a maioria dos combates.
Os SU-30 não estão na mesma categoria dos M-2000, assim como os F-15 também não. Podemos comparar F-15 com os SU-30, são aviões da mesma categoria, assim como o Rafale. Com os mesmos "suportes" e bons pilotos (ambos os lados), os SU-30 dariam trabalhos para os F-15. Pra mim seria uma grande loteria. Não me refiro ao mais modernos dos F-15, este levam em minha opinião. O mesmo aconteceria em combate entre SU-30 e Rafale, pendendo muito mais para o Rafale. Porém, SU-30 e M-2000 -5, sem chances para o Mirage. E nem estou especulando.
Não entendi porque colocou o SU-35 no seu post. O SU-35 antigo, superior ao SU-30, pode ser produzido a qualquer momento, mas lembro que ninguém o comprou. Mas você mesmo já disse aqui no fórum várias vezes, as qualidades de um caça não deve ser medido pelo número de vendagem, mas sim pelas características do projeto. Assim sendo, não vejo problemas com o SU-35 "antigo", pois concordo com seu argumento.
Quanto ao SU-35-1 (ex-BM), aí sim, não está em produção, da mesma forma que o Rafale F3 não está. Então, resumidamente, SU-35 e Rafale se encontram praticamente no mesmo nível. Ou seja, tem-se SU-35 "antigo" apto a ser produzido a qualquer momento (assim como o Rafale F2) e tem-se o SU-35-1 que ainda não entrou em produção (assim como o Rafale F3).
Como se vê, a disputa é mesmo acirrada. Os dois concorrentes que mais se destacam apresentam o mesmo "perfil", isto é, oferecem excelentes produtos, mas para adiante, visto que seus melhores equipamentos ainda não estão em produção. As coincidências são tão grandes que o Rafale F3 deve começar a ser produzido no mesmo ano do SU-35-1, pelo menos é o que anunciam os dois fabricantes.
Aí cabe a pergunta: a FAB deseja esperar? Ou seja, gostaria de comprar uma versão abaixo da desejada (Rafale F2 ou SU-35 antigo) e depois comprar mais lotes das melhores versões (Rafale F4 e SU-35-1)?
Se ela quiser algo mais efetivo, pode dar uma olhada no catálogo americano. Lá tem muita coisa boa e totalmente integrado e operacional. Questão de escolha ou preferência ou de necessidade.
Grande abraço,
Orestes