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Mensagem
por rslrdx » Qua Nov 21, 2007 10:11 am
Bom, não li todos as respostas nesse tópico, mas digo isso:
1. É verdade que a grande maioria de nós não conhecemos o português, basta ver uma seção do STF pela tv justiça que percebemos (pelo menos eu) que não falamos a mesma língua, e me refiro somente no que diz respeito ao vocabulário.
2. A verdade é que não existe interesse por grande parte da população do estado brasileiro (explico depois a diferença na minha visão entre população de estado e brasileiros) a vontade de se defender o português, ou até mesmo a demonstração de prazer e/ou orgulho de falar português, que cá entre nós, é uma língua riquíssima e sim, requer maior estudo para ser falada corretamente, que por sua vez, só acrescenta ao caráter e a qualidade de vida dos que tem a oportunidade e a responsabilidade de possuir tal conhecimento.
Para ilustrar, recentemente a brahma faz um comercial no qual ela claramente diz que o português "não pega bem" e que é melhor falar inglês, e então chamaram a "happy hour" de zeca-hora.
Empresas são abertas como nomes em outras línguas pra poder vender mais, (isso diz muito sobre a cultura do brasil atual) produtos tem nomes nas mais diversas línguas, menos a nossa. é tão ridícula a situação que em uma noite assistindo o "Jornal Nacional" cheguei a contar palavras em inglês, 7 só no primeiro bloco.
Pra mim isso é tão ridículo que me faz protestar contra a brahma, se eu tivesse dinheiro pra bancar um protesto na tv no estilo do "basta" eu faria com maior prazer, mas pelo visto só eu notei esse detalhe e outra vez somente eu me senti ofendido. Vergonhoso num estado onde vivem mais de 180 milhões de pessoas.
Por isso eu digo, a notícia que os EUA não gastam pra ensinar português não me surpreende, afinal nem mesmo nós que falamos português, bem ou mal falado, temos prazer de falar português corretamente, quanto mais defende-lo como lingua culta e util mundialmente.
Garanto que muitos ao redor dos colegas prefeririam falar inglês e nem imaginar uma única palavra em português do que falar português nativamente. E se esse não for o caso ao seu redor, basta ir a uma universidade e ver que uma quantia considerável da geração de estudantes nas faculdades brasileiras nesse momento trocariam o português pelo inglês sem pensar duas vezes, porque até pra estágio o inglês tem que estar melhor que a moribunda língua portuguesa.
Peço aos colegas que entendam que eu não sou contra o português, nem contra o brasil, nem contra ninguém, mas que sim, sou contra essa vergonhosa situação que vivemos, onde não existe intenção de se preservar nem mesmo a língua mãe desta nação, e que infelizmente nosso maior inimigo somo nós mesmo.
Rodrigo.
Poder aquisitivo não é qualidade de vida