Saiu na Isto é da semana passada
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Carlos Mathias escreveu:Acontece que um F-5M não chega nem aos pés de um M-2000-5. O A-1 então nem se fala. Gastar dinheiro e principalmente tempo nessas modernizações para no final termos aviões de capacidades duvidosas para um país que almeja a liderança regional é que não me parece correto.
Carlos Mathias escreveu:O fatos atropelaram o planejamento estilo "barrigada", que no cenário atual e futuro não acomodam mais aviões risíveis. Isso se estamos falando de um país que tenciona ser líder regional e quiçá mundial.
LeandroGCard escreveu:Túlio escreveu:Na verdade, penso em algo um pouco MENOR, mais ou menos na linha do MAKO ou pouco mais, afinal, a M88 não é nenhuma F110, mas serviria perfeitamente a um caça leve, cujas funções foram acima explicadas...
Caro Túlio, só para sua informação:
- Volvo RM-12 (Gripen C/D):
Empuxo seco: 54 KN
Empuxo com pós-comustão: 80,5 KN
M-88 3 (Rafale F-3):
Empuxo seco: 57 KN
Empuxo com pós combustão: 86,9 KN
Ou seja, com uma única M-88 3 dá para impulsionar um caça da categoria do Gripen, que não se pode dizer que seja inferior a um F-16. Sem dúvida dá para fazer algo bem mais potente que um Mako.
Pessoalmente até acho a idéia de um avião como o Mako interessante, mas parece que o mercado mundial não concorda, pois não se vê muita procura por aviões desta categoria. E a diferença entre desenvolver um avião como o Mako e um como o Gripen é bem pequena em termos de engenharia, portanto acho que não vale muito à pena limitar o desenvolvimento ao avião menor.
Vinicius Pimenta escreveu:Leandro, nem Embraer, nem qualquer outra empresa brasileira, domina diversos aspectos de um caça de combate. Não dominamos tecnologia para a produção de aeronaves supersônicas. Não dominamos tecnologias de sistemas embarcados. Não dominamos tecnologia de turbinas. Não dominamos diversas tecnologias que são fundamentais para o desenvolvimento de uma aeronave "tão boa quanto Gripen ou M2000".LeandroGCard escreveu:Bolovo escreveu:O que vocês estão falando de desenvolver caça nacional? Menos pessoal, menos. Escolher um caça de 4º geração, que comparado em desenvolver um é praticamente idiota, é difícil, estamos a mais de dez anos, imagina desenvolver alguma coisa... quando a Europa estiver voando X-Wing a gente vai estar aqui brincando de cacinha. :?
Bolovo,
Seu argumento pode ficar bem literariamente (caças, X-Wing, etc...), mas não tem conteúdo.
Você poderia por favor explicar porque acha que uma empresa como a Embraer, que é a terceira indústria aeronáutica mundial, projeta e constrói aviões dos mais diversos tipos há décadas, já participou do projeto e desenvolvimento de um jato de combate, projetou e construiu as famílias 135/145 e 170/190 (que já são aviões grandes e complexos) em tempo recorde por qualquer padrão mundial e está em pleno processo de integração de aviônica no estado-da-arte em dois modelos diferentes de aviões de combate, inclusive um supersônico, não poderia(com apoio de um fabricante já tradicional russo, francês, sueco, etc...) desenvolver um caça nacional pelo menos tão bom quanto um Gripen ou um M-2000?
Argumentos tipo "somos um país sub-desenvolvido" não valem, pois isto também teria impedido todas as realizações que citei acima. Também não vale dizer que seria muito caro, pois esta não é uma questão técnica e sim de decisão política.
O fato da simples escolha do F-X estar atrasada (muito) também não é argumento, a FAB e o Governo não são a Embraer. Se você disser que não acredita que a FAB ou o governo não tem condições de bancar uma decisão deste tipo, aí posso até concordar, mas isto é uma questão exclusivamente política, e não tem nada a ver com as capacidades do país.
Abraços,
Leandro G. Card
Desenvolver um Gripen ou um M2000 hoje não adianta. Já estamos falando de caças de quinta-geração. Já tem gente pensando na 6ª geração. A Índia com muito mais investimentos que nós está desenvolvendo um LCA. A China, um J-10. Boas aeronaves mas há anos luz de um EF-2000 ou Rafale. F-22, F-35 ou PAK, nem se fala. Se nações mais desenvolvidas tecnologicamente têm enorme dificuldade de desenvolver projetos do tipo (veja os atrasados e entraves de programas como Rafale e EF-2000), teríamos que fazer um razoável exercício ufanista para crer que conosco seria diferente.
Acho que a gente tem que parar de se preocupar tanto com a plataforma e mais com os sistemas embarcados. Esses darão maior autonomia do que ter uma carcaça de metal nacional recheada de componentes estrangeiros. Veja o exemplo de Israel. Nós devemos começar por aí.
Edu Lopes escreveu:No meu primeiro post aqui no DB perguntei se o Brasil tinha algum projeto de caça de 5ª geração e todos disseram que não. Fiquei pensando se a Embraer, com a experiencia adquirida no projeto AMX, realmente não teria um projeto para um caça supersônico esquecido em alguma gaveta lá em SJC. Acho que essa seria a evolução natural para a empresa depois de participar do projeto de um avião subsônico, mas parece que se contentou em fazer aviões comerciais de pequeno e médio porte. Será mesmo?
Tigershark escreveu:Bom,Edu,segundo o nosso colega Vector não existe nenhum interesse da EMBRAER neste sentido,em se confirmando isso poderíamos buscar um outro parceiro que tivesse interesse nesta empreitada.
Abs,
Tigershark
Luiz Bastos escreveu:Disse tudo Edu. Às vezes eu penso que a Embraer está se lixando para o Brasil, e tal qual as multinacionais estrangeiras, só visa o lucro. Há que se lembrar que ela contribui para o desenvolvimento do pais, mas já tivemos uma ou duas bolas fora. Ela se esquece apenas que em caso de real conflito, um dos primeiros alvos potênciais serão suas fabricas. Fui
born escreveu:Toda a empresa privada visa o lucro, inclusive as ligadas ao setor de defesa como, por exemplo, a EMBRAER.
Se o governo quiser um projeto nacional de caça, tem que dar todo o suporte e que não é barato. O suporte consiste em financiamento, garantia de compras minimas, apóio técnico, etc... Que garanta que o projeto não é uma barca furada, que pode resultar na quebra da empresa.
Se o governo der o suporte necessário é um ótimo negócio. A EMBRAER desenvolveria tecnologia subsidiada e a risco zero. Como ocorre com outras grandes empresas do setor como a Boeing, Lockheed Martin, EADS, BAe Systems, SAAB, etc...
O problema do Brasil é que os recursos poderiam ser melhor aplicados se fossem utilizados no desenvolvimento do plus (misseis, sistemas, eletronica, etc...) para elevar a capacidade da e independencia em relação aos fornecedores externos.
Tigershark escreveu:born escreveu:Toda a empresa privada visa o lucro, inclusive as ligadas ao setor de defesa como, por exemplo, a EMBRAER.
Se o governo quiser um projeto nacional de caça, tem que dar todo o suporte e que não é barato. O suporte consiste em financiamento, garantia de compras minimas, apóio técnico, etc... Que garanta que o projeto não é uma barca furada, que pode resultar na quebra da empresa.
Se o governo der o suporte necessário é um ótimo negócio. A EMBRAER desenvolveria tecnologia subsidiada e a risco zero. Como ocorre com outras grandes empresas do setor como a Boeing, Lockheed Martin, EADS, BAe Systems, SAAB, etc...
O problema do Brasil é que os recursos poderiam ser melhor aplicados se fossem utilizados no desenvolvimento do plus (misseis, sistemas, eletronica, etc...) para elevar a capacidade da e independencia em relação aos fornecedores externos.
Amigo Born,
Concordo com você na questão da prioridade:Acho que neste primeiro momento mísseis,sistemas,eletrônicas são a prioridade,exatamente para elevar nosso controle sobre tecnologia sensível e não transferível.
Em um segundo momento,havendo recursos,devemos buscar o desenvolvimento do caça nacional.
Abs,
Tigershark
born escreveu:O problema do Brasil é que os recursos poderiam ser melhor aplicados se fossem utilizados no desenvolvimento do plus (misseis, sistemas, eletronica, etc...) para elevar a capacidade da e independencia em relação aos fornecedores externos.
Vector escreveu:
Meu caro...
A Embraer é uma empresa, e como tal visa o lucro. Assim como a Boeing, a Raytheon, a Dassoult, a Lockheed... e etc...
Porque vc acha que elas desenvolvem aviões militares???? Heim?
é porque são patriotas... Porra nenhuma. É porque o governo injeta nelas ZILHÕES de dólares, ZILHÕES. O governo paga o projeto e compra centenas de unidades. A Empresa obtém o que: LUCRO!!!
Parem de ser iludidos... A EMBRAER visa o lucro, como qualquer empresa. Se o Governo brasileiro tiver o interesse de possuir um caça nacional, então terá de bancar o projeto. Se ele estiver a fim de bancar, então a EMBRAER desenvolverá o avião, com certeza, porque será um negócio que trará tecnologia, e lucro...
Vector escreveu:Engraçado como alguns dizem que o ALX é um fracasso comercial... ué, mas ele foi desenvolvido a pedido da FAB, que pagou todo o seu desenvolvimento. O caso seria o mesmo.
Não existe o mínimo interesse da empresa entrar nesta barca furada sozinha, ou por uma promessa de um punhado de caças, promessa que pode sumir como fumaça na primeira troca de governo.
Vector escreveu:Acordem, não existe essa de empresa patriota, nem aqui, nem nos EUA, nem na Europa, nem em lugar nenhum. Sei que muitos de vcs não tem a idade suficiente para enteder isso, e sei que muito entendem.
A EMbraer não está se lixando para o Brasil não... é uma empresa nacional, que desenvolve seus aviões aqui, com mão de obra e com cérebros daqui, gera empregos, renda, paga rios de dinheiro em pesados impostos, mantém escola para pessoas de baixa renda, inúmeros programas sociais e ambientais, desenvolve dezenas de fornecedores, que hoje já fornecem peças aeronáuticas par ao mundo todo... e cria e mantém a massa crítica necessária para que no futuro tenhamos muitas outras indrústrias...
Então, por favor... pensem bem.
QUanto ao que foi dito sobre a situação financeira da empresa, ela não é tão confortável com alguns pensam não. Estamos passando por um momento delicado, apesar do futuro nos parecer muito bom.
E aquele pessoal de engenharia que disseram estar disponível para novos projetos... não está não. Todos já estão engajados em novos projetos.
QUanto a buscar outro parceiro para empreitada... O governo pode ficar à vontade... Se quizerem quebrar mais empresas, como fizeram com a Engesa, boa sorte então.
Sds,
Vector