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Mensagem
por Tigershark » Seg Nov 12, 2007 1:11 pm
Operação Charrua
Defesanet 12 Novembro 2007
DEFESA@NET
Operação Charrua 2007
Gilnei Furtado
Analista Militar – Operação Charrua
No período de 12 a 21 de novembro, no sul do Brasil, desenvolver-se-á um grande exercício combinado das Forças Armadas Brasileiras visando o adestramento dos seus Estados-Maiores e dos Grandes Comandos Subordinados. Esta operação contribui para o fortalecimento da capacidade de dissuasão, estratégia prioritária preconizada pela Política de Defesa Nacional.
Trata-se de uma operação complexa, em um cenário de guerra convencional que envolve o emprego dos mais variados sistemas operacionais, integrados por eficiente sistema de Comando e Controle, possibilitando a interoperabilidade e a efetiva integração entre as diversas unidades da Marinha, Exército e Aeronáutica envolvidas nesta guerra simulada.
Este exercício desenvolve-se em torno de um cenário fictício onde um país Vermelho ocupa militarmente uma região no território de um país Azul, que responde a esta ocupação com um ataque em profundidade no território do país Vermelho. A maior parte das operações envolvidas nesta guerra fictícia serão apenas simuladas virtualmente, envolvendo somente o pessoal dos comandos e estados-maiores, sem as correspondentes manobras de tropas no terreno. Mesmo assim, a Operação Charrua contará com a participação de cerca de dez mil efetivos da Marinha, Exército e Força Aérea. Caso todas as operações fossem realizadas com as respectivas manobras em campo, seriam necessários mais de cinqüenta mil homens para realizar toda esta simulação de guerra.
A operação toda poderá ser resumida nos seguintes passos:
1 O país Vermelho (território no sul do Rio Grande do Sul) ocupa militarmente uma região limítrofe do país Azul (região central do Rio Grande do Sul);
2 O país Azul responde a esta ocupação com as seguintes medidas:
2.1 Deslocamento de tropas para a proteção de uma importante zona portuária (porto do Rio Grande, 5° Distrito Naval) situada próxima à zona de conflito;
2.2 Superioridade aérea sobre a região do conflito, o que permitirá a movimentação da sua força terrestre em resposta ao ataque inimigo (a partir da Base Aérea de Canoas, aeronaves decolarão para combater a aviação inimiga da Base Aérea de Santa Maria);
3 Início de uma operação de envolvimento das forças inimigas através do movimento de pinça de duas de suas divisões (a 3ª DE iniciando na região de Santa Maria e a 6ª DE iniciando na região de Cachoeira do Sul), que invadem em profundidade o território inimigo;
4 Após estes primeiros movimentos, o país Azul envia sua força pára-quedista (Brigada de Infantaria Pára-quedista) na conquista de um ponto remoto atrás das defesas inimigas (região de Bagé) onde ocorrerá a junção das duas divisões que realizam o movimento de pinça.
5 Terminada a operação de cerco, a capacidade ofensiva do país Vermelho é seriamente reduzida, o que forçaria o mesmo a desistir de suas pretensões territoriais.
Na realidade, trata-se do maior exercício combinado da América Latina. O Comando do Teatro de Operações (COT) fica a cargo do Exército, sendo que o Estado-Maior Combinado é composto por oficias das três Forças. As unidades que atuarão neste exercício são as seguintes:
1. Força Naval Componente, com quatro mil militares: F-48 Fragata Bosísio, F-49 Fragata Rademaker, F-41 Fragata Defensora, G-28 Navio de Desembarque de Carros de Combate Mattoso Maia, G-23 Navio Tanque Gastão Mota, G-31 Navio de Desembarque Doca Rio de Janeiro, G-21 Navio Transporte de Tropas Ary Parreiras, V-33 Corveta Frontin, S-30 Submarino Tupi, P-45 Navio Patrulha Guaporé, P-47 Navio Patrulha Gurupi;
2. Força Terrestre Componente, com quatro mil militares: 3ª e 6ª Divisões de Exército; Brigada de Infantaria Pára-quedista; Brigada de Operações Especiais; 11ª e 12ª Brigadas de Infantaria Leve; 3ª e 14ª Brigadas de Infantaria Motorizada; 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada; 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea; 6° Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes; e 1ª Companhia de Guerra Eletrônica;
3. Força Aérea Componente, com mil e quinhentos militares: aeronaves dos tipos F-5EM Tiger II, A-1, R-99A, KC-137, H-34 Super Puma, SC-95 Bandeirante, H-1H, P-95 Bandeirulha, H-50 Esquilo, AT-26 Xavante, RA-1, KC-130 e C-130 Hércules e A-29 Super Tucano.