Helicópteros de Ataque e Transporte

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Penguin
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#151 Mensagem por Penguin » Sáb Out 27, 2007 1:49 pm

JORNAL DO BRASIL
http://www.fab.mil.br/imprensa/enotimp/enotimp_capa.htm

27-10-2007

O negócio das armas :: Dalmo Dallari
professor e jurista

O negócio de armas movimenta quantias elevadíssimas e proporciona lucros imensos aos fabricantes e comerciantes, como também, em muitos casos, a intermediários das negociações e a pessoas que atuam como abridores de caminhos ou facilitadores dos negócios. Como tem sido muitas vezes noticiado, essa é uma área cheia de sombras, em que muitos dos participantes ficam ocultos ou semi-ocultos. Um capítulo especial dessa atividade, que consome recursos substanciais, é a venda de armamentos a governos, sob pretexto da necessidade de reaparelhamento e modernização das Forças Armadas.

Muitas vezes a imprensa deu notícia do envolvimento de altas personalidades da política e do governo em negócios de armamentos, sendo inúmeros os casos de governos de países subdesenvolvidos que receberam auxílio financeiro internacional para aplicação na melhoria das condições de vida de suas respectivas populações e que desviaram parte substancial desses recursos para a compra de armamentos, evidentemente com bom proveito pessoal.

Podem ocorrer casos em que a compra de armamentos, embora retirando recursos do socorro às populações pobres e marginalizadas, seja necessária para a defesa da soberania do Estado e a proteção do povo. Mas quando ocorrem tais circunstâncias, as ameaças são evidentes, pois a preparação de uma invasão do território de outro Estado não pode ser feita às ocultas, exigindo a mobilização e o treinamento de tropas, a concentração de armamentos pesados e outras medidas prévias que são, inevitavelmente, ostensivas. Além disso, para avaliação de um risco verdadeiro e não fantasioso, é indispensável levar em conta a relação de forças, as vulnerabilidades do Estado ameaçado, a fragilidade de seus meios de defesa, bem como o conjunto das circunstâncias geopolíticas.

Essas considerações foram inspiradas numa sucessão de registros estranhos que, de um momento para outro e sem que exista qualquer justificativa razoável, começaram a aparecer na imprensa brasileira, parecendo mais que se quer criar a aparência de uma preocupação e demanda de diferentes setores da população brasileira. Com efeito, no dia 17 de outubro, estranhamente, na página de eventos sociais de uma prestigiosa colunista do jornal Folha de S. Paulo, apareceu o registro de que o senador José Sarney, fazendo críticas ao presidente da Venezuela, disse estar preocupado, acrescentando que o Brasil precisa estar militarmente no mesmo nível da Venezuela, para se defender. E acrescentou, profeticamente, que "o presidente (Lula) vai começar a ser pressionado por Aeronáutica, Marinha e Exército para se armar". Como informa a colunista, o ex-presidente fez tais declarações em Mendoza, num fórum para empresários, acrescentando que tal manifestação do ex-presidente "deixou todos surpresos". Os motivos da surpresa de todos são mais do que evidentes, pois neste momento o presidente venezuelano está quase mendigando o apoio do Brasil para ingressar no Mercosul, o que é absolutamente contraditório com a afirmação de que a Venezuela está ameaçando o Brasil. Confirmando a profecia de Sarney, começaram a ser divulgadas pela grande imprensa manifestações de altos chefes militares sobre a necessidade de modernização dos armamentos. Ao mesmo tempo, na coluna de correspondência dos leitores de vários jornais, começaram a aparecer cartas de pessoas cuja atividade profissional não se identifica, falando enfaticamente na necessidade de modernização e reequipamento do arsenal brasileiro. Tudo isso é revelador da existência de uma fonte comum, pois na realidade a ameaça sobre o Brasil é absolutamente fantasiosa e não tem qualquer apoio nas circunstâncias da realidade latino-americana de hoje. O povo brasileiro tem reais necessidades, que demandam recursos substanciais, não se podendo admitir que a carga tributária que pesa sobre o povo brasileiro seja utilizada para cobrir despesas que estão muito longe de ser prioritárias.




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#152 Mensagem por zela » Sáb Out 27, 2007 1:51 pm

Tava demorando




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#153 Mensagem por FIGHTERCOM » Sáb Out 27, 2007 2:32 pm

E o pior é que o Brasil é formado em grande parte por pessoas desse tipo, pessoas com pensamentos utópicos. Acreditam que o Brasil não precisa de FAs, sob a justificativa de que somos um povo pacifico.

Alguém ainda tem dúvidas sobre o por que do país não progredir? Vocês acham que é só corrupção?

Abraços,

Wesley




Sd volcom
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#154 Mensagem por Sd volcom » Sáb Out 27, 2007 3:25 pm

jacquessantiago escreveu:JORNAL DO BRASIL
http://www.fab.mil.br/imprensa/enotimp/enotimp_capa.htm

27-10-2007

O negócio das armas :: Dalmo Dallari
professor e jurista

O negócio de armas movimenta quantias elevadíssimas e proporciona lucros imensos aos fabricantes e comerciantes, como também, em muitos casos, a intermediários das negociações e a pessoas que atuam como abridores de caminhos ou facilitadores dos negócios. Como tem sido muitas vezes noticiado, essa é uma área cheia de sombras, em que muitos dos participantes ficam ocultos ou semi-ocultos. Um capítulo especial dessa atividade, que consome recursos substanciais, é a venda de armamentos a governos, sob pretexto da necessidade de reaparelhamento e modernização das Forças Armadas.

Muitas vezes a imprensa deu notícia do envolvimento de altas personalidades da política e do governo em negócios de armamentos, sendo inúmeros os casos de governos de países subdesenvolvidos que receberam auxílio financeiro internacional para aplicação na melhoria das condições de vida de suas respectivas populações e que desviaram parte substancial desses recursos para a compra de armamentos, evidentemente com bom proveito pessoal.

Podem ocorrer casos em que a compra de armamentos, embora retirando recursos do socorro às populações pobres e marginalizadas, seja necessária para a defesa da soberania do Estado e a proteção do povo. Mas quando ocorrem tais circunstâncias, as ameaças são evidentes, pois a preparação de uma invasão do território de outro Estado não pode ser feita às ocultas, exigindo a mobilização e o treinamento de tropas, a concentração de armamentos pesados e outras medidas prévias que são, inevitavelmente, ostensivas. Além disso, para avaliação de um risco verdadeiro e não fantasioso, é indispensável levar em conta a relação de forças, as vulnerabilidades do Estado ameaçado, a fragilidade de seus meios de defesa, bem como o conjunto das circunstâncias geopolíticas.

Essas considerações foram inspiradas numa sucessão de registros estranhos que, de um momento para outro e sem que exista qualquer justificativa razoável, começaram a aparecer na imprensa brasileira, parecendo mais que se quer criar a aparência de uma preocupação e demanda de diferentes setores da população brasileira. Com efeito, no dia 17 de outubro, estranhamente, na página de eventos sociais de uma prestigiosa colunista do jornal Folha de S. Paulo, apareceu o registro de que o senador José Sarney, fazendo críticas ao presidente da Venezuela, disse estar preocupado, acrescentando que o Brasil precisa estar militarmente no mesmo nível da Venezuela, para se defender. E acrescentou, profeticamente, que "o presidente (Lula) vai começar a ser pressionado por Aeronáutica, Marinha e Exército para se armar". Como informa a colunista, o ex-presidente fez tais declarações em Mendoza, num fórum para empresários, acrescentando que tal manifestação do ex-presidente "deixou todos surpresos". Os motivos da surpresa de todos são mais do que evidentes, pois neste momento o presidente venezuelano está quase mendigando o apoio do Brasil para ingressar no Mercosul, o que é absolutamente contraditório com a afirmação de que a Venezuela está ameaçando o Brasil. Confirmando a profecia de Sarney, começaram a ser divulgadas pela grande imprensa manifestações de altos chefes militares sobre a necessidade de modernização dos armamentos. Ao mesmo tempo, na coluna de correspondência dos leitores de vários jornais, começaram a aparecer cartas de pessoas cuja atividade profissional não se identifica, falando enfaticamente na necessidade de modernização e reequipamento do arsenal brasileiro. Tudo isso é revelador da existência de uma fonte comum, pois na realidade a ameaça sobre o Brasil é absolutamente fantasiosa e não tem qualquer apoio nas circunstâncias da realidade latino-americana de hoje. O povo brasileiro tem reais necessidades, que demandam recursos substanciais, não se podendo admitir que a carga tributária que pesa sobre o povo brasileiro seja utilizada para cobrir despesas que estão muito longe de ser prioritárias.



Deus me perdoe mas são pessoas "Besta moloide" assim, que uma nação não se desenvolve tanto militar quanto politicamente e industrial.

... e vão ser essa mesmas "pessoas" que iram cobrar as FFAA quando a bagunça que ja esta, chegar no seu bolso ou familia... :evil:

... Isso por um lado ate chega querer um "guerra", não que eu queira isso... mas tem pessoas que só acordam quando a porrada chega e destroi a sua patria e familia.

Desculpa qualquer coisa mas é isso que acho, e po não estar longe de ser real.

São essas mesmos "moloides" que fazem minha filha ficar deprimida e querer voltar para suecia, por ficar triste pela profissão do pai dela e tantos ou militares não ter valor nessa ...

Vlws Abraços




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#155 Mensagem por Zepa » Sáb Out 27, 2007 3:43 pm

Vai ver que ele é sociólogo.
Abs.

Zepa




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#156 Mensagem por Duka » Sáb Out 27, 2007 4:01 pm

é jurista... é quase pior q sociólogo




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#157 Mensagem por Morcego » Sáb Out 27, 2007 4:02 pm

PALHAÇO PEDINDO APLAUSO.




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#158 Mensagem por Túlio » Sáb Out 27, 2007 4:57 pm

jacquessantiago escreveu:JORNAL DO BRASIL
http://www.fab.mil.br/imprensa/enotimp/enotimp_capa.htm

27-10-2007

O negócio das armas :: Dalmo Dallari
professor e jurista

Os motivos da surpresa de todos são mais do que evidentes, pois , o que é absolutamente contraditório com a afirmação de que a Venezneste momento o presidente venezuelano está quase mendigando o apoio do Brasil para ingressar no Mercosuluela está ameaçando o Brasil. Confirmando a profecia de Sarney, começaram a ser divulgadas pela grande imprensa manifestações de altos chefes militares sobre a necessidade de modernização dos armamentos. Ao mesmo tempo, na coluna de correspondência dos leitores de vários jornais, começaram a aparecer cartas de pessoas cuja atividade profissional não se identifica, falando enfaticamente na necessidade de modernização e reequipamento do arsenal brasileiro. Tudo isso é revelador da existência de uma fonte comum, pois na realidade a ameaça sobre o Brasil é absolutamente fantasiosa e não tem qualquer apoio nas circunstâncias da realidade latino-americana de hoje.


Não tinha um outro tópico falando em Bolivarianos no Brasil? E este aí é o quê? Tadinho do Chávez, mendigando apoio pra entrar pro Mercosul...
:twisted: TINHA que ser o Chávez mesmo :twisted: ...




“You have to understand, most of these people are not ready to be unplugged. And many of them are so inured, so hopelessly dependent on the system, that they will fight to protect it.”

Morpheus
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#159 Mensagem por ThomasDWeiss » Sáb Out 27, 2007 4:59 pm

É porque voces nao se lembram o que foi a compra do Mirage IIIE - a quantidade de besteira que se falou entao ...




Piffer
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#160 Mensagem por Piffer » Sáb Out 27, 2007 6:38 pm

jacquessantiago escreveu:
Jacobs escreveu:Pensando bem, achei muito interessante aquela proposta da A.W. a respeito do mix de A-109 e A-129.

Teríamos um mix de hi-low, com um vetor de reconhecimento/ataque leve (assim como o US Army usa os Kiowa) e um vetor de escolta/ataque/tank killer.

Espero que o lobby da Helibras seja mais forte que os frangos russos! :evil:


O A-109 nao seria exatamente da mesma classe que o Panther do EB?

Se a FAB elege a proposta mista da Agusta como seria a frota de 12 heli de ataque? 12=X A-129 + Y A-109?


Também achei meio estranho a inclusão desses A109. Não entendi como um mix e sim como um quarto concorrente.

O 109 nunca foi heli de ataque em lugar nenhum... Será que vai ser aqui?

Abraços,




Carpe noctem!
marcolima
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#161 Mensagem por marcolima » Sáb Out 27, 2007 6:41 pm

Perai Marco, de tudo que você escreveu, a quebra de confiança não é de responsabilidade dos russos, se tudo isso for verdade a culpa é do ex-ministro Furlan. Então você deveria dizer eu não confio nos brasileiros! Mas se também não confia nos russos, tudo bem, respeito, mas não pelos motivos apresentados.


Sds,

Orestes


[/quote]

É coisa de maluco mesmo Orestes, é pura intuição, não tem ciência.

Os russos vendem equipamento militar para Venezuela; são seus clientes...

Depois vendem equipamento militar p o Brasil...

Depois agente entra em guerra com a Venezuela... E aí... Eles estão fazendo jogo de grande estratégia...

[]s
marco




A paz é só um período entre guerras...
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#162 Mensagem por Seagal, Steven » Sáb Out 27, 2007 6:44 pm

Dalmo de Abreu Dallari é o cara.




"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las" (Voltaire)
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#163 Mensagem por marcelosobrado » Sáb Out 27, 2007 11:08 pm

Battleaxe escreveu:Sem contar que temos um superavit com os russos e temos que usa-lo.

Ja pensaram se com a chegada dos helis russos, a FAB descobrir que eles não são tão lixo assim e que a disponibilidade deles é superior aos que ela usa hoje?
Já pensaram na possibilidade do pós venda desses helis ser boa e acabar com o mito de que os russos são isso e aquilo?

Não estou dizendo que será assim, mas e se for?

Muita gente aqui finalmente terá que dar o braço a torcer.

E quem sabe depois desta experiência, outros equipamentos russos não possam ser adquiridos?

Só o tempo dirá! :wink:

Espero que os russos sejam inteligentes o suficiente para não deixar esta oportunidade passar, pois se pisarem na bola.
NEVER MORE!


Eu tb concordo, se essa história for um jogo de cartas marcadas a favor dos camarada russos, eles, os camaradas russos vão fazer o possível e o impossível para que a FAB aprove com louvor os equipamentos russos, por que aí os camaradas vão poder dizer:"com o FX é a mesma coisa", se é que me entendem.

Mas tem o fator europeu, os italinos e franceses ñ são burros, já devem ter sacado o que esta ocorrendo e certamente vão jogar pesado isso por que o Brasil é uma vitrine que todo mundo quer colocar seus produtos.

Sobre licitação e edital, na compra do C-295 a licitação foi dispensada e foi realizada uma compra direta baseada em parametros técnicos ou eu estou dizendo besteira?

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#164 Mensagem por Duka » Sáb Out 27, 2007 11:10 pm

o C-295 foi comprado mediante licitaçao.




PRick

#165 Mensagem por PRick » Dom Out 28, 2007 1:05 am

Duka escreveu:o C-295 foi comprado mediante licitaçao.


Não, a compra de armas não segue a LEI 8.666, a LEI DO DEMO(apelido entre o pessoal da área :lol: :lol: ), a compra de armas segue um Decreto Específico, o primeiro passo é um Decreto Presidencial liberando o processo de compra da Lei 8.666, e isto tem sido feito com todas as compras de nossas FA´s. Porque são consideradas de Segurança Nacional.

Para quem não conhece, segue o Decreto que regula a compra de armamento pelas FA´s.

DECRETO Nº 2.295, DE 4 DE AGOSTO DE 1997.

Regulamenta o disposto no art. 24, inciso IX, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dispõe sobre a dispensa de licitação nos casos que possam comprometer a segurança nacional.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 24, inciso IX, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ouvido o Conselho de Defesa Nacional,

DECRETA:

Art 1º Ficam dispensadas de licitação as compras e contratações de obras ou serviços quando a revelação de sua localização, necessidade, característica do seu objeto, especificação ou quantidade coloque em risco objetivos da segurança nacional, e forem relativas à:

I - aquisição de recursos bélicos navais, terrestres e aeroespaciais;

II - contratação de serviços técnicos especializados na área de projetos, pesquisas e desenvolvimento científico e tecnológico;

III - aquisição de equipamentos e contratação de serviços técnicos especializados para a área de inteligência.

Parágrafo único. As dispensas de licitação serão necessariamente justificadas, notadamente quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante, cabendo sua ratificação ao titular da pasta ou órgão que tenha prerrogativa de Ministro de Estado.

Art 2º Outros casos que possam comprometer a segurança nacional, não previstos no art. 1º deste Decreto, serão submetidos à apreciação do Conselho de Defesa Nacional, para o fim de dispensa de licitação.

Art 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 4 de agosto de 1997; 176º da Independência e 109º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Clovis de Barros Carvalho




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