Prick escreveu:O disparo do armamento de 105, mesmo no Centauro, foi precedido por diminuição da velocidade de marcha, e quando o tiro foi realizado com a torre na perpendicular, o blindado estava parado. Em condições de marcha, dependendo do terreno, o disparo com a torre em perpendicular parece representar um perigo para a estabilidade do blindado.
É exactamente a análise que fiz.
Há imagens do Centauro a disparar em movimento (para a foto) mas se repararem, ele tem sempre que disparar para a frente.
A massa do veículo também é muito importante. Os Centauro italianos foram reforçados, estão mais pesados e têm reforço dos sistemas de suspensão.
Mas o objectivo do aumento da blindagem dos Centauro e 8x8 com canhão de 105mm não é o de se transformarem em MBT (tanque) mas sim o de garantirem a sua sobrevivência perante os veículos de combate de infantaria de forças moveis inimigas.
Aliás, forças móveis como as que o Chaves parece ter ideias de criar.
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Isto provoca no entanto um problema.
A solução aparente como já foi falado acima, para opor uma movimentação militar a qualquer avanço (por muito maluco que seja) numa região como o norte (em zonas de floresta menos densas) é a de tentar de inicio cortar as suas linhas de abastecimento.
Essa e a razão porque um veículo anfíbio equipado com um canhão de 105mm é interessante.
O problema, é que sem blindagem suficiente, o 8x8 105mm é presa fácil de veículos como os BTR-90 equipados com canhão de 30mm.
Logo, há que encontrar formas de atravessar os rios com unidades inteiras.
A mobilidade de uma força com capacidade para fazer uma operação de «gancho» pegando um potêncial inimigo pelas costas, depende da capacidade de dispor de meios para atravessar os rios com toda a unidade, desde os 8x8 de 105mm até aos jipes e ambulâncias.
Só assim será possível cortar o abastecimento do inimigo e a sua possível linha de escapatória, com uma unidade que tem capacidade para se auto-sustentar durante mais tempo.
É por isto que eu acho que um 8x8 pouco blindado e anfíbio não serve para praticamente nada, porque até um URUTU com a torreta do Cascavel podia fazer o serviço.
É tudo uma questão de preço. O 8x8 / 105mm é importante, não por causa de ser anfíbio, mas por causa da enorme mobilidade que ele tem, ao atingir uma velocidade sustentada de 90Km/h e velocidade máxima de até 110Km/h.
Um exército que tenha capacidade de colocar no terreno este tipo de veículo terá grande vantagem táctica no terreno. Mas essa vantagem só existirá de forma efectiva se esse meio, que é caro e existirá em pouca quantidade, for devidamente protegido. E a protecção quer dizer peso e o peso quer dizer impossibilidade de flutuar.
Qual a solução para o problema?
Mais uma vez do meu ponto de vista:
Aproveitar os chassis de alguns veículos para projectar e produzir sistemas lança-pontes que permitam atravessar rios e cursos de água com grande rapidez, mas que ao mesmo tempo permitem que atravessem o rio TODOS os veículos e não apenas os anfíbios.
Cumprimentos