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Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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PRick

#4171 Mensagem por PRick » Seg Out 22, 2007 12:34 am

Vixi!

Depois dos P-3Br, a FAB vai comprar uns MBT´s para armar sua infantaria! O EB que se cuide. :wink:

[ ]´s




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Pablo Maica
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#4172 Mensagem por Pablo Maica » Seg Out 22, 2007 12:41 am

Hehehe é bom ela comprar cintos coldres e suspensórios primeiro hehehe...


Um abraço e t+ :D




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Booz
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#4173 Mensagem por Booz » Seg Out 22, 2007 1:35 am

Putz! Meu PC entrou em mode "FX" e perdi o esclarecedor conteste do Orestes, e dos outros excelentes comentários dos meus amigos foristas.

Mas, lembrando, esta história dos helis russos vem se arrastando desde o antecessor do Waldir Pires e do dono da Perdigão.
Na época, a operação teria sido abortada (dizem até que acabou por por ajudar a ceifar do cargo os dois ministros).
Contudo, sempre foi um "Ás" na manga do governo para atenuar o saldo da balança comercial com os cossacos.

Portanto, me parece que a FAB teve pouco espaço de manobra na escolha. Aliás, lembro-me que havia saído notas em alguns jornais (notas do tipo "by Orestes", bem subliminares, rsss), dando conta do desagrado da FAB pelos helis russos. Pelo que se vê a coisa está sendo empurrada goela abaixo da FAB. Ou seja: Ah! Vocês querem helicópteros? Precisam deles? Então taí, é pegar ou pegar!.

O mesmo tipo de raciocínio (vejam minha presunção) tem embalado este interminável folhetim que se transformou o FX.
Calculem amigos. Imaginem as tremendas pressões exercidas contra a escolha da FAB (seja lá qual for)?
Além de o escolhido ter de vencer "interesses" e disputas de "escolha interna", tem de superar pressões e interesses de concorrentes e seus "fantoches capitalistas" (KKKKK Sinto não pude deixar de lembrar-me do dr. Fantástico).

Para complicar, o tabuleiro geopolítico começa a ter suas peças movidas em outras direções, se bem que algo próximas às de décadas atrás.
A détente começou a espatifar-se diante da política de Bush e do distender de músculos do velho urso das estepes. Alhures aos interesses comerciais, uma nova "guerra fria" pode forçar a volta da polarização mundial de alguns anos.
Se a coisa esquentar, e a ciclicidade da história nos mostra como é real esta possiblidade, teremos o bolivariano maluquete soldando-se perigosamente com os russos. O que resultará em quase um ultimato americanos em nosotros. E os seus mariners não estarão nem aí para o surrado "go home".
Este novo desenho de sístole e diástole (dá-lhe Golbery! Rsss) das forças político-militares dos EUA e da Rússia pode, e muito, influenciar a decisão do FXXXXXXXXXXXX.

Portanto, se a FAB quer o SU, e se o governo está disposto a "afrontar" os americanos com a escolha (afronta agravada pelo particular momento de "rosnação" entre Bush x Putin), terá de resolver isto rápido. A água começará a borbulhar, incluindo-se aí outros fatores catalizadores como gás, petróleo etc, e ficará difícil manter a ponte logística para os SU.

Morcego.

Vc tirou o F-15 do meu teclado, rssss.
É pouco plausível, por inúmeras razões, mas da pressão americana tudo se pode esperar.


Brasileiro.

Extensamente elucidativo o que vc expôs sobre a tão falada "transferência de tecnologia". Muitos crêem que transferir tecnologia é o fabricante mandar, TODO, o seu conhecimento na fabricação de uma máquina altamente sofisticada como um caça.
Basta ver o exposto pelo outro colega, referente à foto da montagem do AMX na EMBRAER, que entenderemos a dificuldade disto.
Há inúmeras áreas de interesse onde é possível absover tenologia do país fabricante, que não, necessariamente, o específico produto que se está vendendo.

NENHUM país do mundo entrega TODA à tecnologia (aliás, tecnologia não se compra se conquista) do "estado da arte" de um equipamento altamente sofisticado.
Mas, temos muito a aprender em diversas outras áreas.




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Sniper
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#4174 Mensagem por Sniper » Seg Out 22, 2007 9:38 am

Saito diz que 63% da FAB está imobilizada

Brigadeiro pede emendas para completar o orçamento da Aeronáutica; situação do controle de tráfego aéreo não foi discutida na sessão

Em depoimento sigiloso ontem na Câmara dos Deputados, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, afirmou que as dificuldades financeiras já imobilizam 63% da frota da FAB e alertou que o Brasil cairá para 4º no ranking da América do Sul no quesito caças e aviões de combate, devido à disparada da Venezuela na corrida armamentista.

Segundo as informações passadas aos parlamentares, das 719 aeronaves, apenas 267 estão em operação hoje. Outras 220 estão paradas no parque de manutenção e 232 estão indisponíveis nas bases da FAB por falta de peças ou suprimentos.

Procurada, a FAB não forneceu mais detalhes. Um dos aviões que hoje precisa de manutenção é um dos dois Sucatinha Boeing-737/200, de transporte da Presidência, que teve uma pane e aguarda conserto em Brazzaville (Congo).

Além disso, a falta de primazia na defesa aérea preocupou os deputados. Segundo Saito, o Peru lidera em aviões de caça e ataque -o Brasil está em 3º lugar. Porém, com a compra de jatos (os russos Sukhoi Su-30), a Venezuela deve passar ao primeiro lugar, derrubando o país para a quarta posição. Já há um esquadrão com 14 Sukhois ativo no país, e até o fim de 2008 serão 24.

Além disso, o Brasil está em 6ª posição na América do Sul em mísseis de curto alcance, usados, por exemplo, para abater outras aeronaves em vôo.

Saito disse aos deputados que a modernização dos atuais caças F-5 pode restaurar a posição brasileira, mas o programa de revitalização dos aviões sofre com intermitências orçamentárias.

Além disso, os Sukhoi são alguns dos aviões mais poderosos e modernos do mundo, enquanto os F-5 são obsoletos. Os 12 Mirage-2000 comprados da França, que estão sendo lentamente ativados em Anápolis (GO), também são inferiores.

A FAB tem como prioridade a compra de novos caças, mas o projeto F-X foi postergado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2005. Não há previsão para a retomada.

Apesar disso, Saito enfatizou a necessidade de acelerar os programas já em curso de modernização de aviões de transporte, por exemplo, cuja duração é prevista até 2012.

A queixa de sucateamento das Forças Armadas tem sido constante nos últimos anos, mas a situação da Aeronáutica surpreendeu os deputados, aos quais Saito chegou até a pedir emendas parlamentares para complementar o Orçamento. Não foi abordada a situação dos equipamentos de controle de tráfego aéreo, tema polêmico da crise aérea.

Para 2008, o Orçamento prevê R$ 1,8 bilhão para reaparelhamento nas três Forças. A Aeronáutica tem uma previsão de aumento nos gastos discricionários em comparação com 2007 de R$ 3,6 bilhões.



Ao invés de falar que a compra de uma quantidade razoável de caças novos e modernos podería conduzir o Brasil a uma posição de liderança entre as forças militares do continente ele vai ao congresso e diz que "a modernização de F-5 pode restaurar a posição brasileira", que posição é essa? :roll: :?

Declarações como essa além de fatos inusitados como a possível operação dos Mi-171 e o gasto de US$600 milhões com os P-3 so fazem aumentar o meu completo descrédito na FAB como uma instituição com um planejamento e uma estratégia traçados... :evil: :cry:




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F-15C´s

#4175 Mensagem por Cougar_PH » Seg Out 22, 2007 12:05 pm

EUA está atualizando um esquadrão de F-15C, 18 já foram mordenizados com Radar AESA APG-63V2, para poderem tentar superar a família dos Su-30...

Citação
" Thus far, 18 USAF F-15Cs have been modified to carry APG-63v2 radars – a misnomer, since the upgrade uses a revolutionary new technology that bears little resemblance to its predecessor.

Active Electronically-Scanned Array (AESA) radars are made of hundreds or thousands of small transmitter/receiver elements. Moving parts are eliminated; instead, subsets of their array elements are used to focus on each task very quickly and precisely, without having to move them physically, and with little signal “leakage” outside of its focused beams. This makes it more reliable, more powerful, and able to operate multiple modes at once."

Fonte
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#4176 Mensagem por Degan » Seg Out 22, 2007 12:31 pm

Conseguir F-15 de segunda mano y modernizar con ese kit AESA...sería el mayor GOL del subcontinente... :wink:




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
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#4177 Mensagem por P44 » Seg Out 22, 2007 12:44 pm

Eurofighter Launches Offer for Multi-Role Planes in Romania


(Source: Xinhua News Agency; issued Oct. 22, 2007)



The Eurofighter consortium is ready to deliver 24 Typhoon aircraft to the Romanian Air Force in the 2010-2014 period, the program director for Romania Giuseppe Paoletti said on Friday at a press conference organized within the EXPOMIL 2007 show in Bucharest.

Moreover, the consortium is willing to provide the first operational squadron of Typhoon warplanes in 2010.

The Eurofighter official underscored that Finnmecanica of Italy was interested in buying the local Craiova-based Aircraft Factory, which may offer technical support and maintenance for the Typhoon warplane.

Giuseppe Paoletti hinted that if the program in Romania unfolded well, the plane might be assembled in the country. He added the firm might bring also other subcontractors for the offset contract that is usually signed in such cases.

According to Paoletti, the purchase price is comparable to the one of the twin-engined warplanes, but the maintenance costs are much lower than those for other models.

"These are not cheap aircraft, but a Typhoon warplane can carry out missions that, in the case of other aircraft models, require several aircraft," explained the representative of the Eurofighter consortium.

The Eurofighter consortium presented at EXPOMIL its offer for replacing the MiG-21 LanceR fighter jets of the Romanian Air Force. According to the representatives of the consortium, Typhoon is the most important high-technology program in Europe and the main European collaboration program in defense, involving over 120,000 people.

-ends-




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#4178 Mensagem por Morcego » Seg Out 22, 2007 12:52 pm

jp escreveu:Putz! Meu PC entrou em mode "FX" e perdi o esclarecedor conteste do Orestes, e dos outros excelentes comentários dos meus amigos foristas.

Mas, lembrando, esta história dos helis russos vem se arrastando desde o antecessor do Waldir Pires e do dono da Perdigão.
Na época, a operação teria sido abortada (dizem até que acabou por por ajudar a ceifar do cargo os dois ministros).
Contudo, sempre foi um "Ás" na manga do governo para atenuar o saldo da balança comercial com os cossacos.

Portanto, me parece que a FAB teve pouco espaço de manobra na escolha. Aliás, lembro-me que havia saído notas em alguns jornais (notas do tipo "by Orestes", bem subliminares, rsss), dando conta do desagrado da FAB pelos helis russos. Pelo que se vê a coisa está sendo empurrada goela abaixo da FAB. Ou seja: Ah! Vocês querem helicópteros? Precisam deles? Então taí, é pegar ou pegar!.

O mesmo tipo de raciocínio (vejam minha presunção) tem embalado este interminável folhetim que se transformou o FX.
Calculem amigos. Imaginem as tremendas pressões exercidas contra a escolha da FAB (seja lá qual for)?
Além de o escolhido ter de vencer "interesses" e disputas de "escolha interna", tem de superar pressões e interesses de concorrentes e seus "fantoches capitalistas" (KKKKK Sinto não pude deixar de lembrar-me do dr. Fantástico).

Para complicar, o tabuleiro geopolítico começa a ter suas peças movidas em outras direções, se bem que algo próximas às de décadas atrás.
A détente começou a espatifar-se diante da política de Bush e do distender de músculos do velho urso das estepes. Alhures aos interesses comerciais, uma nova "guerra fria" pode forçar a volta da polarização mundial de alguns anos.
Se a coisa esquentar, e a ciclicidade da história nos mostra como é real esta possiblidade, teremos o bolivariano maluquete soldando-se perigosamente com os russos. O que resultará em quase um ultimato americanos em nosotros. E os seus mariners não estarão nem aí para o surrado "go home".
Este novo desenho de sístole e diástole (dá-lhe Golbery! Rsss) das forças político-militares dos EUA e da Rússia pode, e muito, influenciar a decisão do FXXXXXXXXXXXX.

Portanto, se a FAB quer o SU, e se o governo está disposto a "afrontar" os americanos com a escolha (afronta agravada pelo particular momento de "rosnação" entre Bush x Putin), terá de resolver isto rápido. A água começará a borbulhar, incluindo-se aí outros fatores catalizadores como gás, petróleo etc, e ficará difícil manter a ponte logística para os SU.

Morcego.

Vc tirou o F-15 do meu teclado, rssss.
É pouco plausível, por inúmeras razões, mas da pressão americana tudo se pode esperar.


Brasileiro.

Extensamente elucidativo o que vc expôs sobre a tão falada "transferência de tecnologia". Muitos crêem que transferir tecnologia é o fabricante mandar, TODO, o seu conhecimento na fabricação de uma máquina altamente sofisticada como um caça.
Basta ver o exposto pelo outro colega, referente à foto da montagem do AMX na EMBRAER, que entenderemos a dificuldade disto.
Há inúmeras áreas de interesse onde é possível absover tenologia do país fabricante, que não, necessariamente, o específico produto que se está vendendo.

NENHUM país do mundo entrega TODA à tecnologia (aliás, tecnologia não se compra se conquista) do "estado da arte" de um equipamento altamente sofisticado.
Mas, temos muito a aprender em diversas outras áreas.


Caro JP, só existe uma chance para o F-15, estourar uma naba negra e precisarmos de um BI pra ontém, os EUA estão retirando os F-15 para a entrada dos F-22 (eu já cantei essa bola antes) e creio exister hoje bem mais que duas duzias de f-15 prontinhos para decolar e operar.

caso a temperatura não suba, reuniriamos condições para esperar coisa mais nova, mas CASO TENHAMOS DOR DE CABEÇA teriamos uma verdadeira ponte aérea de ISRAEL trazendo bem mais que 4 torpedos.

é um jogo perigoso, onde o GOVERNO esta dando uma impressão de PARALISIA.




binfa
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#4179 Mensagem por binfa » Seg Out 22, 2007 12:59 pm

senhores(as) boa tarde! olha a coleira ai gente...



EUA dificultam programa de satélite brasileiro

Empresas nacionais que trabalham na construção das naves CBERS-3 e 4 não conseguem mais importar peças americanas

Limitação à exportação de tecnologia à China causa o problema, que pode atrasar lançamentos; embaixada afirma que veto não é novo

Joel Silva/Folha Imagem

Sede da Opto, em São Carlos, onde câmera do CBERS-3
é montada; empresa pagou US$ 45 mil por peça que não pôde vir dos EUA

CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA
RAFAEL GARCIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os Estados Unidos têm imposto restrições ao programa de satélites que o Brasil mantém em parceria com a China.

Empresas nacionais que fabricam peças para as naves CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) 3 e 4 têm tido dificuldade para importar peças dos EUA. E, segundo a Folha apurou, representantes do governo americano disseram a diretores do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que não gostariam que o satélite Amazônia-1, de produção 100% nacional, fosse lançado em 2010 a bordo de um foguete chinês.

As restrições não são voltadas especificamente contra o Brasil, mas sim contra sua parceira, potência militar e agora também espacial. Os americanos temem transferir à China, através do Brasil, tecnologias sensíveis, que possam ser usadas em equipamentos militares como mísseis balísticos, satélites-espiões e bombas atômicas.

Quem acaba sofrendo com isso é o setor de inovação tecnológica no Brasil. Pelo menos duas empresas subcontratadas pelo Inpe para produzir partes do CBERS-3 e do CBERS-4 -a Mectron, de São José dos Campos, e a Opto, de São Carlos- foram impedidas recentemente de comprar equipamentos norte-americanos.

O caso mais grave foi o da Opto, que está montando a câmera do CBERS-3. Neste ano, ela teve de cancelar um contrato de US$ 45 mil com a IR (International Rectifier), uma firma da Califórnia, porque o componente comprado -um conversor de corrente altamente sensível- não pôde ser embarcado para o Brasil, mesmo depois de pago.

"O departamento jurídico disse ao nosso contato lá que, se ele exportasse, poderia pegar nove anos de cadeia e multa de US$ 1 milhão", disse Mario Stefani, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Opto. O dinheiro foi devolvido, mas o projeto atrasou em seis meses.

Graham Robertson, gerente de Relações-Públicas da IR, diz que não é raro que a empresa seja proibida de exportar depois que se descobre qual é o mercado final do produto. "Nós somos controlados no que diz respeito à China."

"Bomb letter"

O veto atinge dimensões orwellianas. Stefani teve um software para desenvolvimento de instrumentos ópticos médicos (comprado dos EUA) travado remotamente em pleno uso, porque ele poderia também ser aplicado em satélites.

"A empresa viu no nosso site que nós trabalhamos no CBERS e seus advogados mandaram bloquear o programa", afirma. "Aí mandaram uma "bomb letter" e eu tive de assinar dizendo que aquilo era só de uso médico."

"Bomb letter" é o apelido dado a termos que empresas americanas fazem compradores de seus produtos no exterior assinarem, comprometendo-se a não dar a esses produtos nenhuma destinação que os EUA não aprovariam, como a fabricação de bombas -daí o nome.

Em agosto último, a Dell computadores mandou uma carta dessas a um físico brasileiro que comprara duas máquinas da empresa. O termo exigia compromisso de que os computadores não seriam repassados a cidadãos do "eixo do mal" -como Irã, Coréia do Norte e Cuba. O cientista denunciou o caso e o Ministério da Ciência e Tecnologia passou uma reprimenda na Dell.

Paranóia reforçada

Limitações à transferência de tecnologia sensível não são novidade, nem exclusividade dos EUA. Vários acordos internacionais regulam o comércio de produtos de uso dual.

No caso americano, o Departamento de Estado faz cumprir uma regulamentação chamada Itar (International Traffic in Arms Regulations), que lista uma série de componentes de exportação restrita e classifica os países em vários graus de proibição, de acordo com seu grau de desenvolvimento tecnológico e suas relações com os EUA. Os objetos controlados vão de colas a chips e softwares.

"Depois do 11 de Setembro, essa lei tem sido aplicada de forma indiscriminada", afirma Stefani, da Opto.

Ricardo Cartaxo, diretor do programa CBERS, diz que os dois primeiros satélites da série (desenvolvidos na década de 1990) não sofreram embargo. "Usávamos um componente feito por uma empresa americana subsidiária da Fujitsu japonesa, mas não conseguimos [comprá-lo agora]. Tivemos de mudar o projeto para utilizar uma parte já montada feita por uma empresa francesa."

Atraso

Segundo Cartaxo, o risco de o CBERS-3 sofrer atraso é iminente. "Um lote de componentes está sendo comprado agora. Fizemos a escolha dos fornecedores alternativos e vamos manter o cronograma", diz. "A aposta é que dá para manter o lançamento em abril de 2010, mas não está fácil, não."

Segundo Fernando Ramos, assessor de Cooperação Internacional do Inpe, a ameaça de militarização do espaço pela administração Bush contribui para agravar as restrições. "Isso tem ocasionado problemas para o Brasil, sim, sobretudo depois daquele ensaio que os chineses fizeram [em janeiro de 2007] e destruíram um satélite antigo deles em órbita", disse. "Os EUA apertaram o cerco à China e aos seus parceiros."

Diretor do Inpe diz esperar que veto seja interino

GILBERTO CÂMARA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os EUA são um país grande, com múltiplos interesses. O Inpe tem excelentes relações com instituições americanas na área espacial, como a Nasa e o USGS (Serviço Geológico dos EUA).

Temos um histórico de cooperação científica e técnica, como o uso das imagens Landsat e o experimento LBA.

Infelizmente, as relações positivas na área espacial não se refletem na posição do Departamento de Estado e nas leis americanas. Especialistas da divisão de Controle de Bens Sensíveis dos EUA disseram ao Inpe que sabem que o CBERS é um programa civil e que não há transferência de tecnologia do Brasil para a China.

Mesmo assim, afirmam que as regras americanas proíbem a exportação de componentes espaciais para qualquer programa com participação chinesa. O Inpe confia que o caráter público do CBERS e seus benefícios para todo o planeta possam convencer os legisladores dos EUA a mudar sua atitude.

Os EUA, cuja Constituição promove de forma pioneira a liberdade e a concórdia, são os maiores prejudicados por uma atitude que esperamos temporária.

Gilberto Câmara é diretor do Inpe

País recorre a componente feito na Europa

DA REDAÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Para contornar a proibição, as firmas brasileiras passaram a recorrer a componentes feitos por empresas européias, que graças à paranóia americana abriram um novo nicho de mercado, o de produtos "Itar-free" (livres do Itar). A Opto trocou amplificadores e conversores de vídeo para poder usar equipamentos da Europa na câmera do CBERS-3.

Outra conseqüência das limitações é a criação de um verdadeiro mercado negro de itens listados pelo Itar. Muitos são comprados dos EUA por empresas européias -já que os países da Europa têm menos restrições- e reexportados, à revelia do Tio Sam, para países de eixos diversos, do bem e do mal.

Para Ricardo Cartaxo, usar componentes europeus não é uma solução 100% segura. "A Europa tem se mostrado aberta, mas até quando? A gente nunca sabe como vai ser o futuro das relações geopolíticas entre essas grandes potências", diz.

Restrição não é só ao Brasil, dizem EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

A Embaixada dos EUA negou que a restrição à exportação de tecnologia espacial ao Brasil seja nova.

"Há uma lei muito especifica para a tecnologia americana: não importa para onde ela esteja indo [primeiro], se tiver propósito dual, ela está sujeita a essa lei, porque sua última destinação seria a China", afirmou Richard Mei, adido de Imprensa. "Isso se aplica a todos os países."

Para ele, essa política não ameaça a cooperação científica. "Não vejo nenhum impacto negativo, porque essas leis existem há tempo, e ainda há maneiras de atingir avanços em cooperação, apesar dessa restrição."

Mei também nega o Itar esteja prejudicando o acesso dos EUA a mais mercados. "As empresas americanas também estão sujeitas a essa restrição, mas isso não as impede de trabalhar com seus parceiros em outros países sem que o resultado final viole esta lei." (RG)


fonte notimo

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#4180 Mensagem por Morcego » Seg Out 22, 2007 1:14 pm

o PROBLEMA não é o BRASIL, é a CHINA.

o que vc Faria? podemos usar quantas peças nos for necessário, DESDE QUE esta técnologia não caia em outras mãos.




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#4181 Mensagem por P44 » Seg Out 22, 2007 1:16 pm

afinal a coleira americana sempre é boa.....

Depois dos bons e dos mau ditadores, temos as boas e as más coleiras




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#4182 Mensagem por Morcego » Seg Out 22, 2007 1:19 pm

P44 escreveu:afinal a coleira americana sempre é boa.....

Depois dos bons e dos mau ditadores, temos as boas e as más coleiras


BLEM BLEM BLEM.

vc sabe que não é isso.

o causo é que a unica coleira que o povo adora falar é americana, MAS TODO MUNDO AI QUE NÃO PRODUZ O PROPRIO CAÇA TA ENCOLEIRADO, é só ver a china.




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#4183 Mensagem por Bolovo » Seg Out 22, 2007 1:19 pm

O problema é a China, não nós.




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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#4184 Mensagem por Morcego » Seg Out 22, 2007 1:20 pm

Bolovo escreveu:O problema é a China, não nós.


POIS É, explica agora.




PRick

#4185 Mensagem por PRick » Seg Out 22, 2007 1:24 pm

O problema é nosso, tanto faz a China ou não, foi a empresa brasileira que pagou pela peça e não está conseguindo receber o que comprou, se não pode fornecer, não venda! :lol: :lol:


[ ]´s




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