Você colocou-a ao mesmo tempo do meu texto, mas como dá para ver, diz mais ou menos a mesma coisa.
Só que a ideia da «religião universal» não tem especialmente a ver com o século XIX, e pode-se entender que já se encontrava nas tentativas portuguesas de assimilar os ritos aos Deuses Hindus, Taoistas etc... e considera-los Católicos.
Aliás, os portugueses enviavam cartas desde a Índia e chamavam reinos católicos aos reinos Hindus que adoravam o deus Braman.
Isto ocorria, porque os Bramanes adoravam uma figura de uma deusa com uma criança nos braços.
Os portugueses aproveitaram para explicar que os Bramanes eram afinal cristãos que tinham grande devoção a N.Senhora e catalogaram-nos logo como bons católicos, que só precisavam de enviar uns quantos monges a Roma para aprenderem melhor a verdadeira Fé.
Tudo isto tem depois aquelas ligações míticas à função e razão da existência de Portugal, cujo destino teria sido anunciado ao próprio D. Afonso Henriques na batalha de Ourique, e que implicava que Portugal tinha sido escolhido como a nação que iria difundir a religião pelos quatro cantos do mundo.
Pessoalmente, acredito que esta ideia de que os portugueses eram por definição os evangelizadores, que os terá levado a tentar interpretar as religiões locais, não para as proíbir (como mandava o Papa) mas para as integrar na religião católica.
O aparecimento da Virgem, num lugar chamado Fátima (o nome da filha de Maomé) foi desde há muito tempo visto como mais um desses sinais.
Os teoricos da conspiração têm pano para mangas neste assunto

Cumprimentos