Argentina à beira da falência militar

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Mapinguari
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#91 Mensagem por Mapinguari » Dom Out 07, 2007 12:45 am

Bolovo escreveu:Aposto 2 centavos que eles vão de Mirage 2000C para substituir os velhinhos Mirage IIIEA.


Acho que existe grandes chances de virem alguns F-16A/B ADF. Mais do que qualquer outra coisa. Seria a coisa mais lógica, uma vez que os A-4M usam radares AN/APG-66 ARG-I e outros componentes comuns.




Mapinguari

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Adriano
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#92 Mensagem por Adriano » Dom Out 07, 2007 9:06 am

Mapinguari escreveu:
Bolovo escreveu:Aposto 2 centavos que eles vão de Mirage 2000C para substituir os velhinhos Mirage IIIEA.


Acho que existe grandes chances de virem alguns F-16A/B ADF. Mais do que qualquer outra coisa. Seria a coisa mais lógica, uma vez que os A-4M usam radares AN/APG-66 ARG-I e outros componentes comuns.


Mas os F-16 são "papa pedras" e não poderiam operar na Patagônia... :lol: :lol: :lol:

Brincadeiras a parte, acho que vão mesmo é de M2000C, mas ainda não liberaram o $$$... Se a dinastia Kirchner continuar no poder, e parece que vai, sei não se vão liberar alguma coisa....

Abraços,

Adriano




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(Fernando Pessoa)
PRick

#93 Mensagem por PRick » Dom Out 07, 2007 11:05 am

Adriano escreveu:
Mapinguari escreveu:
Bolovo escreveu:Aposto 2 centavos que eles vão de Mirage 2000C para substituir os velhinhos Mirage IIIEA.


Acho que existe grandes chances de virem alguns F-16A/B ADF. Mais do que qualquer outra coisa. Seria a coisa mais lógica, uma vez que os A-4M usam radares AN/APG-66 ARG-I e outros componentes comuns.


Mas os F-16 são "papa pedras" e não poderiam operar na Patagônia... :lol: :lol: :lol:

Brincadeiras a parte, acho que vão mesmo é de M2000C, mas ainda não liberaram o $$$... Se a dinastia Kirchner continuar no poder, e parece que vai, sei não se vão liberar alguma coisa....

Abraços,

Adriano



Não sei se vocês se lembram, mas a economia da Argentina quebrou no início do século. Eles estão se recuperando, mas não são nem sombra do que eram na década de 1970.

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Pablo Maica
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#94 Mensagem por Pablo Maica » Dom Out 07, 2007 12:11 pm

Não sei não acho que o A-4AR vai fazer a frente na argentina por muito tempo ainda...

Esses dias estava vendo umas fotos da FAA... os Hércules e os 707 estão literalmente apodrecendo nos pátios de algumas bases... muitos MIII parados e pucarás tambem... a situação não parecia nada boa.


Um abraço e t+ :D




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manuel.liste
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#95 Mensagem por manuel.liste » Seg Out 08, 2007 5:47 am

http://www.aire.org

España cederá tres radares a Argentina

El Gobierno español autorizó este viernes la enajenación de tres conjuntos de radares del Ejército del Aire para su cesión a la Fuerza Aérea argentina por el precio simbólico de un euro (1,41 dólares) por radar.

Esos sistemas proceden de los Escuadrones de Vigilancia Aérea números 1, 3 y 9, y habían sido dados de baja recientemente, precisa la nota de prensa difundida tras la reunión semanal del Gabinete.

Ahora podrán usarse de nuevo después de que el Brigadier General Jefe del Estado Mayor General de la Fuerza Aérea Argentina solicitase el material al Gobierno español.

El Jefe del Estado Mayor del Ejército del Aire informó favorablemente de la cesión de los radares, a propuesta de la Junta de Enajenación de Bienes Muebles y productos de Defensa.

España los cederá por una cuantía simbólica de tres euros, uno por cada conjunto de radar, añadió la nota de prensa.




Arthur
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#96 Mensagem por Arthur » Seg Out 08, 2007 6:14 am

PRick escreveu:
Adriano escreveu:
Mapinguari escreveu:
Bolovo escreveu:Aposto 2 centavos que eles vão de Mirage 2000C para substituir os velhinhos Mirage IIIEA.


Acho que existe grandes chances de virem alguns F-16A/B ADF. Mais do que qualquer outra coisa. Seria a coisa mais lógica, uma vez que os A-4M usam radares AN/APG-66 ARG-I e outros componentes comuns.


Mas os F-16 são "papa pedras" e não poderiam operar na Patagônia... :lol: :lol: :lol:

Brincadeiras a parte, acho que vão mesmo é de M2000C, mas ainda não liberaram o $$$... Se a dinastia Kirchner continuar no poder, e parece que vai, sei não se vão liberar alguma coisa....

Abraços,

Adriano



Não sei se vocês se lembram, mas a economia da Argentina quebrou no início do século. Eles estão se recuperando, mas não são nem sombra do que eram na década de 1970.

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PRick,

Como você deve saber, a economia argentina quebrou na segunda metade da década de 1970 devido as políticas erradas (e no caso ultra liberais) de seus generais, depois passou uma década de 1980 de estagnação e inflação e uma década de 1990 de algum crescimento mas que abriu as portas para os desequilíbrios que detonaram a crise de 2001. Mas os argentinos já superaram a uns dois anos o padrão que eles tinham no fim da década de 1990.

O PIB per capita real (i.e., corrigido pela Paridade do Poder de Compra) deles é dois terços maior que o brasileiro (US$15.000 contra US$9.000, dados estimados pelo Banco Mundial para 2006) enquanto o PIB per capita nominal deles (i.e., convertido pela taxa de câmbio média do período) é igual ao brasileiro (+- US$5.700).

A primeira medida (PIB per capita real) me permite dizer que eles tem mais grana que o Brasil ou qualquer outra nação sul-americana (Chile inclusive) para manter tropas bem treinadas e pagas. Já a segunda medida me diz que o poder de compra deles de equipamentos militares é equivalente ao brasileiro, logo se nós podemos pensar em equipamentos modernos eles também podem (obviamente que proporcionalmente, i.e., se compramos 100 unidades de algo, eles podem comprar +- 20 unidades com o mesmo investimento como proporção do PIB nominal).

Isso me leva a concluir que o eventual sucateamento das forças armadas argentinas reflete muito mais uma opção política do que uma imposição das condições econômicas.

Abs

Arthur




PRick

#97 Mensagem por PRick » Seg Out 08, 2007 11:47 am

Arthur escreveu:
PRick escreveu:
Adriano escreveu:
Mapinguari escreveu:
Bolovo escreveu:Aposto 2 centavos que eles vão de Mirage 2000C para substituir os velhinhos Mirage IIIEA.


Acho que existe grandes chances de virem alguns F-16A/B ADF. Mais do que qualquer outra coisa. Seria a coisa mais lógica, uma vez que os A-4M usam radares AN/APG-66 ARG-I e outros componentes comuns.


Mas os F-16 são "papa pedras" e não poderiam operar na Patagônia... :lol: :lol: :lol:

Brincadeiras a parte, acho que vão mesmo é de M2000C, mas ainda não liberaram o $$$... Se a dinastia Kirchner continuar no poder, e parece que vai, sei não se vão liberar alguma coisa....

Abraços,

Adriano



Não sei se vocês se lembram, mas a economia da Argentina quebrou no início do século. Eles estão se recuperando, mas não são nem sombra do que eram na década de 1970.

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PRick,

Como você deve saber, a economia argentina quebrou na segunda metade da década de 1970 devido as políticas erradas (e no caso ultra liberais) de seus generais, depois passou uma década de 1980 de estagnação e inflação e uma década de 1990 de algum crescimento mas que abriu as portas para os desequilíbrios que detonaram a crise de 2001. Mas os argentinos já superaram a uns dois anos o padrão que eles tinham no fim da década de 1990.

O PIB per capita real (i.e., corrigido pela Paridade do Poder de Compra) deles é dois terços maior que o brasileiro (US$15.000 contra US$9.000, dados estimados pelo Banco Mundial para 2006) enquanto o PIB per capita nominal deles (i.e., convertido pela taxa de câmbio média do período) é igual ao brasileiro (+- US$5.700).

A primeira medida (PIB per capita real) me permite dizer que eles tem mais grana que o Brasil ou qualquer outra nação sul-americana (Chile inclusive) para manter tropas bem treinadas e pagas. Já a segunda medida me diz que o poder de compra deles de equipamentos militares é equivalente ao brasileiro, logo se nós podemos pensar em equipamentos modernos eles também podem (obviamente que proporcionalmente, i.e., se compramos 100 unidades de algo, eles podem comprar +- 20 unidades com o mesmo investimento como proporção do PIB nominal).

Isso me leva a concluir que o eventual sucateamento das forças armadas argentinas reflete muito mais uma opção política do que uma imposição das condições econômicas.

Abs

Arthur



Mas faça a mesma comparação com o Brasil em 1970, 1960 e 1950. Ao contrário do Brasil, a Argentina vem andando para trás. Algo que as análises frias de PIB per capta não deixam mostrar, é a concentração de riqueza na Argentina, um país que não tinha miseráveis, favelas e moradores de rua em 1970. E agora?

É natural que os Argentinos culpem os militares, porque foram eles é que começaram este processo caranguejo, fabricando, inclusive, uma Guerra. Deste ponto de vista, os governo militares do Brasil e da Argentina foram oposto.

Ademais, o processo de desindustrialização na Argentina foi brutal, somando-se a desnacionalização das poucas que restaram. O Estado Argentino também foi levado a falência, a ponto de não ter como pagar seus funcionário públicos. Existiu um corrida bancária, um default das dívidas. Ainda hoje, o Estado Argentino não tem como fazer investimento, as reservas são pequenas, a pauta de exportação restrita a produtos da agro-industria. Algo bem diverso de 1970.

Por sinal, se formos buscar a década de 1950, a Argentina poderia ser comparada a Suécia, em máteria de PIB per capta e nível de vida da população. Já hoje.

Bem ou mal, o Brasil sempre foi melhorando seus indicadores, deve ser muito duro para um País andar para trás, acho mesmo que não existe espaço no Brasil para tal coisa. Não podemos de nos dar este luxo, de voltarmos no tempo. :wink:

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robonluis
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#98 Mensagem por robonluis » Seg Out 08, 2007 12:10 pm

imaginem senhores um piloto voar em um "caça" deste, no link abaixo. Nem os F-103 que estavam na BANT, nos portões abertos, estão deste jeito kk
http://www.saorbats.com.ar/GaleriaSaorb ... 5_JPG.html




Arthur
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#99 Mensagem por Arthur » Seg Out 08, 2007 2:08 pm

PRick escreveu:Mas faça a mesma comparação com o Brasil em 1970, 1960 e 1950. Ao contrário do Brasil, a Argentina vem andando para trás. Algo que as análises frias de PIB per capta não deixam mostrar, é a concentração de riqueza na Argentina, um país que não tinha miseráveis, favelas e moradores de rua em 1970. E agora?

É natural que os Argentinos culpem os militares, porque foram eles é que começaram este processo caranguejo, fabricando, inclusive, uma Guerra. Deste ponto de vista, os governo militares do Brasil e da Argentina foram oposto.

Ademais, o processo de desindustrialização na Argentina foi brutal, somando-se a desnacionalização das poucas que restaram. O Estado Argentino também foi levado a falência, a ponto de não ter como pagar seus funcionário públicos. Existiu um corrida bancária, um default das dívidas. Ainda hoje, o Estado Argentino não tem como fazer investimento, as reservas são pequenas, a pauta de exportação restrita a produtos da agro-industria. Algo bem diverso de 1970.

Por sinal, se formos buscar a década de 1950, a Argentina poderia ser comparada a Suécia, em máteria de PIB per capta e nível de vida da população. Já hoje.

Bem ou mal, o Brasil sempre foi melhorando seus indicadores, deve ser muito duro para um País andar para trás, acho mesmo que não existe espaço no Brasil para tal coisa. Não podemos de nos dar este luxo, de voltarmos no tempo. :wink:

[ ]´s


Não deixo de concordar com você em vários pontos.

Meu argumento refere-se a temática desse tópico, ou seja, a quase falência vivida pelas Forças Armadas argentinas.

E sobre esse tema, minha opinião é que economicamente não há nada que me indique que a Argentina não tem condições de manter Forças Armadas tão bem treinadas e equipadas quanto a dos demais países sul-americanos (ex: Brasil, Chile, Colômbia, Peru, etc).

Assim, creio que a decisão de praticamente não ter Forças Armadas modernas é fruto de uma decisão política.

Não entro no mérito de tal decisão. Talvez não seja legítimo reequipar Forças Armadas que herdam as convicções daqueles que promoveram a catástrofe (humanística, econômica e estratégica) que foi a ditadura militar Argentina (1977-1984). Talvez seja mais certo promover (ou esperar) que a cultura militar mude, que os atuais generais (na época já oficiais) que participaram do regime saiam de cena para iniciar um processo de reequipamento. Ou mesmo, talvez a Argentina tenha simplesmente outras prioridades de investimento estatal que não incluem a revitalização de suas Forças Armadas.

O que digo apenas é que isso tudo são decisões políticas e não imposições de uma situação econômica de penúria, pois tal situação de penúria simplesmente inexiste.

A Argentina pode não ser uma maravilha mas opera com indicadores fiscais (dívida e resultado primário) razoáveis, balanço de pagamentos saudável e crescimento forte. Ademais, possui uma população com razoável poder de compra e com acesso a educação e saúde relativamente bons para padrões latino-americanos.

Daí concluo que:
i) O estado argentino não está falido, suas receitas não estão decrescendo e a base (população com renda) para ser tributada e financiar investimentos militares é razoável para padrões latino-americanos;
ii) O estado argentino não precisa fazer investimentos mais vultosos em educação e saúde do que qualquer outro estado latino-americano, logo isso não 'esvazia' o espaço para investimentos militares em comparação aos demais países da região;
iii) A Argentina tem capacidade de gerar dólares para pagar importações de equipamentos militares (apesar de isso não ser um grande problema atualmente quando se refere a equipamentos novos devido aos offsets oferecidos).

Abs

Arthur




AlbertoRJ
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#100 Mensagem por AlbertoRJ » Seg Out 08, 2007 2:12 pm

Arthur, normalmente as compras militares são realizadas através de créditos externos, não? Não haveria hoje um grave problema para a obtenção de créditos por parte do governo argentino?

[]'s




Alberto -
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#101 Mensagem por pafuncio » Seg Out 08, 2007 2:24 pm

Naqueles "loucos anos da década de ´20", havia um provérbio francês: "rico como um argentino".

Mansões e casarões em Paris pertenciam a magnatas argentinos, essa singular terra: descoberta por espanhóis, colonizada por italianos e que se acham ingleses (Júliio Cortázar, se não me engano).

Quanto à parte econômica, não posso dizer muita coisa. Mas parece-me que Kirchner (e sua coxuda companheira, futura mandatária) são revanchistas quanto às Forças Armadas, eco talvez das suas contestações setenteiras.

Nossas reclamações, por exemplo, chegam a ser soberbas, perto do que se fala no http://www.zonamilitar.com.ar. E para aqueles com a alta-estima derrubada, creio que a maioria dos elogios dos hermanos se dirigem ao Brasil, mui mais do que ao vizinho transandino. Deve ser a inveja da filoxera ...

:wink: 8-]




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
PRick

#102 Mensagem por PRick » Seg Out 08, 2007 3:10 pm

projeto escreveu:Arthur, normalmente as compras militares são realizadas através de créditos externos, não? Não haveria hoje um grave problema para a obtenção de créditos por parte do governo argentino?

[]'s


Este é o problema, a Argentina está com pouco espaço para comprar em moeda forte, tem reservas baixas, e a moratória da dívida limitou muito a capacidade de endividamento. Mesmo com o peso 3 por dólar, as balança comercial está caindo e os saldos estão na casa de 500 milhões de dólares mensais, atualmente, é algo baixo para as necessidades da Argentina no momento.

[ ]´s




PRick

#103 Mensagem por PRick » Seg Out 08, 2007 3:31 pm

Arthur escreveu:
PRick escreveu:Mas faça a mesma comparação com o Brasil em 1970, 1960 e 1950. Ao contrário do Brasil, a Argentina vem andando para trás. Algo que as análises frias de PIB per capta não deixam mostrar, é a concentração de riqueza na Argentina, um país que não tinha miseráveis, favelas e moradores de rua em 1970. E agora?

É natural que os Argentinos culpem os militares, porque foram eles é que começaram este processo caranguejo, fabricando, inclusive, uma Guerra. Deste ponto de vista, os governo militares do Brasil e da Argentina foram oposto.

Ademais, o processo de desindustrialização na Argentina foi brutal, somando-se a desnacionalização das poucas que restaram. O Estado Argentino também foi levado a falência, a ponto de não ter como pagar seus funcionário públicos. Existiu um corrida bancária, um default das dívidas. Ainda hoje, o Estado Argentino não tem como fazer investimento, as reservas são pequenas, a pauta de exportação restrita a produtos da agro-industria. Algo bem diverso de 1970.

Por sinal, se formos buscar a década de 1950, a Argentina poderia ser comparada a Suécia, em máteria de PIB per capta e nível de vida da população. Já hoje.

Bem ou mal, o Brasil sempre foi melhorando seus indicadores, deve ser muito duro para um País andar para trás, acho mesmo que não existe espaço no Brasil para tal coisa. Não podemos de nos dar este luxo, de voltarmos no tempo. :wink:

[ ]´s


Não deixo de concordar com você em vários pontos.

Meu argumento refere-se a temática desse tópico, ou seja, a quase falência vivida pelas Forças Armadas argentinas.

E sobre esse tema, minha opinião é que economicamente não há nada que me indique que a Argentina não tem condições de manter Forças Armadas tão bem treinadas e equipadas quanto a dos demais países sul-americanos (ex: Brasil, Chile, Colômbia, Peru, etc).

Assim, creio que a decisão de praticamente não ter Forças Armadas modernas é fruto de uma decisão política.

Não entro no mérito de tal decisão. Talvez não seja legítimo reequipar Forças Armadas que herdam as convicções daqueles que promoveram a catástrofe (humanística, econômica e estratégica) que foi a ditadura militar Argentina (1977-1984). Talvez seja mais certo promover (ou esperar) que a cultura militar mude, que os atuais generais (na época já oficiais) que participaram do regime saiam de cena para iniciar um processo de reequipamento. Ou mesmo, talvez a Argentina tenha simplesmente outras prioridades de investimento estatal que não incluem a revitalização de suas Forças Armadas.

O que digo apenas é que isso tudo são decisões políticas e não imposições de uma situação econômica de penúria, pois tal situação de penúria simplesmente inexiste.

A Argentina pode não ser uma maravilha mas opera com indicadores fiscais (dívida e resultado primário) razoáveis, balanço de pagamentos saudável e crescimento forte. Ademais, possui uma população com razoável poder de compra e com acesso a educação e saúde relativamente bons para padrões latino-americanos.

Daí concluo que:
i) O estado argentino não está falido, suas receitas não estão decrescendo e a base (população com renda) para ser tributada e financiar investimentos militares é razoável para padrões latino-americanos;
ii) O estado argentino não precisa fazer investimentos mais vultosos em educação e saúde do que qualquer outro estado latino-americano, logo isso não 'esvazia' o espaço para investimentos militares em comparação aos demais países da região;
iii) A Argentina tem capacidade de gerar dólares para pagar importações de equipamentos militares (apesar de isso não ser um grande problema atualmente quando se refere a equipamentos novos devido aos offsets oferecidos).

Abs

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Como falei na outra msg, o problema está no seu ponto(iii), hoje a Argentina tem necessidades de dólares, e fica díficil justificar compras vultosas em armamento importado. Como é o caso da Força Aérea, seria necessário importar caças. Veja que bem ou mal estão investindo no Pampa, um avião de fabricação nacional.

Podemos falar em off-set´s, mas para material usado fica complicado, eles são comprados em dólar, em alguns casos à vista. Poderiam contar com a boa vontade do Governo Bush, porém, dentro do quadro atual é pouco provável que as duas partes façam compras por FMS ou a fundo perdido nos EUA. Que o outro país seria capaz de distribuir bondades bélicas? Russos e Franceses vendem, até usados, mas só vendem, nada de doações.

A Argentina ficou numa situação muito parecida com o Brasil, não existe justificativa externa para compras de armas, somente se encararmos elas como desenvolvimento local. Porque, existe a percepção de outras prioridades na maior parte da população.

Hoje, a Argentina está com sua infra-estrutura estagnada, não vai receber invetimentos externos para ela, por conta do que ocorreu. Caberia então ao Estado Argentino investir nela, mas hoje não existe recursos para tal, o Estado pode não estar fálido, porém, não tem qualquer condição de prover o que a economia da Argentina precisa, investimento pesado em infra-estrutura para bancar a retomada do crescimento econômico.

Como os militares estão em baixa por lá, ficam em último nas prioridades de investimento. Não posso considerar isto perseguição. 8-]

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#104 Mensagem por trabuco » Seg Out 08, 2007 7:32 pm

robonluis escreveu:imaginem senhores um piloto voar em um "caça" deste, no link abaixo. Nem os F-103 que estavam na BANT, nos portões abertos, estão deste jeito kk
http://www.saorbats.com.ar/GaleriaSaorb ... 5_JPG.html


:shock:

Triste isso...

A propósito, que missel é esse?




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#105 Mensagem por Alitson » Seg Out 08, 2007 7:52 pm

trabuco escreveu:
robonluis escreveu:imaginem senhores um piloto voar em um "caça" deste, no link abaixo. Nem os F-103 que estavam na BANT, nos portões abertos, estão deste jeito kk
http://www.saorbats.com.ar/GaleriaSaorb ... 5_JPG.html


:shock:

Triste isso...

A propósito, que missel é esse?


Magic Mk. I ou Magic I...

[]s :wink:




A&K M249 MK.I
G&P M4 CARBINE V5
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G&P M16A3+M203
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