Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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orestespf
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#676 Mensagem por orestespf » Qua Out 03, 2007 9:40 am

Vou tocar em um ponto que parece que passou batido por alguns membros do DB. O Marino disse em um de seus posts algo revelador: quando se "aposenta" um navio o valor que era gasto com ele é imediatamente cortado do orçamento da MB. Isto é revelador e ao mesmo tempo sério.

Muitos ficam achando que se retirar o A-12 do "inventário da MB" sobrará mais grana para se gastar nos demais meios, tornando-os mais eficientes ou para comprar novos navios. Um erro! Será uma baita grana que a MB vai deixar de contar, além de perder conhecimentos neste tipo de embarcação e suas funções (estou sendo intencionalmente simplista).

O raciocínio dos últimos governos parece ser assim: se não se opera certos navios, então não precisa de grana pra ele, se ele deixa de existir, a MB não precisa deste dinheiro também.

Ou seja, quanto mais se corta embarcações, mais se corta o orçamento. O orçamento de cada força é dividido em rubricas específicas. No caso da MB, cada embarcação tem sua rubrica específica. Com a "morte" de uma delas, as demais não recebem "pensão", ou seja, não existe transferência de rubricas. Morreu, então acabou.

Sabendo disso, a MB faz o possível e o impossível para não "encostar" nada, na esperança que o cenário mude algum dia. A grosso modo, é a luta pela sobrevivência.

Se as pessoas torcem pela MB, continuem torcendo pela saúde da mesma. Se "algo" morrer ou for encostado não haverá pensão ou aposentadoria por invalidez. Por isso o CM está fazendo sua peregrinação pelos principais "hospitais e clínicas" (senado, mídia, etc.) deste país.


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#677 Mensagem por J.Ricardo » Qua Out 03, 2007 10:01 am

De minha opinião não deveriam ter comprado (PA SP), foi um erro, deveriam sim ter injetado mais grana na aquisição (construção) de SUBs modernos (principalmente o SNA), estes sim fazem a diferença no Atlântico Sul, mas eu penso assim, a marinha não, então paciência, pq as FA estão "cagando" para o que eu acho ou deixo de achar! Justamente por isso eu deixei a muito tempo de "esquentar" a cabeça com algo que eu não posso interferir! Me limito as vezes em que há alguma votação no Congresso a respeito das FA (e outros assuntos relevantes) a enviar e-mail para alguns parlamentares, principalmente para o parlamentar que eu ajudei a colocar no Congresso, aconselho a TODOS aqui a fazerem o mesmo! :wink:

Para conseguir o e-mail de "seu" parlamentar acesse: http://www.congresso.gov.br , isso claro se o forista que ler essa mensagem não tenha votado no Clodovil, Marcos Brasil e mais um monte de aventureiros, se votou, é mais um daqueles que fazem parte do problema e não da solução!!!




Editado pela última vez por J.Ricardo em Qui Out 04, 2007 7:58 am, em um total de 1 vez.
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#678 Mensagem por Brigadeiro » Qua Out 03, 2007 11:02 am

orestespf escreveu:Vou tocar em um ponto que parece que passou batido por alguns membros do DB. O Marino disse em um de seus posts algo revelador: quando se "aposenta" um navio o valor que era gasto com ele é imediatamente cortado do orçamento da MB. Isto é revelador e ao mesmo tempo sério.

Muitos ficam achando que se retirar o A-12 do "inventário da MB" sobrará mais grana para se gastar nos demais meios, tornando-os mais eficientes ou para comprar novos navios. Um erro! Será uma baita grana que a MB vai deixar de contar, além de perder conhecimentos neste tipo de embarcação e suas funções (estou sendo intencionalmente simplista).

O raciocínio dos últimos governos parece ser assim: se não se opera certos navios, então não precisa de grana pra ele, se ele deixa de existir, a MB não precisa deste dinheiro também.

Ou seja, quanto mais se corta embarcações, mais se corta o orçamento. O orçamento de cada força é dividido em rubricas específicas. No caso da MB, cada embarcação tem sua rubrica específica. Com a "morte" de uma delas, as demais não recebem "pensão", ou seja, não existe transferência de rubricas. Morreu, então acabou.

Sabendo disso, a MB faz o possível e o impossível para não "encostar" nada, na esperança que o cenário mude algum dia. A grosso modo, é a luta pela sobrevivência.

Se as pessoas torcem pela MB, continuem torcendo pela saúde da mesma. Se "algo" morrer ou for encostado não haverá pensão ou aposentadoria por invalidez. Por isso o CM está fazendo sua peregrinação pelos principais "hospitais e clínicas" (senado, mídia, etc.) deste país.


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Orestes


Orestes, creio que a maioria do pessoal não conhece de orçamento público, por isso opinam acreditando que realmente a verba destinada para o NAe São Paulo seria realocada para os outros meios. Eu trabalho na área de orçamento da PBH e sei bem o que é isso.
O pessoal acha que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão deposita todo o dinheiro da conta da MB e ela faz o que quer e isso tá muuuuuuuuuito longe de acontecer. Cada despesa é dividida e muito bem classificada, para que eles tenham controle de quanto cada órgão recebe e para onde vai cada tostão. Por exemplo: Se a MB compra um navio novo, como é uma despesa já esperada, o ministério aloca para esse meio, um valor X que será repassado durante o ano e a evolução de sua despesa é acompanhada durante os anos que se passarem, para eles terem uma média de quanto se gasta para operá-lo. Se por um acaso, o gasto para o navio aumentar e, acompanhando a despesa, houve uma variação enorme entre um exercício e outro, por questões óbvias eles não liberam esse valor, permanecendo o valor X que já era depositado em exercícios anteriores. Se caso a MB der baixa ao navio, aquela classificação some e o valor antes repassado a ela, vai ser destinada a outro órgão, não sendo repassado para os outros navios ou para cobrir outras despesas da Marinha, pois o raciocínio é esse - "Se a MB tirou um navio de operação, é uma despesa a menos, então, ela não ela não precisa mais desse repasse!"... E a verba vai preencher a dotação de outro órgão.

Não sei se fui claro, mesmo porque isso é um pouco difícil de explicar através da escrita. Mas é mais ou menos isso que acontece... Se o SP sair, a verba destinada a ele vai para outro lugar e o orçamento destinada à Marinha terá um valor subtraído no exercício posterior...

Até mais!




Thiago
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#679 Mensagem por J.Ricardo » Qua Out 03, 2007 11:05 am

Brigadeiro, obrigado pela explicação, mas neste contexto em que vc diz, como funciona então as compras de oportunidades?




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#680 Mensagem por orestespf » Qua Out 03, 2007 11:39 am

Brigadeiro escreveu:
orestespf escreveu:Vou tocar em um ponto que parece que passou batido por alguns membros do DB. O Marino disse em um de seus posts algo revelador: quando se "aposenta" um navio o valor que era gasto com ele é imediatamente cortado do orçamento da MB. Isto é revelador e ao mesmo tempo sério.

Muitos ficam achando que se retirar o A-12 do "inventário da MB" sobrará mais grana para se gastar nos demais meios, tornando-os mais eficientes ou para comprar novos navios. Um erro! Será uma baita grana que a MB vai deixar de contar, além de perder conhecimentos neste tipo de embarcação e suas funções (estou sendo intencionalmente simplista).

O raciocínio dos últimos governos parece ser assim: se não se opera certos navios, então não precisa de grana pra ele, se ele deixa de existir, a MB não precisa deste dinheiro também.

Ou seja, quanto mais se corta embarcações, mais se corta o orçamento. O orçamento de cada força é dividido em rubricas específicas. No caso da MB, cada embarcação tem sua rubrica específica. Com a "morte" de uma delas, as demais não recebem "pensão", ou seja, não existe transferência de rubricas. Morreu, então acabou.

Sabendo disso, a MB faz o possível e o impossível para não "encostar" nada, na esperança que o cenário mude algum dia. A grosso modo, é a luta pela sobrevivência.

Se as pessoas torcem pela MB, continuem torcendo pela saúde da mesma. Se "algo" morrer ou for encostado não haverá pensão ou aposentadoria por invalidez. Por isso o CM está fazendo sua peregrinação pelos principais "hospitais e clínicas" (senado, mídia, etc.) deste país.


Sds,

Orestes


Orestes, creio que a maioria do pessoal não conhece de orçamento público, por isso opinam acreditando que realmente a verba destinada para o NAe São Paulo seria realocada para os outros meios. Eu trabalho na área de orçamento da PBH e sei bem o que é isso.
O pessoal acha que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão deposita todo o dinheiro da conta da MB e ela faz o que quer e isso tá muuuuuuuuuito longe de acontecer. Cada despesa é dividida e muito bem classificada, para que eles tenham controle de quanto cada órgão recebe e para onde vai cada tostão. Por exemplo: Se a MB compra um navio novo, como é uma despesa já esperada, o ministério aloca para esse meio, um valor X que será repassado durante o ano e a evolução de sua despesa é acompanhada durante os anos que se passarem, para eles terem uma média de quanto se gasta para operá-lo. Se por um acaso, o gasto para o navio aumentar e, acompanhando a despesa, houve uma variação enorme entre um exercício e outro, por questões óbvias eles não liberam esse valor, permanecendo o valor X que já era depositado em exercícios anteriores. Se caso a MB der baixa ao navio, aquela classificação some e o valor antes repassado a ela, vai ser destinada a outro órgão, não sendo repassado para os outros navios ou para cobrir outras despesas da Marinha, pois o raciocínio é esse - "Se a MB tirou um navio de operação, é uma despesa a menos, então, ela não ela não precisa mais desse repasse!"... E a verba vai preencher a dotação de outro órgão.

Não sei se fui claro, mesmo porque isso é um pouco difícil de explicar através da escrita. Mas é mais ou menos isso que acontece... Se o SP sair, a verba destinada a ele vai para outro lugar e o orçamento destinada à Marinha terá um valor subtraído no exercício posterior...

Até mais!


Ótimos esclarecimentos Brigadeiro, foi muito claro sim. Talvez agora alguns colegas nossos possam compreender melhor o que se passa nas forças armadas e em particular, na MB. Talvez tirem da cabeça essa idéia de sumir com o São Paulo. Talvez entendam que é melhor tê-lo sem vetores de asas fixas por um tempo do que não tê-lo.

E mais, a MB recebe um orçamento específico para manter os A-4. Retirá-los de operação de uma vez, significa não contar com recursos para novos vetores que forem adquiridos no futuro. Isto é um grande quebra-cabeças, ou seja, se quiser manter vetores de asas fixas, primeiro deve conseguir recursos extras para tal e tentar (digo, tentar) transferir o orçamento específico dos A-4 para o novo vetor. E isso não é simples e fácil. Por isso as coisas demoram...

Abraços,

Orestes




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#681 Mensagem por Brigadeiro » Qua Out 03, 2007 12:44 pm

J.Ricardo escreveu:Brigadeiro, obrigado pela explicação, mas neste contexto em que vc diz, como funciona então as compras de oportunidades?


Tudo bem, J.Ricardo!

No caso de compras de oportunidade, eu não sei bem explicar como acontece, uma vez que isso é algo incomum na esfera municipal (pelo menos eu nunca vi algo do gênero). Nesse caso, a Marinha deve ter um orçamento específico para compras de oportunidade e também deve acompanhar a vida de cada navio, para ter uma previsão de quando será a sua baixa e, quando isso ocorrer, ter algo no bolso para negociar (lembrando que nem sempre um negócio fechando hoje será pago amanhã)...

Até mais!




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#682 Mensagem por WalterGaudério » Qua Out 03, 2007 1:01 pm

Brigadeiro escreveu:
J.Ricardo escreveu:Brigadeiro, obrigado pela explicação, mas neste contexto em que vc diz, como funciona então as compras de oportunidades?


Tudo bem, J.Ricardo!

No caso de compras de oportunidade, eu não sei bem explicar como acontece, uma vez que isso é algo incomum na esfera municipal (pelo menos eu nunca vi algo do gênero). Nesse caso, a Marinha deve ter um orçamento específico para compras de oportunidade e também deve acompanhar a vida de cada navio, para ter uma previsão de quando será a sua baixa e, quando isso ocorrer, ter algo no bolso para negociar (lembrando que nem sempre um negócio fechando hoje será pago amanhã)...

Até mais!


Verba suplementar ao orçamento.

sds

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Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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#683 Mensagem por Brigadeiro » Qua Out 03, 2007 1:10 pm

orestespf escreveu:Ótimos esclarecimentos Brigadeiro, foi muito claro sim. Talvez agora alguns colegas nossos possam compreender melhor o que se passa nas forças armadas e em particular, na MB. Talvez tirem da cabeça essa idéia de sumir com o São Paulo. Talvez entendam que é melhor tê-lo sem vetores de asas fixas por um tempo do que não tê-lo.

E mais, a MB recebe um orçamento específico para manter os A-4. Retirá-los de operação de uma vez, significa não contar com recursos para novos vetores que forem adquiridos no futuro. Isto é um grande quebra-cabeças, ou seja, se quiser manter vetores de asas fixas, primeiro deve conseguir recursos extras para tal e tentar (digo, tentar) transferir o orçamento específico dos A-4 para o novo vetor. E isso não é simples e fácil. Por isso as coisas demoram...

Abraços,

Orestes


Você tem toda razão! Se tirar o tirá-los, a MB perderá o bonde e aí... Ele não volta mais! Ou vocês acham que a Argentina não comprou mais um PA porque não quis? Tente convencer o Congresso a fazer uma compra de um navio de algumas centenas de milhões de dólares e uma suplementação para os próximos anos a fim mantê-lo... Ainda mais num país onde a verba está onde o voto é certo... :roll:
A MB teve uma oportunidade de ouro para comprar um PA e não perdeu tempo... Agora é manter o que tem (nem que seja no mínimo) até convencer outros a operá-lo de uma forma menos restrita.

Até mais!




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#684 Mensagem por Brigadeiro » Qua Out 03, 2007 1:11 pm

cicloneprojekt escreveu:
Brigadeiro escreveu:
J.Ricardo escreveu:Brigadeiro, obrigado pela explicação, mas neste contexto em que vc diz, como funciona então as compras de oportunidades?


Tudo bem, J.Ricardo!

No caso de compras de oportunidade, eu não sei bem explicar como acontece, uma vez que isso é algo incomum na esfera municipal (pelo menos eu nunca vi algo do gênero). Nesse caso, a Marinha deve ter um orçamento específico para compras de oportunidade e também deve acompanhar a vida de cada navio, para ter uma previsão de quando será a sua baixa e, quando isso ocorrer, ter algo no bolso para negociar (lembrando que nem sempre um negócio fechando hoje será pago amanhã)...

Até mais!


Verba suplementar ao orçamento.

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Obrigado, Walter... Mas essa suplementação vem através de Lei ou remanejamento?

Até mais!




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#685 Mensagem por A-29 » Qua Out 03, 2007 4:17 pm

Os colegas que me desculpem, mas essa história de ficar com navios com pouca ou nenhuma capacidade militar só pra não perder verba é premiar a ineficiência. Quer dizer que se a vaca dá pouco leite a solução é ter mais vacas que dão pouco leite em vez de aumentar a produtividade?

Nada impede que a rubrica orçamentária de um navio receba mais recursos que no ano anterior, desde que isso seja justificado e existam recursos disponíveis. A manutenção de meios sem valor militar com o objetivo de não perder verbas é incorreto, pois desrespeita o princípio da eficiência e, principalmente, o contribuinte. E mais, quando isso é utilizado como artifício para alocar recursos em outras áreas, incorre-se em ilegalidade grave.

Nós temos o sério defeito de achar que a MB é um exemplo inatacável de competência, enquanto o executivo é um antro de perdição que propositalmente faz o máximo para acabar com as forças armadas. Todos os órgãos públicos, militares inclusive, têm seus pontos fortes e fracos, seus núcleos de excelência e gargalos de ineficiência.

Se a MB quer aplicar as verbas que tem de outra maneira, deve seguir os caminhos legais para isso em vez de se utilizar de artifícios.

Especificamente quanto ao São Paulo, não sou contra o navio, mas inegavelmente a MB gastou e gasta uma fortuna nele, sem que se tenha agregado um pingo de capacidade militar à força, e no final das contas é isso que conta. Torço para que os gastos já realizados tenham consequência positiva no futuro, pois até o presente...




PRick

#686 Mensagem por PRick » Qua Out 03, 2007 4:39 pm

Brigadeiro escreveu:
cicloneprojekt escreveu:
Brigadeiro escreveu:
J.Ricardo escreveu:Brigadeiro, obrigado pela explicação, mas neste contexto em que vc diz, como funciona então as compras de oportunidades?


Tudo bem, J.Ricardo!

No caso de compras de oportunidade, eu não sei bem explicar como acontece, uma vez que isso é algo incomum na esfera municipal (pelo menos eu nunca vi algo do gênero). Nesse caso, a Marinha deve ter um orçamento específico para compras de oportunidade e também deve acompanhar a vida de cada navio, para ter uma previsão de quando será a sua baixa e, quando isso ocorrer, ter algo no bolso para negociar (lembrando que nem sempre um negócio fechando hoje será pago amanhã)...

Até mais!


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Obrigado, Walter... Mas essa suplementação vem através de Lei ou remanejamento?

Até mais!


Pela Lei 4.320/64 e a CF 1988 art. 167, inciso V e §§ 2 e 3, existem 03 tipos de Créditos Suplementares:

1- O Suplementar - Reforço do Orçamento, de uma rúbrica já existente, ele feito através de um Decreto Presidencial;

2- O Especial - Atender a programas não incluídos no Orçamento, autorizado atráves de lei especial;

3- Extraordinários - Atender a despesas imprevisíveis e urgentes, autorizado por Medida Provisória.

Portando, o Orçamento não é uma Lei fechada e imutável pode ser mudado mediante vários dispositivos legais e mesmo pelo descontigenciamento. Tudo depende da Arrecadação Fiscal. :wink:

[ ]´s




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#687 Mensagem por Mapinguari » Qua Out 03, 2007 5:54 pm

Brigadeiro escreveu:
cicloneprojekt escreveu:
Brigadeiro escreveu:
J.Ricardo escreveu:Brigadeiro, obrigado pela explicação, mas neste contexto em que vc diz, como funciona então as compras de oportunidades?


Tudo bem, J.Ricardo!

No caso de compras de oportunidade, eu não sei bem explicar como acontece, uma vez que isso é algo incomum na esfera municipal (pelo menos eu nunca vi algo do gênero). Nesse caso, a Marinha deve ter um orçamento específico para compras de oportunidade e também deve acompanhar a vida de cada navio, para ter uma previsão de quando será a sua baixa e, quando isso ocorrer, ter algo no bolso para negociar (lembrando que nem sempre um negócio fechando hoje será pago amanhã)...

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Obrigado, Walter... Mas essa suplementação vem através de Lei ou remanejamento?

Até mais!


Às vezes de um meio, às vezes de outro meio. É preciso ter em mente que a MB é uma instituição que tem crédito nos meios navais. Quando ela negocia a aquisição de um meio por compra de oportunidade, como foi a compra do São Paulo, por US$ 12 milhões, ela paga muita vezes não à vista, mas em parcelas. O São Paulo saiu mais barato do que foi divulgado, pois o preço foi colocado em francos e, antes de a MB pagar a primeira parcela, convertida em dólares, este sofreu uma valorização perante o franco. Com isso, menos dólares foram necessários pra pagar a conta em francos. Ainda no caso do São Paulo, o valor necessário ao pagamento foi movido do próprio orçamento. No caso dos Skayhawk, pelo o que lembro, houve uma suplementação de orçamento. O FHC, presidente na época, assinou um decreto liberando a grana, baseado na exposição de motivos da MB. Foram cerca de US$ 90 milhões pelos 23 aviões, sobressalentes e ainda 200 mísseis AIM-9J, que estavam ainda válidos, mas como os motores perto do fim de vida útil. A MB disparou alguns mísseis logo que os aviões chegaram e, depois, foi assinado um contrato com a Avibrás e com a Mectron, para a revalidação dos motores dos mísseis restantes.




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#688 Mensagem por Zepa » Qua Out 03, 2007 6:13 pm

Boa noite a todos

Alguns reclamam da Marinha ter adquirido o São Paulo. Se não comprasse ele, por esse preço, na minha humilde opinião uma pechinca, hoje estariam reclamando a oportunidade perdida.
Abs.

Zepa.




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#689 Mensagem por Glauber Prestes » Qua Out 03, 2007 6:21 pm

Acreditem, o SP não é um problema, é "uma" solução... o problema é que hoje em dia, fica difícil operar os Skyhawks por falta de verbas... Sou a favor da operação do SP, e da vinda de um vetor novo, ou modernização dos falcões.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.

Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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#690 Mensagem por J.Ricardo » Qui Out 04, 2007 8:04 am

Como disse anteriormente, eu não gostei, mas esse é minha opinião, ma já que comprasmos, seria uma bela vista vendo-o navegando com todos os falcões operando nele e não somente dois perdidos naquela imensidão de navio!




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