O QUE VOCÊ QUER PARA O BRASIL?

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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helder
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O QUE VOCÊ QUER PARA O BRASIL?

#1 Mensagem por helder » Dom Set 23, 2007 6:41 pm

Comprar armas é, no máximo, um mal necessário.
Fabricar armas é um excelente negócio.
Espero que ao Brasil seja reservado algo bem mais ambicioso do que ser um mero País comprador de armas.
Espero bem mais do que uma simples compra de uns 36 aviões novos.
Não ficaria satisfeito com isto.
Acompanho e entendo a ansiedade pela aquisição, mas não invejo nenhum país da América do Sul.
Consideremos Chile e Venezuela, que fizeram as mais recentes aquisições.
O Chile é um país arrumadinho, que parece ser um bom lugar para viver, com as instituições funcionando. É isto o que importa e fico feliz pelos chilenos, que podem se orgulhar de seu país. Mas é o Chile - sem nenhum demérito nesta afirmação.
A Venezuela é um País um pouco mais complicado.
Tem, para o bem e para o mal, tudo o que o petróleo traz.
Quem nunca viu, que assista ao documentário “A revolução não será televisionada”, daqueles irlandeses que estavam no Palácio Miraflores na ocasião do Golpe contra o Chaves (tá no You Tube).
Verá que ele (Chaves) tem lá suas razões.
Chaves pode ser bom ou mal (para eles venezuelanos), não sei. Problema lá deles. Espero que resolvam para o próprio bem deles.
Mas é preciso deixar claro que Chaves é um fenômeno da Venezuela, inconcebível no Brasil de hoje.
O Brasil é um país totalmente diferente, uma sociedade muito mais complexa, com uma economia capitalista diversificada, economia de mercado.
Chaves nasceu e chegou ao poder na Venezuela, não no Brasil.
Um “Chaves” não seria viável politicamente no Brasil de hoje.
Como relacionar com ele?
Sendo pragmático e defendendo os interesses nacionais.
E, sinceramente, apesar de leigo, mas sem paixões, tendo a considerar que, apesar de nossas forças armadas não corresponderem ao tamanho de nossa economia e de nossas ambições, nenhum país da América do Sul seria páreo para elas (insisto, apesar de “sucateadas”).
Por fim, espero que continuemos consolidando nossas instituições (MP, Receita Federal, PF, Poder Judiciário, Mídia, Exército, Marinha, Aeronáutica, Sociedade Civil, etc).
Elas devem funcionar, independentemente do partido ou coligação que ocupar o Palácio do Planalto.
Espero que tenhamos uma política industrial forte na área militar (pesquisa, tecnologia, produção), empresariado ativo, corpo diplomático atuante, doutrina e instituições militares fortes.
E, apesar de todo o atraso em que estamos nesta seara, isto não pode ser feito por pressão de compra de países vizinhos, mas com a tranqüilidade proporcionada pela própria solidez de nossa economia e maturidade de nossa sociedade, que deve ter consciência de que precisa de instituições militares fortes.
À propósito, não sou militar e tenho esta consciência.
Nem acho que sou um caso isolado.
Afinal, acho que o DB deve estar cheio de torcedores como eu.




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Re: O QUE VOCÊ QUER PARA O BRASIL?

#2 Mensagem por Kratos » Dom Set 23, 2007 6:53 pm

helder escreveu:Mas é preciso deixar claro que Chaves é um fenômeno da Venezuela, inconcebível no Brasil de hoje.


não tenha tanta certeza disso




O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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Degan
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#3 Mensagem por Degan » Dom Set 23, 2007 7:03 pm

Mas é o Chile - sem nenhum demérito nesta afirmação.


:shock: :roll:




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
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#4 Mensagem por talharim » Dom Set 23, 2007 7:13 pm

O Brasil precisa urgentemente comprar material militar estrangeiro pq a situação está crítica.

E depois disso pensar com calma em nacionalização de alguns itens.

---------------------------------------

Comprar armas não é um mal necessário mas sim um bem necessário.Nós somos um país grande e forte devemos impor nossa vontade aos outros países mais fracos.

Eu sonho que um dia nosso país terá seu próprio big stick.




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
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#5 Mensagem por helder » Dom Set 23, 2007 7:15 pm

Degan escreveu:
Mas é o Chile - sem nenhum demérito nesta afirmação.


:shock: :roll:


Quis dizer que são países de dimensões e pretensões bem diferentes. Só isto.




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#6 Mensagem por helder » Dom Set 23, 2007 7:20 pm

[quote="talharim"]O Brasil precisa urgentemente comprar material militar estrangeiro pq a situação está crítica.

E depois disso pensar com calma em nacionalização de alguns itens.



Sem dúvida, e também sonho com isto. Mas não ficaria satisfeito só com isto. Quero algo mais. E este algo mais deve ser uma coisa "natural", uma política não de um governo, mas de uma sociedade madura.




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#7 Mensagem por Degan » Dom Set 23, 2007 7:26 pm

helder escreveu:
Degan escreveu:
Mas é o Chile - sem nenhum demérito nesta afirmação.


:shock: :roll:


Quis dizer que são países de dimensões e pretensões bem diferentes. Só isto.


Amigo:

1) Fabricar armas no es un buen negocio por si mismo...los negocios son buenos cuando se gana dinero.
2) La capacidad de defensa, en tecnología, medios, doctrina, operacionalidad, etc., no depende de si el SdA se fabrica localmente o no.
3) Es muy riesgoso hacer que las FFAA dependan de la fabricación local.
4) Italia, Suecia, Japon, Israel (por ejemplo) son MUCHO más pequeños que Brasil....y no tienen "pretenciones"...SON.

saludos,




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
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#8 Mensagem por Kratos » Dom Set 23, 2007 7:51 pm

Degan escreveu:
Mas é o Chile - sem nenhum demérito nesta afirmação.


:shock: :roll:


Pois é, eu não entendi também, o Chile é um exemplo à ser seguido pelo Brasil.




O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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#9 Mensagem por helder » Dom Set 23, 2007 7:56 pm

Degan escreveu:
helder escreveu:
Degan escreveu:
Mas é o Chile - sem nenhum demérito nesta afirmação.


:shock: :roll:


Quis dizer que são países de dimensões e pretensões bem diferentes. Só isto.


Amigo:

1) Fabricar armas no es un buen negocio por si mismo...los negocios son buenos cuando se gana dinero.
2) La capacidad de defensa, en tecnología, medios, doctrina, operacionalidad, etc., no depende de si el SdA se fabrica localmente o no.
3) Es muy riesgoso hacer que las FFAA dependan de la fabricación local.
4) Italia, Suecia, Japon, Israel (por ejemplo) son MUCHO más pequeños que Brasil....y no tienen "pretenciones"...SON.

saludos,


1) A idéia é justamente ganhar dinheiro fabricando armas. Acho que temos um empresariado (e demais fatores) que nos permitem pensar que isto é viável.
2) Ok, pode ser, mas acho viável produzirmos aqui e é o eu que quero para o meu país (afinal, esta foi a pergunta).
3) Não sei porque seria arriscado. Mas, de qualquer forma, não disse fazer as FFAA depender de produção local.
4) Não entendi esta citação. O Brasil não tem só pretensões. O Brasil é. E é de tal tamanho que nos permite ter certas pretensões que alguns países não podem. Nem Itália, nem Suécia, nem Israel. O Japão não vale (hehehe) porque é um caso à parte (hehehe).
Não sei se você ficou ofendido com a citação que fiz ao Chile, mas ser diferentes não é demérito a ninguém. Nem ser pequeno, como você mesmo demonstrou, ao citar esses países (chilenos, suecos, italianos, israelenses e japoneses devem ser orgulhar de seus países, como eu me orgulho do meu).
Mas Chile é Chile, Suécia é Suécia, Itália é Itália, Brasil é Brasil.
Somos (e temos pretensões) diferentes.




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#10 Mensagem por helder » Dom Set 23, 2007 8:08 pm

Kratos escreveu:
Degan escreveu:
Mas é o Chile - sem nenhum demérito nesta afirmação.


:shock: :roll:


Pois é, eu não entendi também, o Chile é um exemplo à ser seguido pelo Brasil.


O Chile nos dá pelo menos um exemplo a ser seguido.
Se não me engano, um percentual da exportação de cobre é destinado às forças armadas.
O exemplo é, portanto, constância no aporte de recursos.
Obviamente, a forma de se fazer isto deve ser diferente.
Acredito que o cobre deve ser bem representativo no PIB chileno.




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#11 Mensagem por Degan » Dom Set 23, 2007 8:17 pm

1) A idéia é justamente ganhar dinheiro fabricando armas. Acho que temos um empresariado (e demais fatores) que nos permitem pensar que isto é viável.


Los buenos negocios se hacen por si mismos. Las empresa y empresarios privados no pierden oportunidades de hacer buenos negocios, así, si no hacen lo que tú propones es porque no es tan buen negocio....

2) Ok, pode ser, mas acho viável produzirmos aqui e é o eu que quero para o meu país (afinal, esta foi a pergunta).


La “viabilidad” la entregan las ganancias, y si ves el resto de los topic, verás que del estado apenas hay grana para mantener a media marcha los programas establecidos.
Insisto, si es tan buen negocio se estaría exportando y no se dependería de los pedidos locales.

3) Não sei porque seria arriscado. Mas, de qualquer forma, não disse fazer as FFAA depender de produção local.


Es arriesgado por dos factores opuestos:
a) Si el estado entrega poco presupuesto ($$) a las FFAA, entonces las empresas productoras no se desarrollarán bien NUNCA, ni podrán hacer I&D en forma sustentable.
b) Si las FFAA tienen que dar preferencia a la industria local, se producirá el típico efecto de la industria protegida: Productos más caros y de menor calidad.
Cualquiera de estos riesgos termina por perjudicar la defensa del país.
Mi punto es claro, las FFAA deben maximizar sus pocos $$, y las empresas privadas deben ser capaces de subsistir sin ayuda del estado (claro es pura teoría, pero entrega un objetivo de conducta, que al final es positivo).

4) Não entendi esta citação. O Brasil não tem só pretensões. O Brasil é. E é de tal tamanho que nos permite ter certas pretensões que alguns países não podem. Nem Itália, nem Suécia, nem Israel. O Japão não vale (hehehe) porque é um caso à parte (hehehe).


Te aconsejo estudiar más las variables económicas comparativas a nivel regional.

Não sei se você ficou ofendido com a citação que fiz ao Chile, mas ser diferentes não é demérito a ninguém. Nem ser pequeno, como você mesmo demonstrou, ao citar esses países (chilenos, suecos, italianos, israelenses e japoneses devem ser orgulhar de seus países, como eu me orgulho do meu).


No te preocupes, no me ofendí, pero creo que te equivocas en los planteamientos....

Mas Chile é Chile, Suécia é Suécia, Itália é Itália, Brasil é Brasil.
Somos (e temos pretensões) diferentes.


Amigo, creer saber cuales son las “pretensiones” del resto del mundo es estar sesgado.

Saludos,




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#12 Mensagem por Degan » Dom Set 23, 2007 8:20 pm

helder escreveu:
Kratos escreveu:
Degan escreveu:
Mas é o Chile - sem nenhum demérito nesta afirmação.


:shock: :roll:


Pois é, eu não entendi também, o Chile é um exemplo à ser seguido pelo Brasil.


O Chile nos dá pelo menos um exemplo a ser seguido.
Se não me engano, um percentual da exportação de cobre é destinado às forças armadas.
O exemplo é, portanto, constância no aporte de recursos.
Obviamente, a forma de se fazer isto deve ser diferente.
Acredito que o cobre deve ser bem representativo no PIB chileno.


Ejemplo de sesgo en tu opinión.

La "Ley del Cobre" tiene 50 años...la estavilidad económica tiene menos de 30, las FFAA en "buenas condiciones materiales", menos de 15...

Saludos,




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#13 Mensagem por thelmo rodrigues » Dom Set 23, 2007 8:23 pm

helder escreveu:
Degan escreveu:
helder escreveu:
Degan escreveu:
Mas é o Chile - sem nenhum demérito nesta afirmação.


:shock: :roll:


Quis dizer que são países de dimensões e pretensões bem diferentes. Só isto.


Amigo:

1) Fabricar armas no es un buen negocio por si mismo...los negocios son buenos cuando se gana dinero.
2) La capacidad de defensa, en tecnología, medios, doctrina, operacionalidad, etc., no depende de si el SdA se fabrica localmente o no.
3) Es muy riesgoso hacer que las FFAA dependan de la fabricación local.
4) Italia, Suecia, Japon, Israel (por ejemplo) son MUCHO más pequeños que Brasil....y no tienen "pretenciones"...SON.

saludos,


1) A idéia é justamente ganhar dinheiro fabricando armas. Acho que temos um empresariado (e demais fatores) que nos permitem pensar que isto é viável.
2) Ok, pode ser, mas acho viável produzirmos aqui e é o eu que quero para o meu país (afinal, esta foi a pergunta).
3) Não sei porque seria arriscado. Mas, de qualquer forma, não disse fazer as FFAA depender de produção local.
4) Não entendi esta citação. O Brasil não tem só pretensões. O Brasil é. E é de tal tamanho que nos permite ter certas pretensões que alguns países não podem. Nem Itália, nem Suécia, nem Israel. O Japão não vale (hehehe) porque é um caso à parte (hehehe).
Não sei se você ficou ofendido com a citação que fiz ao Chile, mas ser diferentes não é demérito a ninguém. Nem ser pequeno, como você mesmo demonstrou, ao citar esses países (chilenos, suecos, italianos, israelenses e japoneses devem ser orgulhar de seus países, como eu me orgulho do meu).
Mas Chile é Chile, Suécia é Suécia, Itália é Itália, Brasil é Brasil.
Somos (e temos pretensões) diferentes.




Só para complementar: cada um conhece suas potencialidades e possibilidades. Quem nasceu para sardinha nunca vai ser tubarão.




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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#14 Mensagem por Degan » Dom Set 23, 2007 8:29 pm

Así es, el que es mediocre e ignorante, y no aporta nada.....es totalmente superfluo...

:lol: :lol: :lol:




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
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#15 Mensagem por thelmo rodrigues » Dom Set 23, 2007 8:36 pm

Alguns países por mais "arrumadinhos" e "compradores"que sejam nunca vão passar disso: apenas "arrumadinhos" e "compradores". :roll:




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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