VANT (caiu no esquecimento)
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
jp escreveu:повелительница Koslova.
Permita-me assaltar um pouco seus conhecimentos para dirimir algumas dúvidas, se é que a ordem em que apresentá-las estiver correta.
O fato é que fora a barafunda provocada por tudo isto que vc cita, em termos de um planejamento caótico ou enviesado (para usar uma expressão mais eufemistica), em relação ao MAA-1, também não incidiram uma boa dose de "empecílhos" ladinos dos americanos?
Lembro-me que - referindo-me às "cabeas inerciais" - alguns prazos foram exageradamente ultrapassados, tendo, inclusive, acelerado a bancarrota do primeiro fabricante nacional face as primeiras aquisições (dessas partes), feitas à empresas americanas, terem vindo com defeitos absurdos, mas sutis, que inviabilizavam a seqüência de desenvolvimento do projeto.
Tive esta informação a uns 10 anos atrás mas nunca pude confirmar. Soube depois que dai é se começou o diálogo com os sul-africanos, que forneceram algumas peças do tipo.
Isto é vero?
Amigos, me perdôem o off topic mas ñ resisti em perguntar.
Ola JP
Eu vou listar alguns paises,
Irã, Taiwan, África do Sul, Israel.
Duas coisas eles tem em comum.
· Em algum momento sofreram (ou estão sofrendo) boicotes para terem acesso a itens sofisticados, como mísseis por exemplo.
· Nestes paises existem programas locais de fabricação de mísseis em maior ou menor grau de sofisticação, mas programas consistentes!
Os EUA boicotam o Brasil no que tange ao desenvolvimento de mísseis e foguetes?
Boicotam e muito. E não deveria ser diferente, como também boicotariam a Argentina e até mesmo quando Israel quis desenvolver o LAVI, os americanos deram um “chega pra lá” em Tel Aviv.
São só os EUA que boicotam?
De forma alguma, a França, Rússia, China, qualquer pais que tenha um interesse, comercial dou de segurança nacional a preservar.
Se Hugo Chaves compra-se 100 mísseis balísticos Shahab-III com 1500Km de alcance, e seu vizinho Brasil fosse governado por alguma outra cultura política um pouco mais evoluída que esta que nos governa a 25 anos, seguramente o Sr Chaves pelos caminhos diplomáticos e econômicos seria intimidado por seu vizinho e dissuadir da compra.
Isto é a regra do jogo no mundo e não adianta fugir dela, esta historia de pais bonzinho que leva chocolates para a vovozinha só existem nas cartilhas ilustradas do Itamaraty, lá fora o buraco é mais embaixo.
O MAA-1 foi sim boicotado pelos EUA, e foi boicotado com uma força infinitamente menor do que seria se o Brasil fosse um pais em algum lugar realmente “sério” do mundo para a diplomacia americana como leste europeu, Ásia ou oriente médio.
A América Latina é café com leite para os EUA em política externa, para a América Latina são escaladas a segunda e terceira linha da diplomacia americana, e as ações contra programas como o Condor II argentino ou VLS brasileiro são muito, mais muito mais brandas do que seriam se fossem programas Libios ou Sírios por exemplo.
Sobre o MAA-1 é curioso (pra não dizer outra coisa) o Brasil tenha escolhido no final dos anos de 1990 uma empresa americana como fornecedora de sensores de antimoneto de índio, fundamentais para a obtenção da capacidade all aspect de um AAM-IR.
Deu a lógica, os sensores vieram com especificações diferentes daquelas imaginadas.
Vai reclamar que os EUA boicotam ou vai reclamar que a gestão de risco do programa era frágil?
Alguns anos depois, sensores similares são comprados da África do Sul onde são empresados no U-DARTER que ficou pronto em 1997. U-Darter que por sua vez usa os sensores do Python III ligeiramente modificados.
O MAR-1 também teve um arranjo de antenas helicoidais vetado pelo governo americano.
Só os incrédulos acham que seria diferente.
Os EUA não tem obrigação alguma de ajudar pais em desenvolvimento a desenvolver tecnologias militares. E se puderem atrapalhar que atrapalhe. Se eu fosse cidadã americana estaria defendendo que meu governo faça exatamente isto, seja para proteger a segurança interna, seja para não tirar mercado da industria americana.
Se tivéssemos um pouco de brio, não estaríamos culpando o atraso destes programas aos EUA, mas entendendo que em paises que sofreram boicotes, bem mais sérios, o boicote acelerou o desenvolvimento de mísseis no local, no Brasil, o boicote é motivo de desculpa pelos atrasos.
Cara повелительница Koslova.
Obrigado pela educativa e triste (infelizmente) esclarecedora explanação.
Com ela eu consolido uma melnacólica verdade pessoal, de o quanto estamos distantes em promovermos saltos qualitativos em tecnologia. Isto apesar de abnegados, e até heróicos, esforços em segmentos isolados.
Dizer que tudo começa pela base é girarmos 360º, é praticarmos o climax da redundância. Mas, basta dar uma olhadinha naquele livrinho famoso na década de 60 (porque pequeno) "Think Thanks" ("cental de idéias"), para constatarmos em que patamar abissal nos encontramos.
Pior é que a tendência é o continuo agravamento disto tudo, face esta presente chuva de sandices de neo-socialismo natimorto que nos inunda.
Falta-nos pesquisa básica. Esta só pode ser sustentata com política de estado, mas que só pode ser sustentada pelo estado se existir qualificação de pessoal. E para isto, obviamente, é imprescindível que se treine pessoal do mais básico do básico. Ou seja, há que se impor educação, instrução do nível elemntar.
Aqui, em Pindorama (como diria o jornalista Élio Gaspari), se acredita em poder "absorver" tecnologia da mesma forma que se come um fast food (que aliás detém muita tecnologia que não é nossa). Aqui se acredita que produtos que levaram decadas em seus países para serem desenvolvidos serão, pela magia, graça, beleza das nossas praias e das bundas calipígeas das nossas mulatas, além do jeitinho brasileiro é claro, possam ter suas tecnolgias absorvidas com a rapidez e esforço de um flato de pulga.
Por favor, antes das pedradas, reconheço o quanto progredimos em determinados segmentos. Aliás, acho até que progredimos muito além do esperado com nossa estrutura educacional. Mas, pensar que estamos em nível de competir... putz! Nem mesmo conseguimos resolver com que e quando vamos equipar uma força. E isto é conceito, pensar conceito não conseguimos!!
Reparem os chamados "tigres asiáticos", notem como transformaram sua base educacional para qualificar e quantificar seus saltos de produtividade. Sei que são realidades diferentes, culturas diferentes, mas se não fizermos 1/10 disto... podemos continuar com nossas fábricas de fogos Caramuru.
Obrigado pela educativa e triste (infelizmente) esclarecedora explanação.
Com ela eu consolido uma melnacólica verdade pessoal, de o quanto estamos distantes em promovermos saltos qualitativos em tecnologia. Isto apesar de abnegados, e até heróicos, esforços em segmentos isolados.
Dizer que tudo começa pela base é girarmos 360º, é praticarmos o climax da redundância. Mas, basta dar uma olhadinha naquele livrinho famoso na década de 60 (porque pequeno) "Think Thanks" ("cental de idéias"), para constatarmos em que patamar abissal nos encontramos.
Pior é que a tendência é o continuo agravamento disto tudo, face esta presente chuva de sandices de neo-socialismo natimorto que nos inunda.
Falta-nos pesquisa básica. Esta só pode ser sustentata com política de estado, mas que só pode ser sustentada pelo estado se existir qualificação de pessoal. E para isto, obviamente, é imprescindível que se treine pessoal do mais básico do básico. Ou seja, há que se impor educação, instrução do nível elemntar.
Aqui, em Pindorama (como diria o jornalista Élio Gaspari), se acredita em poder "absorver" tecnologia da mesma forma que se come um fast food (que aliás detém muita tecnologia que não é nossa). Aqui se acredita que produtos que levaram decadas em seus países para serem desenvolvidos serão, pela magia, graça, beleza das nossas praias e das bundas calipígeas das nossas mulatas, além do jeitinho brasileiro é claro, possam ter suas tecnolgias absorvidas com a rapidez e esforço de um flato de pulga.
Por favor, antes das pedradas, reconheço o quanto progredimos em determinados segmentos. Aliás, acho até que progredimos muito além do esperado com nossa estrutura educacional. Mas, pensar que estamos em nível de competir... putz! Nem mesmo conseguimos resolver com que e quando vamos equipar uma força. E isto é conceito, pensar conceito não conseguimos!!
Reparem os chamados "tigres asiáticos", notem como transformaram sua base educacional para qualificar e quantificar seus saltos de produtividade. Sei que são realidades diferentes, culturas diferentes, mas se não fizermos 1/10 disto... podemos continuar com nossas fábricas de fogos Caramuru.
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04 Fev 08
Exército terá aviões não-tripulados para monitorar áreas estratégicas
Tecnologia será usada para evitar desmatamento ilegal e resolver conflitos.
Ao todo, três aeronaves serão destacadas para a função.
Dentro de um ano, o Exército Brasileiro vai contar com a ajuda de aviões muito especiais para controlar áreas de conflito e monitorar regiões estratégicas, como a Amazônia. Nessas aeronaves, o piloto não voa, mas fica em uma sala e assume os controles a distância. A tecnologia promete resultados rápidos, mais precisos e mais baratos que um satélite -– com menos riscos e mais agilidade que um avião tripulado.
Saiba mais
Enquanto um satélite exige uma logística complicada e muito dinheiro para ser colocado em operação, o avião-não tripulado é de simples operação e consideravelmente mais em conta. O mais importante, no entanto, é que ele pode ser colocado bem em cima da área que precisa ser monitorada na hora exata em que ela deve ser vista.
O objetivo do Exército é utilizar os aviões em áreas que considera estratégicas. O que vai tanto do monitoramento de criminosos fazendo desmatamento ilegal na Amazônia até o controle de fronteiras e, em certos casos, ações em favelas. Aviões do tipo são usados em confrontos por exércitos de países como Estados Unidos e Israel, para obtenção de alvos para a artilharia. Para as Forças Armadas brasileiras, eles podem ser úteis em missões de paz, como a do Haiti, que envolve o controle de extensas favelas horizontais, como a de Cité Soleil, na capital Porto Príncipe.
Os aviões
Quem vai coordenar tudo isso é a empresa Flight Solutions, que ganhou a licitação do Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e fornecerá três aeronaves e todo o aparelhamento necessário. Para cumprir o combinado, a jovem companhia, no mercado há apenas um ano, terá muito trabalho pela frente e precisará dobrar sua equipe, atualmente de 10 pessoas. “Não é um produto que está prontinho na prateleira e é só pegar e usar. Há todo um trabalhoso processo por trás”, explicou ao G1 Nei Brasil, um dos sócios da empresa.
A Flight Solutions já possui veículos aéreos não-tripulados (Vants, na sigla), que funcionam com seis horas de autonomia de vôo e podem ir a 70km de distância do centro de controle. O Exército, no entanto, tem necessidades mais modestas. “O CTEx precisa apenas de umas duas horas de autonomia e uma distância de não mais que 15km da base”, afirma Brasil.
Essas necessidades menores implicam aviões menores que os quatro metros de envergadura atuais -– e também mais baratos. Mas, para isso, a empresa vai precisar adaptar seus projetos para as especificações técnicas necessárias. Na primeira fase da empreitada, a Flight Solutions pretende identificar o que precisa ser alterado. Na segunda, encontrar as soluções. Por fim, a empresa vai fabricar e entregar os três aviões, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Para ter tudo pronto, o Exército deve desembolsar R$ 1.3 milhões
Exército terá aviões não-tripulados para monitorar áreas estratégicas
Tecnologia será usada para evitar desmatamento ilegal e resolver conflitos.
Ao todo, três aeronaves serão destacadas para a função.
Dentro de um ano, o Exército Brasileiro vai contar com a ajuda de aviões muito especiais para controlar áreas de conflito e monitorar regiões estratégicas, como a Amazônia. Nessas aeronaves, o piloto não voa, mas fica em uma sala e assume os controles a distância. A tecnologia promete resultados rápidos, mais precisos e mais baratos que um satélite -– com menos riscos e mais agilidade que um avião tripulado.
Saiba mais
Enquanto um satélite exige uma logística complicada e muito dinheiro para ser colocado em operação, o avião-não tripulado é de simples operação e consideravelmente mais em conta. O mais importante, no entanto, é que ele pode ser colocado bem em cima da área que precisa ser monitorada na hora exata em que ela deve ser vista.
O objetivo do Exército é utilizar os aviões em áreas que considera estratégicas. O que vai tanto do monitoramento de criminosos fazendo desmatamento ilegal na Amazônia até o controle de fronteiras e, em certos casos, ações em favelas. Aviões do tipo são usados em confrontos por exércitos de países como Estados Unidos e Israel, para obtenção de alvos para a artilharia. Para as Forças Armadas brasileiras, eles podem ser úteis em missões de paz, como a do Haiti, que envolve o controle de extensas favelas horizontais, como a de Cité Soleil, na capital Porto Príncipe.
Os aviões
Quem vai coordenar tudo isso é a empresa Flight Solutions, que ganhou a licitação do Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e fornecerá três aeronaves e todo o aparelhamento necessário. Para cumprir o combinado, a jovem companhia, no mercado há apenas um ano, terá muito trabalho pela frente e precisará dobrar sua equipe, atualmente de 10 pessoas. “Não é um produto que está prontinho na prateleira e é só pegar e usar. Há todo um trabalhoso processo por trás”, explicou ao G1 Nei Brasil, um dos sócios da empresa.
A Flight Solutions já possui veículos aéreos não-tripulados (Vants, na sigla), que funcionam com seis horas de autonomia de vôo e podem ir a 70km de distância do centro de controle. O Exército, no entanto, tem necessidades mais modestas. “O CTEx precisa apenas de umas duas horas de autonomia e uma distância de não mais que 15km da base”, afirma Brasil.
Essas necessidades menores implicam aviões menores que os quatro metros de envergadura atuais -– e também mais baratos. Mas, para isso, a empresa vai precisar adaptar seus projetos para as especificações técnicas necessárias. Na primeira fase da empreitada, a Flight Solutions pretende identificar o que precisa ser alterado. Na segunda, encontrar as soluções. Por fim, a empresa vai fabricar e entregar os três aviões, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Para ter tudo pronto, o Exército deve desembolsar R$ 1.3 milhões
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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