VANT (caiu no esquecimento)
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VANT (caiu no esquecimento)
Bom, já faz algum tempo que não debatemos sobre isso...
Inicialmente o esperado era que o sistema ficasse pronto no fim desse ano, mas nunca mais se falou nisso. Na LAAD foi apresentada uma aeronave mineira que aparentemente poderia ser utilizada no projeto.
Só pra refrescar a memória, esse projeto é das três forças em conjunto. No final, estaria desenvolvida uma plataforma que poderia ser adaptada a qualquer aeronave não tripulada de interesse das três forças:
-O EB se interessa por VANTs de reconhecimento para artilharia e alvos aéreos.
-A FAB se interessa por alvos de alto desempenho e VANTs de reconhecimento
-Já a MB prefere VANTs com decolagem vertical e alvos.
Alguém sabe de alguma coisa nova sobre esse importante projeto?
abraços]
Inicialmente o esperado era que o sistema ficasse pronto no fim desse ano, mas nunca mais se falou nisso. Na LAAD foi apresentada uma aeronave mineira que aparentemente poderia ser utilizada no projeto.
Só pra refrescar a memória, esse projeto é das três forças em conjunto. No final, estaria desenvolvida uma plataforma que poderia ser adaptada a qualquer aeronave não tripulada de interesse das três forças:
-O EB se interessa por VANTs de reconhecimento para artilharia e alvos aéreos.
-A FAB se interessa por alvos de alto desempenho e VANTs de reconhecimento
-Já a MB prefere VANTs com decolagem vertical e alvos.
Alguém sabe de alguma coisa nova sobre esse importante projeto?
abraços]
Nada contra o Brasil operar sistemas UAV.
Melhor ainda se for um sistema cuja operação atenda necessidades de Marinha, Exercito e Aeronáutica, embora eu particularmente ache difícil um sistema que sirva para os três.
Cai na lógica do Pato, aquele animal simpático que nada, voa e anda, mas voa a curta distancia, nada devagar e caminha lentamente.
Outra armadilha de um programa de UAV no Brasil é se ele cair na retórica vazia de “Industria nacional” “Transferência de tecnologia” e aquele monte de coisa que sejam meros entusiastas de Defesa ou mesmo oficiais superiores repetem, repetem, mas não sabem muito bem o que significa.
Um UAV nacional pode ser um desastre homérico.
Explico.
Hoje o que a industria nacional pode participar de um UAV é a sua plataforma.
O que é a plataforma?
Um pequeno avião não tripulado com massa tipicamente inferior a 500Kg propulsado por um motor com potencia tipicamente inferior a 100Hp, motor via de regra importado.
Esta plataforma o Brasil pode fazer, sem o menor problema, mas pragmaticamente o que ela agrega a industria local? Ou mesmo as capacidades operacionais do futuro UAV?
Na pratica quase nada.
Os outros sistemas, que no caso de um UAV são o real “segredo” do projeto:
• Data-link
• Sistemas inerciais
• Sistemas de carga útil, (óptica, SAR e ELINT),
• Sistemas de lançamento e recuperação (Alinhamento laser + radar altímetro)
• Estações de controle
• Software de fusão de dados, operação e analise de inteligência
• Etc...
Todos estes sistemas podem ser desenvolvidos no Brasil?
Poder, pode, mas a que custo, a que prazo?
Não adianta construir um UAV no Brasil, que use uma plataforma nacional e todos os outros sistemas acima sendo importados. Este UAV não vai ser um produto brasileiro na pratica.
Qual a saída então?
Se lança uma RFP – Request For Proposal – no mercado externo e se seleciona um UAV seguindo três critérios.
• Aspectos técnicos
• Preço
• Transferência de domínio de software e demais tecnologias para um integrador nacional
Vence a melhor combinação dos 3 itens de avaliação.
Paralelo a isto, consulta-se empresas como a Mectron, Avibras, Atech, Emgepron, que seria solucionada como parceira local de assimilação de transferência do software.
Esqueçam esta historia de UAV nacional.
Haveria um UAV, Americano, Europeu ou Israelense, cuja industria brasileira teria algum grau de liberdade de customização.
Se o programa cair nesta ladainha de “transferência de tecnologia” para um produto “Made In Brazil” e as coisas não forem corretamente conduzidas podemos ter um Frankstein cuja unida peça nacional seja uma estrutura em fibra de vidro, mas claro, “Feito no Brasil” o que pode empolgar alguns bobalhões de plantão.
Melhor ainda se for um sistema cuja operação atenda necessidades de Marinha, Exercito e Aeronáutica, embora eu particularmente ache difícil um sistema que sirva para os três.
Cai na lógica do Pato, aquele animal simpático que nada, voa e anda, mas voa a curta distancia, nada devagar e caminha lentamente.
Outra armadilha de um programa de UAV no Brasil é se ele cair na retórica vazia de “Industria nacional” “Transferência de tecnologia” e aquele monte de coisa que sejam meros entusiastas de Defesa ou mesmo oficiais superiores repetem, repetem, mas não sabem muito bem o que significa.
Um UAV nacional pode ser um desastre homérico.
Explico.
Hoje o que a industria nacional pode participar de um UAV é a sua plataforma.
O que é a plataforma?
Um pequeno avião não tripulado com massa tipicamente inferior a 500Kg propulsado por um motor com potencia tipicamente inferior a 100Hp, motor via de regra importado.
Esta plataforma o Brasil pode fazer, sem o menor problema, mas pragmaticamente o que ela agrega a industria local? Ou mesmo as capacidades operacionais do futuro UAV?
Na pratica quase nada.
Os outros sistemas, que no caso de um UAV são o real “segredo” do projeto:
• Data-link
• Sistemas inerciais
• Sistemas de carga útil, (óptica, SAR e ELINT),
• Sistemas de lançamento e recuperação (Alinhamento laser + radar altímetro)
• Estações de controle
• Software de fusão de dados, operação e analise de inteligência
• Etc...
Todos estes sistemas podem ser desenvolvidos no Brasil?
Poder, pode, mas a que custo, a que prazo?
Não adianta construir um UAV no Brasil, que use uma plataforma nacional e todos os outros sistemas acima sendo importados. Este UAV não vai ser um produto brasileiro na pratica.
Qual a saída então?
Se lança uma RFP – Request For Proposal – no mercado externo e se seleciona um UAV seguindo três critérios.
• Aspectos técnicos
• Preço
• Transferência de domínio de software e demais tecnologias para um integrador nacional
Vence a melhor combinação dos 3 itens de avaliação.
Paralelo a isto, consulta-se empresas como a Mectron, Avibras, Atech, Emgepron, que seria solucionada como parceira local de assimilação de transferência do software.
Esqueçam esta historia de UAV nacional.
Haveria um UAV, Americano, Europeu ou Israelense, cuja industria brasileira teria algum grau de liberdade de customização.
Se o programa cair nesta ladainha de “transferência de tecnologia” para um produto “Made In Brazil” e as coisas não forem corretamente conduzidas podemos ter um Frankstein cuja unida peça nacional seja uma estrutura em fibra de vidro, mas claro, “Feito no Brasil” o que pode empolgar alguns bobalhões de plantão.
- Alitson
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Koslova escreveu:Nada contra o Brasil operar sistemas UAV.
Melhor ainda se for um sistema cuja operação atenda necessidades de Marinha, Exercito e Aeronáutica, embora eu particularmente ache difícil um sistema que sirva para os três.
Cai na lógica do Pato, aquele animal simpático que nada, voa e anda, mas voa a curta distancia, nada devagar e caminha lentamente.
Outra armadilha de um programa de UAV no Brasil é se ele cair na retórica vazia de “Industria nacional” “Transferência de tecnologia” e aquele monte de coisa que sejam meros entusiastas de Defesa ou mesmo oficiais superiores repetem, repetem, mas não sabem muito bem o que significa.
Um UAV nacional pode ser um desastre homérico.
Explico.
Hoje o que a industria nacional pode participar de um UAV é a sua plataforma.
O que é a plataforma?
Um pequeno avião não tripulado com massa tipicamente inferior a 500Kg propulsado por um motor com potencia tipicamente inferior a 100Hp, motor via de regra importado.
Esta plataforma o Brasil pode fazer, sem o menor problema, mas pragmaticamente o que ela agrega a industria local? Ou mesmo as capacidades operacionais do futuro UAV?
Na pratica quase nada.
Os outros sistemas, que no caso de um UAV são o real “segredo” do projeto:
• Data-link
• Sistemas inerciais
• Sistemas de carga útil, (óptica, SAR e ELINT),
• Sistemas de lançamento e recuperação (Alinhamento laser + radar altímetro)
• Estações de controle
• Software de fusão de dados, operação e analise de inteligência
• Etc...
Todos estes sistemas podem ser desenvolvidos no Brasil?
Poder, pode, mas a que custo, a que prazo?
Não adianta construir um UAV no Brasil, que use uma plataforma nacional e todos os outros sistemas acima sendo importados. Este UAV não vai ser um produto brasileiro na pratica.
Qual a saída então?
Se lança uma RFP – Request For Proposal – no mercado externo e se seleciona um UAV seguindo três critérios.
• Aspectos técnicos
• Preço
• Transferência de domínio de software e demais tecnologias para um integrador nacional
Vence a melhor combinação dos 3 itens de avaliação.
Paralelo a isto, consulta-se empresas como a Mectron, Avibras, Atech, Emgepron, que seria solucionada como parceira local de assimilação de transferência do software.
Esqueçam esta historia de UAV nacional.
Haveria um UAV, Americano, Europeu ou Israelense, cuja industria brasileira teria algum grau de liberdade de customização.
Se o programa cair nesta ladainha de “transferência de tecnologia” para um produto “Made In Brazil” e as coisas não forem corretamente conduzidas podemos ter um Frankstein cuja unida peça nacional seja uma estrutura em fibra de vidro, mas claro, “Feito no Brasil” o que pode empolgar alguns bobalhões de plantão.
A FAB já escolheu seu UAV, inclusive a unidade que irá operar...
[]s
A&K M249 MK.I
G&P M4 CARBINE V5
G&P M4A1
G&P M16A3+M203
ARES SCAR-L
KING ARMS M4CQB
STARK ARMS G-18C GBB
CYMA G-18C AEP
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- Gerson Victorio
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KOSLOVA.
Uma dúvida: alguns deste sistemas já não estão em desenvolvimento aqui no Brasil, não necessariamente para o programa em questão, isso, salvo engano, vem ocorrendo mesmo antes da intenção de prosseguir com o programa VANT. so pra citar alguns, não me pede as fontes(revista nacionais de defesa acho, sites )que não sei dizer, li há algum tempo:
1. Data-link(se não me engano, ja li que a Embraer estaria desenvolvendo sistema junto com a FAB para integração nas suas aeronaves)
2.Sistemas inerciais( já li que a MB está desenvolvendo uma plataforma inercial para os Sub's com vista na aplicação do SNA)
3.Sistemas de Carga útil(óptica, uma empresa de SJC, que atua no satélite CRBS com 2 câmeras(acho que imageadora e a outra não sei), SAR e ELINT, desconheço no Brasil
3.Sistemas de lançamento e recuperção(alinhamento....)desconheço ni Brasil
4.Estações de controle, desconheço no Brasil.
5.Software de fusão de dados, operação e análise de inteligência( acho que a ATECH teve ou ainda está tendo uma boa experiência com sistema SIVAN/SIPAN, SISDACTA).
Sei que a lógica nem sempre é assim, desenvolve-se o sistema e ele vira um "coringa" para todas as necessidades, mas dada a intenção de prosseguir com o Programa e em sendo que as três FA's estão envolvidadas por que não cada uma colaborar com o que ja tem em mãos mesmo em estágio de desenvolvimento. aqueles sistemas que estão fora da realidade nacional, buscá-lo dentro de alguma contrapartida talvez.
Obrigado
Uma dúvida: alguns deste sistemas já não estão em desenvolvimento aqui no Brasil, não necessariamente para o programa em questão, isso, salvo engano, vem ocorrendo mesmo antes da intenção de prosseguir com o programa VANT. so pra citar alguns, não me pede as fontes(revista nacionais de defesa acho, sites )que não sei dizer, li há algum tempo:
1. Data-link(se não me engano, ja li que a Embraer estaria desenvolvendo sistema junto com a FAB para integração nas suas aeronaves)
2.Sistemas inerciais( já li que a MB está desenvolvendo uma plataforma inercial para os Sub's com vista na aplicação do SNA)
3.Sistemas de Carga útil(óptica, uma empresa de SJC, que atua no satélite CRBS com 2 câmeras(acho que imageadora e a outra não sei), SAR e ELINT, desconheço no Brasil
3.Sistemas de lançamento e recuperção(alinhamento....)desconheço ni Brasil
4.Estações de controle, desconheço no Brasil.
5.Software de fusão de dados, operação e análise de inteligência( acho que a ATECH teve ou ainda está tendo uma boa experiência com sistema SIVAN/SIPAN, SISDACTA).
Sei que a lógica nem sempre é assim, desenvolve-se o sistema e ele vira um "coringa" para todas as necessidades, mas dada a intenção de prosseguir com o Programa e em sendo que as três FA's estão envolvidadas por que não cada uma colaborar com o que ja tem em mãos mesmo em estágio de desenvolvimento. aqueles sistemas que estão fora da realidade nacional, buscá-lo dentro de alguma contrapartida talvez.
Obrigado
de volta a Campo Grande - MS.
GERSON VICTORIO escreveu:KOSLOVA.
Uma dúvida: alguns deste sistemas já não estão em desenvolvimento aqui no Brasil, não necessariamente para o programa em questão, isso, salvo engano, vem ocorrendo mesmo antes da intenção de prosseguir com o programa VANT. so pra citar alguns, não me pede as fontes(revista nacionais de defesa acho, sites )que não sei dizer, li há algum tempo:
1. Data-link(se não me engano, ja li que a Embraer estaria desenvolvendo sistema junto com a FAB para integração nas suas aeronaves)
2.Sistemas inerciais( já li que a MB está desenvolvendo uma plataforma inercial para os Sub's com vista na aplicação do SNA)
3.Sistemas de Carga útil(óptica, uma empresa de SJC, que atua no satélite CRBS com 2 câmeras(acho que imageadora e a outra não sei), SAR e ELINT, desconheço no Brasil
3.Sistemas de lançamento e recuperção(alinhamento....)desconheço ni Brasil
4.Estações de controle, desconheço no Brasil.
5.Software de fusão de dados, operação e análise de inteligência( acho que a ATECH teve ou ainda está tendo uma boa experiência com sistema SIVAN/SIPAN, SISDACTA).
Sei que a lógica nem sempre é assim, desenvolve-se o sistema e ele vira um "coringa" para todas as necessidades, mas dada a intenção de prosseguir com o Programa e em sendo que as três FA's estão envolvidadas por que não cada uma colaborar com o que ja tem em mãos mesmo em estágio de desenvolvimento. aqueles sistemas que estão fora da realidade nacional, buscá-lo dentro de alguma contrapartida talvez.
Obrigado
Ola Gerson,
Eu entendo o que quer dizer, isto é, que existem no Brasil programas e esforços em áreas afins as necessárias para o projeto de um UAV nacional, áreas como Data Link, sistemas inerciais, softwares etc..
De fato isto é verdade, existem esforços iniciais ou menos programas muito maduros nestas áreas, mas eu queria deixar claro uma premissa que pode confundir quem leia meu primeiro texto.
Qual premissa seria esta?
Em momento algum estou questionando se o Brasil tem capacidade técnica para conduzir o programa com tecnologia local. Sim é possível, não tenho duvidas disto.
A questão passa a ser:
· A que preço?
· A que prazo?
· A que risco?
· E finalmente, a que custo beneficio?
Também é importante entender sutilezas sobre estas tecnologias que citou, que fazem toda a diferença na hora de uma analise mais aprofundada.
Por exemplo.
Data Link
O sistema de Data Link da FAB, que quero abrir um parênteses, juntamente com o R-99 foram as melhores decisões técnicas que a FAB tomou nos últimos 15 anos na minha opinião, é baseado em camadas, tal qual todas as redes de dados.
· A camada física (hardware) é formada por rádios da Rohde & Schwarz
· A camada de link de dados é normalmente proprietária do fabricante do equipamento
· A camada de criptografia é proprietária com modos customisaveis pelo cliente
· A camada de acesso é proprietária com modos customisaveis pelo cliente
· A camada de aplicação, esta é plenamente possível de ser desenvolvida pelo cliente.
Veja, fazendo um adendo, eu não conheço os detalhes do sistema da FAB, estou colocando o que é normalmente provável neste tipo de programa.
O que a FAB tem feito?
Trabalhado em modos onde ela pode personalizar, como a criptografia por exemplo, e principalmente nos aplicativos do sistema data-link.
Isto ao meu ver esta corretissimo, então não existe um data link de projeto nacional, existe uma rede de data link com plataforma estrangeira, cujo domínio de camadas chaves de criptografia e aplicação são nacionais.
É exatamente isto que defendo como orientação para desenvolvimentos futuros, ao invés de reinventar a roda, simplesmente adequar ela as necessidades locais e é isto que deve ser no meu ver a orientação de um programa UAV, isto é.
Um sistema Americano, Europeu, Sul Africano, Israelense, com sistemas de data link compatíveis com a rede de dados implementada pela FAB, tal qual o F-5BR, A-1M, R-99, A-29.
Quem dera esta sabedoria tivesse sido aplicada com mais freqüência na FAB, sepultando o modelo “Bandeirante” dos anos de 1970 e 1980.
Sobre outros aspectos que comentou.
Sistemas Inerciais
Em 1987 já existia no CTA um modelo de sistema inercial mecânico para o VLS. Ele nunca chegou a linha de vôo. Em 1994 foram compradas pelo menos 4 unidades russas para o foguete.
Das unidades russas, 3 foram para o espaço, literalmente, juntamente com os 3 VLS que falharam, uma foi desmontada para ser estudada, e sabe um dos motivos pelo qual o VLS não pode ser lançado até 2006 conforme prometido na época?
Falta INS, e não foram compradas novas unidades da Rússia. Também não existe nada no Brasil em condições hoje de ser usada no foguete.
Sabe quem ira fornecer as unidades inerciais do A-DARTER? A BAE Systems. E as do MAR-1? Bem, oficialmente existem programas nacionais de desenvolvimento desta tecnologia, alias a 20 anos existem programas.
E quando são necessários dispositivos inerciais para um avião, míssil ou foguete no Brasil?
Eles vem da Rússia, Inglaterra, EUA ou Israel, como no caso do A-1 e A-1M.
Então temos que separar o que é um programa maduro, com desenvolvimento avançado, de programas incipientes que vão demorar muitos e muitos anos para se tornarem práticos, isto é, se um dia chegarem a algum lugar.
Sensores
Como citou, no CBERS existem câmeras, uma delas em especial a HRC - High Resolution Câmera com 2,7m de resolução. Porem as câmaras fabricadas no Brasil para o projeto não são câmaras com esta resolução, todas elas estão abaixo de 20m.
Para emprego em UAV são necessárias câmaras diferentes daquelas empregadas em satélites de foto reconhecimento.
É possível fabricar no Brasil? Sim, com tempo e dinheiro é possível sim, mas novamente pergunto, a que prazo, a que risco?
Assim como existem trabalhos em SAR para satélites desenvolvidos por uma empresa brasileira, SAR que é diferente para um UAV, repete-se a pergunta do item anterior.
Softwares
Temos bons exemplos de domínios de software como o SIVAN ou no SINCONTA, pode-se desenvolver softwares de controle da plataforma, aquisição de dados e fusão / analise no Brasil?
Igualmente a resposta é sim, possível, mas neste caso a relação custo / beneficio é favorável?
A tese é esta.
Não estou questionando a capacidade local de produção de um UAV, apenas a conveniência de faze-la de forma integral, e por conseqüência, com custos, atrasos e riscos algumas vezes inaceitáveis.
Ou a estratégia de integração local de algumas peças chaves no processo.
Quando a FAB pensa de forma pragmática e se atem a partes chaves, como no NCW ou no R-99, acerta de forma digna de elogios.
Quando queremos reinventar a roda, bem, ai o programa demora e um dia, sabe-se l[a quando, dá o ar da graça.
Elizabeth
Re: VANT (caiu no esquecimento)
Sobre este tema "UAV nacional" um colega em outro forum, me pediu um paralelo entre algumas politicas que poderiam ser supostamente adotadas no A-DARTER e no suposto UAV local.
Segue a resposta.
Existem alguns paralelos entre o programa do A-DARTER e outras decisões brasileiras no segmento.
O programa do A-DARTER que já existe a 10 anos na África do Sul, tem sofrido muitos atrasos porque a situação econômica do grupo Denel foi bastante conturbada nos últimos anos.
A união do Brasil com a África do Sul neste programa foi basicamente ditada pela seguinte situação.
Os Sul Africanos precisavam de dinheiro
O Brasil pode ter junto a África do Sul alguma abertura para a assimilação de competências criticas que não teria cooperando com empresas como a Raytheon, MBDA ou Rafael.
Brasil e África do Sul são os “primos pobres” do mundo dos mísseis.
Até ai a teoria é perfeita, um pais precisa de dinheiro para tocar um programa, outro pais entra com dinheiro e em troca assimila conhecimentos aos quais normalmente não teria acesso em condições normais se o pais chave do programa não precisa-se de financiamento.
A China e a Índia tem feito este modelo de cooperação com a Rússia e os resultados tem sido bons para todos.
Alias sobre China e Índia eu costumo nas minhas aulas chamar o modelo russo de cooperação para fornecimento de tecnologias criticas de “Vaca Leiteira”
Seria como se a Rússia geograficamente tivesse o formato de uma vaca. Em Moscou ficaria os olhos, apontados para a frente, isto é, Europa e América do Norte, embaixo de suas tetas, Irã, China e Índia se beneficiam do seu leite, logo atrás no rabo, a Coréia do Norte recebe o resultado marginal do processo. rs
Bobagens a parte, voltemos ao caso do A-DARTER.
O Brasil já vez um acordo com condições de contorno parecidas anos atrás, trata-se do acordo com a Ucrânia na área espacial.
No acordo com a Ucrânia haviam três componentes similares aos da África do Sul
Os Ucranianos precisavam de dinheiro
O Brasil pode ter junto a Ucrânia alguma abertura para a assimilação de competências criticas que não teria em outros programas. \
Brasil e Ucrânia são os primos pobres do mundo espacial.
O acordo com a Ucrânia não resulta em transferência de tecnologia alguma para o Brasil, não existe no Clyclone-4 nenhum parafuso que seja torneado no Brasil.
A razão segundo alguns é que trata-se de um acordo comercial e não objetiva uma transferência de tecnologia.
De fato isto é verdade, mas muito da retórica do acordo na sua assinatura era de que a Ucrânia abriria a porta do Brasil ao acesso de algumas tecnologias, retórica que foi sendo mudada até um acordo meramente comercial.
Diga-se de passagem, também não há espaço hoje no mercado espacial para foguete ucraniano em base brasileira, nem em base Russa ou qualquer outra.
Qual o paralelo que quero chegar?
Que o A-DARTER pode nascer como uma maravilhosa oportunidade de assimilação de tecnologias dos Sul Africanos, e acabar sendo uma mero financiamento remoto de um programa da Kentron.
Não estou dizendo que isto vai ocorrer, seria leviandade minha, apenas alerto pra este risco, que no meu entendimento é plausível na medida que hoje não existe competência brasileira que contribua de forma significativa no programa.
Os outros riscos associados ao programa A-DARTER são:
Perfil de investimento dos governos Brasileiros e Sul Africanos, uma vez que foi exatamente os atrasos constantes da DENEL somados aos atrasos da MECTRON que resultaram na parceria, o risco neste tipo de programa é o produto dos riscos individuais, que em ambos os casos são reais.
Finalmente o risco ao qual venho alertando com maior freqüência,
Quando desenvolvemos um programa temos que contemplá-lo dentro de uma janela de aquisição, isto é, temos que ter o programa finalizado dentro de um intervalo onde ele se faz necessário.
O homem teria ido á Lua em 1969, se os trajes necessários ao passeio lunar tivessem atrasados 3 anos?
É um conceito importante, mas necessário de se assimilado.
Quando projetamos um AAM temos uma coincidência de janelas de aquisição. A janela do míssil se sobrepõe a janela do vetor que ira empregá-lo.
Esta coincidência de janelas é fundamental para o míssil cumprir o seu papel operacional.
Quer ver isto como funciona na pratica?
O MAA-1 ficou pronto para uso pelos esquadrões 30 anos depois dos estudos iniciais: 1976 - 2006
Como o MAA-1 ficou pronto muito tarde a FAB precisou comprar o Python-III a 10 anos atrás.
Como o MAA-1 mudou muito durante o programa, o A-1 não pode ser homologado para carregá-lo, então empregou o AIM-9B durante quase toda sua vida operacional até agora.
Também o FX atrasou, ai vieram os M-2000C que carregam os Magic-II.
A FAB acertadamente comprou o Derby, mas estes só podem ser carregados pelos F-5M, os M-2000C por sua vez só podem carregar o Super 550.
Resumo:
A-1, F-5 e M-2000C
Magic II, Python III, Derby, S-550, AIM-9B
Estas plataformas e estes mísseis foram uma matriz completamente inflexível e irracional.
Qual o motivo?
Que as janelas de aquisição dos mísseis e dos caças não eram controladas, elas aconteceram quase que ao sabor do acaso.
Embora o MAA-1 tenha trazido ganhos tecnológicos a Mectron, operacionalmente ele não acrescentou nada até agora.
Isto quer dizer que não deveríamos ter desenvolvido o MAA-1?
Não, ele é um programa barato demais para não ter sido feito.
Mas deveríamos desenvolvê-lo dentro de uma janela de aquisição coerente.
Se o MAA-1 em 1985, fosse um míssil de baixa performance tão ruim quanto os AIM-9B, mas que pude-se ser integrado aos F-5 e AMX já a 20 anos atrás, hoje teríamos um impacto operacional verdadeiro na FAB, porque o seu fabricante estaria em um nível de amadurecimento maior, bem como o seu operador (a FAB) estaria evoluindo na sua relação operacional com aquela classe de armamento.
Qual o risco do A-DARTER?
O risco é que um míssil que deveria estar pronto em 2015 fique pronto em 2020, 2022.
Que lá por 2020, não tenhamos a menor idéia do que será o caça que ira substituir os F-5 e A-1 com mais de 40 anos de idade, possa ser um Gripen, M-2000-5, F-16C/D já desativado de sua força área de origem, e que este caça tal qual o M-2000C hoje, apresente uma vida residual que não permita a integração de um AAM, e o problema perpetuamente se realimente.
Os Suecos desenvolveram algum AAM quando pensaram no Gripen?
Não, porque sabiam que seria difícil com o orçamento disponível poderia gerar este tipo de problema.
O que fizeram os suecos?
Desenvolveram mísseis que lhes resolviam problemas muito peculiares, como o RBS-15 (cenários litorâneos) ou RBS-23 (células de proteção integradas).
Eu particularmente não tenho nada contra o programa A-DARTER, mas fosse minha a decisão, eu trabalharia com a aceleração do MAR-1 e com um SAM, que pude-se confluir esforços com programas como o Saber-600 do EB e as necessidades da MB.
Estes programas operacionalmente tem mais chances de serem harmônicos quanto as suas janelas de aquisição.
Segue a resposta.
Existem alguns paralelos entre o programa do A-DARTER e outras decisões brasileiras no segmento.
O programa do A-DARTER que já existe a 10 anos na África do Sul, tem sofrido muitos atrasos porque a situação econômica do grupo Denel foi bastante conturbada nos últimos anos.
A união do Brasil com a África do Sul neste programa foi basicamente ditada pela seguinte situação.
Os Sul Africanos precisavam de dinheiro
O Brasil pode ter junto a África do Sul alguma abertura para a assimilação de competências criticas que não teria cooperando com empresas como a Raytheon, MBDA ou Rafael.
Brasil e África do Sul são os “primos pobres” do mundo dos mísseis.
Até ai a teoria é perfeita, um pais precisa de dinheiro para tocar um programa, outro pais entra com dinheiro e em troca assimila conhecimentos aos quais normalmente não teria acesso em condições normais se o pais chave do programa não precisa-se de financiamento.
A China e a Índia tem feito este modelo de cooperação com a Rússia e os resultados tem sido bons para todos.
Alias sobre China e Índia eu costumo nas minhas aulas chamar o modelo russo de cooperação para fornecimento de tecnologias criticas de “Vaca Leiteira”
Seria como se a Rússia geograficamente tivesse o formato de uma vaca. Em Moscou ficaria os olhos, apontados para a frente, isto é, Europa e América do Norte, embaixo de suas tetas, Irã, China e Índia se beneficiam do seu leite, logo atrás no rabo, a Coréia do Norte recebe o resultado marginal do processo. rs
Bobagens a parte, voltemos ao caso do A-DARTER.
O Brasil já vez um acordo com condições de contorno parecidas anos atrás, trata-se do acordo com a Ucrânia na área espacial.
No acordo com a Ucrânia haviam três componentes similares aos da África do Sul
Os Ucranianos precisavam de dinheiro
O Brasil pode ter junto a Ucrânia alguma abertura para a assimilação de competências criticas que não teria em outros programas. \
Brasil e Ucrânia são os primos pobres do mundo espacial.
O acordo com a Ucrânia não resulta em transferência de tecnologia alguma para o Brasil, não existe no Clyclone-4 nenhum parafuso que seja torneado no Brasil.
A razão segundo alguns é que trata-se de um acordo comercial e não objetiva uma transferência de tecnologia.
De fato isto é verdade, mas muito da retórica do acordo na sua assinatura era de que a Ucrânia abriria a porta do Brasil ao acesso de algumas tecnologias, retórica que foi sendo mudada até um acordo meramente comercial.
Diga-se de passagem, também não há espaço hoje no mercado espacial para foguete ucraniano em base brasileira, nem em base Russa ou qualquer outra.
Qual o paralelo que quero chegar?
Que o A-DARTER pode nascer como uma maravilhosa oportunidade de assimilação de tecnologias dos Sul Africanos, e acabar sendo uma mero financiamento remoto de um programa da Kentron.
Não estou dizendo que isto vai ocorrer, seria leviandade minha, apenas alerto pra este risco, que no meu entendimento é plausível na medida que hoje não existe competência brasileira que contribua de forma significativa no programa.
Os outros riscos associados ao programa A-DARTER são:
Perfil de investimento dos governos Brasileiros e Sul Africanos, uma vez que foi exatamente os atrasos constantes da DENEL somados aos atrasos da MECTRON que resultaram na parceria, o risco neste tipo de programa é o produto dos riscos individuais, que em ambos os casos são reais.
Finalmente o risco ao qual venho alertando com maior freqüência,
Quando desenvolvemos um programa temos que contemplá-lo dentro de uma janela de aquisição, isto é, temos que ter o programa finalizado dentro de um intervalo onde ele se faz necessário.
O homem teria ido á Lua em 1969, se os trajes necessários ao passeio lunar tivessem atrasados 3 anos?
É um conceito importante, mas necessário de se assimilado.
Quando projetamos um AAM temos uma coincidência de janelas de aquisição. A janela do míssil se sobrepõe a janela do vetor que ira empregá-lo.
Esta coincidência de janelas é fundamental para o míssil cumprir o seu papel operacional.
Quer ver isto como funciona na pratica?
O MAA-1 ficou pronto para uso pelos esquadrões 30 anos depois dos estudos iniciais: 1976 - 2006
Como o MAA-1 ficou pronto muito tarde a FAB precisou comprar o Python-III a 10 anos atrás.
Como o MAA-1 mudou muito durante o programa, o A-1 não pode ser homologado para carregá-lo, então empregou o AIM-9B durante quase toda sua vida operacional até agora.
Também o FX atrasou, ai vieram os M-2000C que carregam os Magic-II.
A FAB acertadamente comprou o Derby, mas estes só podem ser carregados pelos F-5M, os M-2000C por sua vez só podem carregar o Super 550.
Resumo:
A-1, F-5 e M-2000C
Magic II, Python III, Derby, S-550, AIM-9B
Estas plataformas e estes mísseis foram uma matriz completamente inflexível e irracional.
Qual o motivo?
Que as janelas de aquisição dos mísseis e dos caças não eram controladas, elas aconteceram quase que ao sabor do acaso.
Embora o MAA-1 tenha trazido ganhos tecnológicos a Mectron, operacionalmente ele não acrescentou nada até agora.
Isto quer dizer que não deveríamos ter desenvolvido o MAA-1?
Não, ele é um programa barato demais para não ter sido feito.
Mas deveríamos desenvolvê-lo dentro de uma janela de aquisição coerente.
Se o MAA-1 em 1985, fosse um míssil de baixa performance tão ruim quanto os AIM-9B, mas que pude-se ser integrado aos F-5 e AMX já a 20 anos atrás, hoje teríamos um impacto operacional verdadeiro na FAB, porque o seu fabricante estaria em um nível de amadurecimento maior, bem como o seu operador (a FAB) estaria evoluindo na sua relação operacional com aquela classe de armamento.
Qual o risco do A-DARTER?
O risco é que um míssil que deveria estar pronto em 2015 fique pronto em 2020, 2022.
Que lá por 2020, não tenhamos a menor idéia do que será o caça que ira substituir os F-5 e A-1 com mais de 40 anos de idade, possa ser um Gripen, M-2000-5, F-16C/D já desativado de sua força área de origem, e que este caça tal qual o M-2000C hoje, apresente uma vida residual que não permita a integração de um AAM, e o problema perpetuamente se realimente.
Os Suecos desenvolveram algum AAM quando pensaram no Gripen?
Não, porque sabiam que seria difícil com o orçamento disponível poderia gerar este tipo de problema.
O que fizeram os suecos?
Desenvolveram mísseis que lhes resolviam problemas muito peculiares, como o RBS-15 (cenários litorâneos) ou RBS-23 (células de proteção integradas).
Eu particularmente não tenho nada contra o programa A-DARTER, mas fosse minha a decisão, eu trabalharia com a aceleração do MAR-1 e com um SAM, que pude-se confluir esforços com programas como o Saber-600 do EB e as necessidades da MB.
Estes programas operacionalmente tem mais chances de serem harmônicos quanto as suas janelas de aquisição.
- Alitson
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Koslova escreveu:Alitson escreveu:
A FAB já escolheu seu UAV, inclusive a unidade que irá operar...
[]s
E qual seria o modelo, qual a unidade que ira opera-lo? Quando entra em serviço?
Em se tratando de FAB, vc a conhece melhor do que eu e qualquer um aqui, NEM DEUS SABE!!!!!!!!!!!!!!!
[]s
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Koslova,
Os Aviões da Embraer não são todos feitos com materiais de outros países?
de acordo com o seu texto devemos deixar de ter o prazer de dizer que os aviões são feitos aqui, pois a maior parte (equipamento) dos aviões produzidos pela Embraer vem de fora do Brasil, ou seja... a Embraer somente pode "alterar" "personalizar" alguns detalhes...
Estou certo ou errado?
PS: Disse "personalizar" porque não sou chegado da aportuguesação da palavra "custom"... sem ofensas...
Os Aviões da Embraer não são todos feitos com materiais de outros países?
de acordo com o seu texto devemos deixar de ter o prazer de dizer que os aviões são feitos aqui, pois a maior parte (equipamento) dos aviões produzidos pela Embraer vem de fora do Brasil, ou seja... a Embraer somente pode "alterar" "personalizar" alguns detalhes...
Estou certo ou errado?
PS: Disse "personalizar" porque não sou chegado da aportuguesação da palavra "custom"... sem ofensas...
Poder aquisitivo não é qualidade de vida
повелительница Koslova.
Permita-me assaltar um pouco seus conhecimentos para dirimir algumas dúvidas, se é que a ordem em que apresentá-las estiver correta.
O fato é que fora a barafunda provocada por tudo isto que vc cita, em termos de um planejamento caótico ou enviesado (para usar uma expressão mais eufemistica), em relação ao MAA-1, também não incidiram uma boa dose de "empecílhos" ladinos dos americanos?
Lembro-me que - referindo-me às "cabeas inerciais" - alguns prazos foram exageradamente ultrapassados, tendo, inclusive, acelerado a bancarrota do primeiro fabricante nacional face as primeiras aquisições (dessas partes), feitas à empresas americanas, terem vindo com defeitos absurdos, mas sutis, que inviabilizavam a seqüência de desenvolvimento do projeto.
Tive esta informação a uns 10 anos atrás mas nunca pude confirmar. Soube depois que dai é se começou o diálogo com os sul-africanos, que forneceram algumas peças do tipo.
Isto é vero?
Amigos, me perdôem o off topic mas ñ resisti em perguntar.
Permita-me assaltar um pouco seus conhecimentos para dirimir algumas dúvidas, se é que a ordem em que apresentá-las estiver correta.
O fato é que fora a barafunda provocada por tudo isto que vc cita, em termos de um planejamento caótico ou enviesado (para usar uma expressão mais eufemistica), em relação ao MAA-1, também não incidiram uma boa dose de "empecílhos" ladinos dos americanos?
Lembro-me que - referindo-me às "cabeas inerciais" - alguns prazos foram exageradamente ultrapassados, tendo, inclusive, acelerado a bancarrota do primeiro fabricante nacional face as primeiras aquisições (dessas partes), feitas à empresas americanas, terem vindo com defeitos absurdos, mas sutis, que inviabilizavam a seqüência de desenvolvimento do projeto.
Tive esta informação a uns 10 anos atrás mas nunca pude confirmar. Soube depois que dai é se começou o diálogo com os sul-africanos, que forneceram algumas peças do tipo.
Isto é vero?
Amigos, me perdôem o off topic mas ñ resisti em perguntar.
rslrdx escreveu:Koslova,
Os Aviões da Embraer não são todos feitos com materiais de outros países?
de acordo com o seu texto devemos deixar de ter o prazer de dizer que os aviões são feitos aqui, pois a maior parte (equipamento) dos aviões produzidos pela Embraer vem de fora do Brasil, ou seja... a Embraer somente pode "alterar" "personalizar" alguns detalhes...
Estou certo ou errado?
PS: Disse "personalizar" porque não sou chegado da aportuguesação da palavra "custom"... sem ofensas...
Os aviões da Embraer contem de fato poucos componentes nacionais.
Mas sim, são produtos brasileiros, e de primeiríssima linha.
Primeiro porque tem uma marca.
Vamos supor que a China copie o projeto do ERJ-145. Qual vai ser o reconhecimento do produto no mercado?
“A copia chinesa do ERJ-145 da EMBRAER”. Marca é fundamental!
Segundo porque a Embraer cumpre todas as etapas de analise econômica e técnica do produto, passando pelo pré-projeto, projeto, desenvolvimento, projeto de fabricação, gestão de fornecedores, fabricação, comercialização e pós venda de seus aviões. É este domínio do ciclo do produto que realmente conta.
Alias a Embraer só é hoje o que é, porque em algum momento na sua historia ela olhou o mercado de aviação de uma forma global, se ficasse sendo uma empresa com os olhos voltados para as necessidades internas, especialmente da FAB hoje seria uma empresa melancólica.
A FAMA Argentina era um fabricante até os anos de 1970 a frente da Embraer, o que distingue hoje o que virou a FAMA, uma mera subsidiaria da Lockheed Martim da Embraer, a terceira no mundo, foi a visão de futuro que ambas empresas tiveram em um determinado momento, a FAMA selou o seu destino quando quis ser uma fabrica de aviões argentinos, a Embraer decolou para o sucesso quando quis ser uma fabrica de aviões mundiais.