Guerra das Malvinas / Falkland

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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P44
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#256 Mensagem por P44 » Seg Jul 09, 2007 6:38 am

Então vamos recuar na História, as Malvinas pertenciam á Coroa Espanhola, com a Independência das Provincias Espanholas passam a pertencer por direito á Argentina, Têm um Governador Argentino, um belo dia surgem uns ingleses que invadem a Ilha , expulsam o governador e meia dúzia de Argentinos e começam a povoar a ilha com Ingleses, desrespeitando a Soberania das Ilhas...parece-lhe bem?

Portanto por essa ordem de ideias e só para dar um exemplo prático, amanhã os Espanhois podem invadir as Desertas (não vive lá ninguém!!!, primeiro prosuposto) , trazer meia-dúzia de Espanhois para lá viverem, com meia dúzia de cabeças de gado, e portanto as ilhas são "de jure" Espanholas, certo?

http://es.wikipedia.org/wiki/Islas_Malvinas

Originalmente bajo posesión francesa, pasaron a la Corona de España y posteriormente a las Provincias Unidas del Río de la Plata, una vez que declararon su independencia de España. El 2 de enero de 1833, el Reino Unido invadió militarmente las islas y desalojó por la fuerza a sus habitantes, incluyendo al gobernador argentino de las islas, Luis Vernet




Triste sina ter nascido português 👎
Bravo Victor
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#257 Mensagem por Bravo Victor » Seg Jul 09, 2007 7:12 am

P44 escreveu:Então vamos recuar na História, as Malvinas pertenciam á Coroa Espanhola, com a Independência das Provincias Espanholas passam a pertencer por direito á Argentina, Têm um Governador Argentino, um belo dia surgem uns ingleses que invadem a Ilha , expulsam o governador e meia dúzia de Argentinos e começam a povoar a ilha com Ingleses, desrespeitando a Soberania das Ilhas...parece-lhe bem?

Negativo.

Os ingleses não "começaram a povoar" nada. Como eu disse houveram povoamentos ingleses desde o início do século 18, isto é, antes mesmo de começar a existir o país que hoje se chama Argentina.

O próprio nome das ilhas, Falklands, deriva da expedição inglesa de 1690, cujo patrono foi o Visconde Falkland. A tal denominação "Malvinas" só surgiu muito depois, corruptela do nome "Malouines", instituido pelos franceses em 1764. Ironicamente, os franceses assim as denominaram porque muitos dos colonos nas ilhas eram marinheiros franco-holandeses oriundos da cidade portuária de Saint-Malo.

Quando o cruzador inglês HMS Clio partiu do Rio de Janeiro para expulsar o governador-diretor-de-presídio, foi porque os esforços da "colonização" argentina das ilhas se restringiam a um refúgio de saqueadores e um presídio anárquico e falido, que por sinal já havia sido destruído. A ínfima presença argentina, composta principalmente de marginais, ameaçava a população britânica local, muito mais numerosa.

Edit: O artigo da wikipedia inclusive confirma a informação de que " durante el inicio de dicha soberanía, las Islas Malvinas dependían políticamente del Gobierno de Buenos Aires y eran utilizadas como lugar de reclusión de delincuentes peligrosos". O artigo também fala que na chegada do "governador" argentino Vernet, junto com ele "embarcó una veintena de colonos ingleses y alemanes". Também esclarece algo que postei anteriormente, e erroneamente, a respeito do tal tratado de 1767. Nenhum outro dos pontos que coloquei foram refutados pelo texto. Também há essa passagem interessante: "Se volvió sobre este asunto en ocasión de la llegada en 1842 del comisionado de la casa Baring Brothers, Paliciou Falconet, pero éste no quiso admitir el arreglo propuesto. En marzo de 1844, el ministro de Rosas, Insiarte, reiteró el ofrecimiento de dichas islas en pago de la deuda."




Maddox

#258 Mensagem por Maddox » Seg Jul 09, 2007 8:59 am

Não lí todo o tópico, então não sei se já fizeram este comentário mas o que me impressionou na Guerra da Malvinas foi a quantidade de bombas lançadas pelos Argentinos que não explodiram! Além da quantidade de aviões perdidos e a superioridade técnica dos Ingleses... com um número inferior eles fizeram os argentinos correr (com todo o respeito).

Amicalement




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#259 Mensagem por Sintra » Seg Jul 09, 2007 9:36 am

Bravo Victor escreveu:
TR-1700 escreveu:A ver si me puedo dar a entender. Las islas, sean ricas o pobres son territorio argentino. Así lo fueron porque pertenecieron a la Corona Española - Gran Bretaña las reconoció como tales - y luego de la independencia de mi país todos los territorios del Virreinato de Río de la Plata pasaron a ser lo que hoy se conoce como Argentina.

Hasta 1833 eso fue así. En ese año, el gobernador designado por Buenos Aires, fue puesto en un barco por los invasores ingleses y remitido al continente.

Desde ese momento mi país nunca dejó de reclamar al gobierno inglés la devolución de las islas.

En el 82 una conjunción de acontecimientos, llevó a la Argentina a poner en práctica aquello que siempre se estudió como una posibilidad remota.-




TR-1700, corrija-me se eu estiver errado, não sou nenhum especialista nesse período da História.

Até 1833, o único povoamento argentino nas "Malvinas" foi uma colônia penal anárquica e disfuncional, que foi destruída pelos americanos porque aprisionava marinheiros ianques.

Sim, a Espanha estabeleceu sua posse sobre as ilhas no tratado de Urecht, e enquanto as ilhas estiveram sob seu domínio, realmente se chamavam "Malvinas". Ainda assim, em 1767 foi assinado um acordo com a Grã-Bretanha, e a ilha foi dividida: metade para os britânicos, metade para os espanhóis. Fora desse curto período de tempo, entre a assinatura do tratado e a divisão das terras, não existiram essas tais "Islas Malvinas". Elas não existem há mais de dois séculos.

Não é minha intenção desmerecer o conflito, que teve demonstrações de incontestável bravura de ambos os lados. Podemos citar a coragem demonstrada pelos pilotos argentinos, pilotando os A-4 com tanta perícia sobre o Atlântico-Sul. Por outro lado, a investida dos SAS britânicos à Pebble Island foi praticamente um modelo de execução de operações especiais. Não questiono tampouco a resiliência dos infantes argentinos. Exibiram imagens na imprensa televisiva brasileira, retratando soldados argentinos com os pés deteriorados pelo frio, marchando em temperaturas sub-zero, calçando coturnos inadequados. O que questiono é o direito dos argentinos sobre as ilhas, coisa que você coloca como fato.

Foram os britânicos que descobriram as ilhas em 1684. Houveram povoamentos britânicos esporádicos desde o início do século 18. Você cita “los invasores ingleses”, mas essa tal “invasão” foi somente a expulsão do “governador” argentino. E esse “governador” nada mais era que um diretor de presídio. E o presídio já havia sido destruído pelos americanos, ainda por cima.

Desde 1833, não houve um único povoamento argentino nas ilhas. A Grã-Bretanha, por outro lado, tem uma colônia permanente desde 1833. Não há nenhuma "comunidade argentina oprimida" ou nada parecido nas ilhas "Malvinas". Toda a população das ilhas é de descendência britânica (não espânica ou argentina), falam inglês, se identificam como britânicos, e não tinham nenhuma aspiração a serem "liberados" do jugo do Commonwealth democrático por uma ditadura de terceiro mundo. As pretensões argentinas me soam disparatadas, fruto de delírios ditatoriais expansionistas, como a cômica Operación 90.

As Falklands são britânicas. Os argentinos não foram expulsos das ilhas pelos ingleses, porque quase não havia argentinos vivendo por lá. Os americanos já haviam expulsado os poucos que haviam, em sua maioria foras-da-lei.

E no entanto os argentinos continuam falando sobre essas "Islas Malvinas" que não existem. E na ilusão ainda maior de que essas ilhas imaginárias lhes pertencem por direito.

Os argentinos que me perdoem, mas isso é ridículo.

Deus salve a rainha.


Você está correctissimo.




Budweiser 'beer' is like making love in a canoe - 'F***** close to water'...
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#260 Mensagem por Guerra » Seg Jul 09, 2007 10:50 am

Toda a população das ilhas é de descendência britânica (não espânica ou argentina), falam inglês, se identificam como britânicos


Pelo menos é o que os Kelpers (alguma semelhança do nome com "brasileiros"?) querem ser, mas na minha opinião eles se parecem muito com o povo da guiana francesa que se encostou no estado francês. Na guiana pelo menos tem ouro e o interesse francês em manter uma base espacial por lá, vamos ver até onde vai o casamento dos Kelpers com os ingleses.
Essa guerra garantiu aos Kelpers uns 100 anos de abrigo nas asas dos ingleses. Mas se eles não estivessem tão ocupados em ler a história inglesa e lessem um pouco da história dos povos sulamericanos, principalmente da guiana inglesa, eles não tratariam o povo argentino dessa forma, porque o futuro das colonias aqui na AL é se virar por aqui mesmo.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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rodrigo
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#261 Mensagem por rodrigo » Dom Set 16, 2007 11:10 pm

Artigo da revista da Força Aérea Peruana, sobre o uso dos MIRAGE peruanos pela Argentina nas Malvinas:
http://www.fap.mil.pe/revista/malvinas,%201982.zip




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
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#262 Mensagem por Marino » Seg Set 24, 2007 9:21 am

Do JB:

Diplomacia - Disputa das Malvinas é renovada

LONDRES. O jornal britânico The Guardian denunciou, no fim de semana, que o Reino Unido prepara uma demanda territorial de milhares de milhas quadradas em volta das Ilhas Malvinas (Falklands), na esperança de anexar potenciais campos de gás, petróleo e minerais no leito marinho do Atlântico Sul.
O governo vai entregar a petição até maio de 2009 à Comissão de Limites e Plataforma Continental da ONU (UNCLCS, sigla em inglês), aproveitando uma brecha legal que está transformando a política internacional de prospecção submarina.
Reino Unido e Argentina marcaram este ano o 25° aniversário da Guerra das Malvinas. Para Londres, a ilha próxima à Antártica se chama Falklands e pertence aos súditos da rainha Elizabeth II. Para Buenos Aires, as Malvinas sempre foram e continuarão sendo território argentino, apesar da ocupação britânica.
Baseado em detalhadas pesquisas geológicas, geofísicas e de hidrografia, qualquer Estado pode estabelecer um novo "limite exterior para a plataforma continental", que pode se estender a até 350 milhas (563 km) do litoral.
A maior parte dos dados para a petição à ONU já foi coletado e Chris Carleton, chefe do escritório de divisão marítima e lei do Departamento Hidrográfico do governo britânico, tem consciência de que a questão das Malvinas será a de maior debate político. Em meio à disputa, hoje diplomática, entre Grã-Bretanha e Argentina, sabe-se que o valor do petróleo sob o solo da região é imenso. Testes sísmicos sugerem que embaixo e nos arredores das Malvinas haja mais de 60 milhões de barris de óleo cru.
O Reino Unido já tem licença garantida para exploração dentro do limite normal de 200 milhas (321 km). Qualquer nova petição na UNCLCS vai ampliar os direitos de prospecção pelo Atlântico.
- Seria além de 200 milhas, mas menos do que 350 milhas - disse Carleton, que está envolvido na preparação do documento. - Efetivamente, queremos adicionar a área em volta de Georgia do Sul às Falklands. É o pedido, mas como vai ser conduzido ainda não decidimos. Mesmo porque sabemos que os argentinos vão dizer que a área sequer é nossa para ser ampliada. Será tudo muito delicado.
Martin Pratt, diretor de pesquisa de fronteiras internacionais da Universidade Durham acrescentou:
- Os russos podem estar reivindicando o Ártico, mas os britânicos querem um grande pedaço do Atlântico. Muitos Estados podem se perguntar porque uma potência requer uma larga faixa de oceano a milhares de milhas de sua costa, mas é o jeito como a lei funciona.
Diplomatas argentinos disseram ao jornal Clarín não acreditar que a petição inglesa seja aprovada. Lembraram que o regulamento da UNCLCS expressa que, em situações de disputa de soberania, não qualifica a apresentação de um Estado a menos que tenha havido um acordo com a outra parte. No caso das Malvinas, a ONU reconhece que a disputa territorial data de 1965.
Além das Malvinas, Londres também planeja ampliar seu domínio sobre o solo submarino ao redor das ilhas Ascenção - território ultramarino britânico logo abaixo da linha do Equador, já no Atlântico Sul - e de Rockall, no Mar do Norte.
Por causa da sensibilidade política com Buenos Aires - que este ano rejeitou o acordo de 1995 que repartia com o Reino Unido qualquer campo de petróleo encontrado nas adjacências das Malvinas - a primeira submissão de documentos à UNCLCS tratará de Ascenção. A ilha vulcânica, a 1610 km da África, fica sobre apenas um lado da cordilheira atlântica. Não há previsão de se encontrar petróleo ou gás no subsolo marinho, mas a ilha pode estar sobre importantes depósitos de minerais.
Rockall é uma causa mais calma. Especialistas e representantes da Grã-Bretanha, Irlanda, Dinamarca e Islândia conversaram na semana passada em Reykjavik sobre a petição, que inclui a propriedade exploratória da cordilheira submarina de Hatton.




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#263 Mensagem por Edu Lopes » Seg Set 24, 2007 11:19 am

Marino escreveu:Baseado em detalhadas pesquisas geológicas, geofísicas e de hidrografia, qualquer Estado pode estabelecer um novo "limite exterior para a plataforma continental", que pode se estender a até 350 milhas (563 km) do litoral...


Nós também ampliamos a nossa faixa marítima de exploração.

Amazônia Azul

Depois de 20 anos de pesquisas e negociações internacionais, o Brasil obteve da ONU sinal verde para a faixa de mar que pode explorar economicamente, além das 200 milhas a que já tem direito.

O total da área marítima é tão grande quanto a Amazônia, mas faltam dinheiro, gente e equipamentos para tomar conta dela. Na primeira de duas reportagens especiais, William Waack acompanhou o esforço da Marinha de Guerra Brasileira para conquistar a “Amazônia Azul”.

O helicóptero decola na Amazônia. Isso mesmo, Amazônia. Amazônia azul, tão vasta quanto a outra Amazônia, a verde.

Lynx – Lince, em português - é o nome do helicóptero. Uma arma de ataque, com excepcionais olhos eletrônicos. Em patrulha em alto mar, no meio da Amazônia azul. O ideal seria que todos que passassem por ela fossem vistos e anotados, como acontece com os navios mercantes.

Um deles, um petroleiro, é interrogado por rádio pelos pilotos do helicóptero, que ficam satisfeitos com a resposta. ”Origem, Bacia de Campos, bóia sul. Destino: Santos. Navio em lastro, ok?”.

Não fossem os olhos do Lince, seria difícil identificar apenas pontos na água - mesmo navios gigantescos parecem tão pequenos diante da imensidão das águas da Amazônia azul.

Toda vez que volta para casa, o helicóptero participa de uma aventura. É pousar num navio em velocidade, que balança com o vento e as ondas. Os homens no convés de vôo estão prontos para agarrar o Lince. Um deles parece hipnotizar a aeronave. O piloto se concentra nos gestos dele, calcula o balanço do navio, a força do vento e pronto: o Lince está preso por um arpão ao navio-mãe. É a fragata defensora - fora o porta-aviões São Paulo, é o maior navio de guerra que o Brasil possui. São nove delas, três um pouco mais pesadas que a defensora.

O coração desses navios são as salas de controle que não possuem janelas, mas que são capazes de enxergar muito longe, com sensores especiais.

O mar não tem fronteiras, não há limites estabelecidos. Só quando um país chega e diz “isto aqui é meu” é passa a ser daquele país. É o que o Brasil faz para mostrar até onde vai o nosso território, aquilo que nos pertence. O Brasil faz isso com navios de guerra.

A convenção da ONU sobre os direitos do mar garante ao Brasil, numa faixa de 200 milhas, ou 370 quilômetros, a propriedade de todos os recursos sobre o leito do mar ou no subsolo marinho - o já famoso “mar de 200 milhas”. Mas essa área se ampliou, depois de muita discussão na ONU, e o Brasil acaba de ganhar uma extensão do “mar de 200 milhas” em algumas áreas que, juntas, têm uma área quase igual à da Amazônia legal.

Pelo mar passam 95% das movimentações do comércio exterior do Brasil, mas o maior interesse está embaixo d´agua. Os limites do mar são três: o mar territorial, que tem 12 milhas, ou 22 quilômetros. A zona econômica exclusiva, o “mar de 200 milhas” e, agora, a extensão que vai das 200 milhas até o ponto em que a plataforma continental se precipita no abismo das grandes profundidades.

O petróleo e o gás são os grandes símbolos do tipo de recursos dos quais depende a própria sobrevivência da economia brasileira. E o melhor exemplo é a Bacia de Campos, ao largo do litoral do Rio de Janeiro.

Apenas uma das plataformas de exploração, como a P-48, armazena dois milhões de barris de petróleo - o consumo inteiro do Brasil por um dia - e produz ela mesma 15% desse consumo diário.

Apesar de toda tecnologia e o ar de um moderno escritório, trabalhar no local exige uma vontade especial. A importância de uma plataforma de petróleo é óbvia: dela, sai boa parte do petróleo que abastece e é responsável pela energia de todo o país. Mas plataformas de petróleo não são apenas grandes instalações muito caras, muito vulneráveis e que precisam ser protegidas. Elas também são inspecionadas e também são vigiadas.

Dentro da vigilância da Amazônia azul, plataformas como a P-48 são visitadas periodicamente pela Marinha, que quer saber se tudo está mesmo funcionando como deveria. A Amazônia marítima é uma imensidão azul na qual tudo parece muito pequeno. É um vasto mundo que para ser nosso não basta estar garantido no direito internacional ou nas convenções da ONU.

Traçar limites no mar é estar presente nele. É, como se diz na velha tradição, mostrar a bandeira.

Mas será que a Marinha está equipada para conquistar, manter e explorar a Amazônia azul? Na reportagem de sexta-feira sobre a Amazônia azul, um mergulho com a arma que mais assusta: um submarino. Que poderia ser de propulsão nuclear, se não faltasse investimento.

Tecnologia nuclear nacional já existe.

Fonte: http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VTJ0 ... 96,00.html




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#264 Mensagem por Alcantara » Sex Out 26, 2007 9:06 am

Delta Dagger escreveu:
Brigadeiro escreveu:Vou aproveitar o tópico para levantar uma outra questão...

Uma vez eu li uma história de que os mísseis que estavam nos pilones do Vulcan que pousou no Rio de Janeiro (caso Black Buck #6) foram confiscados pela FAB e sofreram uma "engenharia reversa" originando o nosso MAR-1. Algum tempo depois disseram que a história era falsa e que os mísseis voltaram com o avião... Pois bem, estava fazendo minhas pesquisas na net quando me deparei com isso:

(...)'Black Buck 6' flown on 3 June, enjoyed somewhat greater success as it caused damage to a Skyguard fire-control radar. After its inflight-refuelling probe broke the Vulcan had no option but to divert to Rio de Janeiro in Brazil, where it was interned for some nine days before being released. The aicraft landed in Rio with zero fuel on board. The remaining missile on the Vulcans pylon was not returned with the aircraft and crew.(...)

Olhei bem a fonte e me deparei com isso: http://www.raf.mod.uk/falklands/bb1.html (o link é do site oficial da Royal Air Force)

Então essa história de engenharia reversa é verdade mesmo? Afinal de contas, o míssil ficou aqui (e, sinceramente, eu não acredito que ele foi jogado no lixo)...

Até mais!



Tenho a vaga impressão que o armamento seria devolvido posteriormente. Não foram liberados junto com o Vulcan para que não atacassem os argentinos em seguida.

Só não sei quanto tempo ficaram aqui e se realmente houve a tal engenharia reversa.

Abs


Senhores, o fato do "missel não ter retornado com a aeronave" não significa que o mesmo ficou aqui. Após a guerra este míssel foi entregue na Grã-Bretanha por um Hércules da FAB (que, se não me engano, foi buscar alguns suprimentos lá).


Abraços!!! :wink:




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#265 Mensagem por rodrigo » Sex Out 26, 2007 11:12 am

O Vulcan foi embora voando?




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#266 Mensagem por Alcantara » Sex Out 26, 2007 2:19 pm

rodrigo escreveu:O Vulcan foi embora voando?


Sim, depois de ter a sua sonda de reabastecimento reparada. Os britânicos ficaram por aqui durante nove dias.

'Black Buck 6' flown on 3 June, enjoyed somewhat greater success as it caused damage to a Skyguard fire-control radar. After its inflight-refuelling probe broke the Vulcan had no option but to divert to Rio de Janeiro in Brazil, where it was interned for some nine days before being released. The aicraft landed in Rio with zero fuel on board. The remaining missile on the Vulcans pylon was not returned with the aircraft and crew.
http://www.raf.mod.uk/falklands/bb1.html





Abraços!!! :wink:




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#267 Mensagem por Tigershark » Ter Nov 27, 2007 2:45 pm

27/11/2007 - 14h29 - Atualizado em 27/11/2007 - 14h35

Inglaterra usou submarinos nucleares na guerra das Malvinas, afirma vice-almirante
Da France Presse

LONDRES, 27 Nov 2007 (AFP) - A Inglaterra utilizou cinco submarinos nucleares durante a guerra das Malvinas - contra a Argentina - revela o vice-almirante da reserva Sir Tim McClement, em um artigo publicado na revista "Royal Navy, A Global Force", da Marinha Britânica, citada pela "Times".



Vinte cinco anos depois da guerra, ocorrida em abril de 1982, McClement, segundo em comando de um desses submarinos, o "HMS Conqueror", revelou a contribuição vital dos submarinos nucleares na vitória contra a Argentina.



Os submarinos nunca foram descobertos pelas tropas de Buenos Aires, revela o militar. Ele afirma que as cinco naves estavam alinhadas, submersas, no limite territorial de 12 milhas náuticas da Argentina.



Os submarinos podiam captar os lançamentos de Skyhawks e outros aviões da base principal de Rio Grande, identificando o tipo de aeronave e sua quantidade, dando assim um sinal de alerta 45 minutos antes de um ataque, indicou.



A ameaça dos bombardeiros argentinos Skyhawk, armados com bombas de 1.500 libras e 2.000 libras, e dos Super Etendarts, com mísseis Exocet, representavam a maior ameaça para a marinha britânica, principalmente porque a Royal Navy não detinha de sistemas apropriados de advertência.




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#268 Mensagem por rodrigo » Sáb Dez 08, 2007 11:56 pm

Ordenan a la Armada controlar en la "milla 201" a pesqueros extranjeros
Lo hizo el Gobierno. Apuntan a aguas que están más allás del Mar Argentino.

Por primera vez, el Gobierno autorizó a los buques de la Armada y la Prefectura y a los aviones de la Fuerza Aérea a controlar la pesca ilegal en la llamada "milla 201", fuera de la zona económica exclusiva (ZEE) argentina.

Hasta ahora los controles se hacían hasta la milla 200 dentro de la ZEE. Pero por la desenfrenada pesca que se registra en la zona adyacente, que ya son aguas internacionales, de pesqueros de terceros países, el Gobierno lanzó un plan que autoriza a la Armada, la Prefectura y la Fuerza Aérea a controlar a esas embarcaciones y eventualmente denunciarlas ante la FAO (la organización de la ONU para la agricultura y la alimentación), pero no capturarlas.

Si la Argentina demuestra ante la FAO que un buque de una empresa pescó ilegalmente en la milla 201, los miembros de esa entidad impedirán luego el ingreso de los productos de esa marca a sus mercados.

El "plan de Acción Internacional para prevenir, desalentar y eliminar la pesca ilegal, no declarada y no reglamentada" fue aprobado el jueves por el secretario de Pesca, Gerardo Nieto, luego de una serie de consultas con el canciller Jorge Taiana.

El plan, que fue aprobado a través de la resolución 8 de Nieto y avalado por el Consejo Federal Pesquero, busca organizar "en un documento único las medidas aplicadas por la República Argentina, de alcance tanto en aguas jurisdiccionales como en alta mar, con el propósito de prevenir, desalentar y eliminar la pesca ilegal".

Desde el 2006 hasta la fecha, la Armada y la Prefectura capturaron 15 pesqueros ilegales dentro de aguas argentinas y otros se escaparon cuando alcanzaron la milla 201.

La Armada y la Prefectura participan del Sistema Integrado de Control de Actividades Pesqueras (SICAP), que será el encargado que controla Nieto y será el encargado de ordenar a los buques pasar a la milla 201 en los casos que sea necesario (ver "Más controles...").

Nieto explicó a Clarín que con este paso la Argentina se sumó a un plan internacional de la FAO del que ya participan países como Canadá, España y Nueva Zelanda. El primer paso lo dio el Congreso cuando en el 2003 aprobó el Acuerdo de la FAO para la Conservación y Ordenación de Buques Pesqueros de Alta Mar, entre otras medidas.

Se trata de una decisión muy sensible en las relaciones internacionales. Canadá y España tuvieron hace unos años una crisis por la detención de pesqueros españoles en la milla 201 canadiense. Sucede que países como España han prácticamente perdido sus caladeros y ahora sus buques pescan en otros lugares del mundo. Los pesqueros de Taiwán, que no tiene relaciones diplomáticas con la Argentina, son otros de los que más recalan en el mar argentino.

Y sobre todo porque Gran Bretaña mantiene una zona de exclusión pesquera alrededor de Malvinas y los kelpers otorgan permisos de pesca por 25 años, en el marco de un endurecimiento de las relaciones bilaterales.

Consultado Nieto sobre cómo harán en la zona controlada por los británicos contestó que "hay una discusión de soberanía sobre aguas en disputa y dentro del "paraguas" establecido por ambos países en 1991. Respetaremos todo lo que decida nuestra cancillería".

El plan se aprobó el jueves pero tendrá su prueba de fuego en febrero cuando se abra la temporada de pesca en el Atlántico Sur sobre todo la del caprichoso calamar que migra de las aguas argentinas a las controladas por Gran Bretaña.

Pero la presión pesquera ilegal más grande se concentra en la milla 201 al norte intersección de la ZEE argentina y las aguas controladas por Londres donde año a año entre febrero y marzo llegan unos 100 buques "poteros" a pescar calamar. Las fotos aéreas tomadas por aviones de la Armada de noche muestran tantos puntos luminosos en el mar como los de algunas ciudades argentinas. Para pescar el calamar los "poteros" necesitan iluminar para encandilarlos.

"La aprobación del Plan es un avance significativo en la lucha contra la pesca ilegal que llevó a poner en serio riesgo y hasta al agotamiento de recursos pesqueros en numerosas pesquerías en el mundo", finalizó Nieto.

Una tema conflictivo

Daniel Santoro

Desde la restauración de las relaciones diplomáticas con Gran Bretaña en 1991, las decisiones de los kelpers sobre la búsqueda del petróleo y la pesca en las Malvinas han sido un tema siempre conflicto.

El motivo de mayor malestar es que los kelpers, que pasaron de ovejeros a vivir de la pesca sin pescar, venden licencias de pesca por 25 años, en vez de hacerlo año a año como es la práctica, para asegurarse el negocio de la competencia argentina.

El gobierno de Kirchner anuló este año el acuerdo de cooperación petrolera pero aún mantiene el pesquero. Habrá que ver si se logra consenso diplomático para controlar la pesca en la milla 201 que afecta a todos.


Cómo se vigila con buques, satélites y GPS

Buques de la Armada y la Prefectura, aviones de la Fuerza Aérea y satélites de la Comisión Nacional de Investigaciones Espaciales (CONAE) participan del nuevo Sistema Integrado de Control de Actividades Pesqueras (SICAP), que maneja la secretaría de Pesca.

Además, los pesqueros que operan con licencia argentina deben llevar un GPS para que se les haga un control satelital de sus movimientos. Pero el SICAP tiene además de esos recursos materiales, tiene un sistema de inteligencia secreto para tratar de prevenir los movimientos de los pesqueros ilegales que en pocas horas pasan de la milla 201 a la ZEE.

http://www.clarin.com/diario/2007/12/08 ... -02401.htm




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
sierra002
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#269 Mensagem por sierra002 » Dom Dez 09, 2007 9:48 am

Yo la verdad, veo a Francia en la Guaya francesa porlargo tiempo. No se de que haya ningún movimiento separatista serio en la zona y la pertenencia a Francia les garantiza un mejor gobierno que la mayoría (o todos) de los que tienen sus vecinos independientes.




Pra frente/Hacia adelante.
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Brigadeiro
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#270 Mensagem por Brigadeiro » Qua Dez 26, 2007 9:22 am

Notícia antiga e interessante:

http://au.youtube.com/watch?v=3XZy7mtrs ... re=related

Até mais!




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