Iraque - Noticias de Guerra
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26/07/2007
Perdendo a batalha por Bagdá
Nibras Kazimi*
O mapa político sunita do Iraque sofre um abalo tectônico que está sufocando os radicais e dando poder aos poucos "moderados" - no sentido iraquiano da palavra - que aceitaram a histórica e hoje plenamente estabelecida ascensão política dos xiitas.
Três grupos sunitas chegaram ao Parlamento iraquiano nas eleições de dezembro de 2005: a Frente do Consenso (44 assentos), a Frente do Diálogo Nacional (11) e o bloco Reconciliação e Libertação (3).
Várias figuras importantes desses blocos agora foram afastadas da cena política. Do bloco Consenso, Adnan al-Duleimi foi removido por votação da presidência da bancada parlamentar no início de junho. Ele passa seu tempo em Amã, juntamente com Khalaf al-Alayan, chefe da Frente do Diálogo Nacional, que é acusado de cumplicidade em um atentado suicida ao Parlamento em abril. A impressão química dos explosivos usados pelo terrorista combinava com explosivos encontrados na residência de al-Alayan durante uma recente batida americana.
Enquanto isso, o chefe do bloco Reconciliação e Libertação, Mishaan al-Jubouri, perdeu a imunidade parlamentar em outubro passado e em julho foi condenado à revelia a 15 anos de prisão por acusações de corrupção. Agora ele está escondido em Damasco.
O presidente do Parlamento, Mahmoud al-Mashhadani, outra figura do Consenso, foi inicialmente colocado no principal cargo legislativo do novo Iraque como parte de um acordo de divisão de poder que empossou o primeiro-ministro Nouri al-Maliki. Hoje Mashhadani também está de saída, ostensivamente por seu comportamento brutal durante o mandato de um ano. O incidente que precipitou sua remoção foi o selvagem espancamento aplicado por seus seguranças a um colega parlamentar.
Todos esses nomes são associados à retórica da linha-dura sunita contra a nova dominação xiita no governo, na economia e nos serviços de segurança. Naturalmente eles estão gritando, ao ver suas fortunas ruírem em conseqüência direta de um complô xiita para minar a liderança sunita que foi colocada no poder pelos votos.
O que falta nessa imagem é que muitas vezes são os próprios aliados e seguidores da linha-dura que planejaram sua remoção. Os sunitas moderados parecem ter concluído que seu futuro está em adaptar-se às enormes mudanças que ocorreram quando um governo interino finalmente substituiu o regime de Saddam Hussein, 15 meses depois da invasão. Os novos rostos em cena, como o substituto de Duleimi na chefia do bloco Consenso, Ayad al-Samarrae, contentam-se em ser parceiros juniores na direção do país, e como tal são considerados membros do time pela liderança xiita.
Essas mudanças não estão acontecendo no vácuo: elas vêm da percepção de que a carta mais valiosa na posição de barganha sunita - a resistência da rebelião sunita - está prestes a expirar.
A liderança política sunita supostamente exerceria um papel no governo como negociadores em nome dos insurgentes. Em troca, garantiria para sua comunidade uma fatia da torta política desproporcional a sua porcentagem da população, 15% a 20%. Tendo monopolizado o Estado e grande parte da economia desde o tempo dos otomanos, da monarquia e durante toda a era Saddam, o choque de perder todo esse poder para os xiitas - a classe inferior histórica - foi amarga demais para engolir.
Os sunitas raciocinaram que se pudessem aproveitar o rápido período de controle dos EUA talvez conseguissem reverter o tempo para uma época em que a violência sunita importava mais que o número de xiitas.
Apesar de todas as conversas atuais em Washington sobre uma rápida redução de tropas, os sunitas finalmente entenderam que os aliados americanos do Iraque não vão deixar tão cedo esse país crucial para os wahabitas e os baathistas, e que a primazia xiita está lá para ficar. Enquanto isso, a violência sunita não conseguiu forçar os americanos a sentar na mesa de negociação de modo substancial em quatro anos, e parece cada vez menos provável que o faça.
Existem razões para o recente surto de violência entre os próprios jihadistas e destes contra os baathistas: com uma vitória real fora de vista, a divergência de ideologias e a concorrência pelos recursos e a influência cada vez menores passam ao primeiro plano. Enquanto isso, existe uma sensação geral de fadiga de batalha entre os sunitas leigos, que suportaram o peso da ruptura causada pela rebelião na vida cotidiana. O que se vê agora no nível da elite é o efeito moderador de tudo isso sobre a classe política sunita, que está votando para se acomodar à nova realidade.
O novo elenco de atores sunitas e a sensação de que a insurgência está vacilante reconfortaram os xiitas. Maliki está prestes a reformular radicalmente seu governo, e ao fazê-lo oferecerá ao sunitas do partido islâmico moderado (um componente chave do bloco Consenso) uma oportunidade "tudo ou nada" de ficar na coalizão xiita-curda que ele pretende armar. Vários políticos xiitas zombam do modo como as mesas viraram e dos sunitas ávidos para agradar.
* Nibras Kazimi é professor visitante no Hudson Institute, em Washington, D.C.
Perdendo a batalha por Bagdá
Nibras Kazimi*
O mapa político sunita do Iraque sofre um abalo tectônico que está sufocando os radicais e dando poder aos poucos "moderados" - no sentido iraquiano da palavra - que aceitaram a histórica e hoje plenamente estabelecida ascensão política dos xiitas.
Três grupos sunitas chegaram ao Parlamento iraquiano nas eleições de dezembro de 2005: a Frente do Consenso (44 assentos), a Frente do Diálogo Nacional (11) e o bloco Reconciliação e Libertação (3).
Várias figuras importantes desses blocos agora foram afastadas da cena política. Do bloco Consenso, Adnan al-Duleimi foi removido por votação da presidência da bancada parlamentar no início de junho. Ele passa seu tempo em Amã, juntamente com Khalaf al-Alayan, chefe da Frente do Diálogo Nacional, que é acusado de cumplicidade em um atentado suicida ao Parlamento em abril. A impressão química dos explosivos usados pelo terrorista combinava com explosivos encontrados na residência de al-Alayan durante uma recente batida americana.
Enquanto isso, o chefe do bloco Reconciliação e Libertação, Mishaan al-Jubouri, perdeu a imunidade parlamentar em outubro passado e em julho foi condenado à revelia a 15 anos de prisão por acusações de corrupção. Agora ele está escondido em Damasco.
O presidente do Parlamento, Mahmoud al-Mashhadani, outra figura do Consenso, foi inicialmente colocado no principal cargo legislativo do novo Iraque como parte de um acordo de divisão de poder que empossou o primeiro-ministro Nouri al-Maliki. Hoje Mashhadani também está de saída, ostensivamente por seu comportamento brutal durante o mandato de um ano. O incidente que precipitou sua remoção foi o selvagem espancamento aplicado por seus seguranças a um colega parlamentar.
Todos esses nomes são associados à retórica da linha-dura sunita contra a nova dominação xiita no governo, na economia e nos serviços de segurança. Naturalmente eles estão gritando, ao ver suas fortunas ruírem em conseqüência direta de um complô xiita para minar a liderança sunita que foi colocada no poder pelos votos.
O que falta nessa imagem é que muitas vezes são os próprios aliados e seguidores da linha-dura que planejaram sua remoção. Os sunitas moderados parecem ter concluído que seu futuro está em adaptar-se às enormes mudanças que ocorreram quando um governo interino finalmente substituiu o regime de Saddam Hussein, 15 meses depois da invasão. Os novos rostos em cena, como o substituto de Duleimi na chefia do bloco Consenso, Ayad al-Samarrae, contentam-se em ser parceiros juniores na direção do país, e como tal são considerados membros do time pela liderança xiita.
Essas mudanças não estão acontecendo no vácuo: elas vêm da percepção de que a carta mais valiosa na posição de barganha sunita - a resistência da rebelião sunita - está prestes a expirar.
A liderança política sunita supostamente exerceria um papel no governo como negociadores em nome dos insurgentes. Em troca, garantiria para sua comunidade uma fatia da torta política desproporcional a sua porcentagem da população, 15% a 20%. Tendo monopolizado o Estado e grande parte da economia desde o tempo dos otomanos, da monarquia e durante toda a era Saddam, o choque de perder todo esse poder para os xiitas - a classe inferior histórica - foi amarga demais para engolir.
Os sunitas raciocinaram que se pudessem aproveitar o rápido período de controle dos EUA talvez conseguissem reverter o tempo para uma época em que a violência sunita importava mais que o número de xiitas.
Apesar de todas as conversas atuais em Washington sobre uma rápida redução de tropas, os sunitas finalmente entenderam que os aliados americanos do Iraque não vão deixar tão cedo esse país crucial para os wahabitas e os baathistas, e que a primazia xiita está lá para ficar. Enquanto isso, a violência sunita não conseguiu forçar os americanos a sentar na mesa de negociação de modo substancial em quatro anos, e parece cada vez menos provável que o faça.
Existem razões para o recente surto de violência entre os próprios jihadistas e destes contra os baathistas: com uma vitória real fora de vista, a divergência de ideologias e a concorrência pelos recursos e a influência cada vez menores passam ao primeiro plano. Enquanto isso, existe uma sensação geral de fadiga de batalha entre os sunitas leigos, que suportaram o peso da ruptura causada pela rebelião na vida cotidiana. O que se vê agora no nível da elite é o efeito moderador de tudo isso sobre a classe política sunita, que está votando para se acomodar à nova realidade.
O novo elenco de atores sunitas e a sensação de que a insurgência está vacilante reconfortaram os xiitas. Maliki está prestes a reformular radicalmente seu governo, e ao fazê-lo oferecerá ao sunitas do partido islâmico moderado (um componente chave do bloco Consenso) uma oportunidade "tudo ou nada" de ficar na coalizão xiita-curda que ele pretende armar. Vários políticos xiitas zombam do modo como as mesas viraram e dos sunitas ávidos para agradar.
* Nibras Kazimi é professor visitante no Hudson Institute, em Washington, D.C.
- Helio Tadeu
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EUA não conhecem paradeiro de armas dadas ao Iraque
O governo dos Estados Unidos não sabe informar onde estão mais da metade das armas leves fornecidas às forças de segurança do Iraque, o que gera o temor de que tenham caído nas mãos dos grupos insurgentes, revela uma investigação parlamentar.
A informação, que faz parte de um documento da Secretaria de Prestação de Contas do Governo, é de que pelo menos 190 mil armas leves entregues pelo Pentágono às tropas iraquianas desde 2003 não podem ser localizadas.
Washington gastou US$ 19,2 bilhões desde o início da invasão ao Iraque, em março de 2003, para criar as forças de segurança do país árabe. O Pentágono também não sabe informar onde estão 135 mil peças de blindagem, de um total de 215 mil.
O relatório do Escritório de Auditoria do Governo dos Estados Unidos enviado ao Congresso americano revela que o Departamento de Defesa não tem procedimentos suficientes para controlar documentalmente o destino do equipamento entregue às forças de segurança no Iraque. Segundo o relatório do Escritório de Auditoria do Governo dos Estados Unidos, o Departamento de Defesa reconhece que é preciso melhorar o controle dos envios de material militar às forças de segurança iraquianas e estaria investigando o caso.
Os comandantes das forças multinacionais entrevistados pela auditoria entre março de 2006 e julho de 2007 atribuíram o descontrole contábil sobre as armas entregues às forças de segurança iraquianas à falta de pessoal e à ausência de normas e de um registro central.
O documento lembra aos congressistas que o Pentágono solicitou recentemente para o ano fiscal 2008 outros US$ 2 bilhões para este fim. Segundo o jornal Washington Post, entre 2004 e 2005 o general americano David Petraus, que agora é o máximo chefe militar americano no Iraque, estava no comando do treinamento das forças de segurança iraquianas. O jornal afirma também que um alto funcionário do Pentágono reconheceu que algumas armas podiam ser empregadas contra as tropas americanas e lembrou que a brigada iraquiana criada em Faluja em setembro de 2004 desertou rapidamente e passou a usar seu armamento contra os americanos.
Rachel Stohl, analista do Centro para a Informação da Defesa, disse ao jornal que as autoridades "não têm nem idéia de onde estão (as armas), parece que os Estados Unidos estão armando involuntariamente os maus".
O relatório de junho de 2006 da Anistia Internacional "O AK-47: a máquina de matar mundialmente preferida" indica que um dos mais "significativos" compradores nos últimos dois anos do fuzil, produzido por antigos países do bloco soviético, é o Departamento de Defesa americano. Tal documento explica que mais de 350 mil AK-47 foram retirados da Bósnia-Herzegovina e da Sérvia com "aparente" destino ao Iraque por empresas privadas americanas terceirizadas que operavam para o Departamento de Defesa americano.
O relatório acrescenta que parte dos fuzis Kalashnikov, que supostamente tinham como destino o Iraque, foi levada pela Aerocom, uma companhia de charter da Moldávia, implicada em 2002 em uma rede de contrabando de armas da Sérvia para a Libéria, país na época sob embargo das Nações Unidas. O carregamento com AK-47, com falso destino final na Nigéria, foi desviado para a Libéria e usada nas atrocidades cometidas pelas forças de Charles Taylor, segundo o relatório da AI.
AFP
O governo dos Estados Unidos não sabe informar onde estão mais da metade das armas leves fornecidas às forças de segurança do Iraque, o que gera o temor de que tenham caído nas mãos dos grupos insurgentes, revela uma investigação parlamentar.
A informação, que faz parte de um documento da Secretaria de Prestação de Contas do Governo, é de que pelo menos 190 mil armas leves entregues pelo Pentágono às tropas iraquianas desde 2003 não podem ser localizadas.
Washington gastou US$ 19,2 bilhões desde o início da invasão ao Iraque, em março de 2003, para criar as forças de segurança do país árabe. O Pentágono também não sabe informar onde estão 135 mil peças de blindagem, de um total de 215 mil.
O relatório do Escritório de Auditoria do Governo dos Estados Unidos enviado ao Congresso americano revela que o Departamento de Defesa não tem procedimentos suficientes para controlar documentalmente o destino do equipamento entregue às forças de segurança no Iraque. Segundo o relatório do Escritório de Auditoria do Governo dos Estados Unidos, o Departamento de Defesa reconhece que é preciso melhorar o controle dos envios de material militar às forças de segurança iraquianas e estaria investigando o caso.
Os comandantes das forças multinacionais entrevistados pela auditoria entre março de 2006 e julho de 2007 atribuíram o descontrole contábil sobre as armas entregues às forças de segurança iraquianas à falta de pessoal e à ausência de normas e de um registro central.
O documento lembra aos congressistas que o Pentágono solicitou recentemente para o ano fiscal 2008 outros US$ 2 bilhões para este fim. Segundo o jornal Washington Post, entre 2004 e 2005 o general americano David Petraus, que agora é o máximo chefe militar americano no Iraque, estava no comando do treinamento das forças de segurança iraquianas. O jornal afirma também que um alto funcionário do Pentágono reconheceu que algumas armas podiam ser empregadas contra as tropas americanas e lembrou que a brigada iraquiana criada em Faluja em setembro de 2004 desertou rapidamente e passou a usar seu armamento contra os americanos.
Rachel Stohl, analista do Centro para a Informação da Defesa, disse ao jornal que as autoridades "não têm nem idéia de onde estão (as armas), parece que os Estados Unidos estão armando involuntariamente os maus".
O relatório de junho de 2006 da Anistia Internacional "O AK-47: a máquina de matar mundialmente preferida" indica que um dos mais "significativos" compradores nos últimos dois anos do fuzil, produzido por antigos países do bloco soviético, é o Departamento de Defesa americano. Tal documento explica que mais de 350 mil AK-47 foram retirados da Bósnia-Herzegovina e da Sérvia com "aparente" destino ao Iraque por empresas privadas americanas terceirizadas que operavam para o Departamento de Defesa americano.
O relatório acrescenta que parte dos fuzis Kalashnikov, que supostamente tinham como destino o Iraque, foi levada pela Aerocom, uma companhia de charter da Moldávia, implicada em 2002 em uma rede de contrabando de armas da Sérvia para a Libéria, país na época sob embargo das Nações Unidas. O carregamento com AK-47, com falso destino final na Nigéria, foi desviado para a Libéria e usada nas atrocidades cometidas pelas forças de Charles Taylor, segundo o relatório da AI.
AFP
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EUA não conhecem paradeiro de armas dadas ao Iraque
O governo dos Estados Unidos não sabe informar onde estão mais da metade das armas leves fornecidas às forças de segurança do Iraque, o que gera o temor de que tenham caído nas mãos dos grupos insurgentes, revela uma investigação parlamentar.
A informação, que faz parte de um documento da Secretaria de Prestação de Contas do Governo, é de que pelo menos 190 mil armas leves entregues pelo Pentágono às tropas iraquianas desde 2003 não podem ser localizadas.
devem estar escondidas junto com as ADMs....
Triste sina ter nascido português
EUA anunciam morte de 30 militantes em operação em Bagdá
Uma operação militar americana no bairro xiita de Cidade Sadr, em Bagdá, deixou 30 militantes mortos e 12 presos nesta quarta-feira, segundo as autoridades americanas no Iraque.
A maior parte deles teria morrido durante um ataque aéreo de caças e helicópteros após uma operação por terra no bairro.
De acordo com os americanos, os mortos fariam parte de um grupo de contrabandistas de armas.
No entanto, testemunhas afirmam que há mulheres e crianças entre as vítimas. Os Estados Unidos negam ter atingido civis no ataque.
Reuniões no Irã
Em meio à operação americana em Bagdá, o primeiro-ministro iraquiano Nouri Maliki participou nesta quarta-feira de reuniões de paz no Irã.
Em entrevista durante o vôo para Teerã, o líder iraquiano disse que o principal objetivo da visita é fortalecer as relações entre os dois países.
"Queremos promover os laços econômicos e outros que contribuam no combate ao terrorismo e nos seus desafios", disse Maliki à agência de notícias Associated Press.
Maliki afirmou ainda que o Iraque e o Irã têm "uma compreensão mútua de que estão dispostos a solucionar problemas e sofrimentos do povo iraquiano".
Recentemente, comandantes americanos voltaram a acusar o Irã de apoiar milícias iraquianas – acusações que o Irã desmente de forma veemente.
Nesta quarta-feira, o general americano Raymond Odierno disse que explosivos fornecidos pelo Irã seriam responsáveis por um terço das mortes de americanos em combate em julho.
Fonte: BBC Brasil
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É muito provável que esses homens ajoelhados, após serem exibidos como troféus, estejam aguardando tortura. Seguida, posteriormente, por execução, ou à bala ou à faca.
Uma coisa é discutir as alterntativas políticas e estratégicas das ações dos Estados Unidos. E, também, os efeitos que a guerra de contra-insurgência manifesta no comportamento humano dos soldados regulares envolvidos.
Agora, outra diferente é, de algum modo, buscar louvar as ações dos grupos insurgentes no Iraque.
Quem são esses homens armados? São iraquianos desejosos de lutar contra um invasor estrangeiro, porém, de acordo com mínimas regras de conduta, de honra e de respeito aos ensinamentos do Alcorão?
Ou são esses os terroristas que não demonstram respeito por nada. Nem aos homens, nem ao Profeta Mohammad e nem ao próprio Deus único? Esses que explodem carros-bombas, ao lado de crianças. De mulheres, de velhos. Que explodem bombas nas próprias mesquitas?
Então, eu penso que, antes de se postar determinadas imagens, é preciso avaliar bem, no que elas se constituem. E olha, que eu falo isso, depois de ter sofrido algumas descortesias em relação a alguns textos que ando postando em outro tópico. Cada um tem sua bússola interna e deve se guiar por ela. Mas, às vezes, pode ser que alguma interferência magnética atrapalhe a leitura da nossa bússola. Aí entram as pessoas ao redor (incluindo a Moderação) e dizem:
- Cuidado! Você está indo para o lado errado.
Então, a pessoa tem que botar a mão na consciência e ver, se, realmente, está se excedendo.
Seria absurdo pretender que qualquer crítica às políticas anglo-americanas se constitua em "apoio ao terrorismo" como alguns adoram sugerir. Mas isso não quer dizer que, às vezes, a gente possa estar, até sem perceber, fazendo tal coisa. Mesmo a um nível simplesmente moral.
É só uma opinião pessoal...
Então, eu penso que, antes de se postar determinadas imagens, é preciso avaliar bem, no que elas se constituem. E olha, que eu falo isso, depois de ter sofrido algumas descortesias em relação a alguns textos que ando postando em outro tópico. Cada um tem sua bússola interna e deve se guiar por ela. Mas, às vezes, pode ser que alguma interferência magnética atrapalhe a leitura da nossa bússola. Aí entram as pessoas ao redor (incluindo a Moderação) e dizem:
- Cuidado! Você está indo para o lado errado.
Então, a pessoa tem que botar a mão na consciência e ver, se, realmente, está se excedendo.
Seria absurdo pretender que qualquer crítica às políticas anglo-americanas se constitua em "apoio ao terrorismo" como alguns adoram sugerir. Mas isso não quer dizer que, às vezes, a gente possa estar, até sem perceber, fazendo tal coisa. Mesmo a um nível simplesmente moral.
E olhe que minha intenção nem era de fazer apologia a nada, era apenas de ilustrar o topico mas ja que foi interpretado assim deixo de postar as fotos, apesar de acretidar que estas fotos não são apologia a nada, nem apoio a terroristas.
Um abraço, Clermont.
- cabeça de martelo
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Clermont escreveu:
É muito provável que esses homens ajoelhados, após serem exibidos como troféus, estejam aguardando tortura. Seguida, posteriormente, por execução, ou à bala ou à faca.
Uma coisa é discutir as alterntativas políticas e estratégicas das ações dos Estados Unidos. E, também, os efeitos que a guerra de contra-insurgência manifesta no comportamento humano dos soldados regulares envolvidos.
Agora, outra diferente é, de algum modo, buscar louvar as ações dos grupos insurgentes no Iraque.
Quem são esses homens armados? São iraquianos desejosos de lutar contra um invasor estrangeiro, porém, de acordo com mínimas regras de conduta, de honra e de respeito aos ensinamentos do Alcorão?
Ou são esses os terroristas que não demonstram respeito por nada. Nem aos homens, nem ao Profeta Mohammad e nem ao próprio Deus único? Esses que explodem carros-bombas, ao lado de crianças. De mulheres, de velhos. Que explodem bombas nas próprias mesquitas?
Então, eu penso que, antes de se postar determinadas imagens, é preciso avaliar bem, no que elas se constituem. E olha, que eu falo isso, depois de ter sofrido algumas descortesias em relação a alguns textos que ando postando em outro tópico. Cada um tem sua bússola interna e deve se guiar por ela. Mas, às vezes, pode ser que alguma interferência magnética atrapalhe a leitura da nossa bússola. Aí entram as pessoas ao redor (incluindo a Moderação) e dizem:
- Cuidado! Você está indo para o lado errado.
Então, a pessoa tem que botar a mão na consciência e ver, se, realmente, está se excedendo.
Seria absurdo pretender que qualquer crítica às políticas anglo-americanas se constitua em "apoio ao terrorismo" como alguns adoram sugerir. Mas isso não quer dizer que, às vezes, a gente possa estar, até sem perceber, fazendo tal coisa. Mesmo a um nível simplesmente moral.
É só uma opinião pessoal...
Excelente texto Clermont (como sempre).
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Líder sunita adverte EUA contra Nuri al-Maliki
Entendendo estar o processo político num impasse, o principal chefe religioso da comunidade sunita iraquiana apelou ontem aos Estados Unidos da América (EUA) para deixarem de apoiar o Governo "fantoche" do primeiro-ministro xiita Nuri al- Maliki.
"Se os norte-americanos persistirem nesta política, confiando nestes mesmos homens que falharam repetidamente, então vão deixar o Iraque derrotados", prognosticou, ontem, o xeque Harith al-Dari, líder da influente Associação dos Ulemás (doutores da ciência religiosa islâmica).
"A Administração norte-americana deve corrigir a sua política no Iraque e deixar de depender de marionetas cujo fracasso está comprovado", disse Harith al-Dari à agência noticiosa Reuters, em Amã, na Jordânia.
Suposto erradicar a violência e amainar tensões entre as comunidades, o Governo de maioria xiita de Nuri al-Maliki vive uma profunda crise desde que os seis ministros da Frente da Concórdia (principal grupo parlamentar sunita) abandonaram o Executivo, no passado dia 1.
Nuri al-Maliki anunciara, anteontem, a intenção de organizar, durante esta semana, uma cimeira de dirigentes políticos iraquianos, a fim de dar solução à crise que, na óptica dos EUA, poderia ser o momento da verdade para o seu (suposto) Governo de unidade, formado em 2006.
Harith al-Dari procura levar o Congresso dos EUA a intensificar pressões sobre a Casa Branca, no sentido de uma retirada das forças norte-americanas do Iraque, que, na sua opinião, "fazem uma guerra inútil, perdida e pesada em vidas humanas".
http://jn.sapo.pt/2007/08/14/mundo/lide ... i_alm.html
Entendendo estar o processo político num impasse, o principal chefe religioso da comunidade sunita iraquiana apelou ontem aos Estados Unidos da América (EUA) para deixarem de apoiar o Governo "fantoche" do primeiro-ministro xiita Nuri al- Maliki.
"Se os norte-americanos persistirem nesta política, confiando nestes mesmos homens que falharam repetidamente, então vão deixar o Iraque derrotados", prognosticou, ontem, o xeque Harith al-Dari, líder da influente Associação dos Ulemás (doutores da ciência religiosa islâmica).
"A Administração norte-americana deve corrigir a sua política no Iraque e deixar de depender de marionetas cujo fracasso está comprovado", disse Harith al-Dari à agência noticiosa Reuters, em Amã, na Jordânia.
Suposto erradicar a violência e amainar tensões entre as comunidades, o Governo de maioria xiita de Nuri al-Maliki vive uma profunda crise desde que os seis ministros da Frente da Concórdia (principal grupo parlamentar sunita) abandonaram o Executivo, no passado dia 1.
Nuri al-Maliki anunciara, anteontem, a intenção de organizar, durante esta semana, uma cimeira de dirigentes políticos iraquianos, a fim de dar solução à crise que, na óptica dos EUA, poderia ser o momento da verdade para o seu (suposto) Governo de unidade, formado em 2006.
Harith al-Dari procura levar o Congresso dos EUA a intensificar pressões sobre a Casa Branca, no sentido de uma retirada das forças norte-americanas do Iraque, que, na sua opinião, "fazem uma guerra inútil, perdida e pesada em vidas humanas".
http://jn.sapo.pt/2007/08/14/mundo/lide ... i_alm.html
Triste sina ter nascido português
- Dieneces
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Serei "cortês" ao concordar com vossa opinião , Clermont . Post claro , límpido e verdadeiro este . O que pode aparentemente configurar descortesia , por vezes , em minha opinião é tão somente a lei da ação e da reação se manifestando , a ação muitas vezes vem subentendida . Das trincheiras de Sedan às Selvas da Nova Guiné , da planície ao planalto , o diálogo se adapta ao calor do combate .Clermont escreveu:
É muito provável que esses homens ajoelhados, após serem exibidos como troféus, estejam aguardando tortura. Seguida, posteriormente, por execução, ou à bala ou à faca.
Uma coisa é discutir as alterntativas políticas e estratégicas das ações dos Estados Unidos. E, também, os efeitos que a guerra de contra-insurgência manifesta no comportamento humano dos soldados regulares envolvidos.
Agora, outra diferente é, de algum modo, buscar louvar as ações dos grupos insurgentes no Iraque.
Quem são esses homens armados? São iraquianos desejosos de lutar contra um invasor estrangeiro, porém, de acordo com mínimas regras de conduta, de honra e de respeito aos ensinamentos do Alcorão?
Ou são esses os terroristas que não demonstram respeito por nada. Nem aos homens, nem ao Profeta Mohammad e nem ao próprio Deus único? Esses que explodem carros-bombas, ao lado de crianças. De mulheres, de velhos. Que explodem bombas nas próprias mesquitas?
Então, eu penso que, antes de se postar determinadas imagens, é preciso avaliar bem, no que elas se constituem. E olha, que eu falo isso, depois de ter sofrido algumas descortesias em relação a alguns textos que ando postando em outro tópico. Cada um tem sua bússola interna e deve se guiar por ela. Mas, às vezes, pode ser que alguma interferência magnética atrapalhe a leitura da nossa bússola. Aí entram as pessoas ao redor (incluindo a Moderação) e dizem:
- Cuidado! Você está indo para o lado errado.
Então, a pessoa tem que botar a mão na consciência e ver, se, realmente, está se excedendo.
Seria absurdo pretender que qualquer crítica às políticas anglo-americanas se constitua em "apoio ao terrorismo" como alguns adoram sugerir. Mas isso não quer dizer que, às vezes, a gente possa estar, até sem perceber, fazendo tal coisa. Mesmo a um nível simplesmente moral.
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Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
- Edu Lopes
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Clermont escreveu:Quem são esses homens armados? São iraquianos desejosos de lutar contra um invasor estrangeiro, porém, de acordo com mínimas regras de conduta, de honra e de respeito aos ensinamentos do Alcorão?
Ou são esses os terroristas que não demonstram respeito por nada. Nem aos homens, nem ao Profeta Mohammad e nem ao próprio Deus único? Esses que explodem carros-bombas, ao lado de crianças. De mulheres, de velhos. Que explodem bombas nas próprias mesquitas?
Clermont, só agora vi esse teu post e se não estivesse com um pé imobilizado levantaria e aplaudiria.
Há que se separar a religião do terrorismo, um não é complemento do outro.
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15/08/2007 - 21h23
Chega a 500 o número de mortos em atentado com caminhões-bomba no Iraque
Redação Central, 16 ago (EFE).- Chega a 500 o número de pessoas que morreram em decorrência das explosões de quatro caminhões-bomba no norte do Iraque, afirma a imprensa local tendo como base fontes oficiais e hospitalares.
Após estes atentados, o balanço de iraquianos (civis e militares) que perderam a vida de forma violenta neste país desde o início de 2007 chega a 11.201, segundo uma apuração feita a partir das informações divulgadas pela Efe.
O ataque, perpetrado na cidade de Sinyar, na província de Ninawa, é o mais sangrento desde a queda do regime de Saddam Hussein, em abril de 2003.
Em janeiro pelo menos 1.596 pessoas morreram, já em fevereiro foram 1.308, enquanto março contabilizou 1.546 mortos.
O número de mortes violentas no Iraque em abril foi de 1.435, enquanto maio alcançou 1.564 e junho 1.240. Já em julho 1.650 pessoas perderam a vida em circunstâncias como esta, enquanto em agosto já seriam 1.113, caso sejam confirmadas as estimativas sobre as vítimas da última terça.
Faltando números oficiais, os cálculos sobre o número de vítimas encontram grandes diferenças dependendo da fonte.
Segundo a organização humanitária local "Iraque sem violência", 9.352 iraquianos morreram durante os primeiros cinco meses deste ano.
Já o grupo independente "Body Count", dirigido por pesquisadores e pacifistas, diz que é de pelo menos 8.009 o número de civis iraquianos mortos até o dia 3 de junho de 2007.
Sem citar números, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados no Iraque (Acnur) calcula que uma centena de pessoas morre a cada dia no Iraque por causa da violência.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde diz que sete de cada dez feridos pela violência perdem a vida nos hospitais.
Desde o início do conflito, em março de 2003, mais de 150 mil pessoas morreram no Iraque, informou o ministro da Saúde do país em novembro de 2006.
O grupo Body Count coloca o número de vítimas mortais em mais de 68 mil, embora um estudo da revista científica britânica "The Lancet", publicado em outubro de 2006, aumenta a cifra para 600 mil.
Chega a 500 o número de mortos em atentado com caminhões-bomba no Iraque
Redação Central, 16 ago (EFE).- Chega a 500 o número de pessoas que morreram em decorrência das explosões de quatro caminhões-bomba no norte do Iraque, afirma a imprensa local tendo como base fontes oficiais e hospitalares.
Após estes atentados, o balanço de iraquianos (civis e militares) que perderam a vida de forma violenta neste país desde o início de 2007 chega a 11.201, segundo uma apuração feita a partir das informações divulgadas pela Efe.
O ataque, perpetrado na cidade de Sinyar, na província de Ninawa, é o mais sangrento desde a queda do regime de Saddam Hussein, em abril de 2003.
Em janeiro pelo menos 1.596 pessoas morreram, já em fevereiro foram 1.308, enquanto março contabilizou 1.546 mortos.
O número de mortes violentas no Iraque em abril foi de 1.435, enquanto maio alcançou 1.564 e junho 1.240. Já em julho 1.650 pessoas perderam a vida em circunstâncias como esta, enquanto em agosto já seriam 1.113, caso sejam confirmadas as estimativas sobre as vítimas da última terça.
Faltando números oficiais, os cálculos sobre o número de vítimas encontram grandes diferenças dependendo da fonte.
Segundo a organização humanitária local "Iraque sem violência", 9.352 iraquianos morreram durante os primeiros cinco meses deste ano.
Já o grupo independente "Body Count", dirigido por pesquisadores e pacifistas, diz que é de pelo menos 8.009 o número de civis iraquianos mortos até o dia 3 de junho de 2007.
Sem citar números, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados no Iraque (Acnur) calcula que uma centena de pessoas morre a cada dia no Iraque por causa da violência.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde diz que sete de cada dez feridos pela violência perdem a vida nos hospitais.
Desde o início do conflito, em março de 2003, mais de 150 mil pessoas morreram no Iraque, informou o ministro da Saúde do país em novembro de 2006.
O grupo Body Count coloca o número de vítimas mortais em mais de 68 mil, embora um estudo da revista científica britânica "The Lancet", publicado em outubro de 2006, aumenta a cifra para 600 mil.