Marinha do Japão

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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#61 Mensagem por LeandroGCard » Dom Ago 05, 2007 10:14 am

Luis Asahi escreveu:A JMSDF no dia 5-4-2007 inaugurol um museu na cidade de Kure na provincia de Kagoshima, eles colocaram na entrada o Sub AKISHIO que pode ser visitado por dentro.
Abraços!!!


Caramba, este submarino parece muito novo para estar em um museu! Não só bem conservado, mas o design é bem moderno (ele parece até um nuclear)! Ele também tem pinta de ser grande, sabe quais são as características dele (tonelagem, velocidade, no. de tubos, etc...)?

Eu sempre achei que a MB deveria possuir barcos deste porte como espinha dorsal da força de sub's, não os pequenininhos IKL1400. Os IKL até são bons para patrulhas não muito distantes de nossa costa, mas um bicho destes parece ser capaz de ir atrás do inimigo no outro lado do oceano, e pegá-lo onde ele realmente não espera.

É por estas e outras que sempre fui admirador da marinha japonesa, desde Tsushima!

Um grande abraço,

Leandro G. Card




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#62 Mensagem por LeandroGCard » Dom Ago 05, 2007 10:33 am

Luís Henrique escreveu:

Além disso tem uma grande diferença em despejar 300 quilotons ou 3.000 quilotons. Diferença entre o missil ingles para o chines.



Só um detalhe. A diferença é a mesma que entre matar uma barata com uma chinelada ou passando com um rolo compressor sobre ela. É diferente, mas não faz diferença.

300 ou 3000 kT para todos os fins práticos destroem qualquer cidade, mas apenas a cidade atingida e suas cercanias mais próximas. O raio de destruição de uma bomba nuclear não é diretamente proporcional à sua potência, e assim uma bomba de 3000 kT destrói um pouco mais as cercanias da cidade que uma de 300, mas é só isso.

Por esta razão os países mais avançados preferem múltiplas ogivas menores no lugar de uma única muito potente. Assim, com um único míssil pode-se destruir várias cidades (matar várias baratas com várias chineladas), ao invés de uma só mais destruída ainda (matar uma só barata com um rolo compressor).

A potência utilizada nas ogivas chinesas quase com certeza significa que os vetores (mísseis) tem pouca precisão, o que é uma desvantagem com relação aos demais países possuidores de mísseis nucleares. É claro que para ter certeza absoluta só lendo a mente dos chineses responsáveis, eles podem ser simplesmente mentalmente perturbados e vidrados em potência, vai se saber.

Abraços,

Leandro G. Card




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#63 Mensagem por LeandroGCard » Dom Ago 05, 2007 10:54 am

ferrol escreveu:
Por eso EE.UU se opón siquera a que se investigue en Irán ou Corea a enerxía nuclear. Porque o acceso deses países a ese tipo de tecnoloxía, a través do mercado negro ou baixo a apariencia de investigación compromete a seguridade dunha enorme área do planeta se eses tolos ordean o séu uso. E o ordearán, porque senón non as adquirirían.


A grande preocupação dos EUA com o domínio da tecnologia nuclear por países como o Irã ou a Coréia do Norte não é que estes países venham a lançar suas ogivas sobre algum outro (ou mesmo sobre os próprios EUA). A preocupação é que eles contruam ogivas e as entreguem (de uma forma ou de outra) a algum grupo terrorista ou gerrilheiro, que poderia contrabandeá-las para dentro do território americano e utilizá-las para chantegear o governo dos EUA, ou em ataques devastadores que forçariam o país a acabar com o que lhes resta de liberdade civil em nome da segurança.

É esta mesma preocupação que impede os países desenvolvidos de ameaçar com este tipo de arma outros países que não as possuem. Na primeira vez que isto acontecer começará uma corrida incontrolável por parte de todos os países minimamente organizados do planeta atrás de tecnologia e armamento nuclear, para evitar que sejam vítmas do mesmo tipo de ação (o que aliás seria totalmente justificável), e neste caso a proliferação de armamento nuclear em países que não podem garantir (propositadamente ou não) a segurança de suas ogivas tornaria a ameaça terrorista simplesmente esmagadora, e seria fim das liberdades civis (e provavelmente ao longo do tempo também da democracia) no mundo todo.

Como todos os países hoje detentores de armamento nuclear têm preocupações quanto ao terrorismo, todos preferem que tal corrida à tecnologia nuclear não aconteça.

E é isto que garante que por enquanto todos possamos dormir tranquilos. Por enquanto.


Leandro G. Card




Editado pela última vez por LeandroGCard em Dom Ago 05, 2007 3:27 pm, em um total de 2 vezes.
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#64 Mensagem por gral » Dom Ago 05, 2007 11:55 am

LeandroGCard escreveu:Caramba, este submarino parece muito novo para estar em um museu!


Os japoneses fixaram o tamanho da frota de submarinos deles em 16 unidades(se eu não me engano), e comissionam um submarino por ano. Ou seja, cada submarino fica menos de 20 anos em serviço.




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#65 Mensagem por Sniper » Dom Ago 05, 2007 12:56 pm

gral escreveu:
LeandroGCard escreveu:Caramba, este submarino parece muito novo para estar em um museu!


Os japoneses fixaram o tamanho da frota de submarinos deles em 16 unidades(se eu não me engano), e comissionam um submarino por ano. Ou seja, cada submarino fica menos de 20 anos em serviço.


Pena eles não poderem vender material bélico... sería uma ótima aquisição para marinhas como a MB ! :roll:




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#66 Mensagem por LeandroGCard » Dom Ago 05, 2007 2:34 pm

gral escreveu:
LeandroGCard escreveu:Caramba, este submarino parece muito novo para estar em um museu!


Os japoneses fixaram o tamanho da frota de submarinos deles em 16 unidades(se eu não me engano), e comissionam um submarino por ano. Ou seja, cada submarino fica menos de 20 anos em serviço.


Isto é o que se chama de país sério. Imagine se a MB fixasse o número de sub's em por exemplo 8 (metade da frota japonesa), e comissionasse um a cada 2 aos (o dobro do tempo dos japoneses). Que frota submarina daria para manter! Supondo um custo de USD 400 milhões por barco, e o de uma reforma completa em USD 100 milhões, daria para ter um número de barcos maior que o atual (8 em vez de 5), sempre novos e por apenas USD 250 milhões em média por ano (sem contar a possível venda dos submarinos mais velhos, que aos dezesseis anos e modernizados ainda dariam um bom caldo em qualquer marinha menor).

E tudo poderia ser feito aqui mesmo no país, pois a infra-estrutura de projeto e construção seria mantida permenentemente ativa e atualizada pelas novas construções.

Compare isto com o valor da proposta para a construção do novo submarino e a reforma dos mais velhos que foi apresentada há algum tempo (e até agora não confirmada).


Sniper escreveu:Pena eles não poderem vender material bélico... sería uma ótima aquisição para marinhas como a MB ! :roll:


Sniper, dado o comentário acima você tem mesmo certeza de que gostaria de ver o Brasil comprando sub's descartados do Japão? É mesmo este o papel que você almeja para nosso país no mundo?


Abraços à todos,

Leandro G. Card




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#67 Mensagem por Morcego » Dom Ago 05, 2007 2:36 pm

LeandroGCard escreveu:
gral escreveu:
LeandroGCard escreveu:Caramba, este submarino parece muito novo para estar em um museu!


Os japoneses fixaram o tamanho da frota de submarinos deles em 16 unidades(se eu não me engano), e comissionam um submarino por ano. Ou seja, cada submarino fica menos de 20 anos em serviço.


Isto é o que se chama de país sério. Imagine se a MB fixasse o número de sub's em por exemplo 8 (metade da frota japonesa), e comissionasse um a cada 2 aos (o dobro do tempo dos japoneses). Que frota submarina daria para manter! Supondo um custo de USD 400 milhões por barco, e o de uma reforma completa em USD 100 milhões, daria para ter um número de barcos maior que o atual (8 em vez de 5), sempre novos e por apenas USD 250 milhões em média por ano (sem contar a possível venda dos submarinos mais velhos, que aos dezesseis anos e modernizados ainda dariam um bom caldo em qualquer marinha menor).

E tudo poderia ser feito aqui mesmo no país, pois a infra-estrutura de projeto e construção seria mantida permenentemente ativa e atualizada pelas novas construções.

Compare isto com o valor da proposta para a construção do novo submarino e a reforma dos mais velhos que foi apresentada há algum tempo (e até agora não confirmada).


Sniper escreveu:Pena eles não poderem vender material bélico... sería uma ótima aquisição para marinhas como a MB ! :roll:


Sniper, dado o comentário acima você tem mesmo certeza de que gostaria de ver o Brasil comprando sub's descartados do Japão? É mesmo este o papel que você almeja para nosso país no mundo?


Abraços à todos,

Leandro G. Card


EU particularmente PENSO QUE NOSSA FROTA DE SUBS deveria ter no MINÍMO 18.

TIRANDO DE SERVIÇO SEMPRE 2 A CADA 4 ANOS, podendo ASSIM manter nossa industria sempre produzindo e fazneod o upgrade necessario.

tb precisamos de mais fragatas e poderiamso começar comprando algumas e produzindo.

com isso teriamos nossos estaleiros produzindo NAVIOS BANDEIRA BRASILEIRA melhorando nossa posição logistica no comério exterior.




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#68 Mensagem por Luís Henrique » Dom Ago 05, 2007 3:54 pm

1 sub convencional a cada 2 anos. Vida útil de 32 anos. Frota de 16 subs convencionais.

1 sub nuclear a cada 4 anos. Vida útil de 32 anos. Frota de 8 subs nucleares.

1 fragata a cada 2 anos. Vida útil de 32 anos. Frota de 16 fragatas.

:twisted:




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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#69 Mensagem por Bolovo » Dom Ago 05, 2007 4:00 pm

Façam me a acreditar ou mesmo a sonhar nisso com uma corveta a 16 anos num estaleiro!! :oops:




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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#70 Mensagem por saullo » Dom Ago 05, 2007 4:07 pm

Pra quem tem mais de 8.000 km de costa e mais de 4,2 milhões de Amazônia Azul nós teríamos que ter quantidades boas de meios, semelhantes às defendidas acima.
Mas não temos governantes que olhem nossas águas, governa-se o Brasil de costas para o oceano.

Abraços




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#71 Mensagem por saullo » Dom Ago 05, 2007 4:11 pm

Uma linha de produção e reposição como a japonesa, bem planejada, se adotada no Brasil, manteria os estaleiros com serviço e a marinha sempre equipada. Além do que, depois de implementada, teria um custo anual quase fixo, sempre se destinando verba para as contruções e reposições. Para um país com um PIB como o nosso, é sim possível fazer algo semelhante.

Abraços




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#72 Mensagem por Sniper » Dom Ago 05, 2007 4:27 pm

LeandroGCard escreveu:
Sniper escreveu:Pena eles não poderem vender material bélico... sería uma ótima aquisição para marinhas como a MB ! :roll:


Sniper, dado o comentário acima você tem mesmo certeza de que gostaria de ver o Brasil comprando sub's descartados do Japão? É mesmo este o papel que você almeja para nosso país no mundo?


Abraços à todos,

Leandro G. Card


Caro amigo Leandro, um pouco de interpretação cai bem! :wink:

Eu disse "Marinhas como a MB" ou seja, marinhas que compram material de 2ª mão (não é o nosso caso pois construimos nossos próprios submarinos) como as marinhas Latinoamericanas em geral e de outros países como o Paquistão, Índia, etc... :wink:

Abraço!




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#73 Mensagem por P44 » Dom Ago 05, 2007 4:43 pm

o Japão não vende para ninguém :wink:




Triste sina ter nascido português 👎
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#74 Mensagem por LeandroGCard » Dom Ago 05, 2007 4:56 pm

saullo escreveu:Uma linha de produção e reposição como a japonesa, bem planejada, se adotada no Brasil, manteria os estaleiros com serviço e a marinha sempre equipada. Além do que, depois de implementada, teria um custo anual quase fixo, sempre se destinando verba para as contruções e reposições. Para um país com um PIB como o nosso, é sim possível fazer algo semelhante.

Abraços


Pois esta é exatamente a minha opinião. Não precisamos começar com números iguais aos do Japão (realmente, sair de uma corveta no estaleiro por 16 anos para uma força de 15 ou 20 sub's e mais um número equivalente de vasos de superfície, tudo reposto constantemente, é inconcebível), mas o conceito me parece bastante viável para nosso país sim.

Com 1 sub e 1 fragata (ou equivalente) lançada a cada dois anos (um deles por ano), mais 1 de cada sendo reformado, estaríamos falando em gastar algo como USD500 milhões/ano com as plataformas mais importantes. Mantendo números razoáveis em serviço (6-8 subs, 14-18 fragatas), sendo sempre navios razoavelmente novos (devido ao conceito adotado), os custos não seriam muito maiores do que a marinha já tem gasto até hoje para adquirir e manter a frota atual.

Com o modelo hoje adotado, caracterizado por surtos de aquisições seguidos de longos períodos de estagnação, mais os custos associados à manutenção de uma frota heterogênea e de navios antigos, a despesa total também não é pequena, para um nível de independência e operacionalidade bem menor.

Eu pessoalmente acho que era este conceito que o pessoal da marinha deveria sempre apresentar ao governo (qualquer que fosse ele), ao invés de programas individuais de plataformas específicas (como o caso das Niterói, das Inhaúma, dos Tupy) e de fazer compras de oportunidade que acabam desviando e diluindo o esforço e a pouca verba disponível.

Até entendo que um programa inicial contemplando uma ou duas unidades construídas com ajuda ou mesmo projeto estrangeiros, para permitir a absorção de tecnologia, mas o importante não é definir apenas a plataforma que será construída em um determinado momento, e sim montar um programa continuado de construções que se mantivesse ao longo dos anos, sem interrupções.


Abraços à todos,

Leandro G. Card




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#75 Mensagem por LeandroGCard » Dom Ago 05, 2007 4:59 pm

Sniper escreveu:
Caro amigo Leandro, um pouco de interpretação cai bem! :wink:

Eu disse "Marinhas como a MB" ou seja, marinhas que compram material de 2ª mão (não é o nosso caso pois construimos nossos próprios submarinos) como as marinhas Latinoamericanas em geral e de outros países como o Paquistão, Índia, etc... :wink:

Abraço!


OK, compreendido,

Deculpe a interpretação apressada.

Um grande abraço,

Leandro G. Card




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