Diplomacia Bolivariana
Moderador: Conselho de Moderação
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Do ESP:
Depois das bravatas, diplomacia de Chávez encara seus limites
Presidente venezuelano está descobrindo as dificuldades de conciliar radicalismo interno e ação global ampla
Ruth Costas
Depois de meses agindo como o suposto líder de uma iminente e arrebatadora revolução socialista latino-americana, Hugo Chávez não tem muitos motivos para comemorar. O presidente venezuelano foi mal recebido, quase ignorado, em sua passagem pela Rússia, no fim de junho, e pelo Irã, há uma semana; ouviu uma resposta desdenhosa do presidente brasileiro ao ameaçar retirar seu pedido de adesão ao Mercosul, na quarta-feira; e foi acusado de ingerência pelo governo peruano.
'Chávez tem investido pesado para ampliar sua influência na América Latina e se consolidar como um ator de relevância global', disse ao Estado o cientista político venezuelano Carlos Romero, autor do livro Brincando com o Globo: a Política Externa de Hugo Chávez. 'Agora, ele está sendo obrigado a enxergar os limites de sua política externa e do projeto para exportar o movimento bolivariano.'
Uma diplomacia enérgica e engajada não é novidade na história dos governos venezuelanos. A política externa de Chávez, porém, tem algumas particularidades que a levaram ao centro do debate político da região.Uma das mais acentuadas, explicam os analistas, é justamente essa noção messiânica de que a Venezuela deve liderar a luta 'antiimperialista' e ser o motor de uma nova revolução.
'Chávez acha que pode reviver a Guerra Fria e fazer a Venezuela representar para os EUA a 'encrenca' que foi Cuba nos anos 60', diz Romero. 'Ele obteve uma prova de que isso não é possível quando o líder russo, Vladimir Putin, lhe dedicou pouquíssimo tempo em Moscou, antes de viajar para se encontrar com (George W.) Bush.'
A repercussão da visita à Rússia e ao Irã, em muitos aspectos, ficou aquém do que o Chávez esperava. 'Chávez? Que Chávez?', foi a resposta de um segurança na sede do governo iraniano ao ser questionado pelo Estado sobre o local onde o presidente Mahmud Ahmadinejad receberia o venezuelano. Chávez discutiu a compra de equipamentos militares com os russos e cooperação econômica com o Irã, mas os temas políticos foram evitados pelos anfitriões. Na Rússia, ele ainda engoliu uma desfeita dos deputados governistas, que se recusaram a recebê-lo na tribuna do Parlamento.
Coincidência ou não, uma polêmica sobre a entrada no Mercosul surgiu no momento certo para ofuscar a decepção do outro lado do mundo. Na terça-feira, Chávez deu um prazo de três meses para que os Parlamentos brasileiro e paraguaio aprovassem a adesão da Venezuela ao bloco. A resposta que ouviu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, está longe da que poderia esperar de um governo que já lhe ajudou a enterrar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), impulsionada pelos EUA: 'Se não quiser ficar, não fica', afirmou Lula.
'Chávez decidiu entrar no Mercosul sem nem consultar os empresários venezuelanos porque acreditava que o bloco seria uma boa plataforma política para difundir seu projeto bolivariano', disse ao Estado José Botafogo Gonçalves, presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). 'Agora, ele se deu conta de que um 'novo Mercosul' (sem valores capitalistas e concorrência) não seria possível e arranjou um modo de voltar atrás.'
PETRÓLEO
O peso da Venezuela nos contextos latino-americano e global deriva, em grande parte, de seus recursos petrolíferos. 'Foi essa riqueza que permitiu a Chávez comprar apoio e estender sua influência política pela América Latina', diz o historiador Alberto Garrido. O grau dessa influência, porém, varia bastante.
Na Bolívia e pequenas nações do Caribe onde os recursos venezuelanos podem fazer a diferença, o poder de Chávez é expressivo. Outros países, como a Argentina, usam recursos oferecidos pelo venezuelano (o presidente Néstor Kirchner vendeu mais de US$ 5 bilhões em títulos da dívida de seu país para Chávez), mas nunca se entusiasmaram muito com seu projeto de 'integração bolivariana'. 'Chávez é um problema - mas a verdade é que, ao menos até agora, é um problema muito maior para os venezuelanos que para o restante do mundo', diz Botafogo.
A impulsividade do venezuelano e suas interferências em assuntos internos de outros países, porém, já começaram a incomodar até aqueles que tinham uma relação amigável com Caracas. 'A diplomacia de Chávez tem a sutileza de um elefante numa loja de cristais', disse ao Estado Fernando Luis Egaña, ex-ministro da Informação e professor da Universidade Metropolitana da Venezuela. 'Como ele não admite nem aquelas pequenas divergências, corriqueiras nas relações diplomáticas entre dois países, não é de estranhar que mesmo os aliados tendam a se afastar.'
No Brasil, além das críticas ao Mercosul, a perturbação está ligada à influência de Chávez na Bolívia - e especialmente a seu papel na nacionalização do setor de gás e petróleo desse país. A relação com a Venezuela também teria estremecido, segundo os analistas, pelo fato de o Brasil ter anunciado um projeto de cooperação com os EUA para impulsionar a produção de etanol, quando Chávez não só considera os americanos seus maiores inimigos, como tem no petróleo a base dos seus planos de integração regional.
Para Egaña, o fato de Chávez ter radicalizado seu discurso e ampliado as reformas internas para centralizar poder após assumir seu terceiro mandato, em janeiro, foi o que o obrigou a inaugurar um 'novo ciclo' em sua diplomacia. 'Muitos países passaram a criticar medidas que consideram autoritárias - como o fechamento da televisão opositora RCTV - e Chávez se deu conta de que não é possível conciliar o radicalismo interno com uma atuação internacional ampla', diz o especialista.
AMEAÇAS
Egaña lembra que nos últimos meses Chávez já ameaçou tirar o país do Banco Mundial, da OEA e do FMI, além do Mercosul, e arranjou briga com vizinhos como Colômbia e Chile.
'Pouco a pouco, ele está sendo obrigado a limitar suas alianças a países que aceitam seu autoritarismo, como Cuba, Bolívia e Nicarágua - membros da Alternativa Bolivariana para as Américas ', afirma Egaña.
As relações diplomáticas com o México estão congeladas desde novembro de 2005, quando Chávez acusou o então presidente Vicente Fox de ser um 'cachorro do império', e as recentes ameaças de expropriar empresas mexicanas não ajudaram a melhorar o clima entre os dois países. Já os desentendimentos com o Peru têm como causa outra característica sui generis da atuação externa venezuelana: o fato de Chávez financiar e dar amparo ideológico para movimentos sociais e partidos de esquerda em diversos países latino-americanos (ler ao lado) - entre eles, os dirigentes do departamento peruano de Puno. O governo venezuelano chama a prática de 'diplomacia social'. O peruano prefere o termo 'ingerência em assuntos internos'.
'Nos últimos meses, os países que ainda tinham alguma dúvida se convenceram de que o autoritarismo de Chávez está passando dos limites', diz Fernando Gerbasi, ex-embaixador da Venezuela no Brasil e diretor do Centro de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais, na Universidad Metropolitana, em Caracas. 'O resultado disso é que Chávez está começando a passar por uma das mais graves crises internacionais de seu governo.'
Mercosul: a hora de nos livrarmos de Chávez
Mailson da Nóbrega
Diante do ultimato de Hugo Chávez, que fixou prazo até setembro para aprovação do ingresso da Venezuela no Mercosul, o Senado tem tudo para rejeitar o acordo, corrigindo o erro da diplomacia de Lula, que poderia ter sido evitado caso tivesse olhado adequadamente o exemplo da União Européia. Nesta, a admissão de novos membros não se guia por ações políticas inconseqüentes ou sem observar regras de convergência.
Não faltam razões adicionais para o Senado livrar o Mercosul da presença nociva de Chávez. Afora ter tachado aquela Casa de “papagaio” dos EUA, ele insinuou que os senadores eram submissos. “Se não pudermos entrar porque a direita brasileira tem mais força do que a idéia de integração, nós nos retiramos do Mercosul.”
Além de afrontar a regra democrática do bloco, Chávez tem idéias contrárias às da sua criação. No seu giro pela Rússia e Irã, ele não deixou dúvidas. “Não estamos desesperados para entrar no Mercosul, porque nossa prioridade é construir nosso modelo de desenvolvimento.”
Qual é esse modelo de desenvolvimento? Não é claro o que significa “socialismo do século 21”, mas boa coisa não é. Parece mais uma reedição do velho populismo latino-americano, sob a liderança de um caudilho defensor de idéias desconexas. Tem tudo para resultar em desastre maior do que o do argentino Perón. Como disse com precisão o cientista político mexicano Jorge Castañeda, Chávez é “um Perón com petróleo”.
No Irã, Chávez declarou que seu interesse é por um “novo Mercosul” e não por um bloco marcado pelo “capitalismo e a concorrência feroz”. Se esse “Mercosul” não for viável, prometeu dedicar-se inteiramente à “Alternativa Bolivariana para os Povos da América (Alba)”. Do contrário, seria “perder tempo com reuniões e cúpulas que no final não chegam a nada”. Mais um motivo para recusar o acordo.
As idéias de Chávez são incompatíveis com as do Mercosul. A base institucional do bloco, o Tratado de Assunção, não prevê a adoção do socialismo. Embora não explicite, a opção foi pelo sistema capitalista (ou pela economia de mercado, que significa o mesmo), apesar das deformações derivadas do excessivo intervencionismo estatal, de sistemas tributários caóticos e de outras mazelas latino-americanas.
No sistema capitalista, a concorrência tem de ser mesmo feroz. Ela é parte essencial dos incentivos que impulsionam a inovação e a busca de eficiência, contribuindo para gerar ganhos de produtividade e daí para o crescimento e o bem-estar. A partir das leis antitruste americanas do fim do século 19, que coibiram o domínio dos mercados pelos barões da indústria, marcos regulatórios e leis de defesa da concorrência surgiram em toda parte para combater os efeitos negativos de monopólios, oligopólios e conluio entre empresas.
O desafio dos líderes do Mercosul não é promover uma guinada rumo ao socialismo autoritário de Chávez, mas consolidar com reformas o modelo de desenvolvimento fundado na economia orientada pelo mercado, que é essencial para ampliar a integração. Se Chávez professa um ideário distinto, não há como admitir a Venezuela no bloco. Nada indica que a recusa do Senado acarretasse um desastre para as exportações brasileiras.
Está provado, mais uma vez, que Lula continua com muita sorte. Chávez forneceu ao Senado os motivos para reparar o equívoco do apoio precipitado do Brasil e da Argentina ao ingresso da Venezuela no Mercosul, que pode tornar o bloco mais irrelevante. O ministro das Relações Exteriores, um dos arquitetos do acordo, ainda tentou trazer o fanfarrão para dentro dos conformes, mas não conseguiu. Sua esperança de que Chávez fornecesse uma “palavra simpática” ao Congresso brasileiro foi respondida com grosserias.
O Senado não precisa esperar que se esgote o prazo estabelecido por Chávez, ao fim do qual prometeu retirar-se “por dignidade”, já que considerou a demora uma falta de respeito. “Os Congressos do Brasil e do Paraguai não têm razão política nem moral para não aprovar nossa entrada.”
Livre da presença deletéria, o Mercosul poderá alcançar um acordo com a União Européia e, quem sabe, com os EUA, se os assessores de política externa de Lula abandonarem seu antiamericanismo. Chávez vetaria ambos. O mais provável, contudo, é que o governo lute em favor da aprovação do acordo, o que será uma pena.
*Mailson da Nóbrega é ex-ministro da Fazenda e sócio da Tendências Consultoria Integrada (e-mail: mnobrega@tendencias.com.br)
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Depois das bravatas, diplomacia de Chávez encara seus limites
Presidente venezuelano está descobrindo as dificuldades de conciliar radicalismo interno e ação global ampla
Ruth Costas
(...)
Mercosul: a hora de nos livrarmos de Chávez
Mailson da Nóbrega
Textos excelentes. Realmente, sempre me espanta como gente bem-articulada, de cultura, consegue ver esse cidadão Chávez - histriônico, bufão, megalomaníaco e autoritário - como uma "grande liderança democrática da América Latina".
Mas, como dizem, o coração tem razões que a própria razão desconhece...
Ou alguma coisa parecida...
-
- Sênior
- Mensagens: 4297
- Registrado em: Qua Fev 19, 2003 7:14 pm
- Localização: Florianópolis
- Contato:
Mas, como dizem, o coração tem razões que a própria razão desconhece...
Ou alguma coisa parecida...
É isso aí mesmo. Essa famosa frase foi dita por Pascal.
Ahhh, e, já ia me esquecendo: Excelentes textos.
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
Antoine de Saint-Exupéry
Clermont escreveu:Depois das bravatas, diplomacia de Chávez encara seus limites
Presidente venezuelano está descobrindo as dificuldades de conciliar radicalismo interno e ação global ampla
Ruth Costas
(...)Mercosul: a hora de nos livrarmos de Chávez
Mailson da Nóbrega
Textos excelentes. Realmente, sempre me espanta como gente bem-articulada, de cultura, consegue ver esse cidadão Chávez - histriônico, bufão, megalomaníaco e autoritário - como uma "grande liderança democrática da América Latina".
Mas, como dizem, o coração tem razões que a própria razão desconhece...
Ou alguma coisa parecida...
Eu trocaria corações por bolsos . Depois que chegam lá em cima ( poder ) metem a mão como nínguém vide muito dos apoiantes bem articulados do Mulla , o mais corrupto da história deste país . Nem eles acreditam no fundo nestes discursos da esquerda latina .Quem acredita verdadeiramente aqui no Brasil , vota na Heloísa Helena .
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
VENEZUELA
Imprensa? Só a favor de Chávez
Presidente venezuelano lança em setembro Federación Bolivariana de Periodistas, que reunirá jornalistas favoráveis e neutralizará críticos
Claudio Dantas Sequeira
Da equipe do Correio
O presidente Hugo Chávez avança em seu projeto para silenciar as vozes de oposição na imprensa da Venezuela. Depois da polêmica decisão de não renovar a licença da emissora Radio Caracas de Televisão (RCTV), o mandatário venezuelano pretende agora extinguir o Colegio Nacional de Periodistas (CNP), órgão que reúne os profissionais de comunicação social do país. Em seu lugar instituirá a chamada Federación Bolivariana de Periodistas de Venezuela (FBPV), com a qual controlará a capacidade de mobilização sindical dos jornalistas. Despindo o CNP de autoridade legal, Chávez ensaia nos bastidores um nocaute contra a liberdade de expressão.
Segundo o Correio apurou, a idéia do governo é aprovar a lei que cria o novo órgão até setembro, aproveitando o embalo da reforma constitucional. Quem está à frente da iniciativa é a organização não-governamental Periodistas Por la Verdad, que trabalha com advogados e acadêmicos na elaboração do estatuto da FBPV. Precisamos adaptar o CNP à realidade venezuelana. Nossa organização propõe uma assembléia constituinte para refundá-lo, admite Marcos Hernández, dirigente da ONG que esteve no Brasil, recentemente, defendendo o fechamento da RCTV.
A estratégia de Chávez se esconde na remodelação de um órgão que seja capaz de brigar por melhores condições de trabalho para os profissionais de comunicação, mas se inspira na Unión de Periodistas de Cuba. É preciso lutar para consolidar benefícios em matéria de estabilidade, salários e aposentadorias, argumenta Hernández, que tem como bandeira a criação de um programa de moradia para jornalistas. Ele avalia que o CNP já cumpriu uma etapa importante na história do país. Para inflar a Federación Bolivariana, serão incorporados os trabalhadores dos meios alternativos e comunitários, que compõem uma ampla rede de informação a favor do governo chavista. Não são jornalistas, mas fazem trabalho de jornalistas, defende.
Ultimato
Hernández acredita que, em três meses, seus colaboradores terão um projeto de estatuto que será submetido à consideração dos jornalistas venezuelanos em todo o território. O prazo coincide com o ultimato imposto por Chávez na semana passada ao Congresso brasileiro para que aprove o ingresso da Venezuela no Mercosul. Uma fonte do governo venezuelano confidenciou à reportagem que a pressa do presidente teria motivações internas, devido à percepção de que a conjuntura favorável a essa empreitada mudará em pouco tempo.
A extinção do CNP poderia ser interpretada pelos parlamentares dos países membros do bloco — Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai — como uma violação do compromisso democrático do Mercosul. A chamada cláusula democrática está estampada no Protocolo de Ushuaia (1998), que, curiosamente, não foi incorporado ao Protocolo de Adesão da Venezuela assinado em 2006. Foi preciso muita pressão diplomática para que o governo Chávez se incorporasse a Ushuaia, o que só ocorreu em fevereiro último, em absoluto silêncio.
Presidente do Colegio Nacional de Periodistas entre 1996 e 98, o jornalista Manuel Isidro Molina tem denunciado em fóruns públicos a cruzada de Chávez para obter o controle dos meios televisivos, radiofônicos e impressos na Venezuela. Para ele, o presidente incorre em abuso de poder, peculato, financiamento de seguidores com dinheiro público, utilização da burocracia estatal e dos recursos a sua disposição, coação publicitária e burocrática. A campanha chavista passa pela desqualificação de jornalistas e dirigentes sindicais. Molina defende novas eleições para a direção do CNP e acusa a ONG Periodistas Por la Verdad de não ter legitimidade para determinar como a classe jornalística deve se organizar e em torno de que instituição. Esse Hernández não se atreve a informar de onde provêm os abundantes recursos que maneja. Quem o financia?, questiona.
AMEAÇAS CONTRA TV
A rede de notícias Globovisión diz ser vítima de ameaças por parte do governo de Hugo Chávez, a quem acusa de aplicar uma política de Estado de flagelação e intimidação à imprensa do país. O presidente da TV, Guillermo Zuloaga, acha que a rede corre o risco de perder sua licença, que vence em 2015. O governo decidiu pressionar a Globovisión negando-lhe a possibilidade de ampliar sua cobertura. Não respondeu a mais de 10 pedidos de permissões e ignorou direitos sobre freqüências que estavam reservadas a seu favor, afirmou.
-
- Sênior
- Mensagens: 13539
- Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
- Agradeceu: 56 vezes
- Agradeceram: 201 vezes
O mundo do Chavez está começando a desmoronar. Que bom para os Venezuelanos. Vamos ver qto. tempo o Chavez fica de pé.
sds
Walter
sds
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
-
- Sênior
- Mensagens: 13539
- Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
- Agradeceu: 56 vezes
- Agradeceram: 201 vezes
Sniper escreveu:Federación Bolivariana de Periodistas de Venezuela (FBPV)
Esse negócio de "Bolivariano" já está enojando...
E enchendo o saco.
sds
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
-
- Sênior
- Mensagens: 4297
- Registrado em: Qua Fev 19, 2003 7:14 pm
- Localização: Florianópolis
- Contato:
Gostaria de pedir a alguém que assine o Estadão on-line que disponibilize aqui uma matéria do Estado de São Paulo de hoje com o título, "Brasil é imperialista desde descobrimento", na seção internacional.
Essa é uma entrevista com um general da reserva venezuelano, e talvez o maior ideólogo da revolução bolivariana. Ele deu aulas a Chavez na escola militar quando este era um cadete.
Leiam e interpretem vocês mesmos a entrevista.
Abraços
César
Essa é uma entrevista com um general da reserva venezuelano, e talvez o maior ideólogo da revolução bolivariana. Ele deu aulas a Chavez na escola militar quando este era um cadete.
Leiam e interpretem vocês mesmos a entrevista.
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
Antoine de Saint-Exupéry
- Paisano
- Sênior
- Mensagens: 16163
- Registrado em: Dom Mai 25, 2003 2:34 pm
- Localização: Volta Redonda, RJ - Brasil
- Agradeceu: 649 vezes
- Agradeceram: 285 vezes
- Contato:
César escreveu:Gostaria de pedir a alguém que assine o Estadão on-line que disponibilize aqui uma matéria do Estado de São Paulo de hoje com o título, "Brasil é imperialista desde descobrimento", na seção internacional.
Essa é uma entrevista com um general da reserva venezuelano, e talvez o maior ideólogo da revolução bolivariana. Ele deu aulas a Chavez na escola militar quando este era um cadete.
Leiam e interpretem vocês mesmos a entrevista.
Abraços
César
http://txt.estado.com.br/editorias/2007 ... 09.5.1.xml
- Alcantara
- Sênior
- Mensagens: 6586
- Registrado em: Qui Jan 20, 2005 4:06 pm
- Localização: Rio de Janeiro - RJ
- Agradeceu: 215 vezes
- Agradeceram: 248 vezes
- Contato:
César escreveu:Gostaria de pedir a alguém que assine o Estadão on-line que disponibilize aqui uma matéria do Estado de São Paulo de hoje com o título, "Brasil é imperialista desde descobrimento", na seção internacional.
(...)
Leiam e interpretem vocês mesmos a entrevista.
Não tenho acesso ao Estado de São Paulo, pero, consegui achar uma entrevista desse general en castellano:
Muller Rojas acusa a Brasil de imperialista
El general venezolano Alberto Müller, hasta hace pocos días uno los principales asesores del presidente venezolano, Hugo Chávez, acusó a Brasil y a su Congreso de estimular "un choque imperial"
Müller, quien hasta hace unas semanas lideró el Estado Mayor presidencial y era uno de los más cercanos colaboradores y "mentores" de Chávez, pasó a retiro definitivo en junio, pero sigue a cargo de una comisión que crea el oficialista Partido Socialista Único de Venezuela".
En la entrevista Müller se definió como "ideólogo de la Revolución Bolivariana", el proyecto político que comanda Chávez.
Se quejó de la demora del gobierno y el Congreso brasileño en aprobar el ingreso de Venezuela al Mercado Común del Sur (Mercosur) y del dominio comercial de Brasil, el cual atribuyó a "tradiciones imperialistas" que existen desde los tiempos de la Corona Portuguesa.
También repitió palabras de Chávez, para quien el Congreso brasileño actuó como un "loro de Estados Unidos" al condenar la salida del aire del canal de televisión opositor RCTV.
"¿Por qué tuvo que meterse? (en el caso RCTV y criticar acciones soberanas del Estado venezolano). Eso fue un insulto y una injerencia que apenas un imperio es capaz de hacer", afirmó respecto al Congreso brasileño.
Dijo que el carácter "socialista" de Chávez y su gobierno fue definido desde las elecciones presidenciales de 1998 y señaló que ese modelo tiende el objetivo político de perpetuarse en el tiempo.
"Chávez es un funcionario público que algún día morirá. Ahora, el poder está en las manos de las clases populares", dijo para reprochar que hoy el presidente está "estimulando la conducta política del Ejército".
"Yo me niego a participar en ese engaño", declaró al afirmar que la profesionalización de las Fuerzas Armadas en Venezuela, que importa todo su armamento, "es un gasto inútil".
Chávez lleva a cabo un ambicioso programa de compra de armas, desde fusiles de asalto hasta aviones caza Sukoy rusos y sofisticados submarinos, con inversiones por unos 20.000 millones de dólares.
Pero Müller argumentó que Venezuela es "una zona de paz" y apenas el sexto país de América del Sur en gastos militares.
"La carrera armamentista de la que habla el gobierno de Estados Unidos y tiene eco en fuerzas conservadoras brasileñas, colombianas y peruanas es pura propaganda", afirmó.
Para el militar y político, sólo "el pueblo en armas" sería capaz de enfrentar potencias nucleares como Estados Unidos, al que Chávez acusa de querer invadir a Venezuela y apropiarse de su riqueza petrolera.
"Si mañana la política del gobierno de Brasil no coincidiera con la de los militares, los militares van a intervenir como un partido", afirmó.
"Los militares hacen presiones políticas de acuerdo con sus intereses y actúan como partido. En Estados Unidos actúan al servicio de fuerzas neo conservadoras, puede ser así también en Venezuela, los conflictos sociales son siempre resueltos por los militares desde las primeras civilizaciones", dijo.
Para Müller, Chávez no tiene la culpa de controlar el Congreso y la Corte Suprema.
"Él hizo como los presidentes George Bush y Ronald Reagan que nominaron republicanos conservadores para la Corte Suprema y controlaron el Congreso estadounidense", argumentó.
"En la democracia, cuando no hay interlocutores, el gobierno actúa solo", dijo.
Cadena Global/EFE 09jul07
http://www.atravesdevenezuela.com/html/modules.php?name=News&file=article&sid=3388&mode=thread&order=0&thold=0
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"