jp escreveu:Mano Zero, qdo falo na contraproducência de se criar, ou recriar, mais instituições - do mesmo fim - é pq isto segue uma política anacrônica, em que se contorna um problema sem apor condições de solução à entidades que já existem para isto.
Esta política, é um factóide de todo poder público político.
Ou seja, qdo ocorrem problemas, ao invés de aportarem verbas, reestruturarem condições de trabalho e, inclusive, o ônus de mudanças profundas na legislação, anunciam-se "novas" instituições.
Ao meu ver, isto é a leitura ao inverso do "Príncipe" de Maquiavel ("dividir para governar"). Este tipo de conduta política é demagógica.
Criar a FNS, e ressalto que seus valorosos intergrantes nada tem a ver com isto, é uma pantomima burlesca, uma jogada de avestruz politiqueiro. Dividiram-se verbas e não se chegou a nada. Basta ver que os pobres coitados vieram ao Rio e foram atirados em condições aviltantes de alojamento e alimentação. Aliás, até os meus colegas do DPF estão se vendo em situações precárias no PAN.
A FNS foi criada pela visão paleolítica do EB em resistir à criação da GN,aliada ao "olho gordo" de patentes superiores das PM, em não querer abrir mão de prerrogativas militares. O diáchos! O cara tem que escolher o que quer ser. Porque não opta em transformar as PM em GN. Quem não quiser fica como policial "uniformizado" e com carreira. Pois bem, foi disto que foi parido este Frankstein que é a FNS. Lembro, novamente, o EB criou uma brigada de infantaria leve (salvo engano a 11ª), denominada BGLO. Então pra que FNS? Em que 1.200 homens ajudam, efetivamente, um estado como Rio e SP? E estamos falando em 1.200 nominais, pq nunca é este número na prática. E o custo/benefício disto (diárias/deslocamento/treinamento "Wallita" na ANP etc)?
Quando falo em recriar cito, não jogar no colo de instituições que já tem seu círculo de competência já abarrotado mais atribuições sem repontecializá-las. No caso da PRF foi um aproveitamento salutar de suas potencialidades, no que acho foi felicíssimo. Mas, gerar atribuições ao DPF, para quem conhece o universo interno da instituição como eu, é loucura. O DPF que surge em operações na mídia não é o DPF do dia-a-dia. Este é muito menos glamuroso, é eivado de deficiências estruturais e sobrevive, na sua grande maioria, pela abnegação de seus integrantes. NO RJ, por exemplo, ha algum temp atrás, nós é montamos uma rede de rádio entre os colegas, comuncações inexistiam.
Portanto, gerar mais atribuições...
Cabem aos estados apuração judiciária dos crimes comuns, e às PM o policiamento ostensívo. Então, que se lhes dêem meios.
Se existem armas nos morros não se pode culpar só o DPF, pois elas atravessaram não só fronteiras internacionais mas tbm às interestaduais.
Cabe ao DPF fiscalização das fronteiras, então... para vc ver, em Rondônia haviam dois (??!!) colegas em uma linha de fronteira amazonica. Eles se revezavam 12h cada. Imagine se isto é fiscalizar alguma coisa. Claro, caberia ao EB a segurança física de nossas fronteiras, isto para países de poucos recursos é indiscutível.
E qdo isto ocorre para nosso exército que - infelizmente e não pq quer - tem um punhado de soldados naquela imensidão. Mas, eles tbm tem seus próprios problemas, qual oficial quer deixar as "agruras" da Vila Militar (o maior contigente de oficiais no Brasil), para o "deleite" de uma Brasiléia, BV-8, Lábrea....
Porém, justiça seja feita, eles estão deslocando várias unidades para o novo teatro previsto. Isto é caro e custo, até qto á política do seu publico interno, mas estão fazendo.
Em relação ao agentes peninteciários federais, creio ser outros "quinhentos".
Os cargos foram criados por necessidade da conseqüente - e por demais tardia - da criação de presídios federais. Em resumo, foi a natural ação física da ação e reação.
Corporativismos à parte, e pundonores pueris do medo da pulverização de algusn colegas do DPF, sou amplamente favorável a unificação das instituições policiais federais. Assim, teríamos o braço uniformizado ( detesto o termo farda, afinal nçao somos militares), com a PRF e os APENF, e o corpo da polícia judiciária da União (DPF). Pronto, a carreira estaria estruturada com condições de progressão, como ocorre em várias cidades americanas.
Também em relação ao que cito, como, "ferimentos à independência dos estados", reconheço que exagero. Isto se deve ao fato de minha exclusiva ojeriza à vassalgem legal dos estados em relação à União e desta última em não poder legislar mais especificamente contra crimes federais.
A maioria do efetivo da PRF é favarável a unificação, os contrários, na sua maioria, são os chefes que perderiam seus carguinhos comissionados. O que é unânime é a visão que ao unificar deverímos ser equiparados a agente do DPF e não abaixo, caso contrário é melhor ficar como está(para o efetivo).
Aliás, a PRF no Rio tá fazendo muito mais com muito menos do que a FSN, mesmo com boa parte das VTRs precárias, sem fuzil e sem uma rede de inteligência funcional. Só ontem uma das equipes apreendeu 9 pistolas, 65 granadas e farta munição.
A PRF conheçe o trecho(BRs, vicinais, etc) como ninguém, falta um pouquinho de apoio do governo.