vilmarmoccelin escreveu:Essa discussão sobre fogo de supressão e tudo mais me fez lembrar a velha história de EB no morro... Na atual conjuntura parece que essa 'opção' foi totalmente descartada... Mas imaginem... Um Tenente comandando seu pelotão, junto com os sargentos, cabos e soldados... Todos treinaram a vida toda do jeito "Se o inimigo começa atirar prega-se o dedo na MAG pra deixar eles de cabeça baixa enquanto a tropa se movimenta no terreno"... Aí colocam eles pra subir morro... Imagina a merda que ia dar... Afinal a idéia do treinamento é tornar as respostas aos estímulos mecanizada...
Me fez lembrar uma estorinha que eu li sobre á insurreição racial, em Los Angeles, vários anos atrás.
Um GC dos Fuzileiros Navais americanos estava acompanhando uma patrulha da polícia local (ao contrário do Brasil, nos Estados Unidos, em situações semelhantes, são os policiais que dão as ordens aos militares, sobre o que deve e como deve ser feito...). Ao receberem ordens para investigar uma casa isolada, suspeita, o
police officer mandou os navais, "darem cobertura", enquanto ele se aproximava da casa, para investigá-la.
Mal o
"Cop" deu alguns passos, ouviu uma tremenda fuzilaria. Ocorre que, para os fuzileiros navais, "dar cobertura" significa, exatamente o que vilmarmoccelin explicou: pesado fogo de supressão, direto contra a posição do inimigo (se bem, neste caso, os
Marines foram, um tanto ou quanto precipitados). Ao passo que para a polícia americana, isso - no caso de não haver nenhum sinal inequívoco de resistência armada - significa manter as armas apontadas e prontas para o disparo, ao menor sinal de resistência. Claro que a doutrina policial envolve maiores riscos. Mas esse é o ônus de se portar um distintivo de agente da polícia, e efetuar um juramento de "proteger e servir".
Felizmente, a casa estava vazia. Que bom, né não?