PRick escreveu:Alexandre Beraldi escreveu:PRick escreveu:scyther escreveu:Pablo Maica escreveu:Olha se eu fosse policial e estivesse envolvido numa operação dessas... não botava o pé na entrada da favela com menos 25 carregadores (de fuzil) mais uns 12 de pistola...
Bom também investir no supino, peitoral, bicicleta, corrida, suplemento alimentar. Ae já é peso demais. Se for usar colete 3A, mochila com outras coisas necessárias, vai pesar muito. Isso para combater inimigos de bermuda e tênis, que vão se deslocar em grande velocidade entre as vielas. E se for se lançar ao chão por causa de granada então...Afinal é melhor ta preparado para tudo do que ser pego de surpresa ou perder a vida por falta de alguma coisa, mas esse cuidado não pode afetar a mobilidade do combatente, tem que haver um equilibrio entre Necessidade X Mobilidade.
25 carregadores é muito peso. Melhor levar uns 10 carregados e mais munição em caixas na mochila.
Por que não colocam alguém pesadão de munição já carregada indo próximo (não junto) das equipes "ponta de lança"? Coloca o sujeito com uma mochila lotada, e ficando mais recuado ele não vai sofrer pela falta de mobilidade (devidamente acompanhado é claro).
Minha humilde opinião sobre os fatos, ok? NO
Concordo,
Existem vários indícios de falta de equipe nesta operação, parece que cada polícial age como se os outros não existissem. O próprio incentivo de comprar material por conta própria, não sou contra este tipo de compra, mas mesmo assim, deve-se consultar os outros colegas e fazer compras padronizadas. Na hora do confronto a padronização do material e das ações é importante.
Também se vê uma nítida preferência em usar a força, disparar balas para todo o lado. Um bom atirador é aquele que não disperdiça munição, e só atira quando tem um alvo, ou justificativa para fazê-lo.
Acho que a próxima operação precisa ser melhor que esta.
[ ]´s
PRick,
Na parte que destaquei, você está parecendo o pessoal do Viva Rio
Mas é sério, este conceito de vou atirar só no alvo é muito comum nas pessoas que não vivenciam esta situação de fato e não conhecem como se faz para manter uma posição, evitar um cerco, dar cobertura para avanço, etc. Não que eu esteja cobrando este tipo de conhecimento de você, de forma alguma, mesmo porque, pelo que sei, você não é policial. Agora este tipo de procedimento é o que o policial preparado para este tipo de ação tem que fazer.
"Bom atirador" como você disse, tem no Estande de Tiro, na Olimpíada, etc. "Bom Combatente" é um conceito muito mais amplo, e que engloba também o conceito de bom atirador, só que o Bom Combatente sabe a técnica e a tática para atuar nestes cenários, sem arriscar a vida de inocentes e de seus companheiros.
É óbvio que você não vai ensinar para um novo soldado da PM de um batalhão não-especializado ou para um policial civil recém-incorporado a fazer saturação na posição dos malas, para deixá-los de cabeça abaixada e parados enquanto outra equipe faz o cerco, mesmo porque o recruta iria disparar a esmo e sem o critério necessário, gerando as famosas "balas perdidas" e vitimando inocentes. Mas uma equipe devidamente preparada é capaz de fazer isso, de forma que até evita as balas perdidas, pois ao segurar os malas de cabeça baixa, eles não podem ficar pescoçando e atirando a esmo na direção de onde vem subindo a polícia - que, coincidentemente é da direção da rua e do resto da cidade...
Bom resumindo e finalizando: não vou ficar aqui expondo técnicas e táticas para justificar a necessidade do policial da equipe precursora levar um grande volume de munição numa ação de assalto inicial a uma posição mantida pelo tráfico em área de favela e com intenção de manter posterior ocupação, mas tenha certeza que ninguém leva mais do que o necessário aconselhado pela PRUDÊNCIA e EXPERIÊNCIA, características típicas dos policiais escalados para este tipo de ação tão especializada.
PS: quanto a falta de equipe ou padronização, é o que acontece quando você junta efetivos de toda a cidade, e às vezes de todo o Estado, geografica e funcionalmente bem separados e distintos em seus conceitos, técnicas, experiências e até, porque não, distintos em suas amizades...
Não se trata de ser a favor ou contra, mas ao contrário do que muitos pensam, trata-se de uma operação policial, vale dizer as leis tem que ser cumpridas, e um policial, não é um militar, parece que alguns se esquecem deste pequeno detalhe. Fazer fogo de saturação não se aplica aqui, porque isto vai resultar em mortes de inocentes, que são a maioria na favela. Por sinal, segundo o secretário de segurança, a operação foi suspensa pq não poderia ser mais garantido a segurança da população em face ao confronto. Um policial não deve responder ao fogo de modo instintivo, somente, se sua vida estiver em perigo, ou seja, legitima defesa.
Como falei, existe uma clara tendência ao uso da força, do grosso calibre, do poder de fogo, etc.. Me pergunto se este tipo de escalada é boa para os policiais? O que vemos é a morte sistemática de policiais, cada vez mais frequentes.
O fato de operações desse tipo serem realizadas, elas devem ser na menor escala possível, principalmente, no uso da força. Talvez por isso algumas reações estão sendo notadas. Acho que não custa nada economizar munição e cadáveres, para depois não ter que suspender este tipo de operação por ordem judicial. Porque são eles as autoridades.
O brasileiro adora criticar o outro que não cumpre a lei, políticos safados, etc.. Mas da mesma forma acham que algumas outras leis não devem ser cumpridas, ou que alguns podem ficar acima da lei. É certo que existe um limite da legalidade, e a atuação policial muitas vezes esbarra neste limite, porém, não vamos fazer disso uma rotina.
O pior que pode acontecer é este tipo de operação perder a credibilidade. Vamos usá-la bem, para podermos usá-la sempre. Isto inclui treinamento em conjunto e padronização de equipamentos, só seria benéfico para os participantes da operação. Como falei a operação parece ter sido bem sucedida, mas pode ser melhorada, inclusive com menos imprensa.
[ ]´s
Eu concordo com muita coisa que o Prick disse, mas o Rio fugiu da normalidade. O que vimos nessa operação é a realidade, cabe ao estado e as comunidades se adaptarem a essa realidade.
Todos...repito...todos tem culpa da situação ter chegado ao ponto que chegou, nada mais justo que todos sofram as consequencias.
Outro dia eu estava conversando com um senhor na rodoviaria, ele disse que morava no Rio e foi embora porque não aguentava a bandidagem. Ele morava numa favela hoje trabalha numa fazenda.
Cada um sabe sobre a vida que quer levar. Eu penso assim.[/b]